Marina ficou ali comigo por um bom tempo. Ela disse que era basicamente isso que ela tinha para me contar, que provavelmente surgiriam algumas dúvidas e era só eu perguntar que ela tentaria me responder. Ela falou que nesse tempo muita gente sofreu por causa do que houve, mas isso uniu muita gente também. Ela me falou que muitas vezes chorava ao lado da minha cama porque não sabia se eu iria acordar. Chorava nas visitas que ela fazia a Michele porque ficava com muita pena do que ela passou, mas que essas visitas também davam forças a ela. Ver Michele lutando para se livrar do vício e recuperar sua vida depois de tudo que ela passou a motivava a continuar suas batalhas.
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Ela disse também que teve muito apoio nesses momentos complicados. Como seus pais e seus novos amigos. Fernando, Carlos, Catarina, Maria e a pequena Rafaela. Mas Carol e Carla foram seus apoios mais fortes. Ela disse que algumas vezes desabou ao lado da minha cama. O cansaço e a incerteza da minha recuperação às vezes acabava com ela. Mas em todas essas vezes Carol a amparou, consolou e se mostrou ser uma amiga incrível. Ela falou que Carla também sempre veio conversar com ela e se mostrou ser muito solidária em todos os sentidos. Quando saiu a ordem judicial, Carla trocou de turno para poder vir me ver escondido e elas não se viam mais aqui. Mas Carla ligava para ela toda noite lá pelas 21 horas para conversar com ela, apoiá-la e saber as novidades.
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Ela disse que também teve pessoas que ela encontrou que não foram nada gentis, como minha mãe que encontrou com ela no fórum e gritou com ela. Que minha mãe culpou ela pela prisão do Lucas, que eu e ela que tinha destruído a vida dela e do filho. Marina disse que ela fez o maior escândalo e teve que ser contida pelos seguranças. Mariana falou que ela não reagiu e deixou minha mãe passar vergonha sozinha. Marina disse que mesmo depois da polícia contar tudo que o filho fez, de contar das drogas e dos vídeos, minha mãe ainda foi ajudar o filho a processar Carla. Marina achava que o processo foi porque os dois não tinham dinheiro nem para o advogado. As coisas do Lucas foram bloqueadas pela justiça, a única coisa de valor que minha mãe tinha era a casa, mas ela não podia vender sem minha assinatura, já que eu também era herdeira.
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Aline: Você acha que Lucas fez isso tudo por pura vingança pelo que aconteceu naquela época?
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Marina: Eu não sei. Mas acho que sim, provavelmente ele viu você com Michele na academia quando ele trabalhava vendendo anabolizantes. Ver você bem e feliz provavelmente irritou ele de alguma forma. Eu não sei, mas quando ele viu Michele sozinha, ele provavelmente se aproximou dela para tentar seduzi-la só para te magoar. Mas conforme as coisas foram acontecendo ele foi aproveitando cada oportunidade para destruir sua vida e ainda se beneficiar com isso.
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Aline: Ele com certeza é uma pessoa ruim e desequilibrada. Ele tentou abusar de você, abusou da Michele e ainda gravou os vídeos que você falou. É um doente mesmo. Mas talvez isso esteja no sangue. Minha mãe sempre foi protetora com ele, mas tudo tem limite, mesmo depois de tudo o que houve ela ainda o proteger a torna igual a ele. A psicóloga me disse algo que lembrei agora. Ela disse que Michele no seu estado normal se mostrou arrependida e está cheia de remorso. Mas pessoas ruins nunca demonstra isso, nem no seu normal. Minha mãe nunca se arrependeu de me pôr para fora de casa ou demonstrou qualquer tipo de remorso pelo que ela e o Lucas fizeram. É claro que ela sabia que ele estava me roubando, ela não deu a mínima. No dia que fui expulsa de casa eu falei para ela tomar cuidado com ela estava criando um monstro, talvez era isso que ela queria. Era só um monstro criando outro.
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Marina: infelizmente eu concordo com você. Acho que sua mãe não é igual a Lucas, mas ela também é uma pessoa de coração ruim que nunca demonstrou qualquer tipo de arrependimento ou remorso por nada.
