Encontramos no dia seguinte com Paulinha no bar. Uma jovem de 25 anos, magra e baixinha, cabelos pretos bem lisos e pele bem clara. O corpo bem bonito, toda proporcional e sem exageros. Usava um estilo meio gótico, e tinha um comportamento meio estranho. Ninguém sabia se gostava de homens ou de mulheres. Tinha vários amigos do meio LGBT e nunca estava com namorado ou namorada. Conhecendo ela entendi o porque da sábia escolha de Raquel.
- Ei Paulinha, esse é o Renato.
- Oi miga, oi Ranato.
- Então Paulinha, temos uma missão. Renato vai ser a Rê, a nossa fadinha. Vamos transformar ele em uma mulher.
- Ah, que tudo!! Super apoio.
- Próximo carnaval vamos ter que transformar a Rê numa menina linda.
- Sim, podemos colocar ela num estilo meio gótico
- Ai, Paulinha... tudo seu é gótico né? Quer levar todo mundo pra esse lado.
- Desculpa, miga. Só me empolguei
A conversa das duas me deu algumas ideias. Eu tinha pesquisado bastante, roupas, maquiagem, de tudo um pouco. O que a Paulinha disse fazia todo sentido pra mim.
- Espera... Paulinha tem razão. Acho o gótico uma boa ideia.
- Tenho??
- Sim. As mulheres góticas as vezes não são tão femininas, sem ofensas Paulinha, o que torna mais fácil agente vestir esse estilo. Fora que eu posso fazer algo com o cabelo mais curto também, já que não vou ter tempo de esperar o cabelo crescer.
- Isso, se deixar o cabelo crescer sem corte até lá podemos fazer o cabelo igual ao da Alice do crepúsculo, tá ligado?
- E eu lá tenho cara de quem assiste crepúsculo?
- Ah ta bom! Dá o cu e chupa rola de macho agora tá querendo dar uma de machão dizendo que não assiste crepúsculo. - Brincou Raquel.
Rimos nós três, e Raquel tinha razão. Entre eu, Raquel e Paulinha meu nome era Rê. Bichona que queria ser uma mulher, não precisava desse tipo de coisa. Peguei meu notebook e mostrei pra Paulinha um corte feminino. Raspado de um lado e a franja longa caída do outro. Dava um toque feminino legal e era aparentemente fácil de arrumar.
- Paulinha, consegue fazer isso?
- Adorei a ideia, feminino meio exótico. Podemos fazer assim mesmo, quando desistir do corte, raspamos do outro lado e abaixamos a franja. Volta a ficar masculino.
Paulinha abre meu notebook e faz umas pesquisas em algumas lojas. Me mostra um vestido espartilho de cetim vermelho e preto.
- Olha só, se pegar-mos esse vestido não vai precisar perder tanto peso pra esconder a barriga. Podemos modelar a cintura com o espartilho, fica um pouco incômodo mas você acostuma. Agente faz o corte de cabelo que você falou e dá uma carregada na maquiagem. Batom preto e os olhos bem escuros também. Com isso não vamos precisar deixar a sombrancelha fina.
- Show... Tirar a barba não vai ser o problema. Tem vezes que ando sem e nunca incomodou. Posso depilar no dia também, como tem vários homens que fazem isso também não será um problema. Acredito que agora temos um figuino
- Top demais, meninas - falou Raquel - Paulinha, hoje tenho uma sessão a noite e vou ficar ocupada. Consegue levar a Rê pra algum lugar?
- Claro, super! Tá aqui meu endereço, passa lá em casa que vamos pra um lugar que eu curto.
Cheguei na casa de Paulinha no horário combinado, fui de uber porque não gosto muito de dirigir fora da minha cidade, e acabei indo para Joinville de buzão. Paulinha vestia um vestido preto, com batom e unhas bem vermelhas, bem perfumada e o cabelo meio preso de lado. Passou um endereço e fomos. Chegando lá o local era uma espécie de bar com dois andares. Havia todo tipo de gente diferente, gays, punks, drags, alguns senhores mais velhos inclusive. Sentamos em uma área do bar perto da escada que dava para o segundo piso.
