O restaurante era pequeno, mas sempre lotado. O barulho das panelas e o vai e vem de clientes era constante, e a cozinha parecia uma arena onde cada segundo contava. Ali, entre pratos quentes e clientes apressados, estavam Lorrana e Artur.
Lorrana tinha 20 anos e carregava o mundo nos ombros, e um sorriso debochado nos lábios. De cabelo loiro curto, a franja sempre caía sobre seus olhos castanhos, mas isso nunca a impediu de encarar alguém de frente. Baixinha e de postura ereta, exalava confiança em cada passo. Ela não era do tipo que levava desaforo para casa; decidida e impetuosa, não hesitava em discutir com quem quer que fosse. Se algo estava errado,Lorrana falava e falava alto.
Artur, por outro lado, era o oposto completo. Tinha 23 anos, cabelos castanhos um pouco bagunçados e óculos finos que ele ajeitava sempre que ficava nervoso. Enquanto cozinhava, seus movimentos eram cuidadosos e quase silenciosos. De porte mediano, mas firme, Artur era um homem de poucos gestos e muitas observações.
Seu olhar azul-acinzentado parecia sempre perdido em reflexões que ele preferia guardar para si. Onde Lorrana era tempestade, ele era brisa. Calmo e introspectivo, ele preferia observar e escutar, deixando as palavras para momentos em que fossem realmente necessárias.
Eles se conheceram da pior forma possível: uma discussão explosiva no meio de uma noite movimentada no restaurante.
— Você não podia ter trocado os pedidos, Artur! — Lorrana gritou, enquanto preparava mais um prato.
— O pedido estava certo. Você que não prestou atenção, Lorrana.
Artur ainda estava se adaptando a rotina do restaurante e se atrapalhava um pouco. Lorrana, com mais tempo de casa se irritava com os erros do seu novo companheiro de cozinha.
— Olha, você erra tudo.Ela cruzou os braços, encarando-o com a sobrancelha arqueada.
— Eu? É você que se acha a sabedora de tudo.
A guerra era declarada. Eles brigavam quase todos os dias — pelas fritas erradas, pelos pratos frios, pelo tempo de entrega. Mas, de alguma forma, aquelas discussões eram combustível. Era irritante, mas cada briga trazia à tona algo que eles nunca admitiriam: eles se admiravam, ainda que fosse impossível enxergar isso no momento.
Até que, um dia, Artur largou o avental de forma definitiva.
— Não aguento mais isso aqui. Estou saindo. — Foi o que ele disse ao gerente, deixando Lorrana para trás com a sensação amarga de uma despedida silenciosa. Ela não admitiu, mas o vazio que sentiu quando ele se foi a irritou mais do que qualquer uma de suas brigas.
O fato era que eles tinham seus momentos de paz, onde havia uma conversa amistosa, ao ponto de contarem um para o outro algo mais íntimo. Artur,, certa vez surpreendeu Lorrana ao dizer que achava ela bonita, ela sorriu sem graça e foi a primeira vez que Artur a viu com a guarda baixa.
E para o espanto de Artur, Lorrana retribuiu a gentileza, dizendo como ela admirava a criatividade de Artur na criação dos pratos.Que era algo que ela perdeu ao se robotizar na rotina do restaurante. Porém, esses momentos, ficaram no passado, os anos foram passando fazendo essas lembranças ficarem no esquecimento.
Lorrana agora era uma advogada determinada e temida nos tribunais. Sua fama não vinha só de sua competência, mas também de sua postura destemida e presença imponente. Ela era uma adversária que muitos evitavam, mas todos respeitavam.
Artur, por sua vez, seguiu um caminho semelhante, mas por outro lado da balança. Adotara o sobrenome materno, Monteiro, para evitar a associação com seu passado. Ele havia se tornado conhecido por sua postura calma e estratégica. Onde outros advogados tentavam vencer pela força e intensidade, Artur, ou melhor dizendo Monteiro, derrubava seus oponentes com argumentos ponderados e precisos.
O destino, caprichoso como sempre, os colocou frente a frente numa disputa judicial. Lorrana representava uma empresa processando um pequeno comerciante por quebra de contrato. Monteiro defendia o comerciante.
Na manhã do julgamento, Lorrana entrou na sala confiante, pronta para vencer. Ela olhou para o advogado adversário e sentiu um choque percorrer seu corpo.
— Artur?!
Ele a encarou com a mesma expressão calma de sempre, mas havia um brilho de divertimento contido em seus olhos.
— Lorrana. — Ele sorriu de lado, aquela expressão tranquila que ela odiava tanto.
