Andressa ajeitou a canga ao redor do corpo, cobrindo-se sem pressa, enquanto Lucas permanecia deitado na areia, a respiração ainda pesada. O sol do fim de tarde tingia o céu com tons alaranjados e dourados, iluminando a paisagem com uma beleza quase surreal. Ela olhou para ele por um momento, ainda sentindo o calor dos toques dele em sua pele, e então se levantou. Era hora de encontrar Paulo.
O caminho até a cadeira de praia onde Paulo aguardava não era longo, mas cada passo parecia carregado de tensão. Sua mente ainda estava mergulhada no turbilhão de sensações que havia experimentado com Lucas, mas agora vinha o momento de compartilhar tudo. Ela sabia que Paulo queria saber, e, de certa forma, ela também queria contar.
Ao se aproximar, ela viu Paulo sentado com as pernas cruzadas, um copo de água de coco na mão, a expressão serena enquanto observava o mar. Ele desviou o olhar quando percebeu a chegada de Andressa, um sorriso tranquilo surgindo em seu rosto.
— Aproveitou? — perguntou ele, com aquela calma característica que Andressa sempre admirou.
— Muito — respondeu ela, um sorriso malicioso surgindo em seus lábios.
Ela se sentou ao lado dele, ainda sentindo a areia fria grudada em sua pele quente. Paulo virou-se ligeiramente para ela, observando-a com atenção.
— Quero ouvir tudo — disse ele, a voz baixa, mas carregada de curiosidade.
Andressa respirou fundo, buscando as palavras certas.
— Foi intenso, Paulo, meu amor... muito intenso. Quando ele começou a me tocar, foi como se cada parte do meu corpo despertasse ao mesmo tempo. Os dedos dele eram firmes e fortes, mas tinham uma suavidade que me fazia arrepiar inteira, cada parte do meu corpo o desejava intensamente naquele momento.
Ela sorriu ao se lembrar da sensação do toque dele, a pele estremecendo, como se um pedaço de seu corpo tivesse sido reacendido.
Paulo permaneceu em silêncio, mas ela notou o leve apertar de seus lábios, como se ele estivesse saboreando cada detalhe que ela descrevia.
— Ele começou com beijos, leves no início, mas logo ficou mais... urgente se é que me entende. Quando ele segurou minha cintura e me puxou para ele, eu senti o corpo dele inteiro contra o meu, seu pau já estava em riste e senti por inteiro na minha pele, e foi como se eu perdesse completamente o controle.
Andressa fez uma pausa, olhando para o rosto de Paulo. Ele estava atento, os olhos fixos nos dela, mas havia algo mais ali — uma mistura de desejo e cumplicidade.
— E aí? — ele incentivou, com um pequeno sorriso.
— Ele foi me deitando na areia, mas com tanto cuidado que parecia que eu estava sendo conduzida por alguém que sabia exatamente o que estava fazendo. Os lábios dele deslizavam pelo meu corpo... — Andressa mordeu o lábio, sua voz vacilando por um momento enquanto as memórias vívidas a faziam tremer.
— E o que ele fez? — Paulo perguntou, sua voz um pouco mais rouca agora.
— Ele explorou cada parte de mim, Paulo. Passava os dedos pela minha pele, como se estivesse me desenhando. Quando chegou aos meus seios... — Ela parou por um instante, um sorriso tímido, mas provocante surgindo em seus lábios. — Ele os tocava como se quisesse memorizá-los. Me chupou por um tempo que nem sei descrever, apenas sentia sua boca e hálito quente em mim, dando mordidas leves nos biquinhos de cada um deles. Era firme, mas ao mesmo tempo tão delicado.
Ela fechou os olhos por um momento, como se ainda sentisse a pressão dos lábios dele em seus seios, e sorriu ao lembrar da excitação que aquele toque provocou.
Enquanto se entregava ao prazer com Lucas, Andressa sentia uma estranha mistura de liberdade e lealdade. Seus corpos se moviam de forma quase animalesca, mas em cada toque, ela se lembrava da promessa que fizera a Paulo – de que, mesmo em momentos como aquele, ela ainda pertencia a ele.
