Depois de toda a humilhação que ele me fez passar, Jorge estava pronto para o prato principal. Claro que, como sempre, ele tinha seus preparativos antes de começar. Ele posicionou duas câmeras em tripés em ângulos opostos da cama, garantindo que cada detalhe fosse capturado, enquanto uma "GoPro" presa no espelho do teto registraria tudo de cima, criando uma visão completa da cena.
Eu observava tudo aquilo, os olhos fixos nos movimentos meticulosos dele, sentindo uma mistura de horror e uma ansiedade crescente. O ar parecia ficar mais pesado a cada segundo, enquanto meu coração martelava no peito. Meus instintos gritavam para fugir, escapar daquele quarto sufocante e das lentes que agora nos cercavam, mas minhas pernas pareciam coladas ao chão, incapazes de reagir. Ainda que quisesse me libertar, algo dentro de mim sabia que era tarde demais. Eu havia chegado longe demais para voltar atrás.
Quando Jorge terminou de posicionar as câmeras, ele se virou para mim, aquele sorriso arrogante estampado no rosto, um reflexo da confiança de quem sabia que estava no controle absoluto. Ele caminhou até mim, sua mão se estendendo para tocar meu queixo, erguendo meu rosto até nossos olhares se cruzarem. "Essa noite vai ser inesquecível, vadia," ele sussurrou, sua voz baixa e carregada de malícia.
Eu sentia minha garganta se fechar enquanto ele me conduzia até a cama. Jorge me posicionou de costas, deitada no colchão, enquanto amarrava a guia da coleira na cabeceira da cama, deixando-a esticada o suficiente para me prender, mas não tanto para me sufocar.
"Agora, sorria para as câmeras, Lara," ele disse, da sua forma cínica. Eu não consegui reagir, meu olhar passou rapidamente para as lentes que apontavam para mim, cada uma pronta para registrar cada movimento, cada gesto, cada expressão.
Jorge subiu na cama, seu peso afundando o colchão ao meu lado. Ele colocou as mãos nas minhas coxas, afastando-as lentamente, enquanto seus olhos devoravam cada detalhe do meu corpo exposto.
Com um movimento firme, Jorge se posicionou sobre mim, seu rosto próximo ao meu, enquanto ele me encarava, aquele sorriso perverso nunca deixando seu rosto. "Você sabe que eu sempre tive um plano para você, não é?" ele murmurou, e então, sem esperar resposta, ele me beijou. Foi um beijo bruto, sem carinho, um gesto de posse, e eu me senti pequena, insignificante.
Ele se afastou, e antes que eu pudesse sequer pensar, Jorge olhou diretamente para uma das câmeras e disse, como se estivesse se dirigindo a um público invisível: "Esta é Lara, a filha rebelde que precisava ser colocada no lugar."
Meu rosto queimava de vergonha. Não apenas por estar ali, sendo filmada, mas pela exposição cruel de quem eu era, ou quem ele dizia que eu era. Ele havia me reduzido a uma narrativa que ele queria contar, e eu, deitada naquela cama, sentia que não havia mais nada que eu pudesse fazer para recuperar o controle.
De pé aos pés da cama, ele ajeitou minhas pernas sobre seu ombro. Depois de tudo que ele havia feito naquela noite, finalmente chegará a hora dele me penetrar. Jorge se esbaldava com meu corpo, e ao invés de sentir prazer, eu sentia uma dormência, talvez uma tentativa da minha alma se desconectar do que acontecia ali.
Se eu não tivesse visto meu salto balançando pelo espelho do teto a cada estocada que Jorge dava em mim, eu teria até dúvida que estávamos transando. O espelho no teto não permitia que eu mentisse para mim mesmo, aquilo era real e estava acontecendo. Foi olhando para cima, que percebi o momento exato que Jorge teve a ideia de como tirar mais um pouco de mim.
