Fiquei um bom tempo olhando para Dan e Felipe deitados, um segurando o pau um do outro enquanto eu, de pé e puto da vida, olhava com vontade de descer o cacete nos dois e estou falado figurativamente, até que Dan tomou a iniciativa de me tirar do estado catatônico em que fiquei ao dar o flagrante e falou suplicando: “pai, fecha a porta!”.
Fechei a porta, já começando a dar um esporro nos dois: “vocês são loucos?!! Que porra é essa??!! E se fosse Patrícia ou Amanda? Como vocês são irresponsáveis! Nem fecharam a porta. Estava aberta! Qualquer um podia entrar como eu entrei”
Enquanto se vestia atabalhoadamente, Daniel tentou se justificar: “mas pai, aqui em casa a gente SEMPRE bate na porta antes de entrar”.
“E daí, Daniel, e daí ??!!! caralho de bater na porta antes” Explodi de raiva: “Isso não tira o risco que vocês correram de serem pegos. Que porra de fogo no cu é esse que você não consegue segurar a onda nem um minuto? Não bastava a bandeira que vocês dois estavam dando na sala? Porra louquice do caralho!!!”, desabafei e ainda sobrou pro convidado: “E você, Felipe, primeira vez que vem na minha casa e te pego se atracando com meu filho no quarto dele, enquanto tua esposa tá de papo com a minha na sala? Que espécie de visita é você???” (soltei toda a raiva e ciúme que estava sentindo, enquanto Felipe, constrangido, se recompunha, terminando de vestir sua roupa).
“Desculpa, Eduardo....”, falou envergonhado, “A gente tava jogando, mesmo, juro!, e, sim, você está certo, rolou um clima entre a gente, daí que surgiu o assunto de sexo, falei umas coisas, assumo que senti tesão por ele e ele correspondeu, então Daniel começou a contar as coisas que aconteceram com ele na escola, o flagrante, o lance de vocês...” Falou, olhando dentro dos meus olhos.
Meu coração chegou a parar. Engoli em seco. Que merda! Daniel tinha revelado para um estranho o nosso segredo. Olhei para ele com vontade de esganá-lo. Ele sacou que tinha tanta raiva em meu olhar que se encolheu. Felipe também percebeu e tentou justificar falando de sua própria história: “Eduardo, a gente tava falando de nossas experiências e fantasias e eu contei pra Dan o quanto a ideia de pai e filho fudendo mexe comigo... (e num tom de voz mais confessional, continuou). Sempre fantasiei com isso, cara. Sempre tive tesão no meu pai e ele nem sonha, meus tios também. Comecei cedo no sexo, tanto com garotos quanto com as minas, mas a vontade de chupar a rola de meu pai e dos meus tios sempre me deixou na fissura e meu pai é aquele coronelzão de interior, todo machão, jamais rolaria algo e eu sou filho único, cara. Acho que agora você tem noção do que é desejo proibido, Eduardo, aí o Dan me falou do lance de vocês...”.
Felipe desabafou de um sopro só e ficou com a cara de bobo, o olhar embaçado, prestes a chorar, como se tivesse voltado a algum lugar da sua adolescência. Mesmo com raiva, me aproximei da cama e toquei seu ombro. Ele me olhou com um quê de envergonhado e, com calma, retomei a conversa: “Felipe, entendo tudo isso mas o que vocês fizeram foi totalmente errado, pelo tamanho do risco que vocês correram, e Dan, (falei olhando pra meu filho para chamar a atenção dele) com sua pouca idade, é quem menos tem juízo aqui. Você é um adulto com trinta anos, cara... Por sorte, foi eu que cheguei aqui e peguei vocês. Pense aí no tamanho da confusão se fosse a mãe dele ou sua esposa?. Entenda também minha posição. Fui arrastado para tudo isso há poucos dias. Ainda estou tentando me entender. Ao mesmo tempo, como pai, tenho que ajudar esse moleque, que não está merecendo!!!! (falei olhando para Dan), para ele próprio se entender na sua história. Mas, tudo bem!!!! Agora, vamos nos arrumar e voltar pra sala que nossas mulheres já devem estar sentindo a nossa falta.”, encerrei meu discurso desabafo.
