O meu padrasto precisa de atenção (Parte 1)

Da série Fábio
Um conto erótico de Neely
Categoria: Gay
Contém 5013 palavras
Data: 17/11/2024 21:30:10

Quando eu era mais novo, o meu pai se separou da minha mãe. Como é esperado, acabei morando com a minha mãe e meu pai não fez muita questão das visitas ao final de semana. A minha mãe sempre me permitiu ter o meu espaço pessoal e nunca se importou muito com os comentários das suas irmãs sobre a minha “feminilidade”.

Veja bem, comecei a demonstrar trejeitos muito cedo, como não gostar das brincadeiras de menino, preferir andar com as meninas na escolinha e ter uma voz mais fina. A minha mãe não se importava, mas logo comecei a sofrer bullying no colégio e sentir o peso dos olhares das minhas tias nas reuniões de família. Esse conjunto de situações me tornaram uma criança cada vez mais retraída e passei a ser o enjoado da família.

Foi um pouco antes de uma dessas reuniões que conheci o Eduardo. Eu tinha cerca de dez anos e não era nem tão baixo, nem tão alto, tinha uma altura boa para a minha idade. Eduardo devia ter trinta e seis anos na época, não me lembro bem, mas o que me recordo é de ter me chocado com o quão alto ele era. Até hoje, nunca conheci alguém mais alto do que ele, que descobri, posteriormente, ter 1.95m de altura. A minha mãe adorava se gabar sobre isso com as irmãs, ainda mais porque um dos meus tios tinha míseros 1.65m de altura.

— Fabinho, quero que você conheça o tio Edu. Eu e o tio Edu estamos namorando agora — ela se abaixou até ficar cara a cara comigo e me deu um beijo na bochecha. — Mas você continua sendo o meu menino favorito no mundo todo — ela sorriu, doce como sempre.

Nessa época, eu já devia ter conhecido umas três ou quatro namoradas diferentes do meu pai e estava tudo bem, dado que ele nunca pareceu se importar de verdade com o que eu queria ou deixava de querer. Mas a minha mãe era diferente. Até então, sempre fomos nós dois contra o mundo e eu não queria ter que disputar a atenção dela com outro cara. Sendo assim, fiz a cara mais feia que podia.

— O que cê acha de tomar um sorvete, rapaz? Por minha conta. — O Edu finalmente falou alguma coisa com um sorriso no rosto e se abaixando que nem a minha mãe. Eu mostrei a língua para ele e sai correndo.

De fato, um novo “menino” havia entrado na vida da minha mãe, um bem maior do que eu. O Eduardo era aquele homem bobo, sabe? Que todo adora ter por perto. Aquele homem que ama fazer brincadeiras e se enturmar com todos ao redor, tudo sem maldade. Ele também aparentava ser um homem bem carinhoso, já que ele não desgrudou um momento da minha mãe no caminho para a sorveteria e parecia ser viciado em dar pequenos selinhos e agarrá-la pela cintura para um abraço.

Eu não preciso nem dizer que odiei isso, não é? Com os meus dez anos, não parava de querer chamar a atenção da minha mãe com pirraças, desde derrubar sorvete de propósito na minha roupa até começar a espernear por nada.

Depois da sorveteria, fomos para a reunião de família na casa das minhas tias e fiquei, como sempre, próximo de onde minha mãe fofocava com as irmãs. Eu não gostava de jogar bola ou interagir muito com meus tios e primos, mas o meu padrasto já parecia ter pegado amizade com todo mundo. Claramente, o Eduardo se destacava naquele amontoado de homens, principalmente pela sua altura. Outro que se destacava era o meu tio Thales, marido de uma das irmãs da minha mãe, que, apesar de ser menor que o Edu, era personal trainer e por isso tinha costas muito largas e músculos que se destacavam na camisa polo apertada.

Em um dado momento, o meu tio Thales, sem camisa e com uma latinha de cerveja na mão, veio falar com as mulheres. Estranhamente, a minha tia casada com ele se calou no mesmo instante.

— Você arranjou um homem menos frouxo dessa vez — ele tocou no ombro da minha mãe que discretamente se afastou enquanto bebia um gole de cerveja. — Só falta ele resolver o problema desse aí — olhou para mim de canto de olho e saiu dando risada. Minha mãe e suas irmãs respiraram aliviadas, não achando graça da brincadeira.

