Carol ficou meio tristonha até a hora de ir embora. Eu tentei levantar a moral dela, mas não adiantou. Eu fui tomar meu banho e quando terminei, resolvi eu mesmo buscar meu jantar. Quando saí quase derrubo ele nas mãos da Maria que estava entrando quando fui sair. Ainda bem que ela foi rápida e salvou nossa comida. Depois do susto e alguns sorrisos a gente foi jantar. Ela perguntou como foi jantar com Paula. Eu disse que gostei muito, que ela era muito divertida. Maria disse que sua afilhada era mesmo divertida e uma ótima garota. Ficamos ali conversando até que deu hora dela ir fazer suas obrigações. Escovei meus dentes e fui deitar. Como não tinha muito o que fazer, peguei um dos livros da inspetora que estava no criado mudo e fui ler. Na verdade eu nunca tinha lido um completo, eu só lia até Rafaela dormir e logo parava.
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Estava ali distraída lendo quando Carla apareceu. Ela veio até mim com aquele sorriso lindo e me deu um beijo bem gostoso. Ela disse que a operação que ela foi fazer era de risco e infelizmente o paciente não sobreviveu. Que acabou ficando um pouco mal e por isso preferiu ir para casa. Ela disse que até hoje na sua profissão ela perdeu poucas pacientes. Mas quando acontecia ela ficava meio para baixo. Eu com certeza a entendia. Na verdade eu não serviria para ser médica, acho que se eu perdesse um paciente eu ficaria muito mal. Carla disse que só passou rapidinho, mas voltaria de madrugada para dormir um pouco comigo se não aparecesse alguma emergência. Eu disse que iria ler um pouco e depois iria dormir.
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Ela olhou o livro e perguntou se eu sabia a verdade sobre os livros. Eu perguntei do que ela estava falando. Ela disse que o presente foi ideia da Catarina, assim como a visita do seu irmão. Que quando a cunhada ficou sabendo que eu tive uns flashes de lembrança quando recebi a carta da Rafaela ela teve a ideia do presente. Ela ligou para o pai da Rafaela e perguntou se ele poderia ajudar em algo. Ele disse que sim, ela explicou o que queria e ele sugeriu os livros, já que era algo que tinha uma forte ligação entre nós duas. O pai da Rafaela se ofereceu para trazer os livros, mas antes ele pediu a Rafaela, ele ficou toda feliz com a ideia. Só não gostou de não poder vir junto. Carla disse que achou que eu já sabia. Eu disse que não, mas gostei de saber que várias pessoas se uniram para tentar me ajudar de alguma forma. Ela me deu um beijo e disse que eu merecia. Ela falou que muitas pessoas ficaram felizes por eu acordar, ter a memória de volta e estar totalmente recuperada. Que mesmo sem querer, eu ajudei a criar novas amizades e até novos relacionamentos.
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Ela se foi e eu fiquei pensando no que ela falou. Pelo que eu já sabia e pelas coisas que eu já tinha visto, isso era mesmo verdade. Às vezes tem males que vêm para bem. E saber que por minha causa várias pessoas boas tinha se aproximado, me deixava com uma sensação incrível. Mais uma vez eu não terminei de ler o um livro da inspetora. Acabei dormindo pensando no que Carla tinha me falado.
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Só fui acordar com Carla deitada do meu lado. Quando me mexi ela me deu bom dia. Eu perguntei que horas eram e ela disse que provavelmente eram umas quatro e pouca da manhã. Me levantei e falei que já voltava. Fui ao banheiro e escovei meus dentes. Voltei para cama e já dei um beijo bem gostoso nela. O beijo foi esquentando e logo a gente já estava tirando a roupa uma da outra. Perguntei a ela se a porta estava trancada. Ela disse que sim, então fiquei mais tranquila. E a gente continuou de onde tínhamos parado. Eu já estava só de calcinha e ela me fazendo delirar com aquela boca gostosa nos meus seios.
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Carla não perdeu tempo e depois de tirar minha calcinha já aninhou sua boca entre minhas pernas e começou a me chupar bem gostoso. Ela sabia usar sua boca e sua língua como poucas. Eu gemia descontroladamente sentindo sua boca na minha menina que pulsava de tanto prazer que eu sentia. Ela continuou com seus carinhos safados até eu gozar gostoso na sua boca. Ela esperou eu me recuperar e me deu um beijo muito melado. Logo em seguida ela subiu seu corpo e encaixou sua menina na minha boca. Eu comecei a lamber aquela delícia devagar para sentir seu gosto se misturar com o meu na minha boca. Mas ela parecia estar com muito tesão porque não demorou muito e ela começou a praticamente esfregar sua menina na minha boca. Eu espalmei minha língua e ela se moveu mais rápido ainda. Ela segurou minha cabeça com as mãos e se moveu gostoso até melar minha língua, boca, queixo e um pouco do meu pescoço. Ela saiu de cima de mim e deitou ao meu lado. Eu fiquei fazendo carinho nela até ela se recuperar. Depois a gente foi tomar um banho e voltamos para cama.
