Finalmente chegou o dia da minha viagem. Meu pai iria me acompanhar, como eu havia pedido, e isso, de certa forma, me dava um conforto inesperado. Era a primeira vez que eu iria andar de avião, e o frio na barriga era incontrolável. Parecia que, a cada passo que eu dava, a tensão crescia. Mesmo tentando disfarçar, meu pai percebia e lançava olhares compreensivos, cheios de paciência.
No aeroporto, tudo era novo para mim. As pessoas apressadas, os painéis piscando com informações de voos, e o som constante de anúncios me deixavam um pouco atordoado. Ele foi guiando tudo com uma segurança que me surpreendia. Na fila do check-in, ele colocou a mão no meu ombro, apertando levemente.
— Relaxa, filho. Vai ser tranquilo, eu tô aqui.
— Eu sei... — respondi, tentando sorrir, mas o nervosismo fazia minha voz soar estranha.
Depois de despacharmos as malas e passarmos pela segurança, chegamos à sala de embarque. Meu pai parecia à vontade, como se esse fosse o ambiente natural dele. Sentamos lado a lado, e ele começou a contar histórias de viagens que tinha feito, sempre incluindo detalhes engraçados que me fizeram rir e aliviar um pouco a tensão.
Quando chamaram nosso voo, meu coração deu um salto. Segui meu pai até a fila de embarque e, ao entrar no avião, fui tomado por uma mistura de fascinação e nervosismo. Tudo ali era tão diferente: as poltronas alinhadas, as luzes suaves, o cheiro peculiar de cabine. Meu pai se virou para mim enquanto guardava a bagagem de mão no compartimento acima.
— Senta aí, filho. Vai dar tudo certo.
Escolhi a janela, como tinha planejado, porque queria ver tudo. Logo depois, ele se acomodou ao meu lado. O som abafado dos passageiros se organizando, as comissárias de bordo dando orientações, e o barulho baixo, mas constante, dos motores criavam um ambiente quase hipnótico.
Quando o avião começou a taxiar na pista, meu corpo ficou tenso. Meu pai percebeu e segurou minha mão.
— Respira fundo. É como andar de carro... só que lá em cima. — Ele riu, tentando aliviar meu medo.
— Não ajuda muito, pai... — sorri, nervoso.
A aceleração para a decolagem foi como nada que eu já havia sentido. O avião começou a correr pela pista, e meu estômago parecia estar ficando para trás. Segurei firme no apoio do assento e olhei pela janela. Quando as rodas deixaram o chão, a sensação de flutuar me deixou sem palavras.
— Meu Deus... a gente tá voando mesmo!
Meu pai riu, parecia estar mais entretido com minha reação do que com o próprio voo.
— Bem-vindo ao céu, filhão.
Olhei pela janela e vi a cidade ficando cada vez menor. O céu era de um azul intenso, e as nuvens formavam um tapete que parecia macio. Era assustador, mas, ao mesmo tempo, incrível. Senti um alívio quando o avião estabilizou, mas a sensação de estar a milhares de metros do chão ainda era surreal.
— E aí, tá gostando? — ele perguntou, claramente se divertindo com minha expressão fascinada.
— É... estranho. Parece que meu corpo tá leve, mas ao mesmo tempo tenso. É incrível, mas dá um medinho também.
— Você vai se acostumar. Depois do primeiro voo, você vai querer viajar o tempo todo.
Passamos o resto do voo conversando e observando as paisagens pela janela. Meu pai parecia genuinamente feliz por estar ali comigo, e, pela primeira vez em muito tempo, senti que estava construindo uma memória boa com ele.
Quando o avião começou a descer e se aproximar do Rio de Janeiro, não consegui desviar os olhos da janela. Era como se cada nuvem se dissipasse para revelar um espetáculo deslumbrante. As montanhas recortavam o horizonte com imponência, o Pão de Açúcar emergia como um gigante sereno, e a extensão dourada das praias parecia brilhar sob o sol. Meu coração acelerou, mas, dessa vez, não era por nervosismo – era pura admiração.
