Quando os Olhares se Encontram

Um conto erótico de Alberto Sousa
Categoria: Heterossexual
Contém 615 palavras
Data: 19/12/2024 18:42:30

O bar da esquina do campus estava mais movimentado do que de costume. Era sexta-feira em Salvador, capital da Bahia, e a energia no ar misturava a excitação do fim de semana com a liberdade típica de jovens universitários. Entre risos altos e músicas pulsantes, Clara terminava seu segundo mojito. Ela estava sentada em um canto estratégico, de onde observava o movimento, enquanto conversava com sua melhor amiga, Brenda.

“Hoje é o dia, Clara! Vamos nos divertir e esquecer os trabalhos da semana. Você precisa sair da sua bolha!”, dizia Brenda com um sorriso malicioso. Clara riu, balançando a cabeça.

“Não estou tão segura disso, mas vamos ver o que acontece,” respondeu, mordendo o canudo e desviando os olhos para a pista de dança improvisada.

Foi então que seus olhos encontraram os de Gabriel. Alto, cabelos bagunçados de forma proposital, sorriso que parecia guardar segredos. Ele estava perto do balcão, conversando com um grupo de amigos, mas seus olhos a miraram como se fosse a única pessoa naquele bar. Clara sentiu o estômago revirar.

“Quem é aquele?”, ela perguntou a Brenda, tentando parecer desinteressada.

Brenda seguiu seu olhar e soltou uma risada curta. “Ah, é Gabriel. Faz engenharia e toca na banda do campus. Não me diga que…”

Antes que Brenda terminasse, Gabriel se aproximou. Segurava uma garrafa de cerveja e seu sorriso parecia ainda mais provocante de perto.

“Você é Clara, não é?”, ele perguntou, inclinando-se ligeiramente para que a música não abafasse sua voz. Clara piscou, surpresa.

“Sou. Como você sabe disso?”

“Você é difícil de não notar,” ele respondeu com um meio sorriso. “Além disso, a gente teve aula juntos semestre passado.”

Ela riu, sentindo o rubor subir às bochechas. Conversaram por alguns minutos, trocando provocações leves e sorrisos furtivos. Quando ele a convidou para dançar, Clara hesitou por um segundo antes de aceitar.

Na pista, a música era uma mistura de batidas eletrônicas e melodias sensuais. Eles se aproximaram naturalmente, os corpos movendo-se em sintonia. A proximidade aumentava o calor entre eles, e Clara sentia o perfume de Gabriel misturado ao cheiro de cerveja e adrenalina.

Em um momento, ele se inclinou para murmurar em seu ouvido: “Você está linda.” Ela sorriu, o coração disparado. Quando seus olhos se encontraram novamente, o mundo ao redor pareceu desaparecer.

“Quer sair daqui?”, ele perguntou, com uma expressão séria que a deixou sem fôlego. Clara não hesitou dessa vez. Pegando sua mão, ele a guiou para fora do bar.

A caminhada até o apartamento de Gabriel foi recheada de risos nervosos e toques ocasionais. Quando chegaram, ele destrancou a porta e a deixou entrar primeiro. O espaço era pequeno, mas aconchegante, com livros espalhados pela mesa e uma guitarra encostada na parede.

“Queria tocar para você um dia,” ele disse, enquanto fechava a porta. Clara virou-se para ele e sorriu.

“Talvez você possa. Mas agora...”, ela começou, deixando a frase no ar.

Gabriel se aproximou, colocando uma mão delicadamente em seu rosto, o polegar acariciando sua pele. Quando seus lábios finalmente se encontraram, foi como se algo explodisse dentro dela. O beijo começou suave, mas rapidamente tornou-se intenso, carregado de desejo e urgência.

Ele a guiou até o sofá, suas mãos explorando cada curva enquanto os beijos se tornavam mais profundos. Clara retribuía com igual intensidade, suas unhas traçando linhas imaginárias nos ombros dele. Gabriel puxou-a para mais perto, murmurando seu nome entre beijos, como se fosse uma prece.

Naquela noite, Clara esqueceu as preocupações da semana e mergulhou em um mundo de sensações que a fizeram sentir-se viva como nunca antes. Entre lençóis amassados e sorrisos trocados, o mundo lá fora deixou de existir. Era apenas ela, Gabriel e o calor do momento.

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