Como as ondas do mar

Um conto erótico de Alberto Sousa
Categoria: Heterossexual
Contém 832 palavras
Data: 19/12/2024 18:12:18

A casa de Amanda estava imersa em um silêncio acolhedor, como se o mundo lá fora tivesse deixado de existir. O calor suave da noite parecia sussurrar pelas paredes, enquanto a luz amarelada de um abajur lançava sombras quentes pelos cantos do quarto. Amanda estava diante de Bruno, o olhar dela queimando como brasas sob a brisa morna. Não havia pressa, apenas uma cumplicidade que falava mais alto do que qualquer palavra poderia dizer.

Ela se aproximou dele devagar, os pés descalços no chão frio fazendo um contraste delicioso com o calor que emanava de seus corpos. Seus olhos percorriam cada detalhe de Bruno, como quem memoriza uma paisagem rara. Quando suas mãos finalmente o tocaram, foi como se a eletricidade da noite tivesse encontrado um condutor. A ponta dos dedos de Amanda traçou linhas invisíveis sobre a pele dele, uma dança silenciosa que fazia seu corpo reagir com um arrepio imediato.

Bruno fechou os olhos por um instante, permitindo-se ser guiado pelo toque dela. Havia algo quase sagrado naquela conexão, um calor que começava no ponto onde as mãos dela o tocavam e se espalhava por todo o seu corpo. Quando ele abriu os olhos, encontrou o rosto de Amanda tão próximo que podia sentir o calor de sua respiração, lenta e profunda.

Ela o beijou primeiro no canto da boca, um toque suave que parecia abrir portas dentro dele. Depois, seus lábios traçaram um caminho pela linha de sua mandíbula até o pescoço, deixando um rastro de calor e desejo. Bruno respirou fundo, suas mãos encontrando o caminho para as curvas do corpo dela. Ele a puxou para mais perto, os dedos deslizando pela cintura de Amanda, sentindo a maciez de sua pele sob o tecido fino do vestido.

Amanda, agora completamente entregue ao momento, deixou suas mãos explorarem Bruno com mais firmeza. Suas palmas desceram pelo peito dele, sentindo a força de seus músculos, a textura da pele aquecida. Ela se abaixou levemente, seus lábios seguindo o caminho que suas mãos haviam percorrido, enquanto sua língua traçava pequenos círculos que arrancavam de Bruno gemidos baixos, quase imperceptíveis.

Ele a segurou pelos ombros, inclinando-se para beijá-la com uma intensidade que queimava como fogo. O beijo era profundo, molhado, carregado de desejo e fome. Bruno não queria mais apenas tocá-la; ele queria senti-la inteira, cada centímetro, cada curva. Suas mãos deslizaram até os quadris de Amanda, apertando com força suficiente para fazê-la ofegar.

Quando ele a ergueu nos braços, foi como se a tensão acumulada entre eles finalmente explodisse. Ele a deitou suavemente na cama, o vestido dela subindo e revelando a pele dourada pelo reflexo da luz. Seus olhos percorreram o corpo de Amanda com um desejo quase reverente, como se ele estivesse diante de algo precioso demais para ser tocado sem cuidado.

— Você é linda... — murmurou ele, sua voz rouca e entrecortada.

Amanda respondeu com um sorriso, enquanto suas pernas se entrelaçavam em torno da cintura dele, puxando-o para mais perto. O calor de seus corpos era quase insuportável, como se o quarto inteiro estivesse pegando fogo. Bruno deixou seus lábios deslizarem até os seios dela, suas mãos explorando o caminho antes de sua boca encontrar o mesmo destino. Ele a beijou ali, devagar, a língua percorrendo os contornos com uma devoção que a fez gemer alto.

Amanda segurou os cabelos de Bruno, puxando-o com força enquanto seus corpos se moviam em uma sincronia perfeita. Ele explorava cada parte dela com um cuidado que beirava a adoração, enquanto ela se entregava completamente, sentindo cada centímetro dele preenchê-la de um jeito que parecia apagar o resto do mundo.

O ritmo deles era lento no início, como as ondas que lambem a areia. Mas, conforme a noite avançava, o movimento se tornava mais urgente, mais intenso. Os gemidos de Amanda ecoavam pelo quarto, misturando-se ao som da respiração pesada de Bruno. O suor escorria pelos corpos entrelaçados, criando um brilho que reluzia sob a luz do abajur, como uma pintura viva de desejo.

Quando finalmente alcançaram o clímax, foi como se o universo inteiro tivesse parado por um instante. O corpo de Amanda arqueou sob o de Bruno, e ele segurou seus quadris com força, enterrando o rosto no pescoço dela enquanto seus gemidos abafados anunciavam a explosão de prazer. Eles permaneceram assim, imóveis, sentindo o calor de seus corpos e ouvindo apenas o som de suas respirações entrecortadas.

Amanda abriu os olhos e encontrou os de Bruno. Ela sorriu, um sorriso doce e satisfeito, enquanto suas mãos acariciavam o rosto dele com ternura.

— Você está comigo agora... e sempre — sussurrou ela.

Bruno apenas assentiu, inclinando-se para beijá-la novamente, desta vez com a suavidade de quem sabia que o prazer não era o fim, mas o começo de algo ainda mais profundo. E, naquela madrugada, enquanto a cidade de Salvador dormia, os dois continuaram a explorar um ao outro, descobrindo que o amor pode ser tão vasto quanto o mar e tão intenso quanto o calor de uma noite de verão.

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