Marcos & Vivian - Parte I
MARCOS
Era fevereiro de 2003. Lembro ter sido um começo de ano bem quente naquela cidadezinha interiorana de São Paulo, que, apesar de bem pequena, com não mais que 12 mil habitantes, estava agitada e esperançosa com o início do novo governo e suas promessas.
Eu estava no ultimo ano do colegial, havia começado a trabalhar na empresa do meu tio e também estava esperançoso. Não com expectativas de melhoras econômicas nem com planos de melhora na qualidade de vida. Mas sim na perspectiva de mudanças na minha vida amorosa, que até aquele momento era totalmente inexistente.
Sim, eu já estava no último ano do colegial e nunca tinha nem mesmo beijado na boca. Eu era sim um belo rapaz, era alto, tinha um rosto bonito que sempre chamou a atenção de inúmeras meninas. Sempre ouvi, desde bem mais novo, na sala de aula, que eu era muito bonito e havia sempre uma ou outra menina que gostava de mim.
O meu problema era a timidez... a timidez e a falta de confiança, e esta última sempre aumentava, ao passo que meus amigos, um por um, ficavam com as garotas e eu ficava pra trás.
Eles gabavam-se de ter ficado com fulana ou ciclana. E eu, pra não ficar pra trás, sempre inventava ter ficado com alguém, geralmente desconhecida pela galera do grupo. Pesava ainda mais na minha falta de confiança o fato de, no último ano e meio, eu ter espichado e crescido bons centímetros, o que, pra quem sempre foi um cara magro, tornou-me um verdadeiro palito.
Mas aquele ano seria diferente, logo começo do ano me matriculei numa academia, passei num nutricionista, fui medicado com vitaminas e suplemento, e aos poucos, mês a mês, eu já percebia diferença. Alguns músculos foram crescendo, as roupas vestindo melhor. E em 6 meses eu ganhei 12 quilos, de forma que fiquei ainda mais bonito e bem mais confiante.
Mudei meu estilo de vestir, antes roqueiro, sempre de camiseta preta das mais variadas bandas, usava agora camisetas que evidenciavam mais os poucos músculos adquiridos, jeans menos largos e por vezes até camisetas gola polo.
Mudei o corte, e a confiança tinha elevado muito, mas ainda havia um empecilho: Não tinha ainda ficado com ninguém, beijado ninguém.
Mas não demorou muito para romper este último empecilho. Lembro até hoje da sensação, sentado naquele banco da praça, na frente a maior igreja da cidade, era noite, tínhamos matado a última aula, eu e ela. Minhas mãos, mesmo geladas como neve, ainda suavam. Meu corpo sentia calafrios. Ela era uma menina bonita, já a tinha visto ficar com alguns garotos, mas eu era inexperiente. Não sabia direito o que fazer nem o que falar.
Em meio ao silencio, segurei a mão dela, e acho que o meu nervosismos também foi transmitido a ela, pois parecia tão nervosa quanto eu.
Por fim, tomei coragem, cheguei perto e a beijei.
O primeiro beijo não foi mágico, os dentes se chocaram, não encaixou bem. Mas aos poucos fomos nos acertando e ficamos ali nos beijando até que vimos a aula acabar e os alunos subirem a rua. Então nos despedimos com um beijo e cada um foi para um lado, para sua casa.
Foi este também o último beijo que dei nela, pois ainda bobo e pouco confiante, nos dias seguintes apenas a cumprimentava, mas nunca cheguei novamente. Ela me olhava e eu travava. Hoje vejo quão tolo fui. E imagino que ela tenha achado talvez que não gostei de beijá-la, ou não tenha gostado de algo nela. Por fim os dias foram passando, esfriando e a oportunidade se foi.
Mas então eu decidi que não seria mais assim. Então comecei a sair em festas com amigos, até em cidades vizinhas, meus pais confiavam muito em mim. E nestas saídas fiquei com uma, depois outra, e outra, e outra... Por vezes até mais de uma na mesma noite. E em dois ou três meses eu fiquei com tantas garotas que já estava perdendo a conta.
Mas uma coisa eu ainda não tinha perdido: a virgindade.
Tinha uma garota que trabalhava numa loja perto de onde eu trabalhava, se chamava Elisa. Todas as tardes, nos meus 30 minutos de lanche, eu passava lá com ela. Ela era minha amiga mas eu era doido pra beija-la, e ela sabia, e me provocava, mas sempre dava pra trás. E sempre sugeria uma amiga pra mim, brincando que era pra apagar meu fogo.
