Coloquei o short. O mínimo para me encaixar na categoria de “minimamente aceitável” segundo a moral doméstica – e, claro, minha mãe. Mas, sejamos sinceros, o tecido apertado e gasto não fazia muito para disfarçar o que eu queria que ela notasse.
Voltei para a sala. Lá estava ela, na ponta dos pés, tentando alcançar algo na prateleira mais alta da estante. Enquanto ela se esticava, o tecido do short, já curto e justo, subia ainda mais. Era como se fosse uma segunda pele, moldando cada detalhe das suas curvas. A cintura fina se destacava contra o cós do short, e o movimento de alongamento fazia suas costas arquearem levemente, empinando ainda mais a bunda.
A camiseta larga que usava – aquele trapo velho que deveria ser uma escolha prática para limpar a casa – pendia de forma quase estratégica. Os ombros ficavam ligeiramente à mostra, a gola caindo de um lado, expondo um pedaço de pele que parecia macio e quente. Conforme ela erguia os braços, o tecido da camiseta se levantava também, revelando uma faixa de pele clara na região da cintura.
O contraste entre a largura da camiseta e a forma do short criava uma moldura perfeita para as pernas dela, que pareciam ainda mais longas naquela posição. Os músculos das coxas ficavam levemente tensionados, delineados pela malha esticada do tecido.
E então havia a curva da bunda. O short, já cavado por natureza, parecia ter sido feito sob medida para se enfiar nas bandas na medida exata, sem deixar espaço para a imaginação. Cada movimento que ela fazia enquanto se esforçava para alcançar o objeto na prateleira parecia quase coreografado, destacando ainda mais a sensualidade involuntária da situação.
A visão era tão natural quanto indecente, e o que deveria ser apenas uma cena cotidiana ganhava outra dimensão. O esforço dela, combinado com a roupa que usava, transformava aquele momento simples em algo impossível de ignorar.
Me aproximei devagar, observando o movimento dos músculos das suas pernas, o jeito como seu corpo esticava, e, claro, como sua bunda ficava deliciosamente empinada naquela posição. Ela parecia alheia à minha presença, perdida no esforço de alcançar o inalcançável.
– Quer ajuda? – perguntei, fingindo casualidade.
Minha mãe virou a cabeça, me lançando um olhar rápido por cima do ombro. Ela hesitou por um momento, mas antes que pudesse responder, eu já estava em posição. Literalmente.
Posicionei-me atrás dela, tão perto que podia sentir o calor do seu corpo irradiando através da fina camada de roupa. Alcancei a prateleira com facilidade – afinal, tenho altura suficiente para isso –, mas aproveitei a oportunidade para fazer mais.
Inclinei-me o suficiente para que minha virilha roçasse deliberadamente na curva da sua bunda. Não foi um acidente. Foi um movimento calculado, a ousadia disfarçada de generosidade.
O corpo dela ficou tenso por um instante, mas não houve nenhum movimento brusco de rejeição. Pelo contrário. Ela permaneceu ali, imóvel, como se processasse a situação.
Peguei o que ela tentava alcançar e desci devagar, ainda mantendo a proximidade. Entreguei o objeto, mas não me afastei. Meu braço esbarrou levemente no dela, quente e firme.
– Aqui está – murmurei, minha voz carregando um tom baixo e intencionalmente casual.
Ela segurou o objeto, mas continuou parada, como se estivesse deliberando entre se afastar ou... ficar. O silêncio que se seguiu era quase ensurdecedor.
Então, ela deu um passo para o lado, um movimento calculado para criar distância. Mas não foi o suficiente para quebrar a tensão. Seu olhar, por um breve momento, encontrou o meu. Havia algo lá, algo que ia além do desconforto ou da reprovação.
Confusão? Curiosidade? Desejo?
– Você podia ajudar sem ficar tão em cima de mim, não acha? – disse, finalmente, com a voz um pouco mais alta do que o necessário.
Havia uma tentativa de firmeza ali, mas as bordas do comentário estavam desgastadas pela hesitação.
Dei de ombros, fingindo uma tranquilidade que mascarava minha excitação.
– Foi só meu jeito de me aproximar da altura certa.
A provocação foi calculada, lançada no tom exato para soar como uma brincadeira inocente, embora ambos soubéssemos que não era.
Ela desviou o olhar, como se quisesse sair daquela conversa sem fugir dela de verdade. Voltou-se para a estante e começou a reorganizar as coisas. Eu poderia ter ido embora naquele momento, dado o espaço que ela claramente precisava. Mas algo em mim me impedia.
O jeito como ela hesitou antes de se afastar. O modo como sua respiração ficou levemente mais rápida quando nossos corpos estavam tão próximos. Tudo isso entregava mais do que ela gostaria.
Era como se houvesse uma batalha acontecendo dentro dela, e eu sabia que, cedo ou tarde, o lado que me favorecia venceria.
Enquanto ela continuava a mexer na estante, ajeitando objetos que já estavam perfeitamente no lugar, decidi que era melhor recuar. Ainda era cedo para cruzar a linha.
– Vou dar uma volta lá fora – anunciei casualmente, mas por dentro, comemorava.
Cada passo meu em direção à porta era acompanhado pela lembrança do calor do seu corpo, do breve contato, do olhar que dizia mais do que ela admitiria.
Sim, a tensão estava crescendo. E nós dois sabíamos disso. Mesmo que ela nunca dissesse em voz alta.
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