Paulo inclinou-se levemente, os olhos escurecendo com algo que Andressa reconheceu como puro desejo, seu pau já duro com o relato de Andressa.
Andressa sorriu, seus olhos brilhando com um toque de malícia enquanto as lembranças de Lucas se desenrolavam em sua mente. Ela olhou para Paulo, o olhar mais intenso e provocante, como se quisesse levá-lo consigo para aquele momento.
Enquanto narrava a experiência com Lucas, Andressa se deu conta de como as palavras escapavam sem controle, e a sensação de excitação ao compartilhar tudo com Paulo se misturava com uma leve culpa que ela não queria explorar.
— Ele percebeu, Paulo... — ela disse, com a voz suave, quase um sussurro, deixando as palavras escaparem de seus lábios como se fosse um segredo. — Percebeu o meu presente eterno, aquele que faço questão de exibir em minha pele, algo que é só meu e de quem eu escolho. E claro, ele reparou na depilação, no cuidado meticuloso com cada fio removido, como se eu estivesse me preparando especialmente para você. Fiz questão de me entregar aos detalhes, e cada gesto, cada escolha, estava pensado para te excitar, para deixar teu olhar completamente obcecado por mim.
Ela sentiu o coração bater mais rápido ao relembrar o cuidado minucioso com que se preparou, cada escolha sendo feita pensando em Paulo, em agradá-lo. O prazer de saber que ele repararia em tudo a envolvia de uma maneira indescritível.
O sorriso que se formou em seus lábios foi lento, como um convite silencioso, e ela sentiu uma onda de desejo tomar conta dela ao recordar de cada passo que tomou. Lembrava-se de como tinha escolhido com precisão onde e como se depilar, fazendo tudo exatamente como Paulo gostava. Ela queria que cada toque dele fosse como uma marca, uma prova de que ele a conhecia mais do que qualquer um.
— Eu me certifiquei de que os pelinhos estivessem no lugar exato onde você sempre pede, Paulo — ela continuou, com um brilho no olhar que se misturava entre orgulho e desejo. — Cada linha, cada curva, era um convite para o toque, suave e sutil, uma promessa de prazer. O lugar entre as minhas pernas, onde você gosta de ver mais suave, mais lisa... Eu me certifiquei de que fosse perfeito, como você gosta, cada pedaço de mim alinhado com a tua imaginação. E os pelinhos ali já estavam mais longos, negros como você gosta, quase selvagens, mas ainda assim controlados, discretos... só para você. Ele passou os dedos por ali, com aquele sorriso travesso, notando tudo, e me perguntou se eu tinha feito tudo isso especialmente para você... E eu não podia negar. Porque sim, Paulo, eu fiz. Cada fio removido foi um pedaço de mim dado só a você.
Andressa fez uma pausa, deixando a tensão no ar, seus lábios se curvando num sorriso provocante, uma mistura de orgulho e desejo incontrolável.
— Eu respondi que sim. Porque cada detalhe que você ama, cada toque que me pede, eu faço para você. Para te agradar, para te excitar. Porque meu corpo, Paulo, é seu terreno de prazer, e eu me entrego a ele, para que você sinta cada pedaço de mim, da maneira como você quer.
Ela observou a reação de Paulo, sentindo a energia entre eles crescer, antes de se inclinar um pouco mais para ele, só o suficiente para deixá-lo mais ansioso, mas ainda assim, sem tocá-lo. Sua voz agora estava mais baixa, mais carregada de malícia e desejo.
— Mas sabe o que mais, Paulo? — ela disse, sua voz agora quase um sussurro, quase desafiadora, com um brilho travesso nos olhos. — Quando Lucas passou a mão por ali, nos pelinhos que, de certa forma, pertencem a você, eu senti uma provocação... Ele tocou com aquele olhar curioso, quase possessivo, e sabia que eram seus, mas ainda estavam ali, sob minha pele, como uma marca tua, como se eu estivesse usando algo que era, sim, só seu. E sabe o que mais? Ele deu uma leve puxadinha, quase como se quisesse me testar, puxando-os com firmeza, só para me provocar, esticando-os para longe de onde estavam, como se quisesse desafiar a suavidade que você tanto adora. Mas, mesmo assim, os pelinhos ainda pertencem a você. Eles são sua marca.
