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Um conto erótico de Gui Real
Categoria: Heterossexual
Contém 1922 palavras
Data: 13/11/2024 19:34:40

Eu amo meu marido.

Na manhã daquele sábado compramos outra cama de solteiro para meu outro cunhado, uma de casal para nós dois, foi faxina nos quartos, bagulhos e tralhas jogados no lixo, móveis sendo montados, terminamos exaustos às oito da noite.

Meu pai dizia que era a lua de mel mais mau feita do mundo, me chamava de tapada, devia estar exigindo meus direitos de esposa, eu só sorria grata, minha bunda doía como tudo, havia ficado viciada em levar puxões de cabelo, ser insultada, cuspidas na minha boca, tapas na bunda, nos peitos e na cara, minhas tetas estavam sensíveis e doloridas, meu cu era só uma lembrança do que havia sido antes, eu estava adorando essa folga, adorando perceber que depois da novidade iria durar, que talvez ele não dissesse que foi um erro, pedir desculpas e desaparecer. Eu não suportaria.

Passamos no apartamento dos meninos com meus pais, jantamos lá, pegaram roupas para o doutor e meus pais agora tinham noção de onde eu estaria quando meu marido precisasse passar uns dias com os meninos.

O chatinho olhava para os meus pais e ficava estarrecido com a quantidade de amor que havia entre nós, um amor austero, às vezes áspero, mas que quando era necessário era tanto que um mar não poderia esconder, era um amor do tamanho que tem o céu, e eu ainda não sabia, só vim saber disso depois.

Jantamos, arrumamos tudo e voltamos para casa. Banho e conversa jogada fora com o chatinho e meus pais, fomos para o quarto que não era mais meu, era nosso.

Ele disse que sentia muito mas eu ia a ter de me contentar com uma chupadinha. Chupadinha é o cacete, ele me fez um oral... eu gritava dentro de casa, chamava ele de desgraçado, de gostoso e pedia para ele chupar mais minha boceta, gozei, segurei pelo tempo que pude e não aguentei, gozei, enchi a cara dele com o que eu achei que era xixi, mas não era, juro que eu não tinha nada na bexiga, tinha outro cheiro, esguichei na cara dele e ele com a boca aberta, voltou a me chupar, estava tudo hipersensível, ele mordeu ao redor, chupava os pequenos lábios como quem poderia arrancar pedacinhos, masturbou-me, disse que seria ainda melhor quando um ou dois dedos dele pudessem entrar lá dentro, passou a exigir que eu lambesse seu rosto e sentisse o gosto do orgasmo de uma puta, gosto de ejaculação de fêmea, meu gosto, eu estava tendo um prazer surreal em fazer minha língua percorrer o rosto dele, cada linha de sua beleza, ele massageava meu sexo, o dedo dele entrava e saia de meu cu.

Meu cu parecia revoltado contra mim, mas para ele não tinha obstáculo ou dor, meu corpo se arregaçava para meu marido, ele começa a massagear e diz que quando eu quisesse gozar podia ficar a vontade, senti o calor no espírito, um frio morno na pele algo inexplicável que me fazia suar e arrepiar ao mesmo tempo, ele diz que acordei a casa inteira, ele diz para eu segurar a voz, ele manda eu segurar a vontade, minhas mãos agarravam com angustia o lençol, não sei a cara que eu fazia, mas o sadismo dele era palpável como as paredes do quarto, ele ordena no momento em que eu não podia mais segurar, ou talvez por ele ter ordenado não fosse mais possível segurar o orgasmo, o jato que se projetou para fora da cama, e o sorriso dele morto de suor e cansaço, pau duro sem gozar, eu queria fazer algo a respeito, mas acordei às seis da manhã, ele se vestindo para ir buscar o doutor, me beijou e mandou eu descansar.

Ele voltou brigando, os três, ele mandou eu me cobrir e quando coloquei o lençol ao redor dos seios os outros dois entraram, o chatinho não queria mais o emprego, o doutor dizia que era culpa de meu marido e meu marido dizia que não mandava em ninguém. Gritei por minha mãe, ela bateu nas costas dos três, eu estava nua. Agradeci, ela sentou na cama e perguntou como eu estava, disse que eu gritei como uma mulher da zona (puteiro), lembramos nós duas de minha mãe biológica e morremos de vergonha, ela pediu desculpas, bateu na boca, foi a primeira vez que a vi chorando, a gente se abraçou, ela disse que meu pai comentou que nem toda quenga, nem todo bordel... e depois gargalhamos, ela disse que tinha muitas perguntas, estávamos a quinze minutos do culto.

Chegamos atrasados mas fomos, os seis; oramos, louvamos e demos graças, eu entreguei novamente meus pensamentos, meu corpo e minha alma ao Criador, entreguei meu marido e meus cunhados pela primeira vez, chorei na entrega e louvei, e senti a chuva que só se sente na alma. Eu não precisava de mais.

Almoçamos, o doutor disse que era uma experiência mística (isso foi uma ofensa para meus pais), ele disse que voltaria, ficou em casa dormindo a tarde, minha mãe e eu na cozinha, ela não permite homens nesse lugar, me pergunta como é uma... morremos de vergonha, mas eu explico como foi ser chupada por meu marido.

