Criei uma modalidade de locação partilhada de meu apartamento, partilhando também meu estilo nudista de vida. Meu segundo inquilino foi assim.
Recebi uma solicitação de Antonio, um rapaz de 30 anos, dizendo-se nudista em potencial – já que nunca praticara o nudismo em público, mas tinha um desejo enorme de fazê-lo. Queria iniciar com alguém experiente, que, mais que apenas tirar a roupa, tirasse todas as noias do juízo de quem ainda as tinha.
Achei interessante e engraçada a abordagem e respondi, iniciando uma conversa on line, como sempre faço, antes de aceitar o inquilino. Era meio reticente, o Antonio, tímido, apesar de ansioso por experimentar coisas novas, como o nudismo social por exemplo. Conversamos o suficiente para eu sentir confiança e segurança de partilhar meu lar com ele.
Chegou no sábado pela manhã. Liberei o portão de entrada do condomínio a partir do meu apartamento e o esperei subir. Abri-lhe a porta em pleno estado de nudez. Seu olhar, em questão de segundos vasculhou todo o meu corpo, com certo ar de curiosidade, espanto e desejo. Cumprimentei-o ainda na porta, apertando sua mão e já chamando para um abraço: estava trêmulo seu corpo, quando encostou no meu. Resmungou uma resposta ao meu “bom dia”, riu sem jeito e entrou.
Levei-o ao quarto, mostrei-lhe o aposento, disse que ficasse à vontade e que logo que estivesse acomodado, conversaríamos. Eu estava na sala, trabalhando. Poderia chegar junto quando estivesse disponível. Saí do quarto, ele fechou a porta e lá esteve durante alguns minutos. Ao sair, vinha de camiseta regata e sua rola balançava na folgada bermuda de tecido, sem cueca – compreendi, ao vê-lo despontar na porta do quarto, o quanto deve ter sido trabalhoso para ele administrar essa nova realidade. Respeitei seu tempo.
Sentou meio desajeitadamente no sofá que eu lhe indicava. Seus olhos procuravam disfarçar, mas recaíam sempre sobre meu pau, enquanto seu rosto avermelhava-se e voltava ao normal continuamente. Sentei-me em minha cadeira de trabalho, em frente dele, e fiz meu discurso de sempre, mas procurando ser o mais natural e cuidadoso possível. Antonio, de fato, era muito introspectivo e estava numa agitação interior evidente.
“Não vou tratá-lo como inquilino, nem você a mim como senhorio. Somos duas pessoas que irão conviver num mesmo espaço nudista por um final de semana. O espaço é tanto meu quanto seu. A cozinha, o banheiro, a varanda, a sala, todos os cômodos, enfim, é de nosso uso, sem qualquer restrição, a não ser aquelas restrições de sua casa, ou seja, você deve se sentir tão em sua própria casa, que só deve fazer aqui o que faria, numa boa, em seu lar.”
Ele concordava a cada coisa que eu dizia, com monossílabos. Olhava mais fixamente para minha rola, enquanto a sua própria se estufava sob a bermuda e já aparecia a cabecinha pela perna folgada. Ele estava inquieto e não sabia onde colocar as mãos, procurando disfarçar a ereção. Aquilo foi me deixando excitado e meu cacete foi se erigindo também. Eu continuava minha fala, procurando ser indiferente às ereções mútuas. Quando minha rola se pôs completamente na horizontal, aos pinotes, Antonio estava tão nervoso que temi que tivesse uma síncope: murmurava desculpas várias vezes, olhava para os cantos da sala onde estávamos, ria pequenos risos desconcertados o tempo todo.
Percebi que eu precisava usar alguma estratégia naquele momento, senão terminaria traumatizando o rapaz, criando um clima insuportável, perdendo um inquilino antes do tempo e, o que é pior, uma amarga avaliação no aplicativo. Levantei, fui à cozinha, catei um copo de água fria e trouxe para ele. A mão instável derramou gotas sobre a coxa branca e lisa, e enquanto entornava o líquido, sentei ao seu lado. Então mudei o tom do discurso.