— Então quer dizer que ele é mecânico? Nem parece, ele está tão limpinho — uma das minhas tias afirmou em meio a risinhos. Eu estava mais preocupado com os dinossauros nas minhas mãos, mas percebi minhas outras tias cochichando entre si.

— É que fiz questão hoje, mas todas às vezes que nos encontramos tenho que pedir para ele tomar um banho antes — minha mãe respondeu.

— Até parece que não é você que dá banho nele — uma outra tia comentou rindo ainda mais alto. A minha mãe pareceu dar um beliscão no braço dela, como se para lembrar que eu estava por perto.

Depois dessa reunião de família, a presença do Eduardo foi se tornando cada vez mais constante nas nossas vidas. A minha mãe é editora em um jornal bastante conhecido do estado e por isso não dormia todas as noites em casa, mas a maioria das noites nós passávamos assistindo algum filme de fantasia. Tudo isso até o Eduardo aparecer, porque comecei a ter que dividir essas noites de folga com ele. Por algum motivo, que hoje suspeito ser para não me expor a situações constrangedoras, já que morávamos em um apartamento de dois quartos minúsculo, ela sempre preferia ir para casa dele e me deixar com uma babá, que era uma das minhas primas.

Essa foi uma situação recorrente pelos próximos três anos, quando a minha mãe me chamou para termos uma “conversa séria” e me contou que iriamos nos mudar para a casa do Eduardo, que, por sua vez, tinha três quartos e era um pouco maior do que a nossa. Além disso, a casa possuía uma pequena piscina nos fundos, o que me deixou bastante animado, pois sempre gostei de tomar banho de piscina.

Nesses três anos, percebi que a minha mãe tentou criar situações para me aproximar do Eduardo, mas nenhuma com muito êxito. Não tínhamos muito em comum e o fato dela ir para casa dele constantemente e me deixar com uma babá, não me deixava exatamente entusiasmado para criar um vínculo com ele. Hoje, acredito que ela pensava que o meu lado “feminino” era devido à ausência paterna e por isso ela tentou compensar de alguma forma. Não só isso, o Eduardo queria muito ser pai e isso se refletia nos constantes esforços para se aproximar, mesmo eu fazendo todo o esforço para afastá-lo de volta.

Ele estava tão esforçado em me fazer sentir em casa que me deu o melhor quarto. Não só era o melhor quarto, como ficava no primeiro andar da casa. A casa não era tão grande, mas possuía dois andares: o térreo, com um banheiro, um quarto, cozinha e sala; e o primeiro andar, com um depósito e dois quartos, um sendo suíte. O quarto que dividia o andar com o meu acabou sendo o quarto de hóspedes, enquanto o quarto deles era o do térreo. O quarto deles não era uma suíte, mas era bem espaçoso, além de ser meio afastado dos outros cômodos da casa por ficar ao final de um corredor, o que garantiria mais privacidade.

A nossa rotina consistia em eu ir para o colégio pela manhã, o meu padrasto ir trabalhar na recém adquirida oficina dele e a minha mãe ficar em casa preparando o almoço. Já pela tarde, eu ficava em casa, a minha mãe ia trabalhar no editorial e o meu padrasto voltava para o trabalho. Eu costumava preparar a janta, já que a minha mãe nunca me criou para ser um garoto acomodado. A minha mãe não tinha mais que ficar pela noite devido as promoções que ela foi recebendo ao longo desses três anos, mas, às vezes, não muito frequentemente, o cargo exigia que ela fosse para eventos na capital e só voltasse no dia seguinte.

Em um dos primeiros dias na casa nova, a minha mãe já havia saído para o trabalho e eu estava almoçando enquanto assistia televisão no sofá da sala. O meu padrasto chegou da oficina, que não ficava tão longe da casa dele, e se jogou na poltrona que ficava ao lado do sofá. Ele se estirou, colocou os braços atrás da cabeça e fechou os olhos enquanto dava um longo suspiro.

Eu não havia percebido antes, mas o Eduardo era um grande puto parrudo. Nessa idade, eu estava tendo o primeiro contato com a minha sexualidade e ainda estava entendendo se gostava de homens mesmo ou não. Mas, se de uma coisa eu tinha certeza, era que me sentia atraído pelo meu padrasto de alguma forma.