Andressa sorriu, observando atentamente a reação de Paulo. Ela sabia que ele estava absorvendo cada palavra, cada imagem que ela criava em sua mente, e ela se deliciava com isso. O desejo dele estava ficando impossível de esconder, e ela queria mais.
Paulo engoliu em seco, seu corpo tenso, os olhos escurecendo à medida que as palavras de Andressa o atingiam. Ele olhou para ela com um sorriso de canto, algo entre diversão e desejo puro, um olhar possessivo que deixou claro o que ele queria.
— Então você deixou ele tocar neles, sabendo que eram meus? — ele perguntou, a voz baixa, quase rouca, carregada de um desafio que Andressa adorava. Seu tom estava firme, mas havia algo mais, uma tentativa de controle que ela adorava provocar.
Andressa se inclinou levemente para frente, como se fosse se aproximar mais, mas sem tocar ainda. Ela deixou o espaço entre os dois ainda quente, um convite sem palavras. Seus olhos brilharam ao encarar Paulo, e ela sussurrou, sua voz mais íntima agora, cada palavra carregada de malícia.
— Eu deixei, sim. Porque, Paulo, os pelinhos são seus, mas ainda são meus, e ninguém mais pode tocar aqui da mesma forma que você. Eles sempre vão ser seus... Mesmo que alguém os toque, não importa o que aconteça, eles são a sua marca. Mas é claro, você sabe, você sempre foi o único a tocar aqui como se tivesse direito, a única mão que importa é a sua, não é?
Ela se aproximou ainda mais, agora quase tocando-o, sentindo a tensão entre eles aumentar a cada segundo. O sorriso nos lábios dela era uma mistura de desafio e prazer, e ela sabia que estava dominando o espaço com seu corpo e palavras. Ela não queria parar, não queria que ele perdesse um segundo do que ela estava oferecendo.
— E vou te contar uma coisa, Paulo — ela disse com voz suave, mas agora carregada de provocação. — Quando ele passou os dedos, os pelinhos estavam lá, mais longos e negros, como você gosta. E mesmo quando ele tocou, por um segundo, eu senti uma sensação... quase como se fosse você, como se o seu toque estivesse lá, porque, no final, tudo que é meu também é seu. E você sempre vai ser o único a me tocar de verdade.
Andressa então, com o olhar fixo em Paulo, desceu as mãos suavemente até a parte inferior de seu corpo. Ela deslizava os dedos com precisão, imitando o gesto de Lucas, como se estivesse tecendo uma fantasia visual de domínio e desejo. Seus dedos passaram pelas curvas do corpo, de leve, como se estivessem apenas esboçando o toque que Lucas fizera, mas com a intensidade que Paulo sempre desejava. Ela replicou o movimento de puxar os pelinhos, com um toque mais firme, quase como uma simulação do que Lucas fizera, mas de maneira que só Paulo poderia recriar, com o controle absoluto sobre ela. Ela olhou nos olhos de Paulo, agora mais intensa, mais provocante, e sussurrou:
— Só você, Paulo... só você pode fazer isso direito. Só você pode me tocar e fazer com que eu perca o controle.
Paulo olhou fixamente para ela, uma mistura de desejo e possessividade dominando seus olhos. Ele deu um passo mais perto, a respiração dele mais pesada agora, enquanto observava Andressa com um sorriso lento, mas cheio de intenções.
— Você está provocando demais, Andressa... — ele murmurou, a voz agora rouca, como se estivesse a ponto de ceder ao jogo que ela estava fazendo. — Mas, você sabe que no final, tudo o que você faz é para mim, não é?
