Aos queridos leitores que têm me procurado para saber sobre a série Não Basta Ser Pai, agradeço a gentileza e o interesse de todos que tem me procurado para saber porque a série foi deletada, quero dar a vocês o seguinte retorno: foi eu que retirei do ar, por motivos de força maior e por também não estar conseguindo dar prosseguimento na história, acho que as personagens precisam de um contexto mais inspirado e melhor contextualizado para que a obra faça sentido e alcance meu objetivo de entreter o leitor.
Ela foi interrompida justamente quando a mãe, Patty, fala pro marido que acha que seu filho (e enteado dele) Dan, é gay. Um ponto de inflexão que mexe com toda a estrutura narrativa e coloca em questão aquilo que foi desde o começo o plot central do relato: como padrasto e enteado podem manter um envolvimento sexual e afetivo sem que sua esposa e mãe desconfie? Sem adentrar os questionamentos éticos e morais em torno disso, até porque defendo a sexualidade e o desejo como o lugar mais importante para o ser humano exercer sua liberdade e sua autodeterminação, a questão é que para a história continuar fazendo sentido, esse se tornaria um marco que definiria tudo que estava imaginado para a história continuar. Patty desconfiou do filho mas não percebeu em nenhum momento que a mudança da relação entre Duda e Dan, que passaram a ser super entrosados com Dan chamando Duda de pai e não mais de tio, como tinha feito a vida toda até então, estaria conectada a essa percepção? Ela estaria tributando isso somente a súbita e íntima amizade entre Dan e Juan? Ao saber que o filho é gay, o único filho, como essa mulher se sentiria? Qual seria a direção da sua reação? Aceitação? Rejeição? E quanto a Dan, como operaria sua cabeça ao partilhar de algo que ele sabia viver tão intensamente como segredo de alcova, como assunto aberto, passando a ter sua orientação sexual colocada claramente sob o escrutínio da mãe? Essa mulher evoluiria a tal ponto de estar aberta para a bissexualidade do marido que, até então, ela nem desconfia? E se isso acontecesse, como ficariam as dinâmicas sexuais e afetivas do casal? Lucas (do ContosdoLucas) uma vez me sugeriu que essa mulher estaria pronta para um trisal com o marido e o cunhado? Será se Patty está numa pulsão erótica aberta o bastante para fazer um ménage? E dentro desse ménage-a-trois ela aceitaria ver seu marido e seu cunhado se pegando? Como é para uma mulher de orientação heterossexual monogâmica se ver na cama com dois homens, irmãos e fazer parte de uma epopeia sexual onde todo mundo pega todo mundo? A vivência com a homossexualidade incestuosa do marido lhe daria condição de aceitar o caso dele com o próprio filho?
Como vocês podem ver, não são questões fáceis e em torno delas gira os rumos que a história pode(rá?)(ria?) tomar.
Um dia ela poderá ser republicada, até lá, espero que se distraiam com os novos contos que irei publicar a partir dessa semana. Agradeço imensamente os retornos que tenho recebido ao longo desses anos e que eu consiga oferecer o mesmo conteúdo adulto, erótico, excitante que tenho procurado criar para estimular a imaginação de vocês, do mesmo modo que me sinto plenamente estimulado quando leio os contos do Tito, Lucas, RenanCachorro, Lobo Branco, Danizinho, Discreto SC (tá sumido hein!). Aos parceiros Lucas e Tito, obrigado pelo diálogo aberto e construtivo.
Este conto recebeu 22 estrelas.
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Xandão SáContos: 3Seguidores: 147Seguindo: 75MensagemUm cara maduro, de bem com a vida, que gosta muito de literatura erótica e já viu e viveu muita coisa para dividir com o mundo.
