Essa história é sobre amor e traição, ou talvez seja sobre como estas duas coisas se misturam, pois para haver traição é necessário que exista amor também - ao menos de uma das partes envolvidas.
Começamos por conhecer Léo e Bia, um casal lindo e loiro que se juntou na adolescência, cresceu namorando, perderam a virgindade juntos na faculdade num cenário romântico e, num desfecho óbvio, terminaram casando. Apesar de terem os ingredientes para uma vida plena e feliz, eles não tardaram a descobrir que havia algo de podre no reino da Dinamarca - nossa, que chique, estou citando Shakespeare num conto erótico!
No caso, o que havia de podre eram os espermatozóides de Léo, sua porra era mais preguiçosa que férias deitado numa rede em Itapoã - e aquilo jamais faria Bia engravidar.
Como o casal não tinha grana para procedimentos médicos, Bia caiu em depressão profunda, enquanto Léo, desesperado, passou uma madrugada ouvindo desaforos de um tal “Personal Impregnator”, um homem rude que prometia usar sua porra poderosa para engravidar Bia usando técnicas avançadíssimas - o que cheirava a uma roubada sem fim.
Na manhã seguinte, Bia somente tomou coragem para sair da cama horas depois que Léo foi trabalhar. Fez um chá e foi tomá-lo na varandinha, sob o sol ainda morno. A luz da manhã e o calor da bebida a aconchegaram, de forma que começou a pensar que como ela estava era que não podia ser, assim, entregue e desestimulada.
Ela era jovem e bela, uma loira que sempre chamou a atenção, não somente pelos seios rijos e a cinturinha fina, por seu sorriso largo e seus olhos azuis, mas principalmente por sua personalidade cativante e a alegria contagiante. E agora ela estava ali, largada, sentindo-se feia e dominada por toda aquela tristeza. Enfim, para ela, aquele era o fundo do poço.
Foi então que Bia viu sobre a mesinha da varanda aquele papel esquecido por Léo na noite anterior: o cartão do Impregnator. Uma luzinha de esperança se acendeu em seu íntimo. Léo não havia desistido de terem um filho, seu marido seguia buscando alternativas!
Mas o que seria agora? O cartão contendo somente um título e um número de telefone, sem nenhuma outra informação, aguçou sua curiosidade. Bia ficou girando-o entre os dedos, pensando, e o desejo de descobrir o que Léo estava tramando cresceu de tal forma que, em menos de cinco minutos, ligou para o tal Impregnator para ver o que descobria.
- Alô… Bom dia…
- Oi, minha linda, hoje é um dia ótimo porque você me ligou. Em que posso ajudá-la?
- Eh… Sinceramente, eu não sei bem. Eu encontrei o seu cartão e fiquei curiosa, é só isso.
- Claro, eu entendo. Meu cartão é meio enigmático, não é mesmo? Mas ele foi feito assim de propósito. Foi pensado para despertar a curiosidade feminina.
- Pois conseguiu, eu confesso. Eu achei ele aqui em casa, provavelmente foi meu marido quem trouxe. Desculpe perguntar, mas o que é um personal impregnator?
- Eu sei quem é o seu marido, falamos ontem à noite, mas acho que ele não vai contratar meus serviços. É uma pena, posso tornar os seus sonhos realidade se você está buscando dar a luz a uma criancinha linda para preencher os seus dias de alegria e felicidade.
- Mas… mas… Como assim?
- Eu tenho as manhas. Se você me contratar, não demora você estará grávida, eu prometo.
- Não sei, seu Impregnator. Eu e o Léo já fizemos muitos exames e uma inseminação artificial custa caro… Provavelmente não poderemos pagar.
- Querida, levanta esse astral! Olha, quanto ao preço, isso depende. Se você mandar uma foto peladinha eu posso analisar melhor e, quem sabe, fazer um desconto.
- Uma foto pelada? Como assim? O que isso tem a ver com o preço?
- Eu explico. Tem que ser foto de corpo inteiro e de frente, preciso analisar a distância entre o seu sexo e o umbiguinho. Assim defino o procedimento adequado e calculo o preço.
