Depois de um ano inteiro de cursinho, passei em Contabilidade em uma universidade pública. Saí da minha cidade e fui morar numa república, no centro do caos da vida universitária. Nos primeiros meses, a ansiedade me consumiu a ponto de chegar a perder peso. Tudo era novo – colegas, a rotina, o ritmo intenso dos estudos. E, mesmo feliz com a mudança, carregava um receio de como seria esse novo capítulo da minha vida.
O mais estranho era que ninguém ali sabia da “minha condição.” Depois de anos lidando com os curiosos, parecia que, pela primeira vez, eu era só mais um cara. Parte de mim curtia a ideia; afinal, a conversa sobre meu pênis já tinha se tornado monótona.
Porém, isso também trazia alguns problemas. Quando as coisas esquentavam nas festas, eu tinha que contar para as meninas sobre o que encontrariam, caso a gente fosse para cama. Algumas encaravam com naturalidade, já outras desapareciam na hora. E cada nova ficada espalhava mais e mais meu “segredo”.
Foi dessa forma que Ana acabou cruzando meu caminho. Mesmo sendo uma menina bem baixinha e magrinha, era impossível ignorá-la. Seu corpo era coberto de tatuagens e piercings, a lateral da sua cabeça era raspada e seu cabelo tingido de um loiro quase fosforescente, fazendo-a destoar completamente das pessoas do curso de Contabilidade. Se alguém me dissesse que ela fazia faculdade por uma aposta perdida ou chantagem dos pais, eu acreditaria.
Depois que fiquei com uma amiga dela em uma festa, Ana começou a demonstrar interesse em mim. Durante as aulas, eu sentia, de repente, aquela sensação de estar sendo observado. Quando virava, lá estava ela com um olhar fixo em mim, quase sem piscar. Confesso que era um pouco inquietante.
E, por mais que estivesse intrigado, não me aproximei. Ela andava sempre com a expressão fechada e um ar demasiadamente sério. O estilo de Ana gritava para o mundo que ela era uma pessoa que não gostava de ser abordada. Ainda assim, a presença dela mexia comigo. Talvez, só talvez, fosse mais uma carta que o destino havia colocado na minha mão.
– Você que é o nenê? – Ana me abordou do nada. Por um segundo, me surpreendi ao ouvir aquele apelido ali. Ninguém me chamava assim desde o colégio.
– Sim! Sou eu mesmo. – respondi, tendo certeza que ela já sabia a resposta.
– Você tem dupla para o trabalho de economia?
Já tinha combinado de fazer o trabalho com um amigo da república, mas, honestamente, a curiosidade falou mais alto.
– Não, tenho não. – menti.
– Beleza. A gente faz junto então. – ela afirmou, sem nem considerar a hipótese de que eu poderia ter outros planos.
Mais tarde, quando contei ao meu amigo porque não faria o trabalho com ele, ele me alastrou sem dó. Riu até quase perder o fôlego, despejando teorias sobre a “missão secreta” da Ana. Ele dizia que, ou eu estava prestes a ser parte de um ritual satânico, ou acordaria numa banheira de gelo, sem os rins.
Embora fosse apenas o meu primeiro ano na faculdade, minha resposta ao meu amigo foi digna de um especialista: os riscos simplesmente compensavam em muito o retorno esperado.
Pelo celular, marquei com a Ana de se encontrar à noite no apartamento dela para fazer o “trabalho”. Cheguei da faculdade, tomei um banho e caprichei no visual, pronto para o caso da noite tomar um rumo menos acadêmico. Quando saí, os caras da república me esperavam na porta, com uma dose generosa de “conselhos” e preocupação fingida. Alguns até me passaram camisinhas, e um deles pediu que eu ligasse ao chegar lá – se não, ele avisaria a polícia.
Ana me recebeu na porta do apartamento dela, vestindo uma minissaia de couro e uma regata branca que combinavam com seu estilo roqueira, mas com um toque mais suave, mais menininha. Tomei aquilo como um bom sinal.
Sentamos e começamos a discutir o trabalho. Nosso foco durou apenas dez minutos, no máximo. A gente mal tinha terminado de discutir qual o tema a gente ia escolher, ela me ofereceu uma cerveja. Aceitei sem hesitar, e logo a conversa fluiu. A gente trocou uma ideia sobre nossas vidas antes da faculdade, cada um contando um pouco do que deixou para trás.
Ana era muito mais simpática do que eu esperava. Ela confessou que tinha uma leve fobia social, e que esse lado mais introspectivo fazia com que fosse difícil se abrir ou se enturmar. Era o que a fazia adotar aquela postura de durona, criando uma barreira para afastar as pessoas.
