Eu amo meu marido.
Três machos me foderam de verdade, meu marido me pegou pelos cabelos e disse que naquele mês era a última vez que ia foder a putinha dele, o resto do mês eu ia ser um homem em casa, no mês seguinte a gente discutia.
Cuecas sujas em minha boca, ele me disse que se eu me movesse iria parar na hora, tirou o cinto da calça jogada no chão e eu dizia não com a cabeça, ele dobrou o cinto e disse que se eu não quisesse era só tirar uma das mãos na parede, juro que eu não queria apanhar, mas rogava para não escorregar, eu estava vendo os outros dois cafajestes saboreando meu desespero, o portuga falsamente alegou pena e disse que ia me salvar, mas eu rejeitei ser salva, ele pegou o cinto da mão de nosso macho e depois de um beijaço disse que o primeiro golpe era dele, o segundo foi mais forte, o terceiro foi do doutor, ele livrou a bunda, mas minhas coxas queimaram, saí do lugar, meu marido disse parou, eu achei melhor, eu não ia saber fazer parar.
Em seguida ele cuspiu em minha cara e perguntou se eu ia continuar a ficar histérica com essa merda de estar correndo atrás de boceta, eu já havia sido julgada, sentenciada e pago a punição. Eu ia falar algo e ele disse que sempre deixou claro que não ia perdoar saber que eu dei pra outro, mas ele não tinha outra boceta em casa pra eu esfregar a minha nessa outra. Ele tira as cuecas de minha boca e me beija, me faz encostar o peito na parede e abrir a bunda oferecendo a olhota. Ele diz que precisava gozar, os três se empurram para ser o próximo, o último a me encher o rabo de porra foi o portuga, depois disseram que não iam ajudar veado algum a tomar banho, disseram que Mané é nome de idiota, e o resto do dia meu nome seria Mané, puto de ódio. Passei a sentir diferente, lavei o rabo sem querer conversa, sem querer colocar na boca, queria me livrar do cheiro deles.
Fui para a mesa de jantar puto. Fazia uma semana que buscamos o chatinho, ele agora estava em um nicho preto na parede, uma caixa de madeira avermelhada e cheia de veios tinha o pacote dentro de si, sentado sobre a madeira um Buda sereno guardava o chatinho, a gente apontava para a parede e pedia ajuda, conselho e o culpava pela imbecilidade uns dos outros.
Os três me provocavam mais, dei um tapa na cara do portuga, ele gargalhou e disse que eu batia como mulherzinha, naquela semana a gente ia começar a dormir juntos, ele me pergunta se eu decidi se seria homem ou mulher, porque queria se despedir de meus peitinhos se fosse o caso, mas ia achar estranho duas tetas num peito cabeludo, eu disse que eu talvez não tenha pelos no corpo, ele disse que eu era linda e gostosa, e perder uma putinha como eu só se fosse pra ter um boiolinha lindo e gostoso, portanto peludinho, ele coça o queixo barbudo (o bicho é lindo demais), eu disse que se eu fosse homem eu ia ser macho não ia ser veado, eles gargalharam.
O doutor teve dificuldade de parar de rir, disse que nenhum deles ia querer outro macho em casa. Me disse que eu poderia ou não transformar meu corpo, mas não era uma mudança de corpo, era uma mudança no corpo, mesmo esqueleto, mesmos músculos, mesma pele. A minha personalidade ia sofrer alterações, mas não ia mudar em essência, e eu nasci delicada, refinada até para brigar, delicada até dando para três, que tipo de brutamontes eu seria? Eu vou ser um veadinho.
Fiquei chocado com a argumentação, claro que eu não ia ser a bicha glamourosa, mas eu estava mais perto de ser uma veada refinadinha e meio dentro do armário que um putão como os três.
O portuga manda eu sentar no colo dele antes das visitas chegaram, porra e quem iria me ver no sábado?
Acho que essa parte você sabe, mas seu pedido era que eu contasse tudo até o momento em que a gente fosse se reencontrar novamente, então você vai ter de ver certas cenas serem contadas novamente.
A gente estava vestidos e bonitinhos. O chefe do doutor chegou com uma deusa, ela era como a Vera Verão, mas era na força feminina da Viola Davis, a voz era uma Maria Bethânia, aquilo não era uma mulher, era uma deusa, ela mandou eu chamar ela em qualquer lugar pelo nome dela, o que ela se deu, Fátima, nome simples, digno, feminino, o nome completo com o qual ela vai envelhecer.
O chefe de meu marido disse que discutiu a questão com o dono do hospital, era possível fazer todos os procedimentos que eu quisesse, se um dia eu quisesse, sem chamar a atenção. Ele apresentou Fátima naquele momento e disse que ela era a dona do hospital, ela corrigiu, estava esposa do dono do hospital, disse que era uma mulher trans, queria muito me conhecer, pergunta se a gente podia conversar em outro lugar, conversamos por meia hora ou mais, não quero dizer sobre o quê, ela é uma pessoa que respeito e ela falou sobre ela mesma, não quero contar sobre a vida de ninguém. Mas posso dizer que ela me disse que eu não podia ter pressa, mesmo pensar sobre transitar muda a pessoa de modo permanente, eu era a mulher pronta a abandonar o feminino e abraçar outro planeta, o planeta dos homens, eu deveria procurar um endocrinologista (ela indicou um), um psiquiatra e um psicólogo ou analista (preferi a psicologia, eu preciso de resposta e não de perguntas agora), assim eu vim falar com você.