Voltei para a porta, abri e saí, fechando-a atrás de mim. Desci para a sala e logo depois Felipe e Dan desceram também. Fiquei ligado no dois e notei que depois do flagra, seguraram mais a onda, tinham parado o joguinho de sedução de antes do jantar. Mais alguns minutos de conversa, Felipe e Amanda se despediram, a garota tava toda animada com nosso passeio à praia no dia seguinte, embora meu desejo, depois de ter flagrado Dan e Felipe se pegando, era inventar uma desculpa e cancelar o programa, mas se eu fizesse isso Patty ia me encher de perguntas...
Depois que eles se foram, Patty subiu pro nosso quarto e eu fiquei dando uma geral enquanto na bagunça da sala, recolhendo copos, taças, etc., depois arrumei tudo na lava-louça junto com o que já estava lá do jantar, liguei a máquina e subi a escada me contorcendo de vontade de ir ao quarto de Dan saber que história foi essa de contar sobre a gente. Acho que minha raiva só passava se eu desse uma surra nele. Por outro lado, eu tinha contado tudo sobre ele ao meu irmão. Só que Guga é família, uma pessoa de total intimidade e confiança, não se compara a Felipe, um estranho, marido de uma amiga de família da minha esposa. Definitivamente, eu precisava ter uma conversa séria com Daniel. Ele precisava entender os riscos envolvidos e as implicações, porque numa bobeira dessa ele podia foder tudo.
Tomei um banho pra esfriar a cabeça, botei uma samba canção gostosinha, e fui dormir pensando nisso, imaginando a tensão que ia ser esse passeio, as pessoas em trajes de banho, corpos seminus, um ambiente excitante, onde isso iria nos levar? E se Daniel e Felipe voltassem a se paquerar na minha frente, como eu iria reagir? Tava difícil pensar no dia seguinte...
Passava um pouco das sete da manhã quando Patrícia acordou me sacudindo. A sensação era de que eu não tinha dormido. E por incrível que pareça, minha piroca tava lá, durona. Patty brincou, deu uma segurada dizendo: “eita que tá no fogo esse homem, mas olha lá hein, cuidado quando tiver de sunga na praia, se ficar animado assim, vai preso por atentado ao pudor”. Ela me beijou, apertou meu pau mais uma vez e me empurrou pra sair da cama. Tomei banho enquanto ela se arrumava. Descemos pra tomar café e Daniel apareceu um pouco depois com a cara amassada de sono, tomamos café e quando terminamos de nos arrumar Amanda e Felipe chegaram. Íamos em dois carros já que de lá eles seguiriam viagem para passar uns dias num resort.
Quando chegamos na praia do Cumbuco, fomos para uma barraca em frente à praia que a gente adora, tem uma super infra, o serviço é ótimo, a comida e as bebidas são incríveis e os preços não são tão caros. Tratamos de encontrar um bom lugar para ficar entre a estrutura de mesas, cadeiras e barraquinhas que a barraca oferece. Pegamos um local mais próximo da água, vantagem de quem chega mais cedo.
Assim que nos acomodamos no local escolhido, começamos a tirar blusa, short, bermuda, camiseta etc., passar protetor, forrar cadeiras e espreguiçadeiras com canga, etc. O garçom chegou, entregou os cardápios e enquanto a galera consultava as opções pra pedir logo algo pra beber, aproveitei para olhar direito pra dupla visitante. Amanda parecia modelo, magra com curvas. Felipe eu já tinha visto parcialmente pelado e engraçado que de sunga o pau não dava ideia de que era grande, acho que a rola dele deve ser daquelas que quando estão moles ficam bem encolhidas.
Quando me dei conta que eu estava prestando atenção em rola de macho, pirei comigo mesmo. Que porra é essa que tava acontecendo comigo? O lance com Dan abriu uma caixa de surpresas na minha vida, só pode! Agora eu tinha um lado viado que antes nem imaginava ter. Porra, nunca fui de manjar rola em banheiro nem reparei em volume de pica de ninguém como tinha acabado de fazer com Felipe. Isso não esteve no meu radar durante meus primeiros 43 anos de vida e agora eu tava ali dando um confere na piroca do cara que, por sinal, eu já tinha visto dura na boca de Dan na noite anterior e sabia que era maior.
Sacudi minha cabeça e olhei pra nossas companheiras que já estava fabulando mil histórias sem parar. Acho que algumas mulheres casam com gays e não desconfiam porque vivem tão envolvidas em seus mundinhos que não se tocam do que pode estar rolando debaixo de seus olhos. Sentamos nas cadeiras enquanto Dan e as meninas optaram por espreguiçadeiras, só que meu filho se deitou de bruços.