Num dia, cansado das recusas dela, aceitei a sugestão. “O nome dela é Vivian” – disse ela – “Você vai gostar, ela é bem bonita e divertida.”
Percebi surpresa em seu rosto quando eu aceitei a sugestão: - “Pode marcar “ - eu disse, vendo o contragosto nos olhos dela. Mas não havia como voltar atrás.
Naquela mesma noite, novamente após matar a última aula, de longe a vi sentada noutro banco da mesma praça. Me acheguei, cumprimentei, mas diferente de outras vezes, com ela não faltou papo.
Em meio à conversa reparei como ela era bonita. Já a tinha visto inúmeras vezes no colégio mas eu nunca tinha a reparado como a reparava agora. Seus cabelos escuros sempre caiam por sobre o rosto e com a mão ela os recolocava por trás da orelha descobrindo seus grandes e lindos olhos castanhos que me fitavam, e sua boca com seu batom rosa claro que por vez ou outra tinha seus leves mordidinhas, revelando urgência em ser beijada. E logo aconteceu. E o beijo foi bom, encaixou. E rolou muitos outros depois daquele. No fim acompanhei ela por algumas quadras e nos despedimos, na promessa de nos reencontrarmos novamente dia seguinte.
Passamos a nos encontrar todos os dias daquela semana, e também da semana seguinte. Então a pedi em namoro numa quinta-feira, e de logo foi aceito. Combinamos de no dia seguinte, sexta-feira, nos apresentarmos para nossos pais.
Eu nunca tinha levado uma garota pra casa, e naquela sexta a levei sem antes comunicar nada a meus pais. Apenas entrei com ela e falei: “Mãe, Pai, esta é a Vivian, minha namorada”.
Eles logo gostavam dela. Ela conversava bem, ria muito. Era comunicativa e divertida. Tinha minha idade, estava no segundo ano do colegial, eu no terceiro, mas, apesar de bem magra e delicada, era quase da minha altura e parecia mais velha que eu.
Também fui apresentado à mãe e ao padrasto dela. Fui bem recebido mas não faltaram recomendações. Eles eram evangélicos e tinham regras mais duras que meus pais.
Naquela noite saímos juntos, passeamos a pé e de mãos dadas pelo centro da pequena cidade. Comemos um lanche, conversamos muito e passeamos novamente.
A rua detrás da igreja era quase sem movimento, e estava bem escura, um muro alto tinha sido recém construído ao redor da igreja. Mas eu sabia que havia uma parte do muro com um vão onde ficava o hidrante, para facilitar leitura. Era um vão pequeno, cabiam duas pessoas bem próximas uma da outra. Eu já tinha ficado com uma guria ali uma vez.
Levei a Vivian para aquele espaço. E a beijei. A beijei muito e com vontade, senti reciprocidade. Então algo novo pra mim aconteceu. Suas mãos, antes repousadas em meus ombros, escorregaram até meu peito, pouco depois até minha calça. Então senti ela tocar meu pau que a esta hora estava duríssimo.
Vez ou outra passava um carro e principalmente uma moto que foi e voltou na rua. Mas ninguém podia nos ver ali, escondidinhos.
Olhei pra ela curioso e espantado ao mesmo tempo, e ela me olhou de volta com um olhar safado que até então nunca tinha visto. E me disse: - “Agora que estamos namorando, pode”.
Vivian abriu o zíper do meu jeans e logo tinha meu pau em suas mãos. Era a primeira vez que em sentia uma mão em meu pau que não fosse a minha.
Tentei tocar em seus seios, mas ela não permitiu, disse que hoje apenas ela brincaria. Então a beijei.
Com muito desejo ela me retribuía o beijo, enquanto punhetava meu pau. Que sensação maravilhosa senti. Entre um beijo e outro olhava sua delicada mão segurando-o, subindo e descendo, até que não aguentei e esporrei em sua mão. Ela deu uma risadinha e me beijou mais.
Depois de nos limparmos como deu, a levei pra casa. Em seguida fui pra minha recordando o que aconteceu. Meu coração disparado num misto de emoções, e eu senti que amava esta menina.