Digo que minha mãe não podia saber, mas eu queria contar uma coisa a uma amiga que não fosse falar de minhas coisas a mais ninguém, ela enxuga as mãos na saia e me arrasta para o fundo do quintal, digo que ele me fez chupar o pau dele dentro do carro, depois da briga que nos fez casar, ela cobre a boca com as duas mãos, cospe no chão enojada, eu fiquei magoada e ela não percebeu, depois pergunta do gosto, eu digo que é como ter o homem todo dentro de minha boca, ela cospe novamente e depois percebe, se desculpa, fala sobre a novidade que era falar sobre isso com outra pessoa, era sua primeira conversa sobre sexo. Diz que o pai não era mais homem. Duvidei disse que ele podia não ser potente, homem ele ia morrer sendo, e certas coisas ele podia fazer, ela não era um molambo como [nome de três velhas fofoqueiras e fuxiqueiras de nossa rua], ela riu jogando a cabeça pra trás, falei das chupadas em meus peitos, de como meu marido fica doido quando encosta neles, ela disse que isso o velho gostava ela que não tinha paciência, mandei ela pedir, implorar, rastejar, homem gosta de pensar que é importante.

Minha mãe fala de meu ex noivo, fazia uns meses, ano e meio mais ou menos, era pai, ela diz que a mulher dele foi embora com ciúmes dos olhos dele em mim, eu disse que eu era a mais baixa das putas, mas era puta de um homem só, que todos os outros pra mim não tinham sangue nas veias, eram feitos de barro, e alguns de merda, não era o caso de meu ex, gostava dele, podia ter uma vida muito boa com ele, era certo de ter uma vida boa, sem problemas, mas era uma vida de vento, sem sabor, sem felicidade, vida sem vida. A velha estava danada pra chorar, falei no seu ouvido que ela ia segurar o pinto do pai e ela me deu uns tapas fortes, depois me abraçou e disse que ia brigar com Deus por nunca ter agradecido a mulher que me deu para ela criar, ela disse ter sete filhos, seis da barriga e uma que ela amava mais que aos outros, porque eu era a que mais amava ela. Então a gente ficou assim até a noite cair, revelando coisas que nunca dissemos.

Estavam os quatro tomando cerveja e assistindo futebol, sentei ao lado de meu marido, minha mãe fez o mesmo, meu pai diz que acabou a cerveja, minha mãe que havia acabado de sentar do lado dele se levantou pra comprar mais, o doutor disse que ia ajudar ela a trazer.

Meu marido disse todo sem jeito que minha mãe estava sentando ao lado dele a espera de um carinho, meu pai sorriu com desdém, eu não queria ter aquela conversa, mas ele perguntou sobre o que conversamos no fundo do quintal, eu morri de vergonha, sou tímida, muito, morri de vergonha, uma coisa sou eu e meu marido a sós, outra é falar sobre isso com meu pai.

Ele é inteligente e perguntou novamente, disse que ela já voltava, o mercadinho era perto, falei que ela sentia saudade de ter intimidades com ele, de ser beijada, que antes ela escondia seus seios e agora ela... tampei a boca com as duas mãos, eu não tinha o direito de a expor. Meu marido disse que nada foi dito naquela sala, o chatinho disse que podíamos disfarçar, ela entra e pergunta o que queríamos disfarçar, ele diz que eu gritava como se meu marido me matasse com um machado, o doutor diz que não sabia que machado era o mesmo que piroca, minha mãe riu, meu pai ficou abismado, como ela podia rir com dois boca sujas, o segundo tempo recomeça, vejo a mão boba de meu marido em minhas coxas e eu olho para meu pai, ele observa e morto de medo resolve tocar minha mãe, ela fica tensa de medo, levanta, vai a cozinha, disfarça procurando azeitonas, falo que ele está fazendo a parte dele, a velha se ajeita, ajeita os peitos no sutiã.

Voltamos à sala, eu coloco o braço de meu marido em meus ombros e imediatamente ele desce o braço e segura meu peito por cima da camisa. Meu pai fica indignado, pede compostura na frente de meus cunhados. O chatinho disse que todo mundo ali sabe que somos casados e fazemos sexo, era impossível ignorar, que era difícil estar em casa ou próximo e evitar faíscas, ou o fogo morre. Meu pai sente muita vergonha, diz que a casa é dele, paramos. Ele pede desculpas à minha mãe e diz que antes de serem pai e mãe ela sentava no colo dele, disse que casou com ela porque ela tinha sangue quente e pergunta se ela queria sentar no colo dele como antigamente.

Ela diz que ela era uma velha, meu marido diz que meu sogro já era um vovô e isso ia fazer ele se sentir um garanhão, ele manda eu sentar no colo dele e tomar um gole de cerveja, nunca nem havia sentido o gosto, achei amargo, ele perguntou em meu ouvido se era amarga como seu leite, e eu virei dois goles para sentir o gosto, disse no ouvido dele que faltava sal, ele gargalhou e me beijou, passou as mãos nas minhas coxas e me beijou, eu disse que o amava, ele disse que sabia, queria saber se ele me fazia feliz, eu o beijei como se fosse a última, muito, sentia toda a felicidade do mundo, meus cunhados gritaram gol, não havia gol, gol foi meu marido que fez.

Meu pai disse que ia para o quarto tentar fazer a mulher fazer barulho, minha mãe ficou morta, colocava a mão na boca para esconder o sorriso. O doutor disse que precisava falar com meu pai. Minha mãe seguiu para o quarto só, meu amigo deu a meu pai um comprimido, mandou ele engolir e disse que no dia seguinte iriam conversar.

Meu marido se despediu de meu pai chamando ele de garanhão, meu pai levantou o dedo do meio e foi embora com um sorrisinho na cara. Ele estava feliz, raro ver isso nos meus pais.

Porra, eu amo meu marido.

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