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Aline: Acho que é até bom eu não ter nenhum tipo de sentimento por aquela mulher mais, se eu tenho que chamar alguém de mãe é a sua, que fez esse papel depois que fui chutada de casa.
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Marina: Tudo bem, tirando a Carol eu divido qualquer coisa com você. Kkkkkk
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Aline: kkkkkkk só você para me fazer rir em um momento desse kkkkk
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Marina: Quer saber mais alguma coisa no momento?
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Aline: Acho que não, vou absorver isso tudo e se aparecer alguma dúvida te pergunto. Com o celular que você me deu vai ficar mais fácil para a gente se comunicar.
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Carol: Eu tenho uma dúvida! Eu não sei se vocês podem falar, já que é algo que não se deve contar para os outros, mas eu vou perguntar assim mesmo. Qual era a senha tosca que você usava, Aline? Eu fiquei muito curiosa para saber disso. Se não puder falar tudo bem.
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Marina: kkkkkkkkkkkk
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Aline: Eu posso falar sim Carol, para você eu posso. 🤭
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Marina: Deixa eu me despedir primeiro. Depois você explica para ela. Eu tenho que passar um tempo com os meus coroas.
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Marina se despediu da gente e se foi. Eu fui contar para Carol a senha tosca que eu usei durante muitos anos.
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Aline: Quando fui morar com Marina no seu apartamento o meu celular já era meio velho, ela foi e me deu um de presente. Quando a gente foi configurar ele a Marina disse para eu usar o mesmo e-mail do antigo. Eu disse que não sabia a senha. Ela disse que então era para eu criar um novo e por uma senha que eu não esquecesse. Assim, quando eu fosse trocar de celular eu poderia usar o mesmo e-mail e recuperar algumas coisas. Eu criei um e-mail novo e disse que não sabia que senha colocar. Ela como sempre foi fazer graça e disse para eu colocar; Te amo muito Marina, tudo junto. Era zueira dela mas achei boa a ideia e coloquei; Te amo pouco Marina. Só coloquei para zuar ela e eu tinha certeza que eu não esqueceria e nem ela. Acabou que eu passei a usar essa senha para tudo. Onde precisava de letras e números eu trocava a letra O pelo número 0. É essa a senha tosca que ela fala. 🤭
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Carol: Eu já esperava algo assim. Mas foi essa senha tosca que ajudou ela a provar o roubo. Valeu a pena você colocar e nunca mudar.
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Aline: Verdade. Mas agora eu vou mudar, mas vou contar a nova para ela com certeza. Nunca se sabe quando pode ser necessário de novo.
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Ficamos ali jogando conversa fora, Carol é do tipo de pessoa que sempre tem assunto e sempre uns assuntos bons que distrai a gente. Quando dei por mim já eram mais de 16 horas. Peguei o celular e mandei mensagem para meus novos contatos pedindo para salvar meu número. Só não mandei para Michele, achei melhor esperar eu falar com minha psicóloga como prometi para Marina. Carla respondeu quase na hora e disse que já estava quase chegando para me ver. Eu fui tomar um banho antes dela chegar, e pedi para Carol pedir para ela esperar um pouco se caso eu ainda estivesse no banho.
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Quando terminei Carla já estava sentada no sofá conversando com Carol. Foi até elas e dei um beijo bem gostoso em Carla. Ficamos ali conversando e eu contei a ela que Marina tinha me contado praticamente tudo que aconteceu durante meu coma. Ela perguntou como eu estava e eu disse que estava um pouco abalada com o lance dos vídeos da Michele, mas estava bem. Ela me perguntou se eu queria notícias da mãe dela e eu disse que ela poderia me contar sim. Ela disse que minha mãe ia ficar na UTI até no outro dia, mas provavelmente na quarta já seria liberada para ir para casa. Ela falou que passou no quarto dela quando chegou e minha mãe fechou a cara. Ela só falou com a enfermeira e veio me ver. Eu disse que eu já esperava por isso. Ela disse que achou que ao menos um obrigado ia ganhar. Eu disse que ela poderia continuar sonhando.
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Carol buscou nossa janta às 18 horas e jantou conosco. Depois as duas saíram. Carol foi para casa e Carla foi trabalhar. Eu fui ao banheiro e depois fui deitar. Fiquei pensando em um jeito de falar com Michele sem piorar a situação. Mas eu decidi pensar nisso direto no outro dia. Maria apareceu no meu quarto eram umas oito e pouca da noite. Ficamos conversando um pouco e colocamos o papo em dia. Depois que ela se foi eu não demorei a dormir.