VIVIAN
Aquele ano de 2003 não tinha começado bem pra mim. Em março completei um ano de namoro com o Rogério. Entre eu e ele estava tudo muito bem, mas eu não sabia dizer se eu estava feliz ou triste. Eu o amava, mas ele era possessivo, ciumento e nem minha família nem meus amigos gostavam muito dele. De forma que aos poucos fui me afastando de minhas amigas e em casa eu conversava menos com minha mãe, minhas primas e tias. Eu participava muito da igreja mas o Rogério nunca me acompanhava. Eu estava apreensiva, pois haveria um retiro durante o carnaval, o qual eu estava ansiosíssima para ir. Mas eu não tinha falado ainda pra ele e sabia que isto seria um problema. Gostaria que ele me acompanhasse, mas sabia que rechaçaria a ideia de prontidão.
Foi num domingo, começo de abril, poucos dias antes do retiro, que terminamos. Bastou meu padrasto fazer uma piada sem graça sobre minha ida e o imenso ciúmes de Rogério, que se possível fosse até câmeras instalaria para me vigiar. Foi quando tudo degringolou. No início uma discussão, depois um levantar no tom das vozes, até Rogério gritar “chega”, pegar suas coisas e se dirigir ao portão. Tentei acalmá-lo, mas a única coisa que ouvi foi: “Acabou”, enquanto ele colocava o capacete, montava na moto e partia.
O retiro foi horrível. Eu não consegui me conectar nem com Deus nem com minhas amigas. Só pensava nele. E isto se seguiu por alguns meses.
Aos poucos fui me reaproximando das minhas amigas, voltando a me animar, e sair mais. Todos falavam que eu estava superando. Mas apenas eu sabia o que se passava no meu coração.
Sempre o via passando por mim de moto, e sabia que ele fazia de propósito, pois conhecia meus horários e sempre que eu estava indo pra escola começo da noite ou de saída do culto aos fins de semana “coincidentemente” passava por mim.
Mas nunca me procurou.
Foi no fim de julho que eu não aguentei mais e tomei a decisão que mudaria toda minha vida: Ir vê-lo. Ele morava somente com a avó, era 3 anos mais velho que eu e trabalhava numa fábrica. Mas eu sabia que as quartas-feiras ele tinha folga a tarde, e a avó dele estaria trabalhando, pois era faxineira.
Então lá fui eu, decidida a fazer de tudo o que fosse possível para o ter de volta.
Bati na porta e ele logo me atendeu, surpreso, ao me ver ali. Estava sem camisa e antes que pudesse falar algo eu me atirei nele e o beijei empurrando-o pra dentro.
Com uma mão o segurava contra mim e com a outra fechei a porta. Depois de longos beijos só o ouvi dizer: “Você é louca, vai embora”. – “Sim, sou louca” - eu disse - “louca por você”.
Beijei-o novamente e tirei minha blusa. Quando Rogério percebeu o que estava pra acontecer me puxou e agora era ele que não me deixava sair.
Rapidamente estávamos nus e na deitados na cama. Seria minha primeira vez. Mas eu não estava nervosa, estava decidida. Eu já havia tocado seu pênis algumas vezes, até o masturbado. Ele já havia me tocado e me feito gozar com as mãos. Mas agora seria diferente. De verdade agora eu saberia o que é sexo.
E confesso que na primeira vez não foi tão bom. Senti seu peso em mim, senti doer quando entrou a primeira vez, parecia que tinha me rasgado. Ele ia pra frente e pra trás, mexendo-se e gemendo. Eu não sentia nada além da dor. Mas era uma dor satisfatória, pois eu sabia que agora eu o teria pra mim.
Depois de alguns minutos ele me virou de quatro, e novamente entrou em mim, Agora, nesta posição eu senti algum prazer. E quando o prazer começou a aumentar ele tirou de dentro e logo senti vários jatos quentes nas minhas costas.
Caímos de lado. Ele estava ofegante e eu fingia que tinha sido maravilhoso. O Abracei e o beijei. Mas em pouco ele parou, levantou, se vestiu e me jogou as roupas. – “Vista-se, minha vó chega logo”.
- Podemos nos ver mais tarde? – perguntei receosa.
