Entre o veludo e o asfalto - Crescendo a Conexão

Um conto erótico de Gabriel
Categoria: Gay
Contém 956 palavras
Data: 12/12/2024 00:21:57
Assuntos: Gay, Drama, suspense, Amor

A chuva caía forte sobre a cidade, batendo suavemente nas janelas de vidro do elegante apartamento de Gabriel. Ele estava deitado em sua cama, encarando o teto, imerso em um turbilhão de pensamentos conflitantes. O som da água correndo nas ruas e o barulho distante de um trovão eram os únicos sons que o acompanhavam naquela noite. Mas sua mente estava longe do silêncio. Ele pensava em Mateus.

**Gabriel**: *(pensando)* "O que está acontecendo comigo? Não posso, não posso... Tenho uma vida, uma esposa, um casamento... Mas ele... Mateus... ele é diferente."

Ao longe, o toque do telefone interrompeu seus pensamentos. Era uma mensagem de Mateus. A cada notificação, um frio na barriga. Era como se ele estivesse sendo puxado para um abismo do qual não conseguia escapar.

**Mensagem de Mateus**: *"Eu sei que você está em casa. Eu posso sentir sua falta. Não me deixe esperando. Eu te quero mais do que tudo."*

Gabriel fechou os olhos, tentando ignorar a chama que crescia dentro dele. No fundo, sabia que não poderia continuar se iludindo. Ele estava em um relacionamento sério com Juliana, sua esposa há quatro anos, mas cada vez que via Mateus, algo despertava dentro de si que ele não sabia como controlar.

A história de Gabriel com Juliana era marcada por anos de amizade, companheirismo e um romance idealizado. Mas, com o tempo, algo havia mudado. O desejo havia se apagado, restando apenas o conforto da rotina. E então Mateus entrou em sua vida, mexendo com tudo o que ele conhecia e acreditava ser certo.

Era uma noite abafada, e Mateus estava em seu apartamento, preparando o ambiente para o encontro que ele sabia que aconteceria. Com a iluminação suave e o cheiro doce de flores, ele estava ansioso, mas ao mesmo tempo calmo, como se soubesse que esse momento chegaria inevitavelmente.

O interfone tocou. Gabriel havia chegado. Mateus respirou fundo antes de abrir a porta.

**Mateus**: *(sorrindo com malícia)* "Finalmente. Achei que você não viria."

**Gabriel**: *(tentando disfarçar a inquietação)* "Eu... não sei o que estou fazendo, Mateus. Não sei o que está acontecendo comigo."

**Mateus**: *(aproximando-se dele com confiança)* "Você não precisa saber de tudo agora. Só precisa sentir. E eu sei que você sente."

Gabriel olhou para ele, os olhos se fixando nos lábios de Mateus, e a tentação era forte demais para resistir. A dúvida, a culpa, a lealdade a Juliana – tudo desapareceu naquele momento. Ele não podia mais lutar contra o desejo avassalador que crescia dentro dele. Sem dizer mais uma palavra, ele puxou Mateus para um beijo intenso.

O quarto estava iluminado apenas pelas luzes suaves das velas. O som da chuva do lado de fora parecia um pano de fundo distante enquanto os corpos se entrelaçavam. O desejo era palpável, e o tempo parecia ter parado.

**Gabriel**: *(ofegante, sussurrando)* "Eu nunca senti isso... nunca imaginei... que fosse capaz."

**Mateus**: *(com os olhos cheios de desejo)* "Eu te disse, Gabriel... você não conhece seu próprio corpo até sentir isso."

Cada toque, cada beijo, cada suspiro compartilhado os aproximava mais, afastando todas as palavras que poderiam complicar aquele momento. Era pura entrega, um desespero de ser encontrado, de se perder um no outro. A culpa era algo distante, algo que poderia ser resolvido depois. Agora, eles eram apenas os dois, e nada mais importava.

O sol entrava pela janela, iluminando o rosto de Gabriel, que acordava lentamente. Ao seu lado, Mateus dormia, tranquilo. Gabriel olhou para ele, sentindo uma mistura de desejo e culpa tomar conta de seu coração. Ele sabia que o que tinha acontecido entre eles não era apenas um erro passageiro. Havia algo mais, algo profundo. Mas também havia Juliana. O peso da sua esposa, o casamento, a vida que ele tinha construído.

Ele levantou-se silenciosamente, vestindo sua camisa e calças, tentando não acordar Mateus. Mas, antes de sair, ele parou na porta e olhou para trás, para o homem que havia destruído sua estabilidade. Mateus despertou com o barulho da porta.

**Mateus**: *(sorrindo suavemente, sem abrir os olhos completamente)* "Vai embora?"

**Gabriel**: *(com o olhar carregado de culpa)* "Eu... eu preciso. Não sei o que estou fazendo. Preciso voltar para casa, para a minha vida."

**Mateus**: *(levanta-se, olhando-o intensamente)* "Não finja que não quer mais. Eu vi em seus olhos o que você sente. Você não pode negar isso."

Gabriel sentiu o peito apertar. Não era apenas a tentação. Era o medo. O medo de perder tudo o que ele já tinha. Mas, por outro lado, havia Mateus. Algo nele era tão novo, tão intenso... era impossível ignorar.

Quando Gabriel chegou em casa, Juliana estava na sala, esperando. Ela o olhou com um sorriso forçado, um sorriso que ele conhecia bem. A pressão do casamento, a imagem de família perfeita, a estabilidade. Mas ele sabia que algo estava quebrado dentro de si. Algo que não poderia ser consertado com palavras.

**Juliana**: *(com um olhar preocupado)* "Onde você esteve ontem? Você está... diferente."

**Gabriel**: *(desviando o olhar, nervoso)* "Eu... Eu precisei sair. Eu estava... eu estava confuso."

Ela se aproximou, tocando seu rosto suavemente, mas ele sentiu como se fosse outra pessoa. Não era mais aquele homem que ela conhecia. Algo tinha mudado, e ele sabia que não poderia esconder por muito tempo.

Mais tarde, Gabriel pegou o celular. Havia uma mensagem de Mateus. Ele hesitou antes de abrir.

**Mensagem de Mateus**: *"Eu te amo, Gabriel. Eu sei que você tem medo. Mas eu vou esperar. Porque o que a gente tem é real."*

Ele fechou os olhos, sentindo uma mistura de dor e desejo. O que ele faria agora? O que era mais forte? O amor de Juliana, a sua vida, ou o desejo que consumia tudo dentro dele?

O conflito estava apenas começando.

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