Mundos Opostos Capítulo 5 - Jogo de Máscaras

Da série Mundos Opostos
Um conto erótico de Teça
Categoria: Lésbicas
Contém 1234 palavras
Data: 07/01/2025 10:36:42

“Eu amo aquele que deseja o impossível. - Johann Goethe”

O intervalo estava em pleno andamento, e o pátio da escola fervilhava com risadas e conversas rápidas. Camila, encostada na parede, observava a movimentação com seu olhar indiferente, como sempre. Lucas estava ao seu lado, falando animadamente sobre o treino de futsal dos meninos.

Lucas: Cara, eles estão jogando demais, vai ser um jogo da hora! - ele exclamava.

Mas Camila não estava realmente ouvindo. Sua mente estava em outro lugar, embora, para seu desgosto, sempre voltasse a um ponto: Isabela.

Do outro lado do pátio, Isabela, com seu olhar afiado e sua postura de líder, dominava a cena, conversando com suas amigas. Mas algo naquele dia parecia diferente. Isabela parecia estar observando Camila com uma intensidade estranha, algo além da habitual provocação. Talvez fosse o fato de ambas se destacarem no futsal, ambas jogando muito bem, e isso fazia com que a rivalidade entre elas fosse ainda mais acirrada.

Quando a campainha soou, convocando os alunos para as aulas, Camila e Lucas seguiram em direção à sala de aula. Era hora de mais uma aula de educação física, e, como sempre, ela estava desinteressada. Lucas estava empolgado para assistir ao jogo dos meninos, mas Camila sabia que o que realmente importava naquela tarde era a partida de futsal entre os times femininos, onde ela e Isabela se enfrentariam. Ambas estavam em times opostos, e os olhares desafiadores trocados durante os treinos faziam o clima ficar ainda mais tenso.

Chegando no ginásio, a professora logo organizou os alunos para o aquecimento. Camila estava com seu habitual ar desinteressado, observando os outros alunos se posicionarem para a partida. Isabela, no time oposto, já estava se alongando, com aquele sorriso autoconfiante no rosto. A rivalidade entre elas estava prestes a ser posta à prova de uma maneira inesperada.

Durante o jogo, as duas mostraram seu talento, driblando e fazendo passes rápidos. A disputa estava acirrada, e todos os olhos estavam nelas. Ambas sabiam o que significava dominar aquele jogo — não apenas para a vitória do time, mas para manter a supremacia, o respeito. O jogo estava equilibrado, mas a tensão aumentava a cada passe e a cada tentativa de gol.

O momento culminante aconteceu quando, após uma jogada particularmente agressiva de Isabela, ela fez um drible certeiro em direção ao gol de Camila. Quando Isabela chutou, Camila, em um impulso, fez uma falta decisiva, derrubando Isabela no chão.

Isabella: Você tá louca?! - gritou, se levantando rapidamente, furiosa. - Você não tem respeito por nada, Camila!

Camila: Respeito? - riu, quase sem acreditar. - Talvez você precise aprender o que é respeito, Isabela.

Isabela ficou vermelha de raiva, seus olhos fixos em Camila como se quisesse matá-la com o olhar.

Isabella: Você vai se arrepender disso. - ela rosnou, avançando com a mão levantada, mas antes que pudesse fazer qualquer movimento, a professora apareceu correndo do outro lado do campo.

Professora: CHEGA!

A professora gritou, interrompendo as duas de uma vez. O barulho no ginásio se dissipou imediatamente, e os outros alunos ficaram em silêncio, observando a cena.

As duas estavam ofegantes, a raiva evidente nos olhos de ambas. A professora as olhou severamente, sua voz agora cortante.

Professora: Isso é um ambiente de respeito, e vocês duas sabem disso. Estão fora do jogo, já! Camila, Isabela, por causa dessa falta de controle, vocês vão para a detenção. Não vou tolerar esse tipo de comportamento dentro da escola.

A frustração e a raiva que Camila sentia começaram a transbordar.

Camila: Mas isso é ridículo! Foi uma jogada normal! - Protestou, mas a professora não deu ouvidos.

Professora: Você tem que aprender a lidar com as consequências das suas ações, Camila. E você também, Isabela. - Foi direta, sem espaço para mais discussões - Vocês duas vão ficar na detenção juntas após o horário escolar.

