Os dias após aquela noite transformadora foram uma mistura de intimidade e descobertas. Ana e Gabriel mantiveram a amizade, mas agora ela era marcada por toques casuais que carregavam intenções, beijos roubados entre conversas e noites quentes que pareciam nunca ter fim.
Certa noite, Ana chegou ao apartamento de Gabriel depois de um dia longo. Estava exausta, mas bastou que ele abrisse a porta e a puxasse para um beijo para que o cansaço desaparecesse. Ele a levou direto para o sofá, como se mal pudesse esperar para tê-la de novo.
— Você é a melhor parte do meu dia — ele sussurrou em seu ouvido, enquanto suas mãos deslizavam pelas curvas do corpo dela.
Ana sorriu, puxando-o para mais perto. Mas aquela noite, Gabriel parecia diferente. Seus toques estavam mais ousados, mais direcionados. Ele a beijava como se tivesse um propósito maior, e Ana sentia que havia algo que ele queria dizer, mas hesitava.
Finalmente, enquanto ela estava deitada de bruços no sofá, com ele beijando as costas nuas, Gabriel parou.
— Ana... eu preciso te pedir uma coisa.
Ela virou a cabeça, intrigada.
— Diga, Gabi. O que foi?
Ele respirou fundo, como se reunisse coragem.
— Eu quero você de um jeito diferente... Quero te sentir completamente.
Ela franziu a testa, tentando entender. Então, quando ele deslizou os dedos pela lateral de seu quadril e os deixou próximos à entrada mais íntima dela, o significado ficou claro.
— Você quer... comer meu cu? — Ana perguntou, a voz hesitante, mas com um sorriso no canto dos lábios.
Gabriel assentiu, os olhos carregados de desejo, mas também de cuidado.
— Sim. Mas só se você quiser. Não quero forçar nada, Ana. Quero que seja bom pra você também.
Ana ficou em silêncio por alguns instantes, pensando. Nunca tinha feito aquilo antes e, embora sentisse certa curiosidade, também havia um receio natural. Porém, o olhar de Gabriel e a forma como ele sempre a tratava com respeito fizeram-na considerar a ideia.
— Você realmente quer? — ela perguntou, sua voz baixa.
— Quero. Mas só se você confiar em mim.
Ela mordeu o lábio, sentindo uma mistura de nervosismo e excitação.
— Então... me guia.
Gabriel sorriu, beijando-a profundamente antes de se levantar. Ele foi buscar um lubrificante na gaveta ao lado da cama. Voltando, ajoelhou-se ao lado dela e acariciou suas costas com ternura.
— Me avisa se doer ou se você não gostar, tá?
Ana assentiu, respirando fundo enquanto ele começava a preparar o momento com calma. Ele deslizou o gel em seus dedos e começou a massageá-la gentilmente, explorando aos poucos, enquanto ela relaxava.
— Está tudo bem? — ele perguntou, preocupado com cada reação dela.
— Sim... continua.
Conforme ele foi avançando, Ana começou a sentir um prazer novo, misturado com o nervosismo inicial. Gabriel foi lento, respeitando os limites dela, até que finalmente a penetrou, de maneira suave e cuidadosa.
Ana ofegou, fechando os olhos e segurando o braço dele.
— Tudo bem? — ele perguntou novamente, parando.
Ela abriu os olhos, que brilhavam com uma intensidade que Gabriel nunca tinha visto.
— Está... diferente, mas... incrível. Continua, Gabi.
Ele começou a se mover lentamente, deixando que ela se ajustasse ao ritmo. Com o tempo, o desconforto inicial deu lugar a algo intenso, profundo. Gabriel a segurava com força pela cintura, enquanto ela apertava os lençóis, cada movimento preenchendo-a de uma maneira que ela nunca havia experimentado.
— Gabi... — Ana gemeu, sua voz embargada. — Eu... eu não sei se vou aguentar...
— Relaxa, Ana... — ele sussurrou, inclinando-se para beijar sua nuca. — Você é perfeita assim...
As lágrimas começaram a escorrer pelo rosto dela, mas não apenas de dor. Era um prazer tão intenso que a fazia transbordar. Gabriel percebeu e parou por um segundo.
— Ei... está doendo? Quer que eu pare?
Ela balançou a cabeça rapidamente, olhando para trás com um sorriso entrecortado.
— Não! Pelo amor de Deus, não para... isso está... incrível.
Gabriel sorriu, voltando a se mover, agora com mais intensidade. Os dois estavam completamente entregues, os corpos em sintonia. Quando o ápice chegou, foi como uma explosão: Ana gemia sem controle, as lágrimas ainda rolando, enquanto Gabriel a preenchia completamente, seu próprio clímax vindo logo em seguida.
Ele a segurou com força contra si, os corpos ainda unidos, enquanto a sensação se dissipava lentamente. Ambos estavam ofegantes, mas a conexão entre eles nunca havia sido tão forte.
— Você chorou... — Gabriel disse, limpando suavemente o rosto dela com os dedos.
— Eu gozei... — Ana respondeu, sorrindo. — Nunca pensei que seria assim...
Ele a puxou para um abraço apertado, beijando-a na testa.
— Você foi incrível. Obrigado por confiar em mim.
Ela suspirou, aninhando-se em seu peito.
— Acho que eu posso fazer qualquer coisa com você, Gabi.
E, naquela noite, eles dormiram juntos, mais próximos do que nunca, prontos para explorar ainda mais o que aquela nova fase poderia oferecer.