Capítulo 19: A Sensitiva
A mulher surgiu do nada, o que, honestamente, não era tão difícil em um pub cheio e mal iluminado. Eu estava distraído, revisitando pela décima vez a humilhação com a loira. Sabe aquela sensação de replay mental? Pois é, estava no modo “loop infinito”. Não vou mentir, meus sentidos, já entorpecidos pela cerveja, levaram um segundo para processar.
Ela tinha uma presença que não dava para ignorar. Cabelos longos e cacheados, escuros como uma noite sem estrelas, emolduravam um rosto de traços impecáveis. Os olhos dela eram hipnóticos, daqueles que parecem saber mais sobre você do que você mesmo. E, meu amigo, o sorriso? Um meio sorriso que parecia dizer: "Eu sei o que estou fazendo, e você não tem ideia."
A roupa dela parecia saída de um editorial de moda místico. A blusa branca com detalhes rendados deixava os ombros à mostra, e a saia longa verde oliva abraçava os quadris como um segredo bem guardado. Um cinto dourado completava o look, equilibrando sofisticação e sensualidade. Joias brilhavam em todos os lugares certos, desde o colar elaborado até os braceletes que capturavam a luz do bar.
Eu podia jurar que estava vendo coisas. Talvez o álcool estivesse finalmente fazendo sua parte.
Ela se aproximou devagar, cada passo parecia ensaiado, como se houvesse uma trilha sonora invisível que só ela conseguia ouvir. Parou bem na minha frente, segurando uma taça de espumante que parecia ter surgido do nada.
— Você está sozinho? — a voz dela era baixa, quase musical.
"Ok, calma," pensei. "Isso só pode ser coisa boa."
— Por enquanto.
Ela arqueou uma sobrancelha perfeita, e eu imediatamente senti a necessidade de me justificar.
— Meu amigo foi ao banheiro. Mas, sabe como é, a gente nunca está realmente sozinho, né?
Ela sorriu, mas de um jeito que deixava claro que sabia exatamente o que eu estava pensando.
— Você parece perdido em pensamentos.
— Faz parte do meu charme.
Ela riu, e naquele instante eu tinha certeza de que as coisas estavam começando a melhorar. Talvez a rejeição anterior fosse só um aquecimento para algo maior.
— Miguel, certo?
Opa. Parei.
— Como você sabe meu nome?
— Eu sei muitas coisas.
Claro, uma resposta dessas não inspira exatamente confiança.
— Tá... Você é o quê? Alguma stalker?
Ela inclinou a cabeça, com um sorriso enigmático.
— Sou sensitiva.
Confesso, meu entusiasmo morreu ali.
— Sensitiva? É sério?
— Muito sério. — Ela manteve aquele sorriso enigmático, o que só me deixou mais desconfiado.
— Claro... porque eu estava mesmo precisando de uma leitura de mão.
Ela ignorou meu sarcasmo.
— Eu sei que você não acredita. Poucos acreditam. — Ela tomou um gole de espumante que eu nem tinha notado antes, como se estivesse me analisando. — Mas eu senti que você precisava de uma mensagem.
— Uma mensagem?
Ela se inclinou para frente, e o perfume dela — uma mistura de incenso e algo doce — parecia me puxar para o momento.
— Você está desanimado. Acha que interpretou tudo errado hoje à noite. Mas estou aqui para te dizer que não desista.
Olhei