Parte 10 – A morte
Me sentei naquela casa que parecia não ter sido limpa a vários dias, ele me encarava meio bêbado, e começou a contar aquela história grotesca.
- Irmão, tudo começou depois que você saiu da polícia, o Rodrigo estava de licença e teve aquela operação no morro que deu merda, um imbecil matou a criança dentro de casa e forjou que ele tinha uma arma, porra! Uma criança de sete anos com uma arma? Que cara otário.
Nesse momento eu pensei no buraco que ele estava, ele não sentiu a morte da criança, mas o fato de não terem forjado bem a cena do crime.
- A mãe e a irmã do garoto ficaram em cima da mídia, promotoria e o caralho, o advogado descobriu que o Pereira, dava em cima da irmã do moleque, montou toda acusação em cima de uma possível vingança pela negativa da garota, Pereira se fodeu, mas o comandante da operação era eu. Claro que ia ser expulso.
- Até o comandante me fazer uma proposta, entrar nesse esquema e facilitar a vinda das meninas e das drogas, em troca eu ficaria na PM, o Operações especiais não dava para ele controlar, mas o bando de corruptos da PM era fácil.
- Não tive como recusar, entende? Eu só sei ser policial, não sou inteligente como você, mas eu preciso sair dessa porra, me ajuda ?
- Me diz como as meninas e as drogas entram ?
- As drogas vem pelo mar a noite, meu papel é facilitar na Brasil (Brasil pega três BRs do Rio de Janeiro) , as meninas vem da pobreza, os caras oferecem grana alta pra elas e elas aparecem, a gente faz vista grossa para menores de idade e meu papel é arrumar lugar pra elas ficarem, tem umas que os pais mesmo vendem, acredita ? Bando de cuzão, eu até dei uma surra em um deles.
- Me passa as rotas, vamos foder eles até sufocar e aí...
- Não porra, não dá! – Disse ele me cortando
- Porque não dá caralho ?
- Tem muita gente envolvida, muito pai de família, a gente tem que acabar com ele
- Me diz as rotas dele, vamos fazer um serviço limpo.
- Por sorte ele vai estar no local da entrega do carregamento horas antes, ele gosta de ver o lugar antes de tomar para não ter surpresas
- Perfeito, então vai ser nesse dia, vai estar sozinho ?
- Eu e mais dois estaremos com ele, mas a gente dá conta.
- Tem certeza? Se a gente errar já era.
- Irmão, ninguém pode ficar sabendo, é perigoso demais
- Sem erro, deixa comigo
Sai de lá pensando porque eu estava entrando nessa furada por causa de um filho da puta daqueles, por outro lado eu amo meu irmão, cuidei dele quando era criança. Éramos muito unidos, eu precisava ajudar ele e depois cair fora.
Voltei para o puteiro e a Laura estava trabalhando, limpando as coisas, cumprimentei ela e fui para meu quarto, chegando lá Ju me esperava.
- E aí professor, uma última trepada antes de eu ir embora?
Aquela cara de safada era tudo o que eu precisava para aliviar a tensão, ela tava com um shortinho e camisa que eu logo tirei, chupar aqueles peitos era uma das melhores coisas do mundo. Abaixei ela que tirou minhas calças e caiu de boca no meu pau com maestria, se dedicava como se de fato fosse a última trepada.
Levantei ela e coloquei de quatro na cama, afastei o shortinho sem calcinha, e bombei com vontade, ela gemia e me deixava com muito tesão fazendo eu querer bombar mais e mais.
De repente me viro rápido e vejo Laura na porta escondida vendo a gente trepar, fingi que não sabia que ela estava lá, virei Ju de frente, peguei por baixo das suas pernas e bombei ela de pé no meu colo, saber que Laura via me excitava.
Botei ela deitada e coloquei as pernas nos meus ombros, subi na cama e cravei deixando a Ju louca de tesão e eu mais ainda.
Puxei ela para se ajoelhar e gozei na cara dela toda, que sem pudor lambeu toda a minha porra, era um tesão.
- O que deu em você hoje ? Era para se despedir ?
- Para você não esquecer de mim
Olhei e vi que a Laura não estava mais lá, conversamos mais algumas coisas e falamos em saudades, e claro que eu sentiria muita falta dela.
Passei os dias me preparando para ajudar Jonas a se livrar do comandante, revisei todo o plano várias vezes e nada podia dar errado e eu sempre fui muito cuidadoso nas operações que comandei. No dia marcados passei na casa de Jonas, ele estava claramente nervoso e durante todo o trajeto não disse muita coisa.
Chegamos ao local, deixamos o carro há umas duas quadras dali, andando até o ponto de entrega parecia um galpão abandonado, pegamos as armas e estranhei ele carregar arma leve, fui na frente me escondendo para ver se achava o comandante, depois de um tempo percebi que não havia ninguém, não tinha carros e nenhum barulho.
- Porra Jonas, não tem ninguém aqui, chegamos tarde ou cedo demais ?
Quando me virei ele apontava a arma para mim.
- o que você tá fazendo caralho?
- Coloca a arma no chão! – Gritava ele comigo
- Calma Jonas, fica calmo – Coloquei a arma no chão e chutei pra ele
- Antes de me matar, me diz porque isso?
Jonas chorava e tremia enquanto me explicava
- Porque você voltou !? Era pra ela ser minha porra! Minha!!! Eu te fiz ver que era corno e mesmo assim ela escolheu você!
- Desde criança ela te escolhe não importa o que eu faça, e quando pensei que enfim ficaríamos juntos, ela me diz que só ficaria com você, que preferia ficar sozinha.
Ele dava socos na cabeça com uma mão enquanto segurava a arma com a outra e suava muito, estava todo vermelho
- Se eu te matar, você não existir mais, ela vai mudar de ideia, eu tenho certaza!
- Não faz isso, nós somos irmãos! Não faz isso porra!
- Me perdoa, eu tenho que fazer isso, eu não suportou saber que você tem o amor dela e eu não, eu só fui uma aventura, um escape.
- Jonas, por favor cara, não precisa ser assim...
- CALA A BOCA PORRA!!!
Nesse momento eu fechei meus olhos, o tempo parecia ter parado e eu ouvi dois disparos...
Continua...