- Ai, não sei não, isso está muito estranho…
- Faz assim, pensa aí e, se quiser, manda a foto. Eu digo quanto custará e você decide. Podemos nos encontrar ainda hoje e vai dar tudo certo. É satisfação garantida ou seu dinheiro de volta!
Nesse ponto, eu questiono a vocês: O que fariam? Acho que o mais lógico é concluir que se trata de uma cilada, não é?
Pois bem, Bia também tinha isso em mente, mas, por outro lado, a ansiedade provocada por ver aquela luzinha no fim do túnel que seria capaz de concretizar seus sonhos e salvar seu casamento ideal com Léo era demasiado tentadora!
Bia tirou o pijama, arrumou um pouco o visual, tomou a foto e a enviou para o Impregnator. Em seguida, recebeu uma mensagem respondendo: “Bia, você é fantástica! A humanidade precisa ter um filho seu no mundo. Esteja hoje às 15:00 no endereço que fornecerei um pouco antes para uma entrevista e uns testes. Realizaremos o procedimento por milzinho.”
As horas se arrastaram até pouco antes do horário marcado e a ansiedade de Bia só fez aumentar. Quando recebeu a indicação do local para a tal entrevista, esta continha apenas um localizador com o caminho a partir de onde ela estava, mas não revelava o endereço final - o que só fazia aumentar a curiosidade da loira.
Bia dirigiu até lá e, ao chegar num portão de ferro na periferia, uma voz soou desde o interfone perguntado o que desejava. Ao dizer que estava buscando pelo Impregnator, a voz lhe respondeu que ele ainda não havia chegado e que ela esperasse. Desde uma pequena portinhola ao lado do interfone, apareceu um ganchinho metálico sacudindo uma chave.
Meio indecisa, Bia tomou a chave e o portão se abriu. O complexo era um edifício comprido de dois pisos, onde abaixo de cada módulo haviam estacionamentos e uma escadinha levando para o apartamento logo acima. Na verdade, a tal clínica parecia mais um motel que um edifício de consultórios. Ainda assim, Bia já estava ali mesmo com os mil dinheiros na mão, então resolveu seguir adiante e ver o que aconteceria.
O ambiente no qual ingressou parecia um quarto qualquer, com uma cama de casal pegada a uma parede descascando, uma cadeira ao lado e um banheiro bem simples. Não havia muita luz nem circulação de ar entrando pela janelinha alta numa das paredes - e talvez por isso o cheiro ali não fosse lá muito agradável.
Ao dar-se conta de onde viera parar, os alertas soaram na cabeça da loira. Sua reação foi sair dali imediatamente, mas, quando ia tocar na maçaneta, esta girou e a porta se abriu. O coração de Bia disparou, calafrios lhe subiam pela espinha e ela quase gritou de susto.
Pela porta, surgiu um homem na casa dos cinquenta, baixinho e troncudo e de ombros desproporcionalmente largos à sua altura. Sua cabeça era calva no topo e cabelos grisalhos cresciam ao redor do crânio. Baixo uma monocelha, seus olhos eram pequenos e muito juntos, tendo logo abaixo um nariz curto e com um desvio significativo, como um lutador de boxe após tomar um cruzado de direita.
Ao ver Bia do outro lado, o homem sorriu com dentes pequenos e amarelos e já foi estendendo a mão para cumprimentá-la.
- Oi, minha linda, eu sou o Impregnator, muito prazer! Tudo bem? Achou fácil o lugar?
- Oi, tudo bem. Eu achei fácil, mas esse local me deixou um pouco assustada…
- Eu sei, posso imaginar. Marcamos muito em cima da hora e eu tinha uns compromissos por aqui, daí terminei combinando nesse muquifo. Pode falar, eu reconheço, aqui é uma pocilga e não está a altura de uma mulher como você.
- Que bom que o senhor reconhece, porque eu já estava indo embora mesmo e…
- Calma, minha linda! Pensa na oportunidade de você conseguir um filhinho com esses seus olhos azuis! Vamos pelo menos iniciar a entrevista, afinal, já estamos aqui, não é?
Bia ainda titubeou um pouco, mas pensava em seu desejo maternal e o Impregnator parecia tão seguro de tudo, falando sem parar, colocando-se na cadeirinha junto à cama e insistindo para que ela se sentasse. Terminou cedendo.
