A VIDA É UMA PRAIA

Um conto erótico de ASSISOLIVEIRA
Categoria: Heterossexual
Contém 3612 palavras
Data: 01/11/2024 15:21:39

A VIDA É UMA PRAIA

Anastasia precisava de férias. Ela estava pegando turnos extras no hospital há um longo tempo, onde sempre faltavam enfermeiros. Embora o pagamento de horas extras tivesse sido um incentivo bem-vindo, ela estava exausta. Ela nunca tinha trabalhado tanto no Brasil, onde as emergências hospitalares eram sempre cheias. Aqui também, as longas horas e pressão constante corroíam a sanidade de todos. A situação havia piorado tanto que Anastasia sentia alívio sempre que um paciente saia da sala de espera ou deixava a cirurgia. A alternativa era sempre mais cansativa.

Agora, sentada em um belo estoque de dinheiro e seis dias de folga, Anastasia estava esperançosa por umas férias de verdade. Ela tinha poucos amigos nos Estados Unidos, e aqueles que tinha invariavelmente estavam sempre ocupados. Pela primeira vez, ela estaria viajando sozinha. Ela já tinha feito as malas e arrumado seu apartamento, A única questão era para onde ela iria.

Ela abordou o assunto com sua colega de trabalho, Felicity. As duas mulheres tinham concluído uma noite de plantão especialmente extenuante e estavam trocando suas roupas de trabalho. A essa hora profana da manhã, os vestiários estavam vazios.

“Meus pais têm uma casa de descanso em Key lago”, disse Felicity, tirando a blusa cirúrgica. Ela não estava usando sutiã – um hábito pelo qual ela já tinha sido advertida antes. Ana presumiu que ela gostava de atenção.

“Onde fica isso?” perguntou Anastasia, com o sotaque carregado de exaustão.

“A parte sul da Florida, fora de Miami”, explicou Felicity, vestindo uma camiseta fina. Seus seios tremeram antes de serem cobertos. “Você adoraria lá embaixo. Muito sol, praias de areias brancas e frutos do mar frescos. Os moradores locais dirigem como loucos, mas quando você sai da cidade, as coisas se acalmam.

Ana concordou, mas estava distraída com sua própria imagem no espelho. As olheiras abaixo dos olhos pareciam terríveis, mas a seus plantões corridos ajudou a manter o peso. Seus quadris ainda estavam cheios, e seus seios – sempre desproporcionais – estavam tão pesados e empinados como sempre. Seu cabelo escuro e cacheados estavam um pouco bagunçados, mas ela já teve dias piores.

“Não sei. É seguro?” Ana suspirou passando as mãos pelos cabelos crespos. Uma parte dela ainda continuava procurando desculpas para não ir. Ela sabia que se não fosse, passaria a próxima semana enclausurada em seu apartamento. Ouvindo podcasts e assistindo TV.

“Você tem medo de ir sozinha”, gabou-se Felicity, conscientemente. “Mas é lotado de pessoas da sua idade. Há toneladas de coisa para fazer. Você pode festejar, fazer compras ou ficar o dia todo relaxando. Se estiver se sentindo aventureira, há passeios de barco e mergulho também. Mais barato que o Brasil e mais seguro do que o México”.

Anastasia considerou isso. Ela tinha visto inúmeros filmes e programas de televisão americanos. Os estadunidenses amavam as praias, não é mesmo? Ela era um deles agora, pensou, então podia muito bem a começar a agir como uma.

“Tudo bem”, disse Ana. Ela sorriu. Vou verificar os preços das passagens e a hospedagem”

***

Como anunciado, a Florida era perigosamente quente e úmida. As cidades mediterrâneas que Ana visitou quando criança por causa das residências diplomáticas do pai tinham praias frias se comparadas com Miami. Ela sentia falta do pouco tempo que passou no Brasil e não ia as praias quentes de lá. Pelo menos ela estava vestida para o clima. Um short Jeans e uma regata pastel com um sutiã esportivo por baixo. Sua figura generosa preenchia bem a roupa. Ela devia suas curvas a mãe latina, embora tivesse herdado os olhos verdes e os cachos pretos do pai grego.