- Vai beber alguma coisa, Rê?
- Pode ser o mesmo que você.
Fomos até o bar. Paulinha pede uns drinks e conversa alguma coisa no ouvido do barman, que traz uma mistura de bebidas vagabundas com gelo e açúcar e uma chave que entrega pra Paulinha. Terminamos o último drink e aparece um homem estranho. Careca com um percing no nariz e um no lábio inferior. Usava um alargador de tamanho médio na orelha, aparentava uns 30 e poucos, era um pouco mais alto que eu, 1,80 mts mais ou menos. Tinha a minha idade ou um pouco mais novo, difícil de descobrir, vestia uma regata branca, calça jeans e tenis. O homem pega Paulinha pelo braço e começa a subir as escadas. Paulinha interrompe ele no meio do caminho e na ponta dos pés fala algo no ouvido do homem. O homem confirma com a cabeça e pede para eu subir junto.
Entramos no quarto. Havia uma pequena escrivaninha velha com uma cadeira, um colchão manchado e sem lençol no chão, um guarda-roupas com as gavetas que não fechavam mais, algumas toalhas velhas, empilhadas. No quarto também havia um banheiro com um cheiro insuportável. Paulinha senta na cadeira, ela estava bem vestida e perfumada, estava totalmente diferente daquele ambiente. O homem tira a camiseta, escolhe uma toalha que estava menos suja e improvisa um lençol para o colchão. Tira da gaveta da escrivaninha um pedaço de tubo de caneta sem a carga e uma caixinha de som. Coloca uma música pesada no volume máximo. A caixinha tinha uma qualidade ruim mas o objetivo era ter um som alto no ambiente. Tira um saquinho com um pó branco e entrega o tubo de caneta para a Paulinha.
Paulinha usa o tubo para cheirar o pó e entrega o tubo para homem que faz o mesmo. O homem passa o tubo para mim e eu recuso, o homem cheira também o que seria a minha porção. Ele tira as calças e a cueca, deita na cama improvisada e faz um sinal para ela chupar. Ela se recusa e ele faz sinal para ela sentar no pau dele. Paulinha tirou toda a roupa e da bolsinha tirou uma camisinha. Eu havia percebido que apesar dela cheirar e estar naquele ambiente tosco, estava consciente do sexo seguro. Colocou a camisinha no pau do homem e começou a rebolar no ritmo da música pesada. O homem sorria com as mãos atrás da cabeça, enquanto ela ficava ofegante esfregando seu corpo bem branquinho, e escultural. Se me pedissem para descrever a bela e a fera seria aquela cena.
Paulinha deita seu corpo no peito do homem, empina bem a bundinha, olha pra mim e sorri. Entendi o recado, tirei a roupa e peguei uma camisinha dentro da bolsinha de Paulinha. Segurei na cintura dela e soquei no cu, também com força e impulsionado pela música. Paulinha não gemia, sua respiração ficava mais ofegante com o DP. Depois de alguns minutos, o homem dá um tapa na minha coxa, entendi que era pra eu sair de cima dela. Empurra Paulinha para o lado do colchão que estava descoberto. Monta em cima dela no papai e mamãe e começa a socar forte. O lugar era quente e estávamos todos suados. Deixei os dois fudendo e fiquei em pé me recuperando um pouco. Depois de umas poucas estocadas, umas 10 no máximo ele levanta e diz que era a minha vez.
Pego mais uma camisinha na bolsa dela e bato uma punheta para ficar de pau duro denovo, enquanto ela me esperava de pernas abertas e se masturbando. Fazia carinhas sensuais e lambia os lábios. Aquela cena me deixou de pau duro fácil e deitei por cima dela. Depois de algumas metidas senti a mão do homem no meu ombro, e o pau dele entrando no meu cu. Gritei e coloquei a mão atrás, fingindo sentir dor. Na verdade só queria mesmo garantir que o homem continuava de camisinha, e isso me deixou aliviado. Porém me ver sentindo dor, deixou ele mais excitado e vi que ele ria quando eu gritava. Entrei no clima e gritava enquanto ele socava forte. As socadas dele fazia eu penetrar Paulinha que ficava cada vez mais ofegante.