Em seguida, o homem retirou uma câmera de sua mochila, avisando que filmaria a entrevista. Quando ela questionou, ele argumentou ser importante registrar as respostas de suas clientes. Disse que já tivera umas questões no passado e que a filmagem era somente caso surgissem disputas profissionais, para evitar problemas futuros.
- Bem, vamos começar a entrevista. Por favor diga seu nome, sua idade, seu status marital e o que a traz aqui hoje.
- Sou Beatriz Matosinhos, tenho vinte e seis anos e sou casada faz uns meses. Vim aqui hoje porque eu e meu marido não conseguimos engravidar. Já tentamos de tudo e não temos dinheiro para inseminação artificial, assim que eu resolvi arriscar.
- Pode dizer seus dados biométricos para registro?
- Tenho um e setenta e oito de altura e peso sessenta quilos.
- Legal. Você é o que chamamos de falsa-magra no meu ramo, mulheres que não aparentam ser tão gostosas mas quando tiram a roupa são um tesão só.
- Eu? Imagina, eu tenho os quadris meio grandinhos e os peitos um pouco grandes…
- Pode acreditar, você tem um corpão! Quer dizer, isso é ótimo, porque quando engravidar terá uma gestação tranquila e vai se recuperar bem depois que o moleque nascer.
- Ah, entendi. Eu já estava achando que era um comentário indevido…
- Relaxa gata, é só uma entrevista. Então, continuando… Quando foi sua primeira vez?
- Faz três anos, foi com meu marido. Quer dizer, foi antes do casamento, mas foi com ele.
- Caramba! Jura? E com quantos outros homens você já esteve?
- Com nenhum outro, ora bolas! Que tipo de pergunta é essa? Pra quê precisa saber?
- Bia, para garantir que você engravide eu preciso de um perfil sexual completo, entende?
- Não achei importante, só isso.
- Se sua primeira experiência foi relativamente recente e você só esteve com seu marido, provavelmente nunca foi devidamente estimulada. Sem isso, quando copulam existe um ambiente inóspito para que os espermatozóides consigam chegar ao alvo. É como fazer dos cem metros rasos uma maratona com obstáculos!
- Você está dizendo que eu sou ruim de transa? É isso mesmo?
- Ou você, ou o maridão. Podem ser os dois, vamos ver… Vocês se chupam? Quem cai de boca em quem na hora do rala e rola?
- Rala e rola? Sinceramente, não sei onde o senhor quer chegar e…
- Desculpa interromper, minha linda, mas já vi que ninguém chupa ninguém na tua casa. Sigamos em frente. Já deu o cuzim ou ainda está regulando?
- Eu…Eu…
- Já entendi, você ficou vermelha. Concluo que teu marido nunca comeu seu cuzim, o que é muito errado para quem quer engravidar - além de ser um desperdício, é claro, porque a sua bundinha deve ser um espetáculo!
- Olha, o senhor está passando dos limites, não estou gostando nada! O que tem a ver engravidar com sexo anal? Isso não é nada científico!
- Gata, não fica brabinha! Minha experiência comprova que estimular o cuzim é importante! Quanto mais safada é a trepada, maior a probabilidade de embuchar, sacou?
A esta altura, Bia tinha sentimentos contraditórios dentro de si. O Impregnator era um homem feio, impertinente e usava uma linguagem vulgar. E o lugar que ele havia marcado para a entrevista, aquele muquifo com pinta de motel barato, o que era aquilo então?
Por outro lado, ele mantinha um tom de voz tranquilo e dizia palavras que soavam como música, tais como “gestação”, “dias de alegria e felicidade”, ou ainda “corpo fantástico”. Apesar de querer sair dali correndo, Bia não conseguia ir embora.
Era como um encanto, magia ou hipnose, que deixava Bia atraída por aquela oportunidade.
Percebendo a contradição interna de Bia, o homenzinho atarracado então mudou de tática. Aparentando um descaso absoluto, disse que já havia perguntado o suficiente e afirmou que era hora de passarem pelo exame, para que terminasse de avaliar o caso da loira.