Como eu havia me tornado um garoto retraído, a minha sexualidade nunca foi uma questão para o meu padrasto. Ele era tão bobo, que acredito que nem tenha percebido e se duvidar essa ficha não caiu para ele até hoje. Por esse motivo, me permiti dar uma olhada mais demorada em seu corpo.

O seu peito marcado na regata branca manchada de graxa subia e descia com uma respiração pesada. Os seus braços parrudos pareciam combinar com a sua barriguinha de cerveja também marcada na camisa. Além disso, um leve volume adormecido aparecia em sua calça jeans desgastada de tanto se deitar por baixo de carros. Um odor forte e amargo saindo de suas axilas expostas preenchia a sala. Para um senhor de quarenta anos, ele estava inteiraço.

— A sua mãe conseguiu fazer o almoço hoje, Fabinho?

— Não, mas esquentei uma lasanha para nós dois — respondi, saindo do meu transe. Ele ainda estirado de olhos fechados.

O Eduardo se levantou, puxou a calça um pouco para cima como se para deixar seu pau um pouco mais confortável e se aproximou, dando um beijo demorado na minha bochecha.

— Valeu, Fabinho. — Ele se afastou, desarrumando meu cabelo no caminho — Dessa vez cê nem me empurrou, vô achar que tá gostando mais de mim.

E ele estava certo. Eu estava gostando mais dele, mas pelos motivos errados. A partir desse dia, quando ele brincava comigo ou tentava se aproximar, eu não o afastava mais, pelo contrário, eu estava tentando ficar cada vez mais próximo. De vez em quando, rolava do Edu me abraçar por trás e em todas essas vezes eu tinha que correr para o meu quarto bater punheta. Nessas de começar a bater punheta, comecei a ter contato com pornografia no meu celular e, consequentemente, ao sexo entre homens. Então, comecei a pesquisar por pornôs que envolviam um daddy e seu “filho” e a bater punheta enquanto tentava enfiar um ou dois dedos na minha bunda imaginando ser o pau do Eduardo.

Para piorar, nós três costumávamos tomar banho na piscina nos finais de semana e era uma tortura ver o meu padrasto de sunga. Ele se esticava na espreguiçadeira ao redor da piscina semelhante ao que fazia na poltrona da sala e eu tinha que usar óculos escuros para ficar reparando no seu corpo parrudo e peludo, sua rola marcando na sunga e suas axilas levantadas naquela pose de macho comedor. Quando entrávamos na piscina, ele costumava me agarrar no meio de suas brincadeiras e seu pau roçava um pouco acima da minha bunda, já que ele é consideravelmente maior em altura. A minha mãe ria dessa bobeira no lado de fora, enquanto eu tentava disfarçar meu pau duro dentro da água.

Aquele era um típico macho bobo, parrudo e comedor. Comedor, porque percebi que um dos motivos pelos quais eles ficaram com o quarto do térreo foi para não me incomodar com a cama se arrastando enquanto fodiam. Mesmo do primeiro andar, eu ainda conseguia ouvir alguns rangidos abafados, embora nenhum gemido ou algo do tipo. Pelo visto, eles tomavam cuidado para não me acordarem.

Com o passar do tempo, fui deixando de lado esse tesão reprimido e me relacionando com outras pessoas da minha idade. Sempre que ia transar com essas pessoas, eu só conseguia gozar imaginando o meu padrasto me fodendo no lugar. Claro que esses passatempos foram escondidos do Eduardo e da minha mãe. Para eles, todos os caras com que eu saia eram amigos da minha turma. Nunca tive a vontade de me abrir sobre isso e minha mãe nunca desrespeitou meu espaço. Devido a adolescência, acabei me afastando da minha mãe e me aproximando mais do meu padrasto. Enquanto ele me via como filho, eu o via como um objeto de desejo inalcançável.

Cinco anos se passaram desde que fomos morar na casa do meu padrasto, que agora era nossa casa, e minha mãe já havia se casado com o Eduardo no cartório. Então, ele era oficialmente meu padrasto, ou pai, como ele preferia que o chamasse, embora eu não o fizesse em hipótese alguma. Mais um motivo para enterrar toda a vontade que tinha de dar para aquele macho parrudo.