— É lindo, não é? — meu pai perguntou, com um sorriso satisfeito ao perceber meu fascínio.
— É mais do que lindo, pai. É... é mágico.
— Bem-vindo ao Rio de Janeiro, filho.
Quando desembarcamos e seguimos até a esteira de bagagens, fiquei observando o movimento frenético das pessoas. Havia turistas de todos os cantos, famílias, executivos e mochileiros, todos com expressões animadas ou apressadas. Pegamos nossas malas e, logo em seguida, meu pai sinalizou para um táxi.
Durante o trajeto até o hotel, continuei grudado na janela. Cada pedaço da cidade parecia contar uma história. Passamos pelo Aterro do Flamengo, com seu gramado impecável e as pessoas praticando esportes, e logo avistei a silhueta do Cristo Redentor ao longe. Senti um arrepio ao imaginar como seria vê-lo de perto.
— E aí, tá curtindo o passeio? — meu pai perguntou, me lançando um olhar pelo retrovisor do táxi.
— Eu não tenho palavras... É tudo tão grande, tão bonito. Parece que tô num filme.
O táxi parou em frente ao hotel, que era moderno, com um hall elegante e uma fachada de vidro que refletia o céu azul. Entramos, e meu pai foi direto até o balcão da recepção. Depois de uma breve conversa com a atendente, ela nos entregou os cartões dos quartos.
— Tá aqui o seu, e esse é o meu. — Ele me entregou um cartão.
— Quartos separados? — perguntei, com cara de surpresa.
— Claro, filho! Achei que você fosse querer privacidade, vai que você quer levar alguém, e não quero ver você transando novamente. – Piscou olho pra mim.
— Tá ótimo assim paizão, mas preferia ficar contigo, nem tô pensando nessas coisas.
Subimos juntos pelo elevador, que era todo espelhado. Assim que entrei no meu quarto, fui direto até a varanda. Quando abri a porta e senti a brisa quente, fiquei completamente boquiaberto. Estava de frente para a praia de Copacabana, com sua orla inconfundível emoldurada pelos coqueiros e o calçadão de ondas pretas e brancas. O mar parecia infinito, e as pessoas caminhavam pela praia como pequenas figuras num quadro vivo.
Encostei na grade, deixando a brisa bagunçar meu cabelo, e fiquei ali, imóvel por alguns segundos, apenas absorvendo tudo aquilo.
Meu pai apareceu na porta, apoiado no batente, com um sorriso leve no rosto.
— Tá gostando da vista?
— Gostando? Isso aqui é surreal, pai. É a coisa mais bonita que já vi na vida.
— Aproveita, filho. Você merece viver isso.
Sorri para ele e voltei a olhar a paisagem, sentindo uma mistura de gratidão e encantamento. Estar ali, naquele lugar, com aquela vista, parecia um sonho.
Após guardar nossas coisas no hotel, meu pai sugeriu que déssemos uma volta pela orla de Copacabana. Assim que saímos, fui imediatamente envolvido pela energia vibrante do lugar. Era como se Copacabana tivesse vida própria, pulsando em cada detalhe. O som das ondas quebrando suavemente na areia se misturava à música que vinha de algum quiosque próximo, criando uma trilha sonora perfeita para aquele cenário.
O sol parecia dourar tudo ao redor – desde as águas do mar até as peles bronzeadas das pessoas que caminhavam despreocupadas. Turistas com câmeras penduradas no pescoço tiravam fotos do calçadão com suas icônicas ondas pretas e brancas, enquanto vendedores ambulantes passavam oferecendo água de coco, biscoito Globo e chapéus.
Meus olhos não sabiam para onde olhar primeiro. Havia gente jogando altinha na areia, crianças construindo castelos e casais sentados nas cangas trocando carinhos. Mas, confesso, o que mais me chamou a atenção foram os homens. Todos os tipos: musculosos correndo pela calçada com a pele reluzindo de suor, surfistas com cabelos desgrenhados carregando suas pranchas, e até aqueles de aparência mais casual, sentados nos quiosques, rindo com amigos e tomando uma cerveja. Cada rosto parecia trazer um charme único.