Andressa sorriu para Paulo, com os olhos brilhando, ainda saboreando cada palavra que acabara de dizer. Ela podia ver a intensidade crescente nos olhos dele, a resposta silenciosa que ela tanto queria: o desejo estava ali, tão palpável quanto o calor do sol que começava a se pôr.
Paulo, com a respiração mais pesada agora, apenas a observava, como se estivesse tentando absorver tudo o que ela dizia. A tensão entre eles era quase elétrica, o ar denso de desejo e cumplicidade.
— E quando ele... — Paulo começou, mas não terminou a frase, como se estivesse buscando mais uma confirmação. Ele já sabia, mas parecia querer ouvir o que Andressa tinha a dizer sobre aquilo. Sobre aquele toque, aquele momento que dividiam com alguém, mas que ainda tinha a marca de sua própria possessividade.
Andressa, com um sorriso malicioso, continuou.
— Quando ele me tocou mais profundamente, Paulo, o prazer foi intenso... mas não houve comparação. Não houve comparação com você. Eu sabia que a sua mão me tocaria de forma diferente. Porque você conhece o meu corpo de uma maneira que ele nunca conhecerá. Cada curva, cada reação minha, você sabe quando devo me entregar e quando preciso de mais. Você sempre foi assim, e não seria diferente agora.
Ela fez uma pausa, permitindo que as palavras flutuassem no ar. Paulo ainda a encarava, agora com os olhos mais sombrios, seu corpo tenso de desejo, mas também de um entendimento profundo. Andressa sabia que ele estava absorvendo cada palavra, cada sensação que ela compartilhava.
— Mas eu sabia, Paulo... sabia que seria com você que eu sentiria o meu corpo completamente, que sentiria aquele prazer mais forte, aquele que só você me dá. Eu deixei ele me tocar, sim, mas era como se eu estivesse aguardando o momento de ser tocada por você, de ser sua completamente, porque é você quem tem o domínio, é você quem me conhece de verdade.
Andressa sentiu o calor crescer entre eles, sabendo que o jogo estava prestes a se intensificar. Ela sorriu, sabendo que as palavras dela tinham um efeito que ela adorava ver em Paulo.
— Ah, Paulo... você sabe que sim. Eu sou sua. Sempre fui. Mas você também sabe que eu adoro esse joguinho. E hoje, mais do que nunca, você vai me mostrar o que fazer com tudo isso, não vai?
Ela sorriu, sabendo que o poder estava, de alguma forma, nas mãos dele agora, mas ela adorava ter o controle da provocação.
— Continue — pediu ele, a respiração mais pesada.
Andressa parou, observando a reação de Paulo. Ele não disse nada de imediato. A tensão entre os dois crescia a cada segundo, como se ele estivesse ponderando, medindo a intensidade do que ela acabara de contar.
— Quando ele finalmente chegou mais abaixo, o toque dele era tão preciso, tão... confiante. Ele não tinha pressa, e isso me deixava louca. Era como se quisesse explorar cada detalhe meu. E o corpo dele, Paulo...
Ela fez uma pausa, fechando os olhos por um instante, como se estivesse revivendo o momento.
— Ele é tão forte, tão firme. Cada músculo parecia esculpido, e quando eu passava minhas mãos pelo peito dele, sentia cada contorno perfeitamente. A pele dele é quente, com um toque áspero nos lugares certos...
Paulo apertou o copo de água de coco com um pouco mais de força, mas ainda permaneceu em silêncio, ouvindo atentamente.
— E quando eu o toquei mais... abaixo... — continuou Andressa, a voz carregada de malícia enquanto seus olhos brilhavam ao lembrar. — Senti a textura da pele dele, quente e firme, e, Paulo... ele é impressionante. As mãos dele, tão seguras, eram o prelúdio do que vinha depois. Ele é... generoso, seu pau encaixou completamente em mim, era grande e um pouco mais grosso que o seu. Em tamanho, em forma, em tudo. Perfeito de um jeito quase irreal. Foi impossível não querer explorar cada detalhe de seu membro.
Paulo ajustou-se na cadeira, os olhos fixos nela, claramente capturado pelo relato.