– Me conta uma coisa… como é pra você ser o “nenê”? – Ana perguntou, lá pela terceira cerveja de cada um, revelando que não só ela sabia o meu apelido, mas sabia a origem dele.
Não sabia direito o que responder. Era a primeira pessoa que me perguntava como eu me sentia com essa história, ao invés de querer ver como era meu pau.
– No começo, foi estranho. Tinha gente mais interessada no meu pau do que qualquer outra coisa sobre mim. Mas depois, virou minha marca registrada. Não é algo que eu possa controlar ou mudar, então não vejo motivo para me preocupar, sabe?
– Imagino… é como se todo mundo tivesse uma ideia sobre você antes mesmo de te conhecer.
O comentário dela me acertou em cheio. Me peguei pensando em como tinha me deixado levar por uma imagem, sem saber nada sobre ela. Fiquei em silêncio, encarando meu copo. Percebendo meu desconforto, ela disse:
– Nossa, eu deixei o clima mó bad… desculpa.
– Pois é! – brinquei, tentando mudar o tom do ambiente – Não sei se te desculpo, viu?
Ela arqueou as sobrancelhas, surpresa.
– Como assim, Rafael? – perguntou, entre um sorriso e uma expressão de falsa indignação.
– Talvez eu te desculpe… mas você vai precisar me convencer.
Ela riu com o comentário e virou a cabeça, como se perguntasse se eu falava sério. Mas não hesitou. Engatinhando pela sala, ela se moveu até ficar ajoelhada bem próxima a mim, enquanto eu a observava com um sorriso bobo, sem acreditar no que estava prestes a acontecer.
Quando eu pedi para ela me convencer, achei que a gente trocaria uns beijos ou algo do tipo, mas ela estava indo direto para o prato principal. Sem falar mais uma palavra, Ana começou acariciar meu pau por cima da calça. Foi um pouco estranho, porque ela gemia alto enquanto fazia isso. Não sei se ela estava fingindo tesão para criar um clima, ou se era outra coisa, mas quando ela tirou minha roupa, a verdade foi revelada.
– Nossa, que pauzinho ridículo – sussurrou com a voz rouca, antes de dar um beijo na cabeça do meu pau – Deve ser impossível dar prazer para uma mulher com essa merdinha.
Fiquei bem confuso naquele momento. Ser humilhado definitivamente não estava na lista dos meus fetiches, nem era algo que eu queria experimentar. Mas havia algo na entrega dela ao momento, que era estranho e, ao mesmo tempo, envolvente. Decidi que ia entrar no clima. “Quer saber? Foda-se, vamos ver onde isso vai dar”, pensei.
– Tão pequeno assim… – ela continuou, a voz cheia de malícia, enquanto me masturbava com força – consigo engolir ele inteiro, facinho.
E não era apenas conversa. Com um movimento único, ela colocou meu pau inteiro em sua boca e depois começou um vai-e-vêm frenético. Insanidade, não sabia nem o que fazer. Fiquei acariciando a lateral raspada da cabeça dela, tentando de alguma forma recompensá-la por me dar o maior prazer que já tinha sentido na vida.
– Eu não te disse? – perguntou, enquanto massageava minhas bolas – Mesmo se você fodesse minha boca com essa coisa minúscula, eu, ainda assim, não sentiria nada.
Aquilo soou mais como um desafio do que uma ofensa. Levantei-me do sofá, segurei a cabeça de Ana com as duas mãos, que sorriu para mim. Ela estava feliz por eu estar correspondendo à fantasia dela. Aproximei meu pau novamente do rosto dela, e ela voltou a me chupar.
– Além de ter o pau pequeno, você fode fofo, é? – Ana me provocou.
Nesse momento, não consegui segurar e acabei rindo do comentário dela. Eu estava com receio de machucá-la, então estava deixando que ela escolhesse o ritmo que fosse mais confortável para ela. Mas aquele comentário era um convite para testar quais eram os limites dela.
Comecei a mover meu quadril com mais intensidade, deixando o som daquele boquete brutal preencher o ambiente. Cada investida deixava Ana mais à vontade.
Avisei para ela que estava perto de gozar. Ana me ignorou por completo, continuando com o mesmo ritmo e, com a mão na minha bunda, me puxando para mais perto dela.
Gozei com meu pau inteiro atolado na boquinha dela. Ana não estava nem um pouco incomodada, pelo contrário, deu um último beijo no meu pau, sorrindo de forma travessa.
– Bom, acho que agora você me desculpa, né? – disse, pegando sua cerveja e sentando no sofá, como se nada tivesse acontecido.
<Continua>
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