“Veja, Antonio... Sei que a primeira vez é muito complicado, já passei por isso (mentira – nunca tive esses chiliques nos meus primeiros momentos de nudez social), mas estamos juntos para enfrentar isso numa boa. A palavra chave é naturalidade (enquanto falava, passava despretensiosamente a mão na sua coxa, enxugando a água que ele derramara), seguimos os impulsos da natureza, que nos fez iguais. O que eu tenho você tem, o que eu sinto você sente. Mesmo a sociedade tendo deturpado esses conceitos, precisamos nos libertar e nos entregar ao que a natureza pede de nós...”
Enquanto falava, olhava para ele (que desviava sempre os seus olhos dos meus). Procurando demonstrar naturalidade, toquei a barra de sua regata e a fui levantando; meio hesitante, Antonio levantou os braços e pude concluir a retirada da peça. O tronco alvo e relativamente magro entregava a agitação interior, através das subidas e descidas da respiração. Os braços cruzados e hirtos sobre o peito, as mãos tentando esconder os mamilos, disfarçadamente. Como ele parecia em choque, entendi que não seria o momento de tirar-lhe a bermuda ainda; a pronunciada rola era rocha em seu interior. Eu já estava louco para conhecer aquele corpo dentro do meu, mas me contive; concluí minha fala, perguntei se queria perguntar alguma coisa (não queria), e voltei ao meu trabalho.
Ele parecia ter se libertado de uma tortura. Deixou-se ficar por algum tempo no sofá, mexendo um pouco no celular, depois levantou-se, disse que iria tomar um banho e se dirigiu ao quarto, depois ao banheiro.
Eu fui conseguindo me concentrar de volta no trabalho, à base de certo esforço. Confesso que o corpo branquelo de meu inquilino não saía das minhas cabeças. A de baixo, então, não queria sossego, se me mantinha palpitando. Mas, se dizem que o ócio é a oficina do diabo, reafirmo que o trabalho promove o restabelecimento da ordem e da disciplina interiores. Em pouco eu estava mergulhado no que fazia, a rola descansando e o corpo em paz, todas as energias direcionadas ao que eu produzia. Tanto que nem me agitei quando o canto do meu olho me mostrou um Antonio titubeante, saindo do banheiro, cabelo molhado, enrolado na toalha e mergulhando no quarto.
Dei por encerrado meu expediente sabatino, abri uma cerveja no frigobar do meu quarto e passei para a varanda contígua, aproveitando o clima meio nublado e abafado que se fazia na rua. Distraído no celular, de repente ouvi um discreto barulho atrás de mim e uma presença quieta. Virei-me e eis finalmente nosso heroi livre completamente das roupas, mas ainda não da vergonha de se mostrar nu a alguém: suas mãos juntas, à frente, procuravam esconder a rola.
Sem qualquer afetação, enchi um copo com a cerveja e lhe estendi. Hesitou um pouco (aquele homem parecia ter em sua constituição física 98% de hesitação), mas estendeu a mão para receber a bebida, agradecendo de olhos baixos, e já tomando um grande trago. Somente então pude ver-lhe a rola, já a meio mastro: branca como leite, a cabeça vermelha, pubis depilada. Minha boca fez-se água.
Encostei-me na grade, meio corpo sobre a rua, meus olhos viajando pela paisagem. Comentários iniciais aleatórios, mais um copo de cerveja, Antonio já falando um pouco mais, mais uma cerveja aberta, o clima fechando, o vento de chuva fazendo-se mais presente. Ele estava ao meu lado, mostrava-se interessado em saber cada canto a cidade que dava para ver dali; toda vez que apontava algo, expondo sua axila cheirosa e depilada a milímetros do meu rosto, eu sentia um impulso imenso de segurá-lo – mas me segurava, a rola aos pinotes, a dele também dura, mas já sem o constranger.
Não sei como, o assunto recaiu sobre sexo como manifestação natural de corpos saudáveis, e, de repente, Antonio se fez sério, e agachado sobre a grade, como eu estava, virou-se para mim e disse:
“Eu queria lhe dizer uma coisa... desde que cheguei aqui, na verdade... mas não sei se você aprova... Então, se não aprovar, quero que me perdoe e que esqueça para sempre o que falei...”