Xandão, pensa em uma história envolvente, cara, vc tem o dom da escrita! Confesso que quando ficava dias sem
postar, ficava curioso, haha. Se precisar de ajuda pra voltar, avisa aqui! Você escreve bem demais que até parece ser verdadeiro tudo o que conta! Haha! Parabens
Nossa, essa notícia veio como uma bomba, eu estava super envolvido com a estória, a criação minuciosa de cada personagem, inclusive em vários momentos me vi em Dan, pelo fato de adentrar desde novo nesse mundo da putaria e descobrir coisas/pessoas e vários prazeres aonde jamais pensaria em alcançar, sentirei saudades, mas se é o melhor a ser feito, tudo bem, e que venham novas estórias, novas narrativas e novas experiências, e você nunca decepcionou, Xandão, estarei aqui acompanhando tudo e super empolgado.. Beijinho
É pena quando os autores enveredam por um enredo tão complexo que acabam por ficar num beco sem saída. Parry é uma personagem com um perfil ainda um pouco em aberto mas, apesar disto, a aceitação de uma relação a três envolvendo o marido não encaixa em nenhuma mulher normal. Ainda com outra mulher, algumas tentam, mas dividir o marido com outro homem é raríssimo acontecer porque a maioria das mulheres sente-se incapaz de competir com outro homem na relação. A bissexualidade masculina confunde-as porque vêm no marido o macho da relação. A perda dessa auréola de masculinidade do marido faz com que se sintam diminuídas por ele necessitar sexualmente de algo que elas nunca lhe poderão dar. E o ciúme pelo 3º elemento da relação é quase intransponível. Salvo raríssimos casos em que esse terceiro é tão efeminado e incontestavelmente passivo que é encarado pela esposa como uma "amiga" na relação em que a mulher é o original e o gay passivo é encarado como uma cópia do feminino que nunca estará à altura do original a ponto de poder competir com ela. É como se fosse apenas um apêndice da relação. Mas as personagens masculinas não encaixam neste perfil. Por isso o conto está num beco sem saída em que, por muito que custe ao autor não lhe resta outra solução senão a rotura do triângulo. Um deles terá de sair de sena. Ou o enteado se afasta e vai viver para longe da mãe ou o casamento se dissolve e a Parry sai de sena, ou fica mãe e filho e o marido desaparece. Qualquer destes senários quebra a afetividade criada pelo autor entre os seus leitores e a personagem que sai. Aí é que está o grande desafio em que o autor se meteu. Mas desistir do conto por causa disto desmerece por completo não só o autor como todo o esforço que fez para chegar até aqui conquistando o interesse dos seus leitores.
Uma pena! Gostava muito do conto. Eu nem queria saber da Patty, eu fiquei curioso pra saber o que rolaria com o companheiro de malhação do Duda. Que venha novos e deliciosos contos.
Poxa Xandão... deletar? A história estava maravilhosa. Me sentia no lugar do Dan... às vezes no seu lugar... Creio que repaginar... tudo bem... mas apagar as publicações??? Satisfazia tantos é tantas... muito excitante... muito prazer... influenciou muitos a se libertar... como eu.
Creio que poderia manter as publicações... e simplesmente... iniciar uma Nova Série.
Sempre aguardava uma nova aventura... a cada uma gizava várias vezes...
LIA e RELIA...
Respeito sua decisão...
Mas adoraria um dia reler cada uma... pena ser impossível.
Desejo a você, Dan, Patty, Guga e todis envolvidos uma vida de muita felicidade e muito prazer.
REALMENTE CREDITO QUE O CONTO PRECISAVA DE UMA REPAGINAÇÃO. TODOS ESTAVAM NUM MOMENTO MUITO DELICADO. QUAL MÃE ACEITARIA UMA RELAÇÃO ENTRE O MARIDO E O FILHO? QUAL PAI ACEITARIA? TIRANDO DE LADO TODASS AS QUESTÕES ÉTICAS, RELIGIOSAS, ETC ETC SERIA DIFÍCIL PREVER UM BOM DESFECHO PARA ESSE CONTO. MAS ESPERO COM ANSIEDADE QUE O ESCRITOR CONSIGA RESOLVER ESSE DILEMA.
Caro Xandão, independente de quais sejam as suas motivações para essa triste decisão, conte com o meu respeito. Se e quando você puder retornar com a saga, seja em qual plataforma for, conte com esse seguidor.
como eu disse a Amanda CDzinha, a série vai voltar, aos poucos, só preciso de um tempo! abraços do litoral do Nordeste (também)... Por exemplo, uma das novidades que pretendo fazer é deixar mais claro onde a história se passa e é numa bela capital nordestina
Bom saber que a história voltará. Que legal não estarmos tão afastados assim. Quanto a localização da história, pelas dicas geográficas dá para reduzir as possibilidades para 2 ou, forçando um pouco, 3 possibilidades. Moro em uma delas.
Abração e vamos conversando. (Tens e-mail pra contato?)