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Acordei sem saber que horas eram e com uma sensação gostosa entre minhas pernas. Quando abri os olhos Carla estava deitada do meu lado e com sua mão acariciando minha menina. Eu fui falar um oi mas só saiu um gemido abafado. Ela disse que estava com saudades e pelo jeito não era só ela. Ela tirou a mão do meio das minhas pernas e me mostrou seus dedos melados. Eu só dei um sorriso. Ela passou seus dedos nos meus lábios e me beijou bem gostoso. Eu senti sua mão de novo na minha menina, me deixando louca de tesão. Ela ficou ali me beijando e me acariciando por um bom tempo. Depois ela se levantou e tirou minha calcinha. Desceu sua boca na minha menina e passou sua língua nela várias vezes. Eu a essa altura já está delirando de prazer e já tinha colocado a mão na boca para abafar meus gemidos.
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Ela parou de me chupar e eu quase reclamei, só vi ela tirando suas roupas e depois encaixando suas pernas nas minhas. Eu virei o corpo um pouco de lado e encolhi um pouco uma das minhas pernas. Ela levou seus dedos até minha boca e eu os chupei. Ela passou eles na sua menina, a encaixou bem em cima da minha e começou a se mover, esfregando sua menina na minha. Ela estava muito molhada e eu totalmente melada. Eu conseguia ver seu corpo se mover entre minhas pernas e aqueles olhos azuis lindos me olhando o tempo todo. Ela foi aumentando o ritmo, eu gemia gostoso e ela também. Eu estava hipnotizada ali a olhando, ela gemia, mordia seus lábios e mantinha seus olhar fixo no meu. Ela pegou uma das minhas pernas, a puxou para cima e prendeu entre seus braços. O ritmo do seu corpo foi aumentando. Seus gemidos também. Ela mordeu meus calcanhar para abafar os gemidos e eu senti seu corpo tremer. Os seus líquidos escorriam entre as minhas pernas. Ela se movia devagar naquele momento, eu sentia sua menina pulsando sobre a minha. Eu senti meu orgasmo tomar conta do meu corpo. Levei minha mão entre minhas pernas e friccionei meu clitóris. Ela só moveu o corpo um pouco para trás. Eu aumentei os movimentos e gozei muito gostoso.
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Eu estava com a respiração pesada e mal conseguia me mexer. Carla caiu com seu corpo para trás e ali ficou por um bom. Depois ela levantou seu corpo e veio me dar um beijo. Ela ficou ali agarrada comigo. Ela disse que era tão perfeito o que a gente tinha que às vezes parecia que era um sonho. Eu disse a ela que realmente parecia mesmo, mas para nossa sorte não era e a gente estava ali juntas de verdade. Ficamos ali juntinhas trocando carinhos e beijos até de manhã.
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Eu me sentia a mulher mais feliz do mundo de ter uma pessoa tão incrível na minha vida. Acho que o destino ficou com pena de mim por tudo que eu teria que passar e a colocou no meu caminho para compensar toda tristeza e sofrimento que eu passaria. Se foi mesmo isso, com certeza ela estava cumprindo o seu papel, porque eu realmente estava muito feliz apesar de tudo. E eu devia muito a ela por estar assim, tão feliz.
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Quando estava quase na hora de Carol chegar eu mandei uma mensagem pedindo para ela já trazer nossos café que eu e Carla estaríamos a esperando. Nós levantamos e tomamos um banho juntas. Quando saímos, Carol já nos esperava. Tomamos café juntas e logo após o café, Carla se foi. Marina só iria aparecer à tarde e eu tinha uma sessão com a minha psicóloga depois do almoço. Eu queria muito ver Michele, eu tinha quase certeza que isso faria bem para nós duas. Enquanto a gente não conversasse eu acho que ia ter sempre aquele assunto pendente nas nossas vidas e eu não queria isso. Mas como prometi a Marina, só iria procurar ela depois de falar com a Drª Catarina.
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Continua..
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Criação: Forrest_gump
Revisão: Whisper