Começou pedindo que ela retirasse a roupa e se colocasse de quatro na borda da cama, de quatro, com as pernas meio afastadas. Bia até o questionou sobre aquela posição pouco convencional para um exame clínico, mas o Impregnator respondeu que não tinham uma cadeira obstétrica disponível ali e que, por isso, aquela era a melhor disposição.
Totalmente constrangida, a loira foi retirando a roupa, dobrando com cuidado e deixando na borda da cama. Bia podia até jurar que viu um sorriso meio sacana no rosto do Impregnator quando ela terminou de tirar a última peça e ficou totalmente pelada, mas preferiu ignorar.
Olhando para o lençol puído e de higiene duvidosa sobre a cama teve certo receio, mas terminou colocando-se de quatro olhando para a parede descascada, repleta de ansiedade por não saber no que consistiria o exame. Numa breve espiadinha, só pode observar que o homem vestia luvas, o que lhe deu um certo ar profissional.
Um friozinho atacou Bia e deixou sua pele eriçada quando sentiu que o Impregnator afastava os lábios de sua pequena amiga e começava a introduzir um de seus dedos gordinhos ali. “Bem, isso já era de se esperar” - pensou a loira, afinal aquilo era um exame. O que a inquietava, na verdade, era ignorar o que mais poderia acontecer.
Em pouco tempo, o Impregnator tinha dois dedos indo e vindo dentro de Bia, afirmando que testava sua capacidade de lubrificação natural, quando então ela sentiu uma ponta imprevista num lugar inesperado: o homenzinho estava pressionando sua rosquinha virgem com o polegar! “Bem, paciência, isso também era de se esperar, afinal o Impregnator já havia discorrido sobre a importância da estimulaçao anal durante a fertilização.
Sentir um polegar invadindo seu traseiro era algo inédito para Bia, que não pode evitar que um gritinho fino. Ao ouvi-la, o Impregnator observou: “Desculpe, não queria causar este inconveniente! Peraí que já resolvo!” - e então Bia sentiu uma cusparada no cuzinho, algo nojento, mas que se mostrou bem eficiente quando o homem voltou a meter seu polegar ali.
“Eu devo estar ficando doida! O que eu estou fazendo?” - Pensou Bia ao dar-se conta de que estava num motel de terceira categoria, pelada e de quatro sobre uma cama infecta, com um completo estranho enfiando dedos nela pela frente e por trás.
O pior de tudo era a loira constatar que aquilo até que era bom. Como ela nunca havia estado com outro homem, a novidade a tomou de surpresa e ela se rendeu. E o homem até que não era ruim no que estava fazendo, quer dizer, Bia deu-se conta de que ele era meio que um perito naquele exame, sua técnica era aguçada e ela já estava quase gozando.
Quando deu por si, Bia rebolava ao ritmo dos dedos do Impregnator, gemendo alto, com os cabelos se desprendendo do rabo de cavalo e caindo sobre seu rosto, a respiração lhe faltando e os dedos agarrando com força o lençol velho, totalmente entregue ao prazer. Ao olhar para trás, viu que o homem sorria satisfeito com o que estava acontecendo.
- Mas… mas…. Seu Impregnator, que loucura de exame é esse?
- Calma, minha linda, você está se saindo muito bem!
- Bem uma ova, você está me bolinando! Eu sou uma mulher casada, lembra?
- Sim, é até mais gostoso lembrar disso… Quer dizer, me dá gosto saber que tudo está bem com você… Sua lubrificação é ótima, a temperatura do seu sexo é ideal e sua resposta à estimulaçao anal é uma das melhores que já vi!
- É sério mesmo? Eu tenho condições de engravidar? E o que segue agora?
- Agora é só você gozar para eu verificar a pulsação intravaginal e, se for da boa, marcamos a data do procedimento de reprodução assistida!
- Ahhhh! Eu vou ser mamãe! Ahhhhh! Mamãe! Ahhhhh!
- Isso mesmo, goza, sua gata safadinha, goza na minha mão, vai!
Bia não resistiu mais e terminou de entregar-se a um dos melhores orgasmos que já sentira até então, enquanto sonhava com o filho que poderia ter em breve…
CONTINUA, ESSA É A PARTE 2/3