O relacionamento entre Clara e Gabriel enfrentou um período conturbado após a confissão dela sobre a noite na festa. Embora ele tivesse escolhido perdoá-la, as dúvidas começaram a rondar Gabriel, criando uma barreira invisível entre eles. Clara percebeu as mudanças – os olhares mais longos, as perguntas casuais que pareciam cheias de intenções ocultas, a hesitação antes de certos toques.
Numa noite abafada de sábado, enquanto caminhavam pela orla da Barra, Clara parou e segurou a mão dele. “Eu sei que ainda dói, Gabriel. E eu sei que parte disso é culpa minha. Mas quero que você confie em mim de novo.”
Gabriel suspirou, olhando para o horizonte. “Eu confio, Clara. Mas às vezes, é como se uma sombra estivesse sempre entre nós.”
Determinada a dissipar aquela sombra, Clara planejou uma noite especial para os dois. Na noite seguinte, no pequeno apartamento de Gabriel, ela preparou o ambiente com velas discretas e música suave. Quando ele chegou, estranhou a atmosfera, mas o sorriso dela o desarmou.
“Hoje é só sobre nós,” Clara disse, puxando-o pela mão. Gabriel seguiu, ainda um pouco cético, mas disposto a se entregar àquela proposta.
Enquanto conversavam e riam baixinho, Clara se aproximou mais, tocando-o com uma delicadeza que parecia renovar a conexão entre eles. Quando o silêncio tomou conta, ela tomou a iniciativa, deixando claro que queria demonstrar com gestos o que palavras não conseguiam expressar.
Clara o guiou para o sofá, onde ele se recostou, ainda surpreso com a intensidade que emanava dela. Ela se ajoelhou à sua frente, os olhos fixos nos dele, enquanto suas mãos habilidosas deslizavam pela cintura e desabotoavam sua calça lentamente. Gabriel respirava mais rápido à medida que os lábios dela traçavam um caminho provocante em sua pele.
Quando Clara o tomou em sua boca, os movimentos eram ao mesmo tempo suaves e intensos, levando-o a murmurar o nome dela repetidamente, a voz rouca de desejo, até que explodiu em prazer e manchou de branco o rosto da amada.
Mais tarde, já no quarto, Clara olhou para Gabriel com um brilho no olhar, sugerindo uma nova aventura. Lubrificando o amado com as mãos, começou a orientá-lo por caminhos ainda inexplorados entre eles. Cada segundo juntos era uma promessa silenciosa de prazer e a atmosfera carregava uma tensão deliciosa, até que uma nova explosão relaxou seus corpos na cama.
Depois, enquanto os dois estavam deitados, os corpos entrelaçados, Gabriel tocou o rosto de Clara e sussurrou: “Eu acredito em nós.” Ela sorriu, sentindo que, finalmente, haviam deixado as sombras para trás.