Ambas ficaram em silêncio, furiosas, mas sem poder fazer nada. O jogo terminou de forma abrupta, ambas foram para o vestiário tomar um banho e se trocar, o peso da detenção as seguia. Dentro do vestiário ambas se olhavam furiosamente, mas quando Camila ficou apenas de lingerie Isabela corou e desviou o olhar, seguiu para o chuveiro se despindo longe dos olhares de todos. Camila percebeu a vergonha em Isabela e logo percebeu que talvez ambas não fossem tão diferentes, resolveu então colocar isso a prova.

Na sala de detenção o clima era pesado, e a tensão entre elas era palpável. Mesmo sem falarem, ambas sabiam que aquele confronto não tinha terminado ali.

O relógio parecia desacelerar, e os minutos se arrastavam como se o tempo estivesse zombando delas. Camila entrou na sala de detenção e foi direto para uma cadeira no canto, cruzando os braços. O silêncio era absoluto. Isabela, por outro lado, sentou-se com uma postura arrogante, mas seu olhar estava um pouco menos confiante do que costumava ser. Ambas se mantinham longe uma da outra, mas o desconforto na sala era inegável.

Camila lançou um olhar rápido para Isabela, que estava com os fones de ouvido e fingia estar concentrada em algo no celular. Mas não demorou muito até que a tensão entre elas se tornasse insuportável.

Isabella: Você é impossível - disse de repente, quebrando o silêncio, seus olhos fixos em Camila. - Você acha que é melhor que todo mundo, não é? Como se ninguém fosse capaz de te tirar do controle.

Camila não hesitou. O sarcasmo era sua resposta automática, o sorriso no rosto revelando o desdém.

Camila: E você é o quê, Isabela? A garota perfeita, que tem que dominar tudo ao seu redor? — ela disse, o tom desafiador, mas algo dentro dela não pôde deixar de se sentir intrigada. A maneira como Isabela a desafiava, com tanta certeza, despertava algo desconhecido.

Isabela não respondeu imediatamente, mas o olhar em seus olhos se suavizou por um momento e sua face corou lembrando do que havia visto no vestiário.

Isabella:Eu só... queria que você fosse um pouco mais... educada" - disse, as palavras saindo mais baixas, como se algo em sua postura tivesse amolecido.

Camila, surpresa com a mudança na voz de Isabela, ergueu uma sobrancelha. Isso era inesperado. Ela não estava preparada para essa vulnerabilidade repentina.

Camila: Educação? — repetiu com um sorriso irônico. — É isso que você chama de tudo isso? — Ela se inclinou levemente para frente, seus olhos penetrando nos de Isabela, como se procurasse mais. Algo ali parecia quebrado, mais humano, e isso mexia com Camila de uma maneira que ela não sabia como lidar.

Camila se levantou e se aproximou de Isabela, o rosto de Isabela estava bastante corado e ela permanecia olhando nos olhos de Camila.

Camila: E se a minha educação fosse apenas entre nós duas e fora da escola? Aí você se sentiria melhor? - Sua proximidade fazia com que Isabela pudesse sentir sua respiração.

Isabela: Como… assim Camila? O que… você está querendo dizer? - Isabela estava completamente obcecada pelo olhar de Camila.

Professora: Meninas, vocês podem ir, mas terão um trabalho para me entregar ao fim da semana, sobre as regras do futsal. Divirtam-se.

Camila percebeu uma oportunidade para testar sua teoria e Isabela estava ao mesmo tempo bufando de raiva e desconcertada com a possibilidade de ficar sozinha com Camila.

Camila: Bom, acho que agora temos que ir para casa, na minha ou na sua?

O clima estava carregado. As palavras de Camila flutuavam no ar, deixando uma sensação de expectativa, como se algo prestes a acontecer estivesse sendo contido.

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Comentários

Foto de perfil de Forrest_gump

Parece que Isabela já começou a abaixar a guarda um pouco e Camila pelo jeito vai provocar ela para tirar sua dúvida, está ficando cada vez mais interessante a história 😍

Ótimo capítulo Teça. Parabéns 🤗👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻

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Foto de perfil genérica

as duas se provocam, mas tem algum sentimento escondido

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