Eu precisava sair de casa. O cheiro do café misturado ao perfume de Marta ainda parecia grudado em mim. E não era só isso. Era o jeito como ela me olhou, a casualidade de tudo que me deixava louco. Pus o tênis mais rápido do que deveria e inventei a desculpa mais óbvia possível.
– Vou dar uma volta – anunciei, pegando as chaves.
– Volta logo, Miguel. Tem roupa sua pra dobrar – respondeu, sem tirar os olhos do notebook na mesa da cozinha.
Claro. Porque nada me tira mais de um estado mental turbulento do que dobrar camisetas. Saí sem rumo, tentando tirar da cabeça não só a conversa da manhã, mas... bom, o resto. Marta inclinada sobre a mesa, o decote, a curva do pescoço. Merda.
A caminhada ajudou. Um pouco. A brisa fresca, o som distante dos carros e até um cachorro perdido cruzando meu caminho me distraíram. Mas bastava fechar os olhos e a imagem dela voltava. Minha mãe, aos 18 anos, provocando um homem mais velho. Não só a imagem que ela descreveu, mas o jeito como ela contou. Uma mulher que tinha desejos, que sabia o que queria. Uma mulher que, por algum motivo, eu não conseguia mais ver apenas como minha mãe.
Depois de algumas horas vagando sem direção, voltei para casa. Era quase noite e a luz da sala estava acesa, derramando uma tonalidade quente pelo corredor.
Eu deveria ter ficado mais tempo fora. Não que andar sem rumo tivesse me ajudado, mas ao menos a tentação ficava mais distante. Agora, de volta ao campo de batalha, tudo parecia pior. Marta estava no sofá quando cheguei, e a visão me atingiu como um soco no estômago.
Ela estava descalça, com as pernas dobradas sob o corpo, a postura casual e confortável de quem nem imagina o impacto que provoca. Vestia uma camiseta branca grande, que parecia uma relíquia do guarda-roupa, fina a ponto de revelar o contorno leve de seus seios sob o tecido. Não havia sutiã. Era impossível ignorar como os mamilos pressionavam a malha, como se desafiassem a gravidade com uma elegância natural.
E o short… se é que dava para chamar aquilo de short. Um pedaço de malha cinza, tão curto e cavado que parecia mais uma provocação do que uma escolha de vestuário. Ao dobrar as pernas daquela maneira, parte das polpas de sua bunda escapava pelas laterais, expondo mais pele do que deveria ser permitido.
A luz suave da sala parecia conspirar comigo, acentuando cada curva, cada detalhe. E o pior: ela estava tão à vontade que tudo isso parecia um acidente. Mas para mim, não havia nada de acidental naquilo.
"Ótimo, Miguel. Você saiu para esfriar a cabeça e voltou direto para o fogo."
– Pensei que ia dormir na rua – disse, com um meio sorriso, segurando uma tigela de pipoca.
– Perdi a noção do tempo – respondi, tentando não olhar para as pernas dela, que estavam dobradas no sofá.
Eu mal conseguia olhar diretamente para ela. Meus olhos fugiam para a cozinha, para o chão, para qualquer lugar que não fosse o sofá. Mas era como se meu corpo tivesse vontade própria.
– Vem assistir um filme comigo – ela disse, num tom casual.
Eu deveria dizer não. Eu sabia que deveria dizer não. Mas minhas palavras hesitaram na garganta.
– Estou cansado – tentei, mais para me convencer do que a ela.
– Anda, Miguel. Faz tempo que a gente não faz nada juntos.
A insistência dela era quase um carinho, mas para mim parecia uma armadilha.
– Toma um banho rápido e vem. Eu faço pipoca enquanto isso.
Eu balancei a cabeça, buscando qualquer desculpa para escapar.
– Não precisa, mãe.
Ela virou o rosto para mim, e havia algo no olhar dela – firme, mas caloroso, quase como uma ordem camuflada de gentileza.
– Vai logo. Não demora.
Quando ela se levantou do sofá, foi como se o tempo desacelerasse. A camiseta subiu com o movimento, expondo a curva da cintura e mais um pouco da coxa. O short parecia abraçar suas formas de maneira provocante, e quando ela caminhou em direção à cozinha, o tecido balançou de uma forma que eu não consegui desviar os olhos.
"Isso vai acabar comigo", pensei, enquanto virava para o corredor.
No banheiro, a água quente caiu sobre mim, escorrendo pelo corpo como se pudesse lavar mais do que apenas a poeira e o suor do dia. O calor relaxava os músculos, mas parecia amplificar tudo o que eu estava tentando ignorar. Cada gota que deslizava pela pele era como uma lembrança do que eu tinha acabado de ver. O tecido fino da camiseta, o short minúsculo, as curvas que pareciam desenhadas para me provocar.
Fechei os olhos, mas isso só tornava as imagens mais nítidas. Marta, descalça, o corpo relaxado no sofá, o sorriso que ela deu enquanto me convidava para assistir ao filme.
"É a última vez", pensei, apertando os punhos. "A última vez que deixo isso me consumir."
Minhas mãos subiram lentamente pelo peito, como se buscassem um pouco de controle, mas acabaram indo parar onde eu sabia que não deviam. O toque era inevitável, como se meu corpo já tivesse decidido o que fazer antes mesmo de eu admitir para mim mesmo.
"É só uma vez. Só para aliviar isso."
A água quente continuava a cair, como se acompanhasse o ritmo frenético que minhas mãos assumiram. Eu me segurei na parede do box, o peito subindo e descendo rapidamente. Minha mente estava um caos, mas o corpo sabia exatamente o que queria.
Eu nunca tinha me sentido assim antes. Era como se tudo estivesse à flor da pele, cada imagem, cada sensação. O rosto dela, os cabelos caindo nos ombros, os mamilos sob a camiseta.
Os movimentos ficaram mais rápidos, quase desesperados, e eu senti meu corpo se apertar, se preparar. Foi tudo tão intenso que bastaram alguns segundos para eu chegar ao ápice.
A explosão foi quase violenta, o corpo inteiro tremendo enquanto o prazer tomava conta de mim. Minhas pernas fraquejaram, e eu me apoiei no azulejo frio, a respiração pesada.
Mas algo estava errado.
Olhei para baixo, esperando ver o alívio que tanto precisava. Em vez disso, lá estava ela – a maldita ereção, intacta, como se nada tivesse acontecido.
"Você só pode estar de brincadeira comigo."
Frustrado, virei o registro da água para o lado oposto. O jato gelado atingiu meu corpo como uma bofetada, arrepiando cada centímetro da pele. Era doloroso, mas necessário. Eu precisava apagar aquilo de dentro de mim, controlar o que parecia incontrolável.
Aos poucos, o choque da água fria começou a surtir efeito. A pulsação foi diminuindo, a respiração se estabilizou, e o que restava da excitação finalmente cedeu.
"Pronto", pensei, desligando o chuveiro. "Fim de jogo. Isso não vai acontecer de novo".
Enquanto me enxugava, no entanto, uma parte de mim sabia que estava mentindo para si mesmo. Eu sabia que voltar para a sala seria como pisar numa armadilha – e, pior, uma parte de mim queria muito cair nela.
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