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Carla: Eu te amo muito! Você não tem noção o quanto estou feliz em ter você nos meus braços.
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Aline: Eu tenho sim, até porque eu sinto o mesmo e estou muito feliz também.
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Carla: Eu esperei tanto tempo por isso. Às vezes eu te olhava dormindo e ficava imaginando o tanto que eu seria feliz se tivesse a oportunidade de ter você comigo algum dia. Mas sinceramente eu não esperava que seria tão incrível assim!
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Aline: Você nunca me contou como percebeu que gostava de mim.
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Carla: Eu tive certeza quando me proibiram de te ver. Eu senti tanto a falta de estar aqui ao seu lado que eu notei que não era só uma preocupação normal com uma paciente. Era algo a mais, isso me deixou um pouco confusa na época. Eu tinha me apaixonado por uma paciente que estava em coma e o pior, eu que tinha causado isso.
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Aline: Você sabe que não teve culpa e eu nunca te culpei. Mas não quero falar sobre coisas ruins. Eu quero falar de coisas boas. Por exemplo ter jantado com a Paula, eu amei passar mais tempo com ela, sua filha é uma pessoa incrível.
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Carla: Você realmente gostou dela?
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Aline: Sim! Gostei muito e não estou falando da boca para fora não. Eu realmente gostei dela.
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Carla: Ela também gostou muito de você, na verdade ela já tinha gostado, mas ela falou que o tempo que vocês passaram juntas só deixou claro que você é gente boa. E foi bom você tocar no assunto porque ela me disse uma coisa e eu pensei muito nisso antes de te falar. Primeiro eu quero que saiba que é só uma ideia. Você pode pensar com calma e mesmo se você não aceitar, não vai mudar nada entre a gente, ok?
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Aline: Ok. Mas que ideia é essa?
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Carla: Paula falou que era para eu te convidar para ir morar com a gente assim que você saísse do hospital, pelo menos no início. Eu disse que provavelmente você iria ou voltar para seu apartamento ou então para casa da Marina. Mas eu fiquei pensando sobre isso. Eu iria amar se isso acontecesse, eu acho que minha cunhada vai pedir para você evitar morar no seu apartamento nos primeiros dias. Marina tem seu trabalho e os pais dela em casa, sei que isso não é um problema, mas acho que você não teria tanta liberdade para receber suas visitas e sua namorada. 🤭
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Outra coisa é que Marina mora perto da minha casa. Moramos no mesmo bairro, os condomínios são diferentes, mas são pertos. Então pensa com calma e adiciona essa nova opção de um lugar para você ir quando for sair daqui. Pode ser?
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Aline: Eu aceito!
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Carla: Ir morar comigo?
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Aline: Sim, ou já se arrependeu do convite? 🤭
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Carla: Não boba. Lógico que não! Só achei que você iria querer pensar antes.
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Aline: Acho que morar com você é algo que está no nosso futuro de um jeito ou de outro. Certamente vai ser na sua casa, já que eu não tenho uma. Então acho que só iríamos adiantar um pouco algo que fatalmente aconteceria.
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Carla: Na verdade eu pensei a mesma coisa, mas como combinamos de ir nos conhecendo melhor eu preferi não falar isso. Mas que bom que você pensou a mesma coisa!
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Eu poderia estar sendo precipitada, mas se tem algo que aprendi com o aconteceu é que a gente não pode perder muito tempo planejando as coisas. A gente não sabe o que o destino planejou para nosso futuro. Temos que aproveitar o máximo enquanto podemos, porque do nada a gente pode não estar mais aqui. Eu tive uma nova chance, ou até mais de uma pelo que Maria me contou. Eu não iria desperdiçalas de jeito nenhum.
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Carla ficou muito feliz com minha decisão, isso ficou bem claro para mim pela felicidade estampada no seu rosto e pelo monte de beijos que ganhei. Mas infelizmente ela teve que ir embora, ela precisava verificar alguns pacientes antes de ir para casa. Nós despedimos e ela se foi, mas disse que voltaria assim que pudesse. Depois que ela saiu não demorou muito a Carol chegou. Ela estava com uma carinha melhor, porém acho que os olhos inchados não era por ter dormido muito não. Na verdade eu acho que ela nem dormiu direito. Carol é do tipo de pessoa alegre, que sempre está com um sorriso no rosto e vê-la daquele jeito era de cortar o coração.
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A gente tomou café e fez nossa rotina de exercícios. Logo que terminamos Marina chegou e a cara dela não estava muito diferente da que a Carol estava. Marina me deu um abraço e falou um oi para Carol que respondeu, mas sem olhar na Marina. Eu ali só olhando a situação.
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Marina: Vamos continuar de onde paramos ontem. Vou te contar o que fiquei sabendo do seu irmão e o que isso acarretou a seguir.
