Tu ficaste sem palavras.
O tom dela era claro, sem espaço para refutações.
Cláudia sorriu mais uma vez e, sem pedir licença, retirou um dos sapatos, revelando o pé coberto pela collant que exalava o aroma intenso do dia inteiro.
Antes que pudesses reagir, ela aproximou o pé do teu rosto e manteve-o ali, perto o suficiente para que o cheiro te atingisse em cheio.
"Cheira, Nuno. Sei que gostas", ordenou, com um tom que misturava desprezo e prazer.
Tu hesitaste, mas a atração que aquele cheiro exercia sobre ti era quase magnética. Fechaste os olhos por um instante, tentando resistir, mas sabias que era inútil. Obedeceste, respirando profundamente, sentindo aquele odor que te envolvia e te deixava ainda mais vulnerável.
Cláudia soltou uma risada satisfeita.
"Vês? Tu não passas de um joguete nas minhas mãos", disse ela, acariciando teu rosto com o pé, como se estivesse reafirmando seu poder sobre ti. "Agora, vai buscar-me um copo de vinho. Rápido."
Tu te levantaste, quase como um autômato, indo até a cozinha para servir o vinho. Cada passo parecia confirmar que estavas sob o controle dela, entregue completamente à sua presença dominadora. Ao retornar, ela te olhou com uma expressão de quem sabia exatamente o poder que exercia.
Com o copo de vinho nas mãos, Cláudia continuou a te provocar, falando de como Sofia jamais desconfiaria da influência que ela tinha sobre ti. Cada palavra, cada gesto, parecia te envolver ainda mais naquela teia de submissão. Tu sabias que aquela dinâmica não era saudável, que estavas sendo manipulado e controlado, mas o fascínio que ela exercia sobre ti era inescapável.
Cláudia tornou-se a presença dominante na tua vida, usando de todas as armas, de seu perfume, de seu charme cruel, do poder que emanava dos gestos e do cheiro que ela parecia espalhar como uma marca de território. Ela te enredava cada vez mais fundo, sabendo que estavas completamente à mercê dela, incapaz de resistir.
E assim, tu permaneceste, prisioneiro de um jogo cruel e sedutor do qual parecia não haver escapatória
Naquela mesma noite, após esvaziar o copo de vinho, Cláudia recostou-se no sofá e cruzou os braços, observando-te com um olhar que te fazia sentir pequeno e exposto.
Ela brincava com o salto do sapato que ainda calçava, deslizando-o lentamente para fora e deixando que aquele cheiro embriagante te atingisse mais uma vez.
"Sabes, Nuno, acho que és mais útil para mim do que pensava. Agora que a Sofia não está, vamos estabelecer algumas novas… regras."
Teu coração acelerou, uma mistura de ansiedade e submissão crescendo dentro de ti. Não podias negar o poder que ela tinha sobre ti; sentias-te cada vez mais envolvido na sua presença avassaladora, como se cada comando dela fosse um reflexo da tua própria vontade.
"Primeiro, quero que fiques mais disponível para mim," continuou Cláudia, recostando-se e estendendo a outra perna, agora com os dois pés em cima da mesa de centro. "Não quero apenas pequenas gentilezas. Quero tudo. Vais fazer tudo o que eu mandar, exatamente como eu quiser. Porque sei que vais gostar, e, francamente, já não vejo outra utilidade em ti."
Era uma declaração fria, mas hipnotizante. Ela sabia que o poder que exercia sobre ti não era apenas físico, mas psicológico. Havia algo nela que penetrava profundamente na tua mente, levando-te a obedecer sem questionar. E então, como se estivesse selando esse pacto de submissão, Cláudia fez um sinal, chamando-te para te ajoelhares a seus pés.
Ela te observava, olhos frios e calculistas, enquanto se inclinava para te sussurrar:
"Serei a presença constante nos teus pensamentos, Nuno. Serei a tua obsessão, o teu tormento… E tu serás meu para o que eu precisar, para tudo."
E, naquele instante, a conexão entre vocês estava completa. Sabias que agora Cláudia era a figura dominante na tua vida, não apenas como cunhada, mas como a força avassaladora que comandava teus pensamentos e ações.