Que bunda redondinha e durinha Daniel tem. Agora eu sabia medir o desejo de quem gosta de fuder um cuzinho quando olha pra uma raba convidativa daquela. Felipe também estava olhando na mesma direção. Nos entreolhamos e rolou aquela cumplicidade. Meio que no automático, ambos demos uma pegada na rola…
A situação toda me deu tesão. Lembrei da noite anterior e admiti pra mim mesma que parte da raiva era porque eu queria ter participado da festinha que interrompi. O tesão de Lipe por Daniel mexia comigo. Era ciúme mas também vontade de voltar a ver o rolo dos dois. Tudo que estava acontecendo estava me conectando com uma zona de desejo inédita e que me fazia olhar pros homens, seus paus, suas bundas, seus corpos… A cara safada de Felipe mexeu tanto comigo que a vontade era tirar minha rola de dentro da sunga e meter na sua boca. Botar aquele puto pra me chupar, ali na frente de todo mundo.
Foda que quando minha rola fica dura na sunga, por ser grande e grossa demais, chama muito a atenção. Dei um jeito de jogar minha camiseta sobre ela e olhar pro outro lado, pra ver se dava uma aliviada. Nesse momento, as meninas decidiram ir tomar banho de mar e Daniel foi com elas. Ficamos eu e Felipe sem saber por onde começar a conversa que a gente sabia que precisava ter.
A essa altura, a barraca já estava enchendo. O som ambiente da barraca começou a tocar e o barulho em volta era maior. Mesmo assim, mantendo a voz baixa, como se tivesse me contando um segredo, Felipe começou seu longo relato: “sabe, Duda, eu sempre fui Bi. Ainda na adolescência, tempo das primeiras descobertas e brincadeiras sexuais, comecei a ficar com meninas e garotos, tudo me dava prazer igual. Claro que o lance entre eu e meus coleguinhas era no sigilo, a primeira vez foi no engenho do meu avô, um primo mais velho aproveitou que ficamos só eu e ele na casa de moagem e me chamou pra ir lá no fundo, em frente ao canavial, começou com papo de punheta, etc, que eu nem sabia o que era mas ali, rapidinho, aprendi... e foi caminho sem volta, comecei a ficar ligado nos outros moleques, a gente tinha todos os medos do mundo do que as pessoas podiam pensar mas o tesão falava mais alto e gente curtia. A medida em que os anos foram passando, ficou muito definido na minha cabeça que não havia uma preferência dominante: eu gostava de buceta e pica igual. Curtia beijar e fuder meninas, do mesmo modo que curtia com os boys e sendo ativo e passivo, não tinha divisão ou preferência. As oportunidades é que faziam as coisas acontecerem. Aí vieram as pressões da família pela namorada e fui namorando com as garotas mas continuei transando com os boys no sigilo. Cidade do interior é complicado, apesar de que Juazeiro do Norte cresceu muito, é uma metrópole, mas o fato de minha família estar metida na política complicou pro meu lado. Meu pai já tava enchendo o saco pra eu largar a vida de putaria e ter uma namorada a sério. Foi que eu conheci Amanda, na Exposição do Crato. Me apaixonei, a gente começou a namorar e por um tempo só ela me interessava. Cheguei a pensar que o lance gay tinha ficado no passado, mas aí, na Festa do Pau de Santo Antônio, na Barbalha, no meio da farra saquei um cara me olhando, a gente foi pra um beco, demos uns pegas e vi que era uma questão de oportunidade. Aparecendo um cara legal e que me desse tesão, eu iria curtir. Desde então tem sido assim, cara. Às vezes me sinto mal por trair Amanda. Como ela estudou no Recife, teve uma vivência de cidade grande, tem uma postura mais cabeça aberta, mas uma coisa é achar de boa nos outros, outra coisa é se for comigo. Não sei se chegando pra ela e falando que curto tudo, se ela vai aceitar…”
Decidi me abrir com ele também: “Felipe, pra mim é ainda mais complicado, cara. Há três dias eu nunca tinha tido nada, nenhuma vontade. E não é uma questão de preconceito, simplesmente nunca rolou, nem mesmo curiosidade, via caras pelados e rola de todo tamanho do meu lado e jamais senti uma faísca que fosse de vontade de pegar, tocar, etc. Por aí você entende o tamanho da minha dificuldade, cara, não tive a história que você teve, desde o começo que fui orientado a curtir só mulheres e me dei muito bem assim, a única intimidade sexual que tive com outro homem foi com meu irmão, a gente batia punheta juntos, via vídeo pornô juntos, mas não rolou da gente se pegar, nunca teve base pra isso, então não sei entender racionalmente o que está acontecendo. Tô seguindo o fluxo, cara, com medo, fico tenso, mas tô completamente dominado por esse tesão que Dan provoca em mim. Imagina se Patrícia fica sabendo dessa história? Ainda mais porque envolve o filho dela. Seria uma dupla traição e apesar disso, os fatos têm me atropelado, ainda não deu pra sentir culpa. Quando acho que estou arrependido, me pego transando com Dan... É algo tão forte e fora de previsão que quando vejo, lá estou enganchado com meu filho. Óbvio que, racionalmente, me sinto um irresponsável mas o tesão tem falado mais alto, como agora a pouco que vi você olhando a bunda de Dan e senti vontade de meter minha rola na sua boca…”.