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Carol se levantou e foi sair do quarto. Acho que ela não estava afim de ouvir aquela parte. Mas quando ela se virou eu vi uma lágrima no seu rosto e eu não aguentei ver aquilo.
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Aline: Carol você fica. Marina por favor me desculpe, mas depois você me conta o que você tinha para me contar. Primeiro vocês duas vão se sentar e conversar igual duas pessoas adultas. Poxa, vocês se amam e sei que as duas estão sofrendo por algo que não tem motivos para tanto. Eu entendo as duas e acho que uma boa conversa resolve isso. Então por favor, pelo menos tentem ok.
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Marina reclamou de algo, mas nem dei atenção. Só saí do quarto e fui andar um pouco no corredor. Não fazia sentido aquela situação e eu rezei para que elas se resolvessem. Eu tinha quase certeza que isso iria acontecer. Se não acontecesse, seria realmente uma pena. Fiquei andando no corredor, mas só na parte maior, eu não quis ficar passando na porta do quarto. Notei nesse tempo que não tinha outras pessoas nos quartos ao redor do meu. Se tinha, eu não vi ninguém, já nos mais distantes eu vi que tinha pacientes, mas não vi quem era também.
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Depois de um bom tempo vejo Carol do lado de fora do meu quarto acenando para eu voltar. Eu fui e ela voltou para dentro. Quando entrei as duas estavam com cara de quem chorou, porém com um sorriso no rosto. Me sentei e perguntei se tinham se resolvido. Marina disse que sim e me agradeceu pela ajuda. Eu disse que estava tudo bem, eu só não queria vê-las sofrendo sendo que sei o que uma sente pela outra. Carol também me agradeceu e eu disse que estava tudo bem. Marina disse que depois Carol contava o que aconteceu quando ela fosse embora. Eu disse que por mim tudo bem, que nem precisava contar se não quisessem, que o importante é que elas tinham se acertado.
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Quando Marina estava abrindo a boca para começar a falar, quando o celular dela tocou. Ela olhou e disse que era Carla. Ela atendeu e só ficou dizendo sim e tudo bem.
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Marina: Carla disse para a gente ir até a recepção com urgência, que Carlos está nos esperando lá para falar com você e é para a gente ir rápido.
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Ela falou aquilo e já levantou, eu fiz o mesmo e Carol também. A gente seguiu até o elevador e eu perguntei a Marina se ela sabia o motivo do Carlos querer falar comigo com urgência. Marina disse que Carla não disse o motivo. Eu não fazia ideia do que poderia ser. Assim que saímos do elevador seguimos para a recepção. Eu nunca tinha passado ali, pelo menos não consciente. Era tudo novo para mim, eu só fui seguindo as duas. Quando chegamos Carlos veio falar comigo.
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Carlos: Sua mãe passou mal e está vindo para o hospital de ambulância. O estado de saúde dela parece ser grave e precisamos da sua autorização para a internação.
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Aline: Tudo bem. Onde eu assino?
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Ele me mostrou onde e eu expliquei que estava sem meus documentos. Ele disse que não tinha problema que no hospital tinha meus dados. Era só eu assinar. Ele me mostrou outras folhas e disse que era uma autorização para caso precisasse de alguma intervenção cirúrgica. Eu disse que eu sabia o que era, que eu iria assinar. Assim que assinei tudo, eu perguntei a ele o que tinha acontecido.
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Carlos: Eu ainda não sei direito. Mas parece que acharam ela desmaiada na casa dela e não sei como descobriram que você estava internada aqui. Um paramédico ligou e pediu autorização para trazer ela para cá. Eu autorizei e estão para chegar. Se quiser pode voltar para o quarto que depois te aviso o que houve.
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Aline: Tudo bem. Eu prefiro voltar para o quarto mesmo e aguardar notícias lá.
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Agradeci Carlos e chamei as meninas para voltarmos ao quarto. Durante a volta Marina perguntou como eu estava. Eu disse que eu estava bem e estava me sentindo mal por isso. Ela disse que não entendeu. Eu disse a ela que era minha mãe que estava vindo para o hospital, que eu nem sabia como ela estava e provavelmente era para eu estar triste, mas eu não estava. Marina disse que eu tinha os meus motivos. Eu disse que mesmo assim, era minha mãe e eu não ficar triste por causa dela, estava me fazendo me sentir uma pessoa ruim. Ela me abraçou de um lado e Carol do outro. Marina disse que eu não era uma pessoa ruim. Só tinha aprendido a viver sem ter uma mãe há muitos anos e essa falta de consideração por ela, era culpa dela e não minha.
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Voltamos para o quarto e eu pedi para Marina continuar o que ela estava me contando. Que eu não queria ficar pensando no que houve. Ela perguntou se eu tinha certeza. Eu disse que sim.
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Continua:
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Criação: Forrest_gump
Revisão: Whisper