— O que você está fazendo aqui? — Ela franziu a testa, incrédula.
— Trabalhando, assim como você. — Ele ajeitou os óculos com a mesma calma irritante. — Parece que nossas carreiras se cruzaram novamente, não é?
Foi então que ela percebeu o nome no processo: Artur Gabriel Monteiro.
— Você mudou de nome... — murmurou, mais para si do que para ele.
— Meu nome de família por parte de mãe. — Ele deu de ombros. — Você achou que nunca nos veríamos de novo?
A surpresa deixou Lorrana desnorteada por alguns segundos. Mas, rapidamente, ela se recompôs, esboçando um sorriso desafiador.
— Isso não muda nada. Espero que esteja preparado, Artur, ou melhor dizendo Monteiro, porque hoje você vai perder. Alias, como perdia na cozinha.
Ele riu baixo, como quem não se impressiona.
— Sempre pronta para brigar, não é? — Ele ajeitou a pasta e se inclinou levemente na direção dela. — Bom, estou pronto para o desafio.
E assim, o tribunal se tornava a nova arena deles. Dois advogados, com estilos opostos, mas um desejo em comum: vencer. Eles não eram apenas rivais por profissão; eram rivais de vida. E a cada nova rodada de argumentos, a tensão entre eles não era apenas jurídica.
Algo havia ficado pendente desde o passado — algo que agora começava a ressurgir, não apenas nas palavras afiadas que trocavam, mas nos olhares que permaneciam tempo demais. Eles se odiavam, ou apenas fingiam se odiar?
A verdade que ambos tinham muito em comum, a historia de vida era semelhante, ambos se admiravam, mas eram muito orgulhos para admitir.E não era só isso que tinha dificuldade de admitirem, mas também atração sexual.
Por vezes Artur sonhou transando com Lorrana, afinal a rabugenta tinha suas qualidades. O que ela tinha, que mais chamava atenção de Artur, era a o quadril largo e a bunda avantajada, era algo inesquecível. Enquanto ela se mordia de ciúmes ao vê-lo conversar com outras garotas do restaurante, era um tipo de conversa que ela nunca tinha dito com ele.
O julgamento avançava, cada argumento mais afiado que o anterior. Lorrana atacava com força, como sempre fizera, mas Artur mantinha a calma. Ele não se deixava abalar, e isso a irritava profundamente.
Durante um intervalo, eles se encontraram na cafeteria do tribunal.
— Não posso acreditar que o destino me fez cruzar com você de novo. Lorrana pegou seu café, lançando um olhar afiado para ele.
— Nem tudo é sobre destino, Lorrana.Artur deu um gole no café, sem pressa.
— Algumas coisas simplesmente precisam acontecer. Completou Arthur
Ela bufou, mas havia algo na maneira tranquila com que ele falava que a deixava desconcertada. Era frustrante como ele conseguia estar sempre no controle.Algo que ela jamais admitiria em voz alta.
O julgamento se estendia por horas, e Lorrana estava na ponta dos nervos. Cada vez que Arthur a confrontava com um argumento calmo e certeiro, ela sentia uma mistura de frustração e admiração. Era enlouquecedor. O jeito como ele ficava inabalável, mesmo diante de suas provocações mais incisivas, a fazia querer tanto vencê-lo quanto... beijá-lo.
E, para piorar, ele parecia saber disso.
Enquanto a audiência entrava em um recesso para as alegações finais, os dois se encontraram novamente na sala de espera. Lorrana estava parada junto à janela, braços cruzados e um olhar perdido na cidade lá fora. Arthur se aproximou, o som dos passos quase imperceptível.
— Você está bem? — ele perguntou, a voz baixa, mas sem o tom de provocação que ela estava acostumada.
Ela virou de repente, o rosto corado pela mistura de raiva e confusão que Artur sempre conseguia provocar.
— Claro que estou. Por que não estaria? — Sua voz soava defensiva, mais para si mesma do que para ele.
Artur sorriu de leve, aquele sorriso de canto que a deixava furiosa. Como ele podia estar tão calmo?
— Suas bochechas avermelhada me dizem outra coisa.
Ela tocou as bochechas e irritada disse:
— Não vá achando que sabe como eu sinto ou se me conhece, já se passaram anos desde a última vez que nos vimos.
— Porque você sempre foi assim, Lorrana. Precisando provar que está no controle, mesmo quando não está. Pra que construir essa muralha impenetrável diante de você?
Ela arregalou os olhos, como se ele tivesse acabado de descobrir o segredo que nem ela sabia admitir.