Falei que ia gozar. O homem tirou o pau do meu cu e falou "goza na cara dela". Percebi naquele momento que era a primeira frase que eu tinha escutado dele até aquele momento. Na verdade em toda aquela situação era a primeira frase falada naquele quarto. Paulinha esperava com a boca e olhos fechados, enquanto eu segurava o cabelo com a mão esquerda e batia punheta com a mão direita. Gozei no rosto dela tomando cuidado com os cabelos, caiu um pouco no olho direito e grande parte na boca. Sem abrir a boca ela esboçava um sorriso. O homem que estava em pé rapidamente pegou o meu cabelo e gozou na minha cara também. Assim que ele gozou, vestiu a cueca, a calça, calçou o tênis, pegou a camiseta e saiu sem despedidas.
Paulinha limpou a porra do olho e pegou a bolsinha. De lá tirou um lenço umedecido e limpou meu rosto. Assim que terminou me beijou com a boca suja com a minha porra. Era visível que ela tinha algum receio de pegar alguma doença do homem e eu fiquei do mesmo jeito. Quanto a mim ela estava mais segura, sabia que eu era uma pessoa cuidadosa. Depois de compartilhar-mos minha porra e lamber-mos o rosto um do outro, ela pediu para ir embora. Pegou mais alguns lenços, limpou o rosto. Pegou um pano meio sujo mas não cheirava tão mal, passou no corpo para aliviar um pouco o suor. Com mais alguns lenços limpou o corpo. Ficou alguns segundos no banheiro, o suficiente para ajeitar um pouco a maquiagem borrada. Não se preocupava mais em estar bonita como chegou, apenas em sair minimamente apresentável. Eu peguei outro pano também de características duvidosas, passei rapidamente pelo meu corpo e saímos do lugar.
A conta deu algo em torno de 500 reais. Considerando o quanto o lugar era ruim, deduzi que ali estava o valor do quarto, do serviço do homem, dos drinks e da droga. Não entrei em detalhes sobre a conta, só queriamos mesmo sair dali.
A noite lá na rua estava super agradável e fresca e foi um grande alívio sair daquele bar. Ainda era relativamente cedo, Paulinha não estava com a mesma animação da jovem que eu havia conhecido a tarde. Depois de caminhar-mos um pouco chegamos em um posto de gasolina. Perguntei pra ela se tinha alguma farmácia por perto e ela disse que tinha a duas quadras. Fui na conveniência do posto e comprei água e chocolate pra ela. Aproveitei e fui ao banheiro pra me lavar com a água e me secar com papel toalha. Fiquei um pouco mais apresentável. Corri até a farmácia e comprei toalhas de pedicure, desodorante, um pente e mais lenços umedecidos. Voltei correndo e entreguei tudo para Paulinha que ficou bem mais animada. Foi no banheiro do posto e voltou sorridente e mais bonita novamente. Tinha se limpado e conseguiu melhorar um pouco a maquiagem borrada do rosto. Estávamos minimamente apresentáveis e aquela noite havia sido suficiente para nós. Pedimos o uber e voltamos para a casa dela.
- Rê, desculpa.. não queria você me visse naquele estado. Acho que aquele não era um lugar pra você.
- Ei, relaxa. Somos amigas agora e pode confiar em mim.
Voltei a falar no feminino pra se sentir mais a vontade comigo. Paulinha começa a chorar.
- Desculpa, tá bom? Não conta pra ninguém, essa noite não aconteceu, tá bom?
- Relaxa, nada aconteceu. Pode sorrir denovo que o sorriso fica melhor em você.
Paulinha me deu um beijo no rosto e um abraço firme.
- Rê, você é uma amiga top. Vai ficar uma mulher muito foda.
Continua...