— Tá tudo bem? — meu pai perguntou, percebendo minha expressão fascinada.
— Tá, tá sim. Só... sei lá, pai. É como se tudo aqui fosse mais vivo, entende? As cores, as pessoas... até o sol parece diferente.
Ele riu, colocando os óculos escuros.
— Essa é a magia do Rio, filho.
Continuamos caminhando, e eu me sentia quase hipnotizado. Cada esquina, cada movimento ao meu redor parecia contar uma história. O cheiro de maresia misturado ao aroma de churrasquinho dos vendedores ambulantes me trazia uma sensação de aconchego, como se o lugar quisesse me acolher.
— Nunca imaginei que fosse assim — comentei, enquanto observava um grupo de rapazes jogando frescobol na areia, rindo alto cada vez que um deles errava a bola.
— Tem sua beleza, né? Mas também tem seus desafios. Rio é lindo, mas precisa ser vivido com cuidado.
Assenti, absorvendo suas palavras. Mas, no fundo, tudo que conseguia pensar era em como aquela energia vibrante era contagiante. Andar por Copacabana, com aquele sol quente e aquela mistura de gente e cultura, me dava uma sensação única de liberdade e pertencimento.
Era como se, por um instante, o mundo inteiro estivesse em perfeita harmonia, e eu tivesse encontrado um pedaço dele para chamar de meu.
Depois de explorar Copacabana, meu pai sugeriu que fossemos a um barzinho ali mesmo na orla. Sentamos em uma mesa próxima à calçada, de onde podíamos ouvir o som do mar misturado às conversas animadas ao nosso redor. Pedimos chopes gelados e alguns petiscos, e a conversa fluiu leve. Falamos de tudo: desde as minhas aulas na faculdade até histórias da juventude dele, muitas das quais eu nunca tinha ouvido antes.
Era a primeira viagem que fazíamos juntos, e a sensação era diferente, boa. Por tanto tempo havíamos sido distantes, quase estranhos, mas agora parecia que finalmente estávamos encontrando um ritmo, um jeito de sermos pai e filho.
Já era noite quando voltamos ao hotel. O vento estava mais fresco, e o movimento de Copacabana ainda vibrava ao nosso redor, com turistas passeando e vendedores embalando suas coisas para o fim do dia. Subimos para os nossos quartos, que eram lado a lado. Assim que entrei no meu, tomei um banho rápido para tirar o cansaço da rua e coloquei uma roupa confortável. Mas, em vez de ficar no meu quarto, fui direto para o do meu pai.
Ele estava deitado assistindo a um programa qualquer na televisão. Sem cerimônia, me joguei na cama ao lado dele.
— Tá cansado, filho? — ele perguntou, abaixando o volume da TV.
— Um pouco. Mas foi um dia muito bom.
Conversamos por um tempo, sobre tudo e nada ao mesmo tempo. Meu pai tinha uma calma na voz que eu nunca havia notado antes, e era reconfortante ouvi-lo falar. Aos poucos, o cansaço do dia começou a me vencer, e minhas palavras se tornaram espaçadas.
— Vai dormir, filho? — ele perguntou, me cutucando de leve.
— Acho que sim... — murmurei, já com os olhos quase fechados. — Mas quero ficar aqui.
— Tem certeza? Sua cama tá logo ali ao lado.
— Quero ficar aqui, pai.
Ele não insistiu. Apenas passou a mão pela minha cabeça, num carinho suave que me lembrou os gestos da minha mãe quando eu era pequeno. Senti meus músculos relaxarem completamente, e em poucos minutos, caí num sono profundo, sentindo pela primeira vez em muito tempo um aconchego que não sabia que precisava.
Na manhã seguinte, tomei café com meu pai no restaurante do hotel. O clima era descontraído, e ele parecia tão empolgado quanto eu com o congresso. Antes de sair, encontramos Patrícia e Virgínia, que estavam hospedadas no mesmo hotel. Elas me chamaram para dividir o táxi até o local do evento, já que, segundo elas, andar de Uber no Rio era perigoso. Aceitei, claro. Como era minha primeira vez na cidade, estava completamente perdido.
