Saio do banheiro ainda com a mente nublada. O peso da manhã mal dormida e os resquícios de culpa se misturam a um torpor que me faz caminhar devagar, quase mecânico. A ideia era ir até a cozinha e me alimentar antes que qualquer pensamento inconveniente voltasse a se alojar na minha cabeça. Mas, no meio do caminho, algo me faz parar.
Vozes.
Duas. Reconheço ambas imediatamente. Minha mãe e minha tia, Marta e Márcia, em uma conversa que, pelo tom, parecia íntima demais.
Instintivamente, me encosto na parede, no corredor que leva à cozinha. Não sei dizer o que me deteve — curiosidade, talvez. Ou aquela sensação de que algo estava prestes a ser dito que não era para meus ouvidos. De qualquer forma, fiquei ali.
— Marta, você tem que falar com ele. — A voz de Márcia é prática, quase debochada, como sempre.
— Não há nada para falar, Márcia. Foi um acidente. — Minha mãe soa exasperada, mas cansada ao mesmo tempo.
Acidente? Meu corpo congela. Isso só podia ser sobre mim.
— Acidente ou não, você viu. — Márcia não dá trégua. — E, pelo que me lembro, não foi qualquer coisa.
Minha respiração trava. Não podia ser.
— Você está louca! Eu não vi nada. Foi rápido.
Havia um nervosismo na voz de Marta que só fazia minha curiosidade crescer.
Márcia ri, aquela risada curta, cheia de malícia. — Ah, Marta, por favor. Não se faça de desentendida. Você não percebeu o tamanho?
O calor sobe ao meu rosto. É isso mesmo? Elas estão falando do meu… Meu corpo se enrijece, e não só pelo desconforto.
Minha mãe tenta cortar o assunto. — Isso não tem nada a ver, Márcia. Não era como se eu estivesse reparando.
— Mas deveria! — Márcia rebate, rindo. — Porque eu já reparei. Lembra daque churrasco na chácara da mãe, Marta? Ele de sunga, andando pra lá e pra cá… Difícil não notar.
Fecho os olhos por um instante, sentindo uma mistura de vergonha e incredulidade. Se ao menos ela soubesse…
Vou te contar um segredo, já que estamos entre amigos. Meu pau não é tão grande assim. Não mesmo. É até normal, diria. Acontece que, toda vez que vejo Márcia, ele não consegue se conter. E, sinceramente, quem poderia culpá-lo? Márcia não é exatamente o tipo de mulher que passa despercebida.
Ela tem 36 anos, um corpo que poderia facilmente ser capa de qualquer revista — e provavelmente causaria um escândalo em algumas. Cabelos castanhos escuros e longos, lisos, que ela sempre joga de um lado para o outro como se soubesse exatamente o impacto que isso causa. Seus olhos têm um brilho malicioso que parece sempre provocar, mesmo quando ela não está tentando. Mas o que realmente me tira o fôlego são as curvas. Quadris largos, cintura fina, seios generosos que ela sabe destacar sem parecer forçada.
Agora, imagine isso tudo num biquíni fio dental. Pois é.
No churrasco que ela mencionou, na chácara da minha avó, Márcia apareceu com um biquíni tão indecente que eu precisei passar metade do dia na piscina para evitar constrangimentos. O fio dental mal escondia o essencial, enquanto a parte de cima parecia prestes a se rebelar contra o tecido. Cada vez que ela andava, o biquíni revelava mais do que deveria, como se estivesse conspirando contra mim. Claro que meu corpo reagiu na hora, e isso deve ter sido o que ela notou.
— Márcia, você está completamente louca. — Marta tenta encerrar o assunto, mas sua voz carrega mais hesitação do que firmeza.
Márcia não se cala. — Não é loucura. Ele é homem. Você viu e está fingindo que não.
Minha mãe suspira, exasperada. — Márcia, chega. Foi um momento. E, sinceramente, não foi tão claro assim.
— Claro ou não, é algo que você devia resolver. E, se não quiser, eu resolvo.
Meu estômago se contrai. O que ela quis dizer com isso?
— Você está louca! Márcia, ele é meu filho.
Márcia ri, como se isso fosse uma piada. — E ele é adulto.
O silêncio que se segue é quase insuportável, carregado de tensão. Marta quebra o momento com um sussurro irritado:
— Você está ficando cada vez mais absurda.
Márcia ignora. — Absurdo é você agir como se nunca tivesse feito algo impróprio. Quer que eu te lembre?
Minha mãe suspira, mas não responde.
— Não se faça de santa, Marta. Eu me lembro muito bem da história com o tio…
O impacto dessas palavras me faz pressionar as costas contra a parede, como se o peso delas pudesse me derrubar. Meu coração acelera. Eu não sabia disso. Nunca soube.
— Márcia, cala a boca! — O tom de Marta é cortante, mas frágil, como se houvesse algo que ela quisesse desesperadamente esconder.
— Não estou julgando. Só estou dizendo que ninguém aqui tem moral pra nada.
O silêncio volta, pesado e incômodo. Não consigo mais suportar. Dou meia-volta, meus passos rápidos e quase silenciosos. Não posso ficar ali. Não posso ouvir mais nada.
Enquanto subo para o meu quarto, tento afastar o peso das palavras que ouvi. Mas elas ficam, ecoando na minha mente. A vergonha, o desejo e agora o choque de um segredo que não deveria ter descoberto.
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