“Lambuza meu dedo, vaca”, ele disse olhando para as câmeras, antes de enfiar o dedo do meio na minha goela e rodar loucamente. Sem nunca parar de meter, ele aos poucos foi introduzindo o dedo dele no buraco que faltava ele possuir do meu corpo.
“Ele escolheu o dedo do meio porque ele odeia todas as mulheres do mundo”, pensei. Aquilo claramente era um resquício da Lara, historiadora e feminista, uma versão minha que morria pouco a pouco, enquanto Jorge me comia com força e preparava meu bumbum para a folia dele.
A sensação do dedo no meu ânus só reforçava a completa submissão a que eu me sujeitava. Mas aquela brincadeira não seria suficiente para ele. Jorge retirou o dedo, me colocou de quatro na beirada da cama e, sem qualquer hesitação, começou a me penetrar no último lugar do meu corpo que ele ainda não havia usado.
O desconforto inicial se misturava com uma estranha excitação, e a dormência que antes me dominava começou a ser substituída por sensações intensas. Meus olhos se fecharam enquanto ele me invadia, me fazendo sentir que não havia um único centímetro meu que não pertencesse a ele naquele momento. O espelho no teto refletia tudo – o rosto satisfeito de Jorge, meu corpo curvado, e o contraste de nossos movimentos.
Eu ouvi sua voz me chamando de vários nomes, cada um mais degradante que o outro. "Cadela", "Vadia", "Propriedade". Ele cuspia as palavras, mas eu não conseguia ignorar o arrepio que percorria meu corpo. Era como se ele estivesse arrancando de mim tudo o que eu já fui, destruindo qualquer vestígio de orgulho ou resistência, e me deixando apenas com um desejo visceral de me entregar completamente.
“É isso que você quer, não é?” ele disse, sem esperar uma resposta, apenas continuando a estocar, cada vez mais forte. "Você gosta de ser minha propriedade, de ser tratada como lixo, não é, Lara?"
Eu não respondi com palavras, mas meu corpo reagia a cada movimento dele, meus gemidos cada vez mais altos. Não sei se era pelo prazer, pela dor, pela humilhação ou por tudo junto, mas eu estava completamente tomada.
Jorge se inclinou sobre mim, pressionando meu corpo contra o colchão, e começou a sussurrar em meu ouvido. "Seu pai te abandonou, sabe por quê? Porque você não vale nada. Você não é nada além de uma puta que gosta de ser usada." Suas palavras me feriam, mas de alguma maneira, eu estava tão absorvida naquele momento que não conseguia processar o que ele dizia, só concentrada no prazer infinito que eu sentia cada vez que o corpo dele se aproximava do meu.
Eu senti a respiração de Jorge ficar mais pesada, e percebi que ele estava prestes a gozar. Com um movimento brusco, ele saiu de dentro de mim, me fazendo gritar já que meu corpo não queria que ele parasse. Mas, antes que eu pudesse entender, ele se posicionou em cima de mim, e eu sabia o que viria a seguir.
Eu fechei os olhos enquanto ele gozava no meu rosto, a sensação quente e pegajosa me fazendo sentir ainda mais submissa e vulnerável. Eu pensava nas câmeras capturando tudo, cada detalhe. Eu não era mais Lara, a estudante de história com sonhos de mudar o mundo. Eu era apenas uma boneca nas mãos dele, e ele tinha conseguido me transformar exatamente no que queria.
Depois de alguns segundos, Jorge se afastou, deixando-me ali, deitada, coberta de seu sêmen, com a respiração ofegante e o corpo exausto. "Boa garota," ele disse, com aquele sorriso que tanto odiava. "Agora, sorria para a câmera."
Eu abri os olhos lentamente, encarando a lente que me observava, como se estivesse julgando cada parte de mim. O sorriso que dei foi fraco, triste, quase um pedido de socorro, mas, havia algo de resignado nele. Eu era dele, e não sabia se algum dia conseguiria ser de outra pessoa – ou mesmo de mim mesma – novamente.
<Fim>
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