A cara de surpresa e tesão que Felipe fez foi memorável. Aquele putinho estava pronto pra me chupar ali mesmo, na frente de todo mundo. Era só eu mandar, mas nesse momento nossas garotas voltaram da água. Felipe percebeu uns segundos antes de mim e se ajeitou na cadeira, soltando um charme pra Amanda e Patricia: “Olha aí, Eduardo, que caras de sorte nós somos, as mulheres mais gatas da praia são as nossas. A macharada toda com inveja da gente”.
Amanda brincou de volta, dizendo “essa alma quer reza”, enquanto dava um selinho no seu marido. Patty imitou e me deu uma bitoca, me fazendo um carinho gostoso. Perguntei por Danzinho e Patrícia explicou que ele encontrou uma galera da escola e ficou com eles no mar. Felipe se levantou, a sunga ainda ligeiramente volumosa e falou que ia ao banheiro. Amanda começou a zoar com a cara dele: “lá vai o reloginho. Como a gente saiu cedo, o príncipe não pôde fazer o sagrado número dois de toda manhã”. Felipe fingiu que tava retado e reclamou com ela: “quem fala demais, dá bom dia a jumento, viu dona Amanda”. A gente ficou rindo da zoeira e ele foi na direção do banheiro.
Não sei por que mas algo no jeito de Felipe atiçou minha curiosidade. Já que nossas mulheres continuavam na tricotagem delas, falavam de uma nova série que estavam amando assistir no Prime, avisei que ia ao banheiro também mas creio que nem repararam porque sequer olharam pra mim.
Peguei o rumo do banheiro mas quando fui chegando perto, me senti envergonhado e, subitamente, com medo. Ao mesmo tempo que me senti culpado em ir fiscalizar a vida do outro, minha curiosidade era pelo que ele poderia estar aprontando ou eu estava era a fim de dar uns pegas no cara? Tive que admitir pra mim mesmo que tinha sentido tesão nele... e na situação toda.
Cheguei à entrada do banheiro com o coração disparado. Agora, eu tinha voltado a ter taquicardia de adolescente, que porra é essa? A dúvida me consumindo: entro ou não entro? Enquanto hesitava, reparei que ninguém entrava. O banheiro naquele horário não era o lugar mais procurado da barraca. Então, não devia estar rolando pegação, estava imaginando coisas, o cara devia estar sentado no trono mesmo.
Quase voltei pra junto das mulheres, mas um diabinho mandou eu entrar e eu entrei. O ambiente lá dentro estava escuro. As luzes estavam apagadas e os cobogós na parte de cima das paredes quase não deixavam entrar luz. O ar era pesado, um cheiro misturado mijo com produto de limpeza. Na entrada tinha bancada dos dois lados, com pias e espelho, seguido de um corredor, de um lado a fileira de mictórios e do outro os reservados.
O lugar estava vazio. Os reservados estavam com as portas entreabertas. Fui me esgueirando dar uma conferida e ao me aproximar do último, a surpresa: pela fresta da porta mal fechada, vi que tinham dois caras lá dentro. Bingo!!!!
Fiquei brechando pela fresta e vi que Felipe estava de pé, corpo curvado por sobre o sanitário e um cara ajoelhado atrás, com a cara enfiada no rabo dele, fazendo um cunete caprichado. Reconheci as roupas... advinha quem era?