— Quando o toquei pela primeira vez, foi como se ele tremesse sob meus dedos, mas ao mesmo tempo, ele se mantinha no controle. A forma como ele reagia ao meu toque, tão natural, tão... masculino, me deixava louca. Havia uma tensão, um poder contido que me fazia querer provocá-lo ainda mais.
Ela sorriu, um sorriso cheio de memórias recentes e deliciosas.
— E então, quando ele finalmente me tomou... — Andressa parou por um instante, como se escolhesse as palavras mais exatas para descrever. — Foi como se o mundo inteiro parasse, Paulo. Foi entrando lentamente em mim, tirando e saindo aos poucos para eu me acostumar com a anatomia diferente da sua, senti cada centímetro de mim abrindo devagar a medida que ia entrando em mim, meu clitóris esfregava eu seu púbis com pelos levemente aparados, o que aumentava ainda mais a sensação prazerosa do momento. Ele sabia exatamente o que estava fazendo, cada movimento dele era preciso, suas estocadas eram firmes e aos poucos foi indo até o fim dela, tocando no colo do útero, como se me conhecesse por inteiro. A sensação era avassaladora. Ele preenchia cada espaço meu, me fazia perder o fôlego. Cada estocada, cada toque, era um convite para me render mais e mais.
Andressa inclinou-se levemente para frente, os olhos de Paulo estavam fixos nela, a respiração dele quase sincronizada com a dela.
— E havia algo na maneira como ele fazia tudo, como se me adorasse. Ele era firme, mas nunca rude, gemia em meus ouvidos, sempre atento ao que eu precisava. Quando chegamos não estávamos aguentando mais, ele me disse que estava perto de gozar e pedi para que fosse tudo dentro de mim, queria cada gota daquela gozada, Paulo, foi como se o corpo dele me conduzisse ao meu limite. Assim que ele gozou, não aguentava mais e precisava me libertar de todas as amarras e costumes morais do cotidiano, também gozei como poucas vezes me aconteceu, foi intenso, forte e voraz, como uma força da natureza. Eu me senti completa, totalmente entregue, e ao mesmo tempo, livre de todas as amarras.
Andressa fez uma pausa intencional, permitindo que o silêncio aumentasse a tensão entre eles. Ela observou atentamente a reação de Paulo. Ele estava imóvel, mas suas mãos tremiam levemente, como se tentasse conter algo que queimava por dentro. O fogo nos olhos dele estava mais intenso, uma mistura de curiosidade, desejo e memórias que pareciam reviver com cada palavra que ela proferia.
Ela sorriu de leve, um sorriso cheio de intenções, e inclinou-se ainda mais, até que sua voz fosse um sussurro próximo ao ouvido dele:
— Sabe, Paulo, enquanto acontecia, eu me lembrei de algo que você me pediu uma vez, lá no começo, quando conversávamos pela internet.
Paulo desviou o olhar para ela, intrigado e ansioso ao mesmo tempo.
— O que foi? — perguntou ele, a voz rouca.
Andressa brincou com a ponta da canga que cobria seus ombros, como se ponderasse antes de continuar.
— Você me disse que imaginava como seria me ver completamente entregue... — começou ela, os olhos fixos nos dele, vendo a memória se acender. — Como seria saber que alguém me tomaria sem hesitação, mas ainda assim, com cuidado. E você me desafiou... lembra? Disse que queria que eu contasse cada detalhe se um dia acontecesse.
Paulo fechou os olhos por um instante, como se aquelas palavras o atingissem com a força de uma lembrança há muito guardada. Quando os abriu novamente, havia algo novo neles — um brilho de reconhecimento e um desejo ainda mais voraz.
— E foi isso o que você fez agora? — murmurou ele, a tensão evidente na forma como ele ajustou o corpo na cadeira.
Andressa inclinou-se ainda mais, o sorriso provocante nunca saindo de seus lábios.
— Fiz, Paulo. Exatamente como você pediu naquela época. E quer saber? Foi ainda mais intenso do que qualquer coisa que eu poderia ter imaginado quando você me desafiou.