— Você não sabe nada sobre mim.
— Ah, mas eu sei. — Artur deu um passo mais perto, e agora havia apenas alguns centímetros entre eles. O perfume dela misturado com a tensão que pulsava entre ambos era quase insuportável.
Lorrana lembrava de momentos do passado quando ela colocava colírios nos olhos de Artur aproveitando-se para encarar a boca carnuda dele, sua vontade era de beija-lo, mas ela resistia.
- Você é mais forte do que qualquer pessoa que já conheci. Sempre foi. Mas sabe o que me irrita? Que você construa esse muro impenetrável com medo de verem alguma fraqueza sua, por que não se permite que alguém se aproxime?
Lorrana piscou, como se aquelas palavras a tivessem desarmado de uma forma que nenhum argumento jurídico jamais conseguiria.
— Por que você está dizendo isso agora? — Sua voz saiu mais baixa, quase um sussurro.
Artur deu de ombros, como se não estivesse prestes a destruir todas as barreiras que haviam construído entre eles durante anos.
— Porque cansei de brigar com você. Talvez porque eu queria algo que sempre quis no passado.
O coração de Lorrana bateu mais forte, e ela odiou a sensação de vulnerabilidade que tomou conta dela. Mas, ao mesmo tempo, não havia como negar: ele tinha razão. Todas aquelas brigas, desde os dias no restaurante, não eram apenas disputas; eram uma maneira de estarem próximos.
— Você é insuportável. — Ela finalmente sorriu, e havia tanto alívio quanto carinho em sua voz.
— Você também. — Artur respondeu com o mesmo sorriso tranquilo de sempre.
-É eu sei que sou uma chata mesmo. Ambos sorriram e voltaram para o tribunal.
De volta ao tribunal, ambos se posicionaram diante do juiz para as alegações finais. Cada um argumentava com a mesma força e paixão de sempre, mas algo havia mudado. Havia uma nova camada na maneira como se olhavam, como se, pela primeira vez, estivessem enxergando mais do que rivais.
Ambos tinham uma ótima reputação, eram sempre ditos por todos como referencias, eles rivalizavam sem saber muito bem quem eram, não foi só a mudança de nome de Artur, mas a aparência fisica também, ele saiu de um físico quase raquítico, para um corpo de musculatura saliente que ele adquiriu devido a sua malhação compulsoria.
Lorrana, já não tinha mais cabelos loiros, tinha pintado para um preto, sua pele branquinha junto de seus cabelos pretos renderam um apelido de “a branca de neve megera”.
Quando o julgamento finalmente terminou, ambos saíram da sala em silêncio. Lorrana ainda estava tentando processar tudo o que havia acontecido — não apenas no tribunal, mas dentro dela mesma. Ela nunca imaginou que poderia sentir algo tão forte por alguém que a irritava tanto.
Eles pararam na porta do prédio, onde o sol da tarde tingia o céu de dourado.
— Então... é isso, você vai embora para cidade onde mora? — Arthur perguntou, com aquele olhar calmo que a fazia perder o chão.
Lorrana balançou a cabeça e deu um meio sorriso.
— Não tem nada pra mim aqui, ou tem!?
Lorrana estava esperando para ver se de fato Arthur tinha mudado mesmo, queria saber se ele teria atitude tal qual demonstrou no tribunal.
Arthur sorriu de volta, e dessa vez havia algo novo ali — um entendimento silencioso de que eles haviam parado de fugir do inevitável.
— Café depois disso? — ele sugeriu, casualmente.
Ela arqueou a sobrancelha.
— Café? Depois de anos me provocando e fazendo minha vida um inferno, é assim que você quer recomeçar?
— Você tem uma sugestão melhor? — Ele sorriu, desafiador.
Lorrana o encarou por um instante,
-Tem certas coisas que nunca mudam né Arthur.
-Como assim, respondeu Arthur.
E então, sem aviso,Lorrana se aproximou e o beijou. Foi um beijo tão intenso quanto todas as brigas que eles já haviam tido, mas, dessa vez, não havia raiva. Apenas uma certeza absurda de que ambos haviam encontrado, finalmente, o que sempre buscaram — um ao outro.
Quando se separaram, Arthur ainda estava sorrindo.
— Acho que prefiro essa sugestão. rsrs
Lorrna riu, e pela primeira vez em anos, sentiu como se não precisasse provar mais nada para ninguém. Com ele, ela podia ser quem quisesse.
— Vamos indo, então, Monteiro.
-Aonde você ta me levando!?