O trajeto até minha casa foi mais longo e mais difícil do que deveria ser. Eu praticamente corria. Entrei apressada em casa e me tranquei no quarto. Minha mãe me chamava à porta preocupada. Mas não a respondi. Com o rosto enfiado no travesseiro pra abafar o choro, eu só queria poder voltar no tempo e não ter ido àquela casa. Lágrimas insistiam em passear pelo meu rosto enquanto eu me perguntava como, depois do que fizemos, ele poderia ainda não me querer?
Os dias seguintes foram ainda mais tristes pra mim. Eu não conseguia o esquecer. Sentia misto de amor, raiva e decepção. Pensamentos horríveis fizeram morada na minha cabeça, e a única pessoa com quem eu podia conversar era comigo mesma.
Alguns dias se passaram mas os sentimentos persistiram. Mas então ele voltou a me procurar, queria conversar. Me levou pra sua casa. Conversamos e ele disse que me amava, mas não podia reatar o namoro por causa da minha família, mas que poderíamos ficar em segredo. E me beijou. Pouco depois estávamos transando novamente.
Nesta segunda vez foi melhor, o ritmo estava bom, mas senti mais prazer de quatro novamente. Foi neste dia a primeira vez que chupei o pênis dele. Senti o cheiro, o gosto. Confesso que senti um pouco de nojo no começo mas até que foi bom. Eu era inexperiente, senti meus dentes arranhar a cabeça de seu pênis algumas vezes, mas acredito que o tesão dele era maior do que o desconforto. Parei quando senti inchar um pouco mais, não queria engolir. Um instante depois ele gozou nos meus seios.
E assim foi ao longo dos próximos meses. Ele me procurava quando queria e me evitava conforme fosse cômodo. E eu, entregue à situação, continuava sentindo amor, raiva, desejo, ódio. Sentia nojo de mim também, pois agora sentia falta do amor dele e do sexo dele. Culpava minha família, culpava Deus. Era manipulada e não sabia como sair disto.
Havia uma menina chamada Elisa que estudava na minha turma, não era minha melhor amiga mas sempre fora legal comigo. E observando minha tristeza se aproximou de mim, e foi um bom ombro amigo, a quem eu comecei contar minha história. Ela sempre me ouvia e me aconselhava a afastar-me do Rogério. Me dizia que a única maneira de esquecer um amor era conhecer outro novo.
Eu sempre negava com a desculpa de que não tinha tempo, cabeça e nem vontade de conhecer ninguém. Mas após tanta insistência resolvi arriscar. Foi quando ela comentou comigo sobre o Marcos.
Confesso que não fiquei animada de início, apesar dela falar super bem dele, de como era bonito, inteligente, legal, mas eu já o tinha visto inúmeras vezes nos corredores do colégio, e sim, de fato era muito bonito, mas nunca sequer tinha olhado pra mim, e parecia ser só um metidinho a conquistador. Mas ela falou tanto dele, e tão bem, que tive a impressão de que ela até tinha uma queda por aquele garoto.
Surpresa fiquei quando numa terça feira, começo da aula, Elisa veio até mim e falou que eu iria matar a última aula pois ficaria com o Marcos na praça. Mais surpresa fiquei quando topei.
E lá estava eu, sentada no banco da praça esperando um garoto que provavelmente não faria meu tipo.
Vi-o de longe vindo em minha direção, neste meio tempo pude repará-lo de forma que nunca tinha feito antes. De fato era bonito, vestia-se bem, não era musculoso mas tinha um corpo legal, pelo menos não era magricelo.
Me surpreendi ainda mais quando conversamos. Aquela impressão de metido caiu por terra e ele se mostrou ser realmente um cara legal. Me ouviu mais do que falou, e entre uma conversa ou outra eu pude ver como era lindo seu sorriso, como seus dentes eram brancos e como sua boca me atraía. Logo nos beijamos, e foi bom. Já tinha beijado outros garotos, mas sem dúvida nenhuma o beijo do Marcos foi o melhor eu senti. Ele beijava com intensidade e o perfume dele me inebriava.
Aquela noite cheguei em casa mais leve. Deitada em meus travesseiros sorri ao ter que concordar com Elisa que, pelo menos por uma hora ou duas, eu tinha esquecido o Rogério.
Voltei a encontrar o Marcos dia seguinte, e no próximo, bem como todos os dias daquela semana e da seguinte também. Conversávamos muito, sobre muitas coisas, riamos muito também. Mas em nenhum momento contei pra ele minha história com o Rogério.