Ao mesmo tempo que o meu relacionamento com o Eduardo só melhorava, o relacionamento dele com a minha mãe ia esfriando. Apesar do meu padrasto me amar muito naquele ponto, ele ainda tinha vontade de ter um filho biológico, vontade essa que a minha mãe não queria ceder. Eu já tinha dezoito anos e a minha mãe quase quarenta, ela não queria recomeçar tudo de novo e isso frustrava meu padrasto.

Eu me tornei um jovem adulto bonito, com pele branquinha e cabelos castanho-claros, adquiridos do meu pai, e lábios e pernas carnudas, adquiridos da minha mãe. Não cresci muito em altura nesse meio tempo, eu tinha apenas 1.70m, quase nada perto do monstro que era o Eduardo com quase 2m de altura. Me olhando no espelho, percebi que o que cresceu mesmo foi o tamanho da minha bunda, que, diga-se de passagem, é bastante arrebitada devido aos meus treinos na academia.

— Tá ficando forte, rapaz. — Ele disse uma vez quando cheguei em casa da academia pela tarde — Daqui a pouco vai ficar maior que o Thales.

Falando em academia, convenci o meu padrasto a ir comigo para a que ficava quase ao lado da nossa casa, o que ajudou ele a se livrar um pouco das frustrações do relacionamento com a minha mãe e me ajudou a realizar algumas de minhas fantasias, uma via de mão dupla. A rotina da minha família continua praticamente a mesma de antes, mas eu já havia terminado o ensino médio e meu padrasto não trabalhava mais pela tarde devido ao crescimento do seu negócio. No auge dos quarenta e quatro anos, ele ainda era um senhor de respeito e não havia mudado muito nos últimos cinco anos, apenas a barriga de cerveja que estava um pouco mais sobressalente e algumas novas linhas de expressão marcavam presença no contorno dos seus olhos.

Eu costumava treinar perna três dias por semana, o que Eduardo considerava um absurdo, já que ele só gostava de treinar braço e peito. Em todos esses três dias, eu pedia ajuda na hora do agachamento, então a minha bunda, arregaçada no fino tecido do meu shortinho, sempre acabava esbarrando na rola do meu padrasto por cima da bermuda tactel que ele usava para treinar. Nunca senti nenhuma movimentação do Eduardo nesses momentos, mas eu sempre precisava ir ao banheiro esperar meu pau amolecer, porque o tecido do meu short era realmente muito fino.

Não importava quão curto meu shortinho fosse ou quão grande a minha bunda ficasse neles, não sentia nenhum avanço por parte dele. O Edu só me via como seu filho e agora como parceiro de academia. Mas, devo admitir, não achei isso ruim, muito pelo contrário, me aproveitei disso. Além de me ajudar durante o agachamento, nós costumávamos nos ajudar mutuamente no supino. Na minha vez de ajudar, eu costumava olhar de relance a sua rola marcada na bermuda tactel, que às vezes aparentava estar um pouco maior do que o normal. Na vez dele de ajudar, eu tinha a desculpa perfeita para não tirar os olhos do seu pau. Certa vez, até aproveitei para levantar a cabeça rapidamente e esbarrar na sua bermuda, sentindo levemente as suas bolas no meu rosto.

Após a academia, costumávamos dar uma volta pelo quarteirão como uma espécie de cardio e voltávamos para casa. Chegando em casa, jogávamos nossas camisetas em qualquer lugar e íamos cada um para um banheiro. O meu no meu quarto e o do meu padrasto no corredor do térreo. Acontece que, agora que a minha mãe não estava tanto em casa, nós não tínhamos mais problema em ficar sem camisa de vez em quando. Quando eu chegava no banheiro, costumava bater punheta pensando na rola do meu padrasto roçando na minha bunda e gozava duas vezes.

Com alguns meses de academia, o Eduardo parecia totalmente revitalizado. Dava para ver que ele tinha se tornado um homem mais confiante nesse meio tempo. Se antes ele aparentava ser um homem mais recatado, agora ele fazia questão de ficar sem camisa dentro de casa. Até na oficina, ouvi relatos de amigos, filhos de vizinhas, que ele estava trabalhando sem camisa agora. Se antes ele já era um puto, agora ele era um puto ao quadrado. Só sei que eu tinha a desculpa perfeita para passar a mão no corpo do meu padrasto: avaliar o shape dele semanalmente. Ele, como um bom pai e parceiro de academia, adorava passar esse tempo comigo e fazia questão de levar minha mão até todos os seus músculos. Ele não estava totalmente definido, longe disso, mas a sua barriga de cerveja havia sumido pela metade, seus peitos estavam maiores e seus braços mais marcados.