O primeiro dia do congresso foi intenso. Assisti a diversas palestras, cada uma mais interessante que a outra, e me impressionei com os painéis de pesquisa e inovação. Conheci algumas pessoas novas e troquei contatos, tudo enquanto tentava absorver o máximo de informações possível. Apesar de cansativo, era exatamente o tipo de experiência que me fazia sentir que estava no caminho certo na faculdade.
Depois de um dia cheio, Patrícia, Virgínia e alguns outros colegas da turma sugeriram ir a um barzinho em Copacabana. Aceitei sem hesitar. O grupo estava animado, e além de nós, também havia outros estudantes que conhecemos durante o congresso.
Entre eles, estava Eduardo, um estudante de Salvador. Ele era um mulato de sorriso fácil, com olhos intensos que pareciam rir a todo momento. Desde que nos vimos no congresso, percebi que nossos olhares se encontravam mais do que o acaso explicaria, mas não sabia se era coisa da minha cabeça ou se ele realmente estava interessado.
A noite foi regada a drinks e risadas. Eduardo estava sempre por perto, puxando conversa e me observando de um jeito que fazia meu coração acelerar. Quando nos preparamos para ir embora, ele se aproximou com um sorriso no rosto.
— Passa teu número aí — ele disse casualmente, mas o olhar era direto.
Passei, tentando parecer tranquilo, mas por dentro já imaginava mil cenários. Enquanto voltávamos para o hotel, o celular vibrou.
Edu: | Salva meu número!
Rafa: Salvo ;) adorei você ;)
Edu: Tmb, gatinho demais você!
Rafa: Você também… Tá afim de esticar a noite? Tô com um quarto sozinho no hotel!
Edu: Opa! Manda o endereço!
Rafa: Hotel Rio, vou só conversar um pouco com meu pai e logo fico livre. Quando estiver vindo, me avisa.
Edu: Beleza, vou dar um perdido aqui no pessoal que eu tô e te dou um toque já já!
Meu coração disparou. Era a primeira vez que algo assim acontecia em uma viagem, e o misto de empolgação e nervosismo só tornava tudo mais intenso. Subi para o quarto do meu pai, sentindo a adrenalina correr nas veias enquanto esperava a mensagem de Eduardo.
Sorri satisfeito enquanto subia para o quarto do meu pai. Ao entrar, ele estava sentado no sofá, com a TV ligada em algum canal de notícias. Conversamos sobre o congresso, as palestras que mais me chamaram atenção e os planos para o dia seguinte. Era sempre bom trocar ideias com ele, e pela primeira vez em muito tempo, eu sentia que estávamos construindo algo parecido com uma relação de pai e filho.
Depois de algum tempo, respirei fundo, preparando-me para dizer algo que ele provavelmente já suspeitava:
— Pai... Vou ser direto. Convidei um cara para vir aqui no hotel. — Minha voz saiu mais descontraída do que eu esperava, mas o frio na barriga entregava minha ansiedade.
Ele arqueou uma sobrancelha, mas sorriu com um toque de ironia.
— Sabia que você ia aprontar! Quem é esse cara?
— Um estudante de medicina que conhecemos hoje. Ele é de Salvador. A gente foi pro barzinho com o pessoal e acabamos trocando número.
— Você não perde tempo, hein? — Ele deu uma risada curta, mas havia mais curiosidade do que julgamento no olhar.
— Claro que não, pai. Eu não sou daqui, nem vim pra ficar. — Dei um sorriso malicioso, tentando aliviar a tensão.
Ele balançou a cabeça, rindo baixinho.
— Só toma cuidado, Rafa. — Ele se levantou, bagunçando meu cabelo de leve.
Dei um abraço nele e um beijo rápido na bochecha antes de ir para o meu quarto. Tomei um banho para relaxar e me preparei para a chegada de Eduardo. Coloquei um short de moletom e uma camiseta leve, o suficiente para parecer casual sem perder o charme.