Já era quinta-feira, e eu já estava ficando com o Marcos a alguns dias, foi só quando reparei que nestes dias todos eu não tinha visto o Rogério passar por mim como sempre fazia, nem também ele tinha me procurado.
Foi nesta quinta também, que, depois de uns amassos, o Marcos me pediu em namoro. Confesso que não estava esperando por aquilo e por um ou dois segundos fiquei sem saber o que dizer. Então aceitei e fui beijada de uma forma diferente, senti amor por parte dele naquele beijo.
No dia seguinte foi quando nos apresentamos para nossas famílias. Por mim poderíamos ter esperado um pouco mais, mas o Marcos queria fazer tudo direitinho.
Conhecer os pais dele não foi difícil, apesar de sentir certa apreensão no Marcos.
Já com minha mãe seria diferente, ela conhecia parte do meu histórico amoroso, e novamente eu apresentava a ela um garoto que não era da nossa igreja. Claro que eu já havia conversado com ela pela manhã, me explicado e ouvido todo um sermão que foi repetido na presença do Marcos. Mas acho que até gostaram um pouco dele. Ele era simpático e parecia inofensivo, diferente do anterior.
Naquela noite saímos para dar umas voltas, comer um lanche, e como sempre conversamos muito. Depois caminhamos mais um pouco, foi quando eu vi Rogério encostado na sua moto, numa roda de amigos, com um copo de cerveja nas mãos. Quando me viu de mãos dadas com Marcos fechou a cara e vi amassar o copo que segurava e depois atirar ao chão.
Nos encarou até passarmos por ele e depois até dobrarmos a esquina. Claro que Marcos nada percebeu, pois além de não conhecer Rogério, estava imerso numa conversa da qual eu nem consigo lembrar.
Logo uma moto passou por nós acelerando, e logo ela voltou. Eu conhecia bem aquela moto. Marcos, sem nada ainda perceber continuou conversando e caminhando logo vi que estávamos próximos a passar por trás da igreja. Por um momento me veio à cabeça que não seria uma boa ideia passarmos por aquela rua bem mais escura e de menor movimento, pois fiquei com medo que o Rogério aproveitasse dali para parar a moto e me confrontar na frente do Marcos.
Mas logo que chegamos à rua, Marcos me puxou para dentro de um pequeno vão do muro, escuro e escondido de quem passava, e me beijou.
Enquanto me beijava com carinho eu escutava uma moto que ia e voltava acelerando com raiva. Por certo nos procurava, mas não conseguia nos ver, até que desistiu e se foi.
Eu não sabia nem em que pensar, se procurava ouvir o barulho de uma provável moto ou se mergulhava naqueles beijos que estavam cada vez mais intensos.
Então senti algo duro roçar em meu ventre, e senti tesão. Tesão pelo Marcos e pela situação de saber que ele estava com seu pênis duro por mim enquanto Rogério deveria estar professando inúmeros xingamentos pra mim.
Logo senti vontade de tocar seu pênis, primeiro por cima da calça, depois tirei-o para fora e senti-o em minhas mãos. Marcos me olhou surpreso, mas já éramos namorados e namorados podiam fazer estas coisas.
Punhetei-o, senti-o macio em minhas mãos, era gostoso, senti seu pré gozo e sabia que ele não duraria muito.
Vez ou outra um moto passava na rua. Pelo barulho sabia que não era a do Rogério, mas a imaginação de ele estar me procurando enquanto eu estou segurando o pau de outro me deixou ainda com mais tesão.
Senti vontade de colocar aquele pau na boca, e de engolir seu gozo, nunca tinha engolido do Rogério, e seria uma espécie de vingança engolir pela primeira vez a do Marcos.
Mas resolvi não fazer, era primeiro contato sexual que tinha com ele, fazia apenas um dia que estávamos namorando e não quis que ele pensasse que eu sou uma puta.
Foquei na punheta, escutava o barulho do vai e vem da minha mão naquele pau e vi sua cara de puro prazer, até que num gemido um pouco mais alto ele gozou e sujou toda minha mão. Achei graça e o beijei.
Marcos me acompanhou até em casa, e eu estava apreensiva do Rogério aparecer, mas não aconteceu.
Já em minha cama demorei a dormir, não conseguia parar de pensar em tudo. Rever Rogério me causou novamente uma ebulição de emoções, mas Marcos também tinha agora participação nelas.