Capítulo 12: A Meia-Irmã
E então veio Alice.
O vestido branco curto e justo moldavo o corpo dela como uma segunda pele, e cada movimento fazia o tecido balançar levemente, revelando mais do que deveria, sem revelar tudo. O contraste da pureza aparente do branco com a atitude confiante dela era quase hipnótico, como se Alice fosse a personificação de uma ironia divina – ou infernal, no caso.
Se Pedro era o diabo e Alessandra, Lilith, Alice só poderia ser a filha do casal. Uma espécie de herdeira do trono infernal, com a aparência angelical suficiente para enganar qualquer alma desavisada. Mas eu sabia. Sempre soube.
Os cabelos loiros dela estavam soltos, caindo em ondas perfeitas que emolduravam o rosto delicado, quase inocente. Quase. O sorriso que ela carregava não era nada inocente, nem os olhos, que brilhavam com um misto de curiosidade e malícia. Alice podia ter a aparência de uma santa, mas havia algo nela que gritava perigo – e talvez fosse exatamente isso que a tornava tão fascinante.
– Miguel! – ela exclamou, abrindo os braços em um gesto exagerado.
Antes que eu pudesse reagir, Alice já estava me envolvendo em um abraço apertado. O perfume dela era doce, mas não enjoativo, com um toque cítrico que combinava perfeitamente com sua imagem de "menina do verão". Mas aquele abraço não era só fraterno, disso eu tinha certeza.
Os braços dela ficaram tempo demais ao redor do meu pescoço, e o corpo dela estava pressionado contra o meu de uma maneira que não deixava margem para mal-entendidos.
– Parabéns, meio-irmão. – A voz dela tinha um tom brincalhão, mas havia algo a mais ali, algo que eu não conseguia nomear, mas sentia em cada sílaba
Enquanto Alice ainda me envolvia naquele abraço mais longo do que deveria, não pude evitar reparar nos olhares ao meu redor. Não de todos, claro – minha mãe parecia apenas desviar os olhos, talvez fingindo que nada demais acontecia. Mas Manuela e Marcela? A tensão no ar era palpável.
Manuela, que até então estava inclinada casualmente para trás na cadeira, endireitou a postura e cruzou os braços, a expressão dela era um misto de desconforto e irritação. Seus olhos fixaram em Alice com algo que eu só podia descrever como uma repreensão silenciosa. Quando nossos olhares se encontraram, ela arqueou uma sobrancelha, como se quisesse perguntar sem palavras: "Você acha isso normal?"
Marcela, por outro lado, era mais sutil. Seus dedos brincavam com a borda da taça de vinho, o olhar baixo enquanto mordia levemente o lábio inferior. Um leve rubor subiu por suas bochechas, e ela parecia completamente absorvida pelos próprios pensamentos. Mas eu sabia que não era coincidência que, cada vez que Alice ajustava o abraço ou sussurrava algo perto do meu ouvido, Marcela lançava um olhar rápido e desconfiado na nossa direção.
Foi nesse momento que percebi o quanto aquele abraço estava errado – ou certo, dependendo do ponto de vista. Alice parecia sentir o impacto que estava causando e, em vez de recuar, aproveitava. Quando ela finalmente se afastou, seus dedos deslizaram lentamente dos meus ombros, quase como se quisesse prolongar o contato pelo maior tempo possível.
– Realmente, está cada vez mais parecido com o papai – disse ela, com um sorriso que parecia um eco da provocação de Alessandra.
Eu ri, sem graça, tentando ignorar o calor que subia pelo meu rosto.
Havia uma ponta de sarcasmo no tom dela, mas também algo mais. Um desafio, talvez. Um jogo que só ela sabia que estávamos jogando.
Manuela soltou um suspiro audível, jogando o cabelo para trás em um gesto dramático que claramente queria chamar atenção.
– Que intimidade toda é essa, hein, Alice? – provocou, o tom ácido disfarçado por um sorriso irônico.
– É o aniversário dele, não é? – Alice respondeu, inocente como uma santa, virando-se para Manuela. – Achei que deveria demonstrar o quanto estou feliz por ele. Algum problema, querida?
– Nenhum – rebateu Manuela, seca. – Só achei que aniversários também têm limites.
Marcela permaneceu calada, mas seus olhos agora fixos no prato à frente falavam mais do que qualquer palavra. Eu sabia que ela estava remoendo algo, talvez aquela tensão indefinível que parecia pairar sempre que estávamos juntos.
Quanto a mim, fiquei ali, tentando entender tudo o que estava acontecendo. Não era só o calor de Alice ou as faíscas de Manuela e Marcela. Era a sensação de que, em uma mesa cheia de histórias não ditas, eu era o centro de uma disputa silenciosa – e talvez nem tivesse percebido o quanto até aquele momento.
Enquanto Alice se afastava para cumprimentar os outros à mesa, minha mente ficou presa naquele breve momento. Ela tinha aquela capacidade irritante de parecer tanto celestial quanto completamente endiabrada ao mesmo tempo, como se fosse uma criação meticulosamente planejada para confundir e provocar.
O vestido branco, os gestos despreocupados, o sorriso fácil... tudo isso era uma fachada. Eu sabia que, por trás daquela aparência angelical, havia algo muito mais complexo – e perigoso. Alice podia ter herdado o charme irresistível de Pedro e a astúcia sedutora de Alessandra, mas havia algo mais nela, algo unicamente dela, que a tornava ainda mais intrigante.
Enquanto ela se movia pela mesa, interagindo com minha mãe, Manuela e as outras mulheres, fiquei observando, tentando entender o que exatamente me incomodava – ou fascinava – tanto nela. Talvez fosse a maneira como ela parecia confortável demais em qualquer situação, como se o mundo inteiro fosse um palco e ela, a protagonista. Ou talvez fosse o fato de que, mesmo com a proximidade familiar, havia algo inegavelmente... magnético nela.
Se Pedro era o diabo e Alessandra, Lilith, Alice era a junção perfeita de ambos. Não apenas a filha deles, mas uma nova versão de tentação, ainda mais refinada.
E, por mais que eu tentasse ignorar, sabia que aquele breve abraço tinha deixado marcas – e perguntas – que eu não sabia se queria ou podia responder.
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