Minutos depois, recebi a mensagem que esperava:
Edu: Chegando.
Respondi com o número do meu quarto e esperei, sentindo uma mistura de ansiedade e empolgação. Quando ouvi as batidas na porta, respirei fundo e fui abrir. Eduardo estava ali, com o cabelo ainda úmido do banho, usando uma regata e shorts de academia que valorizavam seu físico.
— Você veio rápido. — Comentei, sorrindo e dando um passo para o lado para que ele entrasse.
— E você acha que eu ia perder essa chance? — Ele respondeu com um sorriso provocador, mas havia algo genuíno em seus olhos que me fez relaxar.
Eduardo entrou no quarto, e a energia mudou instantaneamente. O ar parecia mais denso, carregado de expectativa. Ele olhou ao redor, explorando o ambiente com os olhos antes de me encarar novamente, um sorriso meio travesso brincando em seus lábios.
— Confortável aqui, hein? — Ele comentou, enquanto passava os dedos pelo encosto de uma poltrona próxima.
— Mais confortável agora. — Respondi com um sorriso que, admito, entregava um pouco da ansiedade que eu sentia.
Ele deu um passo na minha direção, e meu coração acelerou. Eduardo tinha algo no jeito como se movia, como se cada gesto tivesse a intenção de me desarmar completamente. Quando ele finalmente ficou a poucos centímetros de mim, ele inclinou a cabeça, e sua voz saiu baixa, quase como um segredo:
— Você tá nervoso?
Dei uma risada curta, mais para mim mesmo, e balancei a cabeça.
— Talvez um pouco... — Admiti, encarando aqueles olhos que pareciam ler tudo o que eu não dizia.
Ele não respondeu. Apenas levantou a mão e passou os dedos pelo meu braço, um toque leve, mas que fez minha pele arrepiar. Sem pressa, ele deslizou os dedos até o meu ombro e então segurou minha nuca, puxando-me para um beijo.
Foi lento no começo, como se ele quisesse testar o ritmo, mas em segundos, o mundo ao nosso redor parecia desaparecer. Suas mãos exploravam minha nuca e depois desceram para as minhas costas, enquanto nossas línguas dançavam em um ritmo que era ao mesmo tempo calmo e cheio de intensidade.
— Você beija bem... — Ele murmurou contra os meus lábios, sem se afastar completamente.
— Você também. — Respondi, com um sorriso, antes de puxá-lo para outro beijo. Dessa vez, o calor aumentou, e nossas mãos começaram a se aventurar.
Senti suas mãos firmes na minha cintura, me guiando até que minhas costas encontraram a parede. Ele ficou tão próximo que eu podia sentir sua respiração quente contra minha pele. Eduardo beijou meu pescoço, com uma mistura de suavidade e intenção, e um suspiro escapou antes que eu pudesse controlar.
— Isso é bom? — Ele perguntou, sua voz quase um sussurro em meu ouvido.
— Muito... — Respondi, sentindo um arrepio quando ele deixou um beijo demorado logo abaixo da minha orelha.
Passei minhas mãos pelos braços dele, sentindo os músculos tensos sob a pele, antes de deixá-las repousar em sua cintura. Puxei-o mais para perto, e ele riu baixinho, como se estivesse gostando do controle que tinha sobre a situação.
Nossos beijos se intensificaram novamente, e senti suas mãos subirem até o meu rosto, segurando-o com firmeza enquanto ele inclinava minha cabeça para aprofundar o momento. Minha própria respiração estava pesada, e o som parecia preencher o espaço.
— Você é lindo, sabia? — Ele murmurou, com os lábios ainda tão próximos que mal parecia um comentário, mais como um pensamento em voz alta.
— Fala isso olhando no espelho, Edu... — Brinquei, tentando esconder o quanto suas palavras mexiam comigo.