Antes de lhe ver fui na ginecologista e ela disse que era muito assunto, mandou eu ir embora e voltar como a última paciente para não sermos interrompidos. Ela me examinou, pediu ultrassom de mamas, de abdômen total e intravaginal. Disse que homem ou mulher com xoxota eu deveria manter as idas ao consultório dela sempre, ficar por último e não ter de sofrer olhares.
Vim a você e embora eu tivesse gostado muito de você, eu não consegui estabelecer confiança de imediato, você garantiu que seria assim mesmo. O endocrinologista era um tesão, puta que me pariu, imaginei o cu dele bem a amostra com ele currando outro cara de quatro e seu corpo também de quatro nessa monta. O coroa era um tesão grisalho de cabelos cacheados e laterais raspadas, a barba tinha cachos e ondas, uma gargalhada grossa, rouca e divertida se espalhou quando eu disse que ele era bonito demais pra ser competente...
Nossa conversa foi pautada sobre os efeitos que litros de hormônios masculinos iriam provocar em mim a curto, médio e longo prazo, e me deu o maior presente que eu poderia ganhar ele colocou a mão direita o mais próximo da borda da mesa e diz que ali estava o mundo feminino, estica-se todo e coloca a mão no outro lado da mesa que devia ter um e setenta ou oitenta, aquele é o lado masculino. Ele diz que pensar em me mover de um ponto a outro já é movimento, porque toda revolução começa com uma ideia, e ideias que demandam consultórios, exames, sessões, isso já eram os primeiros passos, e eu não precisava intervir no meu corpo mais que já estava intervindo com roupas, corte de cabelo, a mudança quando não acontecia no corpo limitava a experiência, mas mulheres que foram tratadas como homens a vida toda não eram menos mulheres antes desses tratamentos e mudanças. Ele disse que eu era livre para decidir quais alterações eu queria fazer e até onde.
Eu queria ser um Justin Bieber gay, um garoto de uma banda de k-pop, um jogador de futebol que gosta de duas bolas no queixo. Eu não disse isso, disse que queria ficar careca só depois dos quarenta, engrossar a voz, ter um queixo bonito e tirar os peitos, disse que eu queria ter uma carreira de pelos da xoxota até o peito, mas ia manter o cu depilado, porque eu sei que sou veadinho. Não era coisa de meu marido, mas ele merece isso, eles merecem, os três merecem um veadinho, isso eu disse, disse que me sinto um homem afeminado, eu precisava nascer com xoxota, peitinho, nem queria tirar todo, queria esses mamilos de putinha pra serem maltratados pelos três. O médico riu, disse que... interrompeu, não quis terminar, meu marido disse que precisávamos ouvir, a gente não queria ler sobre o assunto, formular uma pauta antes de sentir, saber da história de outros para não influenciar as nossas escolhas, mas a opinião de todos que participavam disso fazia questão.
O coroa deliberou por um tempo e disse que isso é tipo de coisa que dava suspensão temporária do registro de medicina, era antiético e grosseiro, agora até eu havia ficado curioso, insistimos e ele se negou, conversamos um pouco mais, exames solicitados e algumas medicações pedidas para tomar depois dos exames, suspender os hormônios femininos em mim, creatina para os músculos, estávamos começando. Eu era o último, meu marido o convidou para um chopp e o cara soltou um foda-se e topou, nós cinco num bar de rodovia, caminhoneiros cedendo a estrada, diesel e putaria; no terceiro chopp o endocrino disse que nunca conheceu uma pessoa tão apaixonada por pica como eu, perguntou se quando eu era mulher eu era tarada, era, era puta pra caralho, mas em casa, era evangélica, casei virgem, antes de meu pai dizer que reconhecia meu namorado de minutos antes como esposo, a única coisa que eu havia feito foi um boquete no carro, o coroa bebeu dois goles de cerveja, o portuga diz que eu gosto de três na cama, o doutor (meu cunhado), diz que há um box com tranca no masculino, manda eu ir, o terceiro da direita e manda eu ir e só abrir se reconhecesse a voz dele.
Eu vou, veado faz o quê? Obedece. O primeiro foi o portuga, estava achando tudo perigosíssimo e divertido, me deu um beijo delicioso enquanto desabotoada a calça, mamei por uns cinco ou sete minutos, ele me fez levantar do vaso e mijou, ele me fez chupar seu pau que pingava mijo, eu sou um putinho muito sem pudor, adorei, ele se vestiu e com o dedo apontou para mim e para o chão, olhou sério, porra, eu sei que ia esperar. Abri sem crer, o coroa estava nervoso, mostrou um mensagem que ele escreveu, disse que não precisava acontecer, e eu digitei que se ele quisesse e não fosse interferir na nossa relação médico-paciente... Eu queria muito.
O pau dele marcava a calça marrom escuro de alfaiataria e ele cheira a um perfume de pimenta, madeira e almíscar, cheiro chique, que pau lindo, reto liso, apontando pra frente com uma cabeça branca como a pele dele, caí de boca, ele não sabia ou tinha vergonha de foder minha boca, mas gozou em menos de cinco minutos, muito, vazou por mim e ele saiu rapidinho, sem nem fechar o cinto direito. Meu marido foi o próximo e disse que o coroa estava apaixonado e lambeu uma gota de porra no meu queixo e disse que eu ia ser bem usado aquela noite.
Porra, eu amo meu marido.