— Fabinho, preciso da sua ajuda — ele se sentou do meu lado no sofá da sala.

Nesse dia, descobri que um dos desejos do Edu era prestar um concurso público, mas que precisava de ajuda para estudar. O meu padrasto não foi uma pessoa com acesso à educação como deveria, então ele concluiu o ensino médio apenas alguns anos atrás com a ajuda da minha mãe. O desejo dele era ser chamado em um concurso público de nível médio para ter uma renda extra e fixa com poucos dias de trabalho. Eu sempre fui um aluno exemplar nas áreas de exatas e um bom aluno em linguísticas, então aceitei ajudar, mas pedi algo em troca.

— Tem algo que eu quero fazer também, mas preciso de dinheiro e não quero pedir para mamãe — respondi.

Agora com dezenove anos, eu não tinha pressa para entrar na faculdade e me interessava muito por massoterapia. Tendo isso em mente, perguntei ao meu padrasto se ele poderia pagar um curso para me especializar na área e ele aceitou de bom grado. Quando contei para a minha mãe, ela ficou extremamente feliz e disse que iria me apoiar, não importava como eu quisesse levar a minha vida. Sim, acredito que isso foi uma indireta com relação a minha sexualidade também.

No curso de massoterapia, descobri que ela pode se dividir em diversas modalidades, como massagem terapêutica, drenagem linfática, massagem relaxante, shiatsu, entre outras. Influenciado por uma colega de curso e amiga, resolvi focar mais em massagem terapêutica e massagem esportiva, além de começar outro curso voltado para hipnoterapia, pois ouvi falar que a massoterapia e hipnoterapia podem se potencializar juntas.

Nesse curso, também descobri que a sexualidade não é um limitador para o prazer, pois tivemos contato com outros tipos de massagens menos comuns, como a massagem tântrica, e percebi que as minhas mãos fizeram homens héteros — casados, com filhos e amantes — chegarem ao orgasmo sem encostar em suas partes íntimas. Sempre que via isso acontecendo, imaginava se conseguiria dar o mesmo prazer para o meu padrasto.

Então, nossa rotina mudou apenas um pouco. De manhã, o Edu ia para a oficina e quando a minha mãe estava em casa, ela fazia o almoço. Quando ela não estava, eu esquentava quando chegava do curso de massoterapia. De tarde, eu e o Edu íamos para a academia e depois estudávamos para o concurso. À noite, normalmente minha mãe não ficava em casa.

No entanto, quando a minha mãe estava em casa pela noite, percebia que ela afastava qualquer tentativa de flerte que o meu padrasto fizesse. Uma vez, quando acordei de madrugada para ir à cozinha beber água, me deparei com o Eduardo dormindo no sofá, enquanto a porta do quarto deles estava trancada. Não sei se era pela testosterona adicional produzida no treino, mas o Edu estava cada vez mais insistente com a minha mãe e cada vez mais insatisfeito com as negativas dela.

Voltando para o meu quarto, decidi que precisava fazer alguma coisa para conciliar essa situação. Aparentemente, a minha mãe tinha muita vontade de não fazer sexo e o meu padrasto estava subindo pelas paredes. Eu tinha que fazer isso pelo bem da minha mãe, que não merecia ser assediada dentro de sua própria casa, e do Eduardo, que estava sendo vítima de seus próprios hormônios e do estresse vindo da preparação para o concurso.

Eu iria usar todos os recursos disponíveis para fazer isso dar certo. Tudo pela minha mãe e pelo meu padrasto.

Mas, antes, precisaria provar para mim mesmo que poderia fazer isso, porque não haveria mais como voltar atrás depois disso. Por isso, decidi começar com um plano mais simples.

No dia seguinte, a minha mãe veio conversar comigo e pude definir quem seria o meu primeiro alvo.

— Filho, o seu tio Thales vai precisar passar alguns dias aqui em casa. Já conversei com o seu pai e ele concordou, mas preciso te contar um segredo.