Ele riu, mas não respondeu. Em vez disso, abaixou a cabeça e beijou minha clavícula, traçando um caminho lento e deliberado. Suas mãos estavam agora na minha bunda, me apertando com uma força que era ao mesmo tempo confiante e cuidadosa.
Era uma dança entre o controle e a entrega, como se estivéssemos tentando descobrir até onde podíamos ir sem dizer uma única palavra. Em algum momento, eu consegui inverter as coisas, empurrando-o para que ele se sentasse na cama. Eduardo riu, surpreso, mas logo me puxou para o colo dele, e nossos lábios se encontraram novamente.
— Gosto quando você toma iniciativa. — Ele sussurrou, com a voz rouca, enquanto sua mão subia pelas minhas costas.
— E eu gosto quando você fica sem palavras. — Retruquei, aproveitando o momento para deixar um beijo suave em sua mandíbula, que desceu lentamente até seu pescoço.
Ele jogou a cabeça para trás, dando-me espaço, e o som baixo que escapou de sua garganta foi o suficiente para me fazer sorrir contra sua pele. Ficamos assim por um tempo, entre beijos e toques, nossas respirações misturadas, como se o tempo tivesse parado.
Quando finalmente nos separamos, ele ainda segurava minha cintura, seus olhos me encarando com uma mistura de admiração e desejo.
— Você é diferente, Rafa. — Ele disse, com um sorriso que era mais sincero do que qualquer coisa que eu esperava ouvir.
— Espero que isso seja bom. — Respondi, com a voz baixa, sentindo meu coração desacelerar enquanto o olhava.
Ele não respondeu de imediato. Apenas inclinou-se para dar um último beijo, e aos poucos nossas roupas foram jogadas ao chão, o Eduardo era gostoso, e tinha um pau GG grande e grosso, do jeito que eu gostava, olhei com os olhos brilhando, e comecei a passar a língua lentamente pela cabeça do seu pau, e ele sussurrava leves gemidos, abocanhei seu pau, enquanto eu estava de joelhos tocando uma punheta pra mim, o pau dele era muito gostoso de chupar, ele me puxa para cima e me dar um tapa na cara e me chamar de gostoso, puxei o corpo dele contra o meu e nossos paus roçavam entre si, e entre beijos e gemidos, juntei os dois paus, e comecei a tocar uma punheta olhando em seus olhos, ele então me joga na cama, me coloca de quatro e começa a chupar meu cú, onde já começo a rebolar, ele pergunta:
– Tem capa ai?
– Cara tô sem, esqueci de trazer.
– Vou meter no pelô tem problema?
– Não, pode meter, só mete logo, preciso sentir esse seu pau dentro de mim.
– Delicia de putinho você.
Ele pincelou seu pau, deu uma cuspida no meu cú e em seu pau e começou a meter, foi um pouco doloroso, mas eu já era acostumado a dar pra caras de pau grosso, tinha feito escola com o Caio, então logo me acostumei, e logo comecei a gemer e a rebolar, ele foi aumentando as estocadas e sempre me chamando de gostoso, de putinho, que eu estava aguentando a madeira dele sem reclamar, ele então me vira de frango, coloca meus pé em seus ombros e começa a meter olhando pra mim, essa era uma das minhas posições favoritas, eu adorava transar com o cara me olhando, principalmente quando tinha um olhar de safado, ele foi metendo e eu ia tocando uma punheta pra mim, não demorou e eu anunciei que ia gozar:
– Cara vou gozar – falei dando um gemido alto.
– Isso goza com o pau do negão atolado no seu rabo, piranha. – Ele então deu uma cuspida na minha cara.
– Delícia. – falei com cara de rapariga.
– Gosta de pica viadinho?
– Adoro, voce mete muito gostoso Edu. – Foi então que gozei, e comecei a apertar seu pau com o meu cú.
Ele acelerou as estocadas, e gozou dentro de mim, caímos exaustos, ainda trocamos alguns beijos, e depois ele se ajeitou para voltar para o seu hotel e eu fui dormir feliz e realizado, ainda teria 6 dias pela frente, e eu queria aproveitar o rio ao máximo.