Aos poucos, as visitas semanais de Caio se tornaram um hábito; a cada sábado, ele entrava pela porta da sala como se fosse parte da casa. Meu marido parecia enxergar nele um tipo de sócio para me comer. E eu? Eu estava cada vez mais viciada em ter duas picas me fudendo e, sem perceber, comecei a esperar ansiosamente pela chegada de Caio. Era uma espécie de entusiasmo que eu não queria admitir para mim mesma, muito menos para meu marido.
Depois de dois meses, algo mudou dentro de mim, um sentimento que começou tímido, quase imperceptível, cresceu como uma chama que se recusa a apagar. Não era apenas tesão e desejo; era admiração, curiosidade... paixão! Eu me perguntava se seria possível existir espaço para nós três, não apenas no sexo, mas como algo a mais.
Durante esses dois meses, trocamos várias mensagens, no início, de forma casual. Um meme aqui, um vídeo engraçado ali. Aos poucos, as conversas se aprofundaram, ultrapassando as banalidades e tocando em questões que, até então, eu compartilhava apenas com o meu marido. Henrique parecia não perceber a mudança dos meus sentimentos. Ele sorria das piadas de Caio, dividia a cerveja, e às vezes até saía da sala para nos deixar conversar sozinhos.
Porém, dois sábados se passaram sem Caio. No primeiro, eu estranhei sua ausência, mas não quis demonstrar nada. "Ele deve estar ocupado," pensei, embora uma pitada de inquietação tenha surgido. No segundo, o silêncio dele começou a gritar em minha mente. Henrique parecia não se importar, lidando com a ausência de Caio de forma natural. Mas eu? Eu me peguei olhando para o celular a cada minuto, esperando alguma mensagem, alguma explicação.
A verdade chegou como um soco no estômago. Caio mandou uma mensagem de áudio informando que havia começado um namoro e que não poderia nos visitar com a mesma frequência. As palavras dele pareciam ecoar nos meus ouvidos, como se o mundo inteiro tivesse parado de girar.
Fiquei possessa de raiva. Não era apenas ciúmes; era um sentimento avassalador que eu não conseguia controlar. Meu marido percebeu minha mudança de humor, ele ouviu a mensagem de Caio e me confrontou:
"Você está assim por causa dele, não está?" Sua voz firme, mas havia uma tristeza nela que me partiu ao meio.
Tentei negar, mas as palavras ficaram presas na garganta. Eu sabia que ele merecia a verdade, por mais dura que fosse. "Eu... Não sei o que estou sentindo," murmurei olhando para o chão. "Mas não é justo com você, eu sei disso."
Ele ficou em silêncio por um longo tempo, e o peso das minhas palavras pareciam sufocar a sala. Então ele disse algo que me gelou por dentro:
"Eu assumi o risco de você se apegar a outra pessoa quando fiz a proposta de ser o seu corno." Ele fez uma pausa demorada e respirou tão fundo que soluçou antes de voltar a falar: "Quero que você se encontre com Caio, que você transe com ele, que você faça uma escolha definitiva."
Eu fiquei angustiada, em uma década juntos, já tivemos momentos difíceis, noites longas repletas de conflitos e lágrimas, mas essa situação era uma ameaça real ao nosso casamento.
"Não é assim tão simples," gritei, não queria gritar, mas gritei.
"Então como é, hein? Me explica! Você está apaixonada por ele? Você com ciúmes por outro homem enquanto eu finjo não ver, é assim?"
Eu não sabia o que dizer. Cada palavra dele era como uma faca. E, no fundo, ele tinha razão. Eu não tentei me justificar, não tentei mentir para ele ou para mim mesma, fiquei em silêncio ouvindo ele falar:
"Você não pode decidir sem antes sentir o que é estar sozinha com ele. É isso que você quer, não é? É isso que você precisa."
Eu sabia que ele tinha razão, eu sabia que não seria capaz de seguir em frente sem encerrar o que estava me corroendo por dentro. Eu precisava me encontrar com Caio, uma última vez.
Na semana seguinte, enviei uma mensagem curta e direta: "PRECISO FALAR COM VOCÊ SOZINHA." Ele visualizou a mensagem e demorou para responder, mas acabou concordando. Marcamos em um bar discreto, longe de olhares conhecidos.