Ela reservou uma semana em Miami, com intenções nefastas de tomar sol, relaxar e gastar em qualquer coisa que chamasse sua atenção. Seu voo tinha sido um olho vermelho exaustivo, e ela precisava de um tempo de descanso antes de visitar a praia. Ela nunca dormia bem em aviões.

Depois de sair do aeroporto, ela pegou um Uber. O trânsito estava previsivelmente congestionado. Seu motorista mal falava uma palavra em inglês, e ela mal falava uma palavra em espanhol. Foi um percurso tranquilo, embora um tanto estranho.

Do banco de trás do Uber, ela estava livre para observar as vistas e os sons do centro de Miami. Tudo era barulhento, colorido e apertado. As pessoas aqui viviam rápido. Todos tinham lugares para ir e pessoas para encontrar. Ela podia sentir a tensão de uma cidade em movimento. O tempo todo, ela fazia anotações mentais de restaurantes, vitrine e boutiques que gostaria de visitar.

No meio da calçada lotada, a um quarteirão inteiro de praia, um grupo de mulheres chamou a atenção de Ana. Um bando de universitárias. A maioria usava biquinis e sandálias; algumas carregavam bolsas de lonas ou sacolas. As meninas estavam rindo e sorrindo, obviamente apaixonadas por suas próprias piadas e conversas. O que fez Ana suspirar foi o traje de uma garota em particular. Ela era uma morena magra e charmosa, seu rosto adornado por grandes óculos de aro vermelho. Por baixo uma canga de praia desbotada, ela usava uma parte de baixo de biquini comum. Foi o top da garota – ou a falta dele – que chocou. Os seios pequenos da jovem estavam completamente nus, mamilos marrons e tudo. Ela nem estava usando um adesivo de mamilos ou algo assim. Ela estava seminua, andando pela rua, conversando com suas amigas!

Isso era realmente legal ali? Ana ficou horrorizada, mas intrigada. Ela sentiu a obrigação de não encarar, e virou a cabeça discretamente. A visão fascinou Ana, ela disse a si mesma, não porque ela achasse a nudez da garota excitante, mas porque a garota era tão indiferente, completamente destemida. Ela parecia completamente normal, mas preocupada com o seu telefone do que com sua nudez. Quem era ela? Uma estudante universitária entediada? Uma local vulgar? Alguma turista francesa laissez-faire?

Com seu Uber deslizando pela avenida. Ana permaneceu colada à janela. A mulher estava alheia a sua audiência. Momentos depois, o Uber passou pela garota de topless, virando uma esquina como se nada tivesse fora do normal. Ela se perguntou se seu motorista havia notado a garota.

Ana ficou perplexa. Ela tinha ouvido falar de praias de nudismo, mas nada não de andar de topless por uma metrópole densa mesmo que à beira mar. Mesmo que fosse legal, ela não conseguia imaginar que tipo de vagabunda ficaria com os peitos de fora em público. E Ana nem era uma puritana. Ela manteve os olhos abertos para qualquer outro banhista picante, mas pelo resto do trajeto, não viu mais ninguém de forma tão escandalosa. Alguns usando tangas ou fio dental provocantes e precários, mas nada comparado a caminhante descarada de topless.

O hotel de Ana era uma franquia barata, um modesto duas estrelas. Nada mal, pelo preço. Ficava perto do limite suburbano da cidade, onde a gentrificação da moda se encontrava com a expansão suburbana. Contato que ela estivesse perto o suficiente da praia, o cenário não a preocupava. Ela agradeceu ao motorista, pegou a sua mala e foi até o saguão.