Eu estava a ponto de estalar numa gargalhada com o semjeitismo do meu inquilino e com a certeza sobre opinião que ele se preparava para falar, mas me contive, e apenas respondi, procurando depositar na minha voz a maior dose de compreensão que eu consegui resumir no momento:
“Não se preocupe. Não temos assuntos proibidos aqui.”
Virou-se para a rua, então, fechou os olhos e disparou:
“Eu queria muito tocar no seu pau!”
O meu desejo de rir mudou-se imediatamente em ternura e senti meus olhos umedecerem-se. Os dele permaneciam fechados, os lábios trêmulos. Sem nada dizer, toquei levemente a sua mão, agasalhei-a e a fui trazendo para mim, depositando-a sobre minha rola. O toque suave e medroso de seus dedos frios enrijeceu minha pica ao ponto máximo. Retirei minha mão e ele ficou acariciando e envolvendo meu falo nas palmas finas das suas mãos, enquanto eu alcançava sua rola e fazia o mesmo. Ele gemia discretamente.
Então toquei suavemente seu queixo e trouxe seu rosto para a frente do meu, aproximando-me até que nossas respirações se misturassem. Parei aí, aguardando sua reação em forma de ação. Novamente hesitante, ele encostou os lábios nos meus e fez menção de os retirar, mas rapidamente catei sua boca com a minha e a amarrei com a língua penetrando sobre a dele.
Meio desajeitadamente, mas completamente entregue, o beijo com gosto de cerveja foi longo, e nossos corpos abraçados roçavam-se e nossas picas imprensadas entre nossas barrigas babavam e latejavam. Catei novamente sua mão e a direcionei ao meu cu, que ele ficou acariciando meio a medo, meio em tom de descoberta. Quando fiz o mesmo no seu buraquinho, ele pinotou e se trancou – não insisti, mas não arredei a mão da sua bunda. Quando o percebi relaxando, voltei a acariciar e aos poucos avancei até sentir o quente de suas pregas anais.
Separei-me um pouco de seu corpo, peguei-o pela mão e o empurrei delicadamente sobre minha cama, continuando a beijá-lo, agora com mais liberdade para acariciar seu corpo, e finalmente alcançando seu caralho e o chupando avidamente, engolindo-o inteiro. Ele gemia mais alto. Ao sentir o salgado da babinha de sua rola, subi minha boca até a sua e o beijei, após o que ele me abraçou e sussurrou no meu ouvido:
“É minha primeira vez com um homem...”
“Você quer me comer?” – perguntei-lhe, agora era minha voz que tremia.
E sem esperar resposta, pus-me de costas e abri as pernas. Senti sua rola se aproximando do meu buraco, mas sem encontrar. Ele usou a mão para direcionar o falo e em pouco eu o recebia em minhas entranhas. Antonio logo encontrou o ritmo adequado das estocadas e eu o sentia entrando e saindo de mim com uma cadência perfeita. Seus gemidos aumentando de intensidade no meu ouvido, sua tora crescendo dentro de mim e a explosão líquida que me inundou demonstraram um gozo sem precedentes daquele rapaz. Depois desabou sobre minhas costas, a pica ainda entalada no meu cu e a respiração ofegante em minha nuca.
Após breve descanso, tomamos banho juntos, em que ele, parecendo insaciável, novamente me fodeu e novamente gozou. Enquanto nos enxugávamos, pediu-me compreensão para o fato de que aquilo tudo era muito novo para ele, que ele precisava processar direito o que estava rolando, e que, infelizmente, não me podia proporcionar a reciprocidade do prazer que sentira. Tranquilizei-o que não havia problema, que fosse no tempo dele. Claro que eu queria que me chupasse, claro que eu queria comer aquele cu nevado, claro que eu queria explodir meu tesão ao final de tudo, mas eu já estava bem feliz em ter dado pra ele e tê-lo sugado e o feito gozar com tanto gosto e intensidade.
Eu estava sendo sincero.