Quando cheguei, Caio já estava lá, sentado em um canto pouco iluminado. Seus olhos, sempre tranquilos, carregavam uma sombra de incerteza. "Nós não deveríamos estar aqui," ele disse, mas não fez menção para sair.
"Eu precisava ver você sem a presença de Henrique," confessei, sem rodeios, minha voz quase um sussurro. "Preciso testar nossa intimidade agora que você é um homem comprometido."
Ele suspirou, parecendo ponderar minhas palavras, depois sorriu e pediu uma bebida para mim. O fluxo de nosso diálogo era mais íntimo sem Henrique por perto, mas tenho que admitir que havia uma sensação amarga em mim.
Depois de alguns drinks, resolvemos terminar o encontro em um lugar mais reservado.
E então, pouco tempo depois, lá estava eu, subindo na cama de um quarto de motel, acompanhada por Caio. O som do ranger da cama ao receber nossos corpos parecia um grito de protesto contra o que estávamos prestes a fazer. A princípio, eu me deixei levar, permitindo que os beijos dele explorassem o meu corpo. Eu sabia que cruzava um limite, um ponto sem retorno. Ainda assim, minha buceta estava encharcada, implorando pela pica enorme de Caio.
E assim aconteceu: abri minhas pernas e senti aquele pau grosso, grande e gostoso preencher todos os espaços da minha buceta mais uma vez. O vai e vem começou devagar, porém forte, profundo, com o balanço da cama se tornando parte dos movimentos de Caio. Mas, enquanto minha buceta era fodida, minha mente vagava em busca de algo ausente.
Olhei ao redor à procura dele: Meu marido.
A ausência de Henrique era um vazio cortante que ecoava em cada metida de Caio. Eu transava, sim, mas estava incompleta. O prazer de dar a buceta para outro homem não alcançava o mesmo sabor sem a presença do meu marido, sem aquele olhar atento, sem aquelas palavras de incentivo. Era como se uma peça essencial tivesse sido roubada.
Apesar disso, o vai e vem continuava. Os movimentos cada vez mais intensos, com aquele barulho obsceno do impacto dos nossos corpos. A cama reagia, gemendo mais do que eu. Eu tentava me concentrar em cada metida, em cada toque, em cada gemido. Era uma tentativa desesperada de sentir o mesmo prazer que eu sentia quando o meu marido estava presente, porém, quanto mais eu tentava, mais eu sentia a sua falta.
Os movimentos de Caio atingiram seu ápice e intensidade, o seu corpo deu alguns espasmos quando ele gozou. Uma lágrima escorreu pelos meus olhos sem pedir permissão. Caio me encarou confuso, mas eu não sabia o que falar. Apenas desci da cama, sentindo o peso da ausência de Henrique me puxar para fora daquele momento. Quando meus pés tocaram o chão, senti um frio na espinha, uma mistura de angústia e culpa. O sexo tinha acabado, e eu tinha certeza absoluta sobre a minha decisão.
Cheguei em casa tarde da noite, a primeira coisa que vi foi a luz da televisão alternando entre sombras e claridade. Henrique estava lá, dormindo no sofá. Eu me aproximei hesitante. Sem pensar muito, dei um beijo delicado em seus lábios. Ele abriu os olhos lentamente e encarou o meu rosto sem qualquer traço de irritação. Depois, sem dizer uma palavra, ele me abraçou.
E ali, naquele abraço, tudo que aconteceu com Caio pareceu insignificante. Henrique nunca pediu explicações, nunca quis saber se eu tinha ou não transado com Caio. Naquele momento, tive convicção que não havia espaço para dúvidas.
Fui de fiel a puta em apenas dois meses, agora eu estou fazendo o caminho inverso. Porém, minha fidelidade é diferente daquela que muitos acreditam, pois nesse curto período de tempo aprendi que não importa se minha buceta é fodida por outra pica, o que realmente importa é a cumplicidade com o meu marido. E eu juro para mim mesma que nada, e ninguém vai colocar isso em risco.
E foi assim que me tornei uma puta fiel.
...FIM...
Eu agradeço a todos que acompanharam essa história, as aventuras com o Caio terminou, mas minha relação com o meu marido ainda gerou muitas histórias.
Próximos textos serão: Puta Fiel.