Ela começou a me contar algo que não disse ao meu padrasto, o motivo real de Thales estar vindo passar alguns dias aqui em casa. O meu tio foi diagnosticado com satiríases, isto é, o equivalente masculino para a ninfomania feminina. De forma geral, o meu tio apresenta uma compulsão sexual que não consegue controlar. Inicialmente, a minha tia só aceitava esse comportamento, mas chegou em um ponto que ela o pegou fodendo a diarista da casa deles e só parou quando terminou de gozar dentro da mulher, mesmo sabendo que a minha tia estava assistindo tudo. Depois disso, a minha tia deu um ultimato para que ele começasse a se tratar com terapia e psiquiatra. Ela tia não estava confiando nem que ele ficasse próximo das minhas primas, então minha mãe sugeriu para que Thales se hospedasse algumas semanas por aqui, enquanto ela ficaria esse tempo por lá.

Acredito realmente no problema de saúde do meu tio, mas, ao longo dos anos, ter que ouvir piadinhas sobre a minha sexualidade e cochichos de que ele agredia minha tia, me fez fazer um plano que apelidei carinhosamente de protótipo. Esse plano não seria para o bem, mas para o mal de uma pessoa. Para fazer essa pessoa engolir todos os comentários feitos sobre mim e tudo que ele fez a minha tia passar.

No mesmo dia, saí para as compras. Essas compras eram essenciais, pois elas serviriam para os dois planos. Inicialmente, comprei novos shortinhos bem curtos e obscenos. Agora, os meus shortinhos de ficar em casa eram mais curtos que os que eu usava na academia. Depois, troquei todas as minhas cuecas por jockstraps e comprei algumas calcinhas fio dental e lingerie. Por fim, comprei produtos de higiene pessoal semelhantes aos que a minha mãe usava. Ela era uma mulher bastante cheirosa.

Acabei descobrindo mais tarde que, além das suas malas convencionais, o meu tio ainda traria uma “academia portátil” que consistia em alguns equipamentos que ele possuía em casa. A minha mãe foi absolutamente contra a ideia, mas dei a sugestão de trazer a cama do quarto de hóspedes para o meu quarto e fazer daquele cômodo a academia do meu tio. Ela aceitou relutantemente, tanto por eu e meu padrasto termos concordado, quanto por isso ter sido uma exigência irredutível do meu tio, já que a psiquiatra considerou a academia como sendo um “ambiente de risco” e ele não poderia voltar a frequentar por um bom tempo. Também descobri que o Eduardo levaria a minha mãe e só voltaria na semana seguinte, então eu tinha exatamente uma semana para colocar o protótipo em ação.

No dia seguinte, fiquei em casa para receber o meu tio pela manhã. Como estava para concluir o curso de massoterapia, havia semanas que nem aula tinha direito. Por saber que mais pessoas estariam com ele para ajudar a subir os equipamentos pelas escadas, eu estava de calça moletom e camiseta larga. Quando bateram na porta, fui prontamente receber e me deparei com o meu tio Thales com um sorriso de orelha a orelha. Devo dizer que, apesar de não ser exatamente o meu tipo, ele é um homem muito charmoso. Aos cinquenta anos, os músculos permanecem os mesmos, embora eu suspeite que haja alguma dosagem de anabolizantes envolvida. Ele possuía uma pele bronzeada, mas, diferente da pele do Eduardo, parecia algo mais artificial. Apesar de não ter 1.95m de altura como o meu padrasto, ele ainda era bastante alto perto de mim.

— Tudo bem, Fábio? — ele apertou minha mão e me puxou dando alguns tapinhas nas minhas costas. — A sua mãe falou que eu viria, né?

Os equipamentos que o meu tio trouxe consistiam em basicamente alguns halteres de diferentes quilos, um suporte para barra, uma barra e alguns pesos. Ele também trouxe aquela barra fixa que se coloca na porta do quarto e algumas outras coisas. Depois que subimos com os equipamentos e os seus amigos foram embora, o que levou bastante tempo, já que eles ainda pediram pizza e cerveja, expliquei para o meu tio onde ele dormiria.

— Eu não posso dormir no quarto dos seus pais enquanto eles não estão aqui? — ele perguntou.

— Eles trancaram a porta e levaram a chave — Mentira, eu tranquei a porta e escondi a chave, mas tenho certeza de que a minha mãe me agradeceria se soubesse. Folgado. — Eu sugiro que você use o banheiro do meu quarto também para não termos que lavar dois banheiros.