Paulo manteve os olhos fixos nos dela, sua expressão oscilando entre desejo e lembrança. Ele parecia perdido por um instante, como se as palavras de Andressa tivessem o transportado para um tempo passado, para aquelas noites em que suas conversas não passavam de mensagens digitadas, cheias de tensão, provocações e fantasias compartilhadas.
— Sabe, Andressa... — ele começou, a voz ainda baixa, mas agora com um toque de nostalgia. — Enquanto você falava, eu me lembrei daquela noite em que conversamos até o amanhecer. Você descreveu exatamente como imaginava ser tocada, como queria que fosse conduzida, explorada... sem pressa, mas com uma intensidade que te faria perder o fôlego.
Andressa sorriu ao lembrar.
— E você me disse que, se estivesse comigo, faria questão de cada detalhe — respondeu ela, o tom provocante, mas cheio de doçura. — Que queria me ouvir gemer seu nome, que adoraria ver o quanto eu poderia me render.
Paulo riu, um som rouco que parecia carregar todo o peso da lembrança.
— E você, naquela época, me desafiou. Disse que um dia, quando eu soubesse, teria que lidar com a imagem de tudo isso... aqui — ele gesticulou para ela, indicando não só o momento, mas a visão dela ali, tão real, tão próxima.
Andressa inclinou-se para ele, seu sorriso agora cheio de malícia.
— Então? Está lidando bem com isso?
Paulo segurou o queixo dela com delicadeza, mas a intensidade em seus olhos dizia outra coisa.
— Não, Andressa. Não estou lidando. Estou consumido.
O silêncio que seguiu foi quebrado apenas pelo som das ondas ao longe, mas entre eles, a tensão era palpável. Paulo deslizou a mão pelo rosto dela, até segurar sua nuca, aproximando-a mais.
Ela sentiu o calor do corpo dele se aproximando mais, como se ele estivesse prestes a ceder àquela tensão. Andressa se inclinou para frente, seus olhos fixos nos dele, agora mais intensos, desafiadores.
— E quando você me tocar, Paulo... eu sei que será diferente, eu sei que você vai me fazer ver as estrelas, como sempre faz. Então, eu deixei Lucas me explorar, porque sabia que no final, seria com você que eu sentiria aquele prazer absoluto.
Andressa deu uma risadinha, como se estivesse se divertindo com o jogo de palavras, mas também sabia que havia algo muito real por trás de cada uma delas. O jogo de sedução estava sendo jogado, e ela estava completamente ciente disso.
Paulo ficou em silêncio por um momento, a respiração mais pesada, os olhos fixos nela. Ele estava claramente surpreso, mas também completamente absorvido por suas palavras, o desejo flamejante em seus olhos agora inconfundível.
— Então, você me diz que ele não foi nada comparado a mim... — Paulo disse com um sorriso sutil, mas com um tom de voz que deixava claro o que estava em jogo.
Andressa se aproximou ainda mais, seus rostos agora quase colados. Ela deixou os lábios se tocarem levemente, como se estivesse prestes a beijá-lo, mas, em vez disso, sussurrou no ouvido dele.
— Não foi, Paulo. Porque, no final, você sempre será o único. O único capaz de me fazer sentir tudo o que eu preciso. O único que pode marcar o meu corpo da maneira como você sempre fez. E por mais que eu tenha deixado alguém tocar em mim, o toque de Lucas nunca será suficiente. Não para mim.
Ela terminou a frase com um sorriso encantador e, antes que ele pudesse reagir, a puxou para um beijo intenso, selando tudo o que haviam compartilhado com palavras e com toques que diziam mais do que qualquer conversa.
— Eu esperei muito tempo para te ouvir descrever algo assim. Esperei ainda mais para ver o que você faz comigo depois disso — sussurrou ele, a voz carregada de promessas.
Andressa sentiu um arrepio correr por todo o corpo, as palavras dele a envolvendo tanto quanto suas mãos firmes. E naquele instante, ela soube que as memórias que tinham juntos eram apenas o prelúdio do que estava por vir.
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