Manfi, pode ser impressão minha, mas talvez por tentar escrever algo mais breve, esteja pecando um pouco ao construir os personagens.
Você construiu Sergio, cujas circunstâncias da vida o fizeram amadurecer rápido, se tornando assim um homem muito correto. Na vida íntima, ele é um tanto passivo com relação à esposa, até porque em relacionamentos todos precisam ceder em alguma coisa. Porém, ao descobrir a traição, ele é extremamente frio em se “fingir de morto” enquanto tenta ouvir sobre um complô contra ele que nem fazia ideia de que existia. A partir daí, a frieza dá lugar a uma explosão de fúria, onde ele sai aos gritos com todo mundo. Ficou um pouco difícil comprar essa mudança brusca. Deixei passar os capítulos e ainda me causa estranhamento.
No segundo capítulo, Thais define Sergio como um homem incompleto, onde coloca Sandro como um complemento, sexualmente falando. Neste, Thais diz que Sergio não precisa dos recursos de BDSM de Sandro para lhe dar prazer. Isso, além da incoerência, tira todo o sentido da traição acontecer e, por consequência, da história em si.
A Thais já ter pesquisado sobre BDSM e já ter percebido ser manipulada por Sandro antes da revolta de Sérgio também parece estranha.
Também notei que Laura repreende Thais, o que não faz sentido, pois ela sempre tolerou essa traição.
Pode ser que eu não esteja lendo com a atenção devida, mas talvez, por ser acostumado a escrever histórias mais longas, haja alguma dificuldade em desenvolver alguns personagens.
Às vezes acontece de a gente pensar a história de um jeito e, na hora de escrever, os personagens levam para outro lado. Ontem fechei uma série e o último capítulo foi totalmente diferente do que havia imaginado. É esquisito dizer isso, às vezes precisamos nos precaver para não impor a história aos personagens.
Falo isso tudo por também escrever e estar sujeito às mesmas questões. Já leu coisas minhas e deve ter tido impressões parecidas.
Abraços!