— Ainda tem pizza e cerveja lá embaixo — o meu tio disse enquanto saia do quarto e voltava para sala. Eu ainda não havia comido, pois estava preocupado em organizar as coisas do meu tio aqui em cima. Isso fazia parte do plano, pois precisei trocar os medicamentos do dele por placebos. Se tudo desse certo, ele nem iria perceber. Não eram iguais, mas eram extremamente parecidos.

Voltando ao plano, fui tomar um banho rápido, mas planejado. Utilizei alguns produtos de perfumaria que comprei, como hidratante e body splash, e coloquei um dos shortinhos extremamente curtos que havia comprado. A minha bunda arrebitada quase saindo do short com uma jockstrap por baixo. Não coloquei blusa. Desci as escadas naturalmente, embora estivesse extremamente nervoso por dentro. O meu tio estava esparramado no sofá com os pés na raque, uma pizza do lado e uma cerveja na mão, ainda com a roupa que chegou.

Quando me viu, Thales pareceu surpreso e deu um daqueles sorrisos amarelos e falsos.

— Não sabia que você estava desinibido assim. É por causa da academia? Eu percebi que você tá treinando. — Ele me olhou de cima a baixo, enquanto eu me exibia. — Você era um menino tão na sua.

— É por causa da academia sim, mas também porque estou em casa e tá muito quente — fingi enxugar minha testa para confirmar o que eu estava falando. — Se você quiser ficar mais à vontade, eu não tenho problema com isso. Só estamos entre homens aqui — disse com casualidade enquanto me sentava do lado dele. Ele me ofereceu um pedaço de pizza, que aceitei.

— A sua mãe falou do meu diagnóstico? — o meu tio perguntou bem direto, um pouco mais à vontade devido a cerveja.

— Que diagnóstico? — Fingi que não sabia.

— Lesão muscular. — Ele disse com um sorriso no rosto. Se sentindo bem mais à vontade, ele levantou e passou a camisa polo pela cabeça. Quando ele voltou a se sentar, não consegui não reparar. Diferente do meu padrasto, ele não possuía pelo algum na região dos peitos e abdômen. Além disso, Thales tinha cabelos grisalhos e não possuía barba. Ele parecia estar com bastante calor, pois suor escorria por seus músculos mais relaxados. — Vou precisar tomar alguns medicamentos pela noite, só para você não estranhar. Vai que você acha que eu uso bomba — ele deu uma risada sincera.

Porra, então aquele corpo não era anabolizante? Eu estava com um pouco de inveja, devo dizer. Eu fingi acreditar piamente nessa lesão muscular, mesmo não fazendo sentido nenhum ele ter vindo passar semanas aqui por causa disso.

— Eu trouxe esses equipamentos porque você sabe como é a sua tia — ele cutucou o meu braço com o cotovelo. — Ela não iria me deixar treinar até me recuperar completamente. — Dei uma risadinha fingindo que acreditava.

Terminamos de comer e me ofereci para lavar a louça, isso enquanto Thales me dava dicas de musculação no fundo. Quando fomos para o quarto, mostrei que tinha organizado os pertences no guarda-roupa. Ele não disse um obrigado, como se fosse a minha obrigação. Ele pegou um comprimido, o placebo, e engoliu no seco mesmo, depois pegou uma muda de roupas e foi para o banheiro tomar banho.

A cama do meu tio ficou em frente à minha e virada horizontalmente. Enquanto a cama dele era de solteiro, a minha era de casal king size. Ele saiu do banheiro de bermuda e sem camisa e se deitou de supetão na cama. Nesse momento, só a luz do banheiro estava acesa e ele estava de costas para mim. Percebi que os seus pés não se ajustavam na cama e nem o restante do seu corpo no geral, a cama era muito pequena perto dele. Eu costumava dormir nessa cama com treze anos. Claro que usaria isso ao meu favor, mas só amanhã.

Decidi colocar o meu plano em prática apenas quando o meu tio não estivesse sob efeito imediato dos seus medicamentos.

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Comentários

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Incrível vc escreve muito bem!!! Vou acompanha essa saga espero que vc continue escrevendo

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Muito bom e estimulante, deixa um gostinho de quero mais urgente no leitor...rsrsrs...

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