-Pra onde mais? Pra onde eu estou hospedada.
Eles entram no quarto aos beijos, o desejo reprimido por anos aflora naquele momento, elas vão se despindo ao mesmo tempo que admitem que se desejavam há muito tempo.
-Eu sempre quis isso Lorrana , sempre lhe desejei
-Eu também, só não admitia isso, nem pra mim mesma.
Arthur retira toda aquela roupa formal de Lorrana e fica paralisado de frente para ela, olhando atentamente os seios pequenos branquinho e uma boceta quase que toda raspada, apenas fino pelos eram notados.
Lorrana parecia respirar com dificuldade,Arthur estava a vendo desarmada, indefesa, nem parecia aquela mulher forte.Ela estava parada esperando o proximo passo que cabia a Arthur tomar.
Ele se aproxima, puxando-a pelo braço, levando ela para cama, para em seguida ficar por cima dela. Ela passa sua mão pela musculatura saliente de Artur e lembra-se o quanto ele mudou nesse ponto.
Artur começa a esfregar seu pau na boceta de Lorrana, sem penetra-la.Eles ficam naquele esfrega esfrega e Lorrana não se aguentando mais grita: "ME COME DE UMA VEZ ARTHUR"
Quando sente todo aquele pau entrar, Lorrana reage segurando com força a cintura de Artur, automaticamente gemendo com uma voz rouca.
Artur vai aumentando a velocidade do quadril, fazendo Lorrana arranha-lo as costas.O tesão é tamanho que ele não sente dor de sua pele sendo rasgada. Pelo contrario, ele sente mais tesão ainda, começando a provoca-la sobre o passado.
-Eu adorava quando você me olhava com aquela cara séria, de raiva, sabia!!?
-É..aaiian..era só aparência, no fundo eu queria te beijar.
-Eu sei disso
-Como assim!?
-Eu podia ver nos seus olhos seu desejo, mas as vezes a magoa entre nós não me deixava eu me aproximar de você.
-CHEGA!! Não fala mais disso, só me fodeee
Lorrana pede para Arthur levantar-se, ele deita na cama e agora é Lorrana que esta por cima. Ela agora tem o controle, montada em cima dele, começa a movimentar-se. Nesse momento ela desperta seu lado controladora, segura as mãos de Arthur com força, deixando-o imobilizado ao mesmo tempo que aumenta a velocidade com que rebola.
Arthur sente seu corpo da sinais da chegada do orgasmo, então ele diz a Lorrana sobre seu sonho de come-la de quatro. Lorrana rir e o questiona
— Então você sonha me comendo é seu safadinho!!? rsrs
— Varias vezes sonhei com isso.
— SAFADO!! Então vem, realiza seu sonho.
E lá estava, Lorrana de quatro com seu bundão branquinho empinado na frente de Arthur, esperando ansiosamente para ser penetrada. Arthur aperta a bunda de Lorrana com força, quase sem acreditar no que estava acontecendo.
— Vai com calma bebe, isso não é um sonho rsrs. Disse Lorrana.
— PQP que tesão em te ver assim Lorrana.
— Hum..até palavrão ta falando, você que é tão certinho.
— Não me provoca!!
Lorrana fazia justamente o contrário, colocando a mão sobre a bunda, deixando sua boceta e cuzinho abertinhos.
— Anda, vem me comer!
Então Arthur segura na cintura de Lorrana e aos poucos a penetra sentindo a boceta dele molhada pulsando de tesão.Lorrana sente o quadril de Arthur encostar nela, assim como o pau dele inteiro dentro dela.
Uma das mãos de Arthur passa a segurar os cabelos de Lorrana enquanto a outra aperta a bunda dela com força. Lorrana pensa automaticamente: "Vou ficar toda marcada" Então ela vira o pescoço para trás e olha para Arthur com seu olhar provocante.
A reação de Arthur diante disso é o aumento das estocadas, pois ele sabia que ela estava lhe provocando, era o mesmo olhar que ela desferia anos atrás. Arthur começa a dar palmadas na bunda dela, provocando-a de volta.
Ela mordia os lábios de tesão, pois a provocação deu certo, era exatamente isso que ela queria, pela primeira vez ela era dominada, nenhum outro homem havia conseguido aquilo. Em meio aos gemidos ambos chegam ao orgasmo, satisfeitos, pois enfim realizaram o que sempre quiseram.
Naquele dia, eles descobriram que a rivalidade que carregaram por anos, era um tempero extremamente eficiente na cama, as transas que se seguiram foram regadas a provocações, provalvmente isso nunca mudaria entre eles.