Dentro do hotel, uma rajada de ar frio a recebeu. Todo o interior da Florida era desnecessariamente refrigerado. Ela verificou sua reserva pegou suas chaves e foi direto para seu quarto. Uma vez lá dentro, ela trancou a porta e fechou as persianas. A solidão foi um alívio. Ela desabou na cama, afundando no edredom e se permitiu dormir.

Hora depois, seu alarme a acordou. A luz do sol do início da tarde estava se esgueirando pelas frestas de suas persianas. Ela se virou, checou seu telefone e então a hora. Ela conseguiu um cochilo sólido de três horas. Ela levou um momento para limpar a sujeira de seus olhos. Seu tempo estava errado. Ela pretendia passar o dia fazendo compras em algumas boutiques do centro e ir à praia de manhã. Agora, ela tinha muito menos luz do dia do que esperava.

Pelo menos seu traje atual seria suficiente para um passeio casual. Ela rapidamente lavou o rosto e escovou os dentes, então começou a reaplicar sua maquiagem. Ela estava grata que seu delineador e batom tinham sobrevivido à viagem, embora seu blush e corretivo tivessem sido sacrificados pela viagem de avião. O calor radiante de sua sacada do hotel disse e ela tudo que precisava saber sobre a temperatura lá fora. Ela tirou sua blusa ficando apenas com seu sutiã. O tecido apertado escorregou dos seus ombros. Seus seios carnudos caíram livremente, mamilos rosados expostos.

Ana se sentia um pouco glamourosa, de topless em seu quarto de hotel, a luz do sol derramando sobre sua pele. Ela fez algumas poses, imaginando-se como uma supermodelo brasileira. Seu peito cheio era pálido e branco leitoso. Seus seios ficaram mais macios e cheios aos longos dos anos. Eles caiam um pouco, mas ainda eram flutuantes e jovens. Ela nunca foi de curti olhares lascivos, embora admitisse tristemente para si mesma que às vezes achava isso lisonjeiro, especialmente à medida que envelhecia.

Seus pensamentos vagaram de volta para a universitária de topless, tão casual e confiante. Seu corpo de menino era tão erótico quanto uma ida a um consultório médico. Era isso que tornava seu ato aceitável? Ana sabia que se ela fosse a qualquer lugar vestido da mesma forma, ela pareceria um pornô ambulante. Ela se pegou no meio do pensamento. Porque ela estava pensando nisso. Uma onda de constrangimento tomou conta dela, mas passou rápido.

Ela pegou um sutiã esportivo e rapidamente enfiou seus seios de volta para dentro. Ela modelou diante do espelho e decidiu que o visual seria bom o suficiente para fazer compras. Seu decote vazava um pouco para fora do top. Sexy, ela pensou, mas sensato, apropriado e legal. Ela completou o conjunto com um par de óculos de sol aviador e sua bolsa a tiracolo.

As boutiques do centro teriam que esperar. Por enquanto, havia um shopping a uma curta distância do hotel dela. Era um outlet de lojas de grife, não dessas muito famosas, a maioria redes. Se ela fosse a praia ia precisar de um biquini, o biquini desleixado que ela trouxera na bagagem não era usado há anos.

Ela começou com uma loja de varejo familiar. Um funcionário de meia-idade a recebeu na porta com um sorriso plástico e uma saudação enlatada. Ela não conseguiu deixar de sorrir – não importava o clima, os estadunidenses eram sempre os mesmos. Ela retribuiu a cortesia, então começou sua busca.

Ana já tinha se comprometido a usar um biquini. (ela raramente tinha uma oportunidade, afinal) Em minutos, no entanto, ela se viu perturbada com o que tinha que escolher. Fio-dental e tiras aos montes. Alguns dos tops eram compostos por triângulos tão pequenos que nem cobriam suas aréolas. As calcinhas, não eram melhores: cavadas, atrevidas ou quase inexistentes. Em contrastes, as peças mais moderadas que ela encontrava eram incrivelmente feias. Ela queria algo fofo e confortável, não completamente promíscuo.

Após vários minutos de indecisão, ela foi até o próximo varejista para continuar sua busca. No entanto, sua sorte não foi melhor. Mãe de família ou vagabunda – essa era a escolha. Ela relutantemente pegou uma cesta de males menores e foi para o provador.

Com a cortina fechada, ela examinou suas opções. Um traje em particular a estava conquistando: um top vermelho escuro. Com sutiã de desenhos geométricos simples e sua parte inferior combinando, uma tanga desconfortavelmente reveladora. Sua cobertura era... adequada. Ana soltou um sorriso enquanto se despia, chutando suas sandálias e jeans para o lado. Ana supôs que Miami veria sua bunda de uma maneira ou de outra.

A parte de cima era justa. Claramente projetada para uma estrutura rechonchuda. Ela estava grata por isso. A parte de baixo também se agarrava firmemente à sua cintura e quadris, mas deixava suas nádegas totalmente exposta. E ainda estava entre as peças mais conservadoras que ela havia encontrado.

“Isso vai ter que servir”, Ana murmurou, encarando seu reflexo. Ela ousou se virar. Ela pensou consigo mesma que normalmente não era tão pudica; sua modéstia parecia quase aumentada pela visão daquela universitária de peito nu, passeando despreocupadamente pelo centro da cidade. Ela vestiu suas roupas mais uma vez, então saiu do cubículo, feliz por ter se decidido.

Sua caminhada até o caixa da loja cortou pela seção de lingeries, levando Ana a olhar distraidamente para os itens. Sua atenção foi atraída por uma exibição totalmente abastecida com... adesivos de mamilos. Os adesivos vinham em muitos formatos e cores. Alguns eram cor da pele, obviamente feitos para serem usados sob uma blusa, ou uma transparência. Ou eram feitos para serem notados, incluindo padrões animais, emojis e pedras preciosas de aparência berrantes.

Quase involuntariamente, Anastasia pegou um pacote da prateleira e o colocou em sua cesta.

_____________________

Na manhã seguinte, Ana foi a praia. Era uma praia pitoresca, a poucos passos de seu hotel e cercado por uma abundância de palmeiras. Ela havia chegado cedo, o sol ainda estava baixo no céu. Ela usava um chapéu de palha e seus aviadores de sempre. Seus chinelos chutavam a areia enquanto ela andava.

Ana estava um pouco nervosa. Seu biquini tinha sido um compromisso, afinal: a parte de cima apropriada, e a de baixo, nem tanto. Ela não estava acostumada a sensação de sua bunda estar essencialmente nua. Pelo menos ela não estava sozinha. Dezenas de outras mulheres, tão mais jovens quanto mais velhas, estavam usando conjuntos semelhantes e escassos. Isso não impediu que seu rosto corasse sempre que alguém a encarasse por um tempo muito longo demais. No mais, a multidão serviu como um alivio ou distração – e em pouco tempo, ela se sentiu à vontade. Ela não estava acostumada a essa “vida de praia”.

Ela encontrou um lugar adequado para tomar sol, a uma distância segura do resto dos banhistas, e deixou cair sua toalha de praia. Hoje, finalmente, ela descansaria. Ela trouxe o telefone e sua bolsa, esta última contendo apenas um frasco de protetor solar e um romance que ela esperava ler. Ana tirou as chinelas e o óculos escuro antes de se acomodar em sua toalha. Ela poderia passar a manhã ali antes de ir para o centro da cidade à tarde.

O destino tinha outros planos. Ana levantou os olhos do livro e avistou uma mulher caminhando em sua direção, talvez uma década mais velha que ela, na areia a sua frente. Seu cabelo era loiro descolorido e seus olhos estavam obscurecido por pequenos óculos de sol. Como Anastasia a mulher estava vestida com uma tanga provocante. Sua figura era uma ampulheta esbelta e sua pele era um bronzeado uniforme. Ela era a típica garota de praia, embora um pouco passada do auge.

Isso, e ela estava completamente nua da cintura para cima. Seus seios falsos e grandes não tinham elasticidade, suas aréolas eram perfeitamente circulares. Ela não tinha as curvas naturais generosas de Ana, mas era empilhada para sua estatura e, como a garota de ontem parecia totalmente ciente de sua própria apresentação. Ela tinha um ar de confiança casual. Ela veio caminhando pela praia, telefone na mão, sorrindo como se isso fosse sua norma.

Ana não esperou mais. Ela se levantou e se aproximou apressadamente da moça seminua chegando perto dela. Ela tentou encontrar suas palavras.

“Hun, olá, desculpe”, ela disse, levantando as mãos defensivamente. “Essa não é a melhor maneira de perguntar, tenho certeza, mas...”

“De onde você é?”, perguntou a mulher. Ela tinha um tom de voz rouco de longa data. “Esse é um sotaque interessante.”

Ana assentiu, como se isso respondesse à pergunta. Ela não estava muito preparada para essa conversa. “As pessoas costumam andar nuas por aqui?”

“Nua? Não, disse a mulher, seu tom uma mistura de diversão e confusão. “Eles tornaram isso legal, ficar de topless alguns anos atrás. Quer dizer, você raramente vê, mas é permitido. Desculpe se eu te dei um susto, ou algo assim.”

Ana mal podia acreditar. “Por que?” ela conseguiu dizer.

“Uh, por que não?” A loira sorriu surpresa com a pergunta estranha. “Eu amo o sol. Sentir o calor nos meus peitos é a melhor parte.”

“Então você pode ser presa, certo? Ou receber uma multa?”

“Acho que se um policial estiver de mau humor, sim” Ela deu de ombros. “Ou você será simplesmente convidada a se mudar para um lugar longe das famílias. Mas não é grande coisa. Acontece todo verão. A cidade quer dinheiro, ou algo assim. Mas todos os casos não viram um problema afinal.

“E as pessoas aqui estão aqui estão bem com isso?

“Claro você está em Miami, querida. Todo mundo tem uma opinião sobre, mas ninguém vai me expulsar da praia por mostrar um peitinho. É legal, prometo. Só esteja pronta para algumas fotos assustadoras

“Entendo”, Ana fez uma pausa. Ela podia ouvir as ondas quebrando contra a costa. “Obrigado por explicar”

“Não tem problema. Tenha um bom dia!”

Com isso a mulher estava a caminho. Anastasia retornou ao seu lugar e afundou em sua toalha, completamente perplexa, mas cada vez mais incapaz de negar seu próprio fascínio. Sua mente estava vagando enquanto ela se perguntava se conseguiria escapar impune. Ela não se considerava uma pessoa que gostava de correr riscos. Ou uma exibicionista, mas a tentação era inebriante. Ela estava de férias. Ela não deveria ser livre e selvagem, mesmo que só um pouco?

Ela percebeu envergonhada que tinha inconscientemente vindo preparada. Por baixo do top do biquini estavam os adesivos de mamilos de silicone que ela tinha comprado no shopping. Ela refletiu consigo mesma o absurdo dos adesivos. O conceito de adesivos de mamilo. De alguma forma, um pedaço de adesivo sobre a aréola parecia mais seguro, menos indecente, do que estar totalmente exposta.

Anastasia respirou fundo. Não se tratava mais de curiosidade, imitação ou mesmo rebelião. Ela nunca tinha feito nada imprudente. Não poderia fazer. Vivera um longo tempo nas praias mediterrâneas onde mostrar os peitos era algo que as mulheres faziam em grande número e com muito mais frequência, e, no entanto, nunca se sentiu tentada a fazer. O sentimento agora era o mesmo, não podia fazer isso.

E, no entanto, lá estava ela, lentamente puxando as alças dos ombros.

Lá estava ela, desamarrando o top e deixando-o cair.

Ela não conseguiu acreditar no que estava fazendo.

Os seios de Ana caíram pesadamente, saltando contra seu peito. Eles eram pálidos, carnudos e redondos, descobertos para todos verem, exceto pelos adesivos vermelhos em forma de coração grudados misericordiosamente em suas aréolas. A sensação era avassaladora. Suas pernas tremiam. Ela era uma exibicionista, era? Estava mortificada, emocionada e excitada.

Quando os seios de uma mulher são expostos. Ana percebeu, ela sente uma compulsão instintiva de cobri-los. Era contra esse desejo que ela lutava no momento. Ele ainda estava lá, se impondo. Ela se deitou na toalha e enterrou a cara no livro, fingindo desesperadamente que o mundo não estava preste a vê-la.

Conforme os minutos passavam, seus nervos se acalmaram, o trânsito na praia continuou, e embora ela recebesse sua cota de olhares lascivos, ninguém a assediou ou pediu para ela se cobrir. Fiel ao que a loira de topless havia dito a ela, ela notou alguns telefones apontando para ela. Os donos desses aparelhos eram, em sua maioria, homens que se esforçavam para fingir apatia.

Ana odiava admitir, mas gostava da atenção silenciosa. Ela também odiava admitir que seu prazer atual ainda tingido de ansiedade, era profundamente sexual. Para outras mulheres, ela pensava, o ato de ficar de topless poderia ser uma declaração de positividade corporal ou feminismo. Para ela, o sentimento era assustadoramente cru e carnal.

Quando finalmente um grupo de rapazes acenou para ela, com luxúria obvia em seus gestos, a gravidade de sua decisão surgiu nela. Ela realmente tinha ido e feito. Não havia como voltar atrás. Não que ela quisesse. Ela desprezava o quanto estava gostando disso. Por baixo do pouco que ainda estava coberto, seus mamilos estavam duros. O calor em seu peito era pecaminosamente delicioso.

E por que não? ela questionou. Mulheres jovens certamente fizeram pior. Ela tinha ouvido falar de pessoas se divertindo no verão transando onde quer que seja. Ana tinha saído da casca um pouco tarde; ela não tinha aventuras juvenis para se lembrar. Não havia razão para ela se sentir como uma prostituta. Ela estava em uma praia ensolarada em Miami, usando uma tanga e adesivos nos mamilos. Isso era totalmente inofensivo, mesmo comparado aos rumores que ela tinha ouvido sobre suas colegas de trabalho. A racionalização ajudou a acalmar sua mente. Ana era adulta. Ela passou anos sendo boazinha. Ela estava se divertindo sexy em sua semana de folga. Sem vergonha, sem culpa.

No entanto, sua sensação de vulnerabilidade persistiu. Durante a hora seguinte, Ana ficou nervosamente contente em permanecer sexy no lugar, deitada na areia e fingindo estar distraída. Ela não tinha intensão de entrar na água – ela nunca tinha sido uma nadadora, e temia que uma onda desonesta pudesse remover seus protetores de mamilos. De vez em quando, quando um banhista que passava gesticulava para ela ou deixava óbvio que a estava fotografando, ela acenava de volta, ou mostrava a língua – um pouco brincalhona e um pouco desconfortável com a porra toda.

Antes que ela percebesse, já era meio-dia. O alarme do seu telefone tocou, lembrando-a do itinerário que ela havia definido. Sua decepção por ter que ir embora a surpreendeu – mas novamente, tudo sobre sua ousadia está manhã a surpreendeu. Uma nova onda de excitação nevosa agitou-se com o pensamento de caminhar de volta para o hotel ainda vestida como estava... ela estava começando a ficar com fome também. Ela apostou que poderia pegar um lanche em um foodtrucks na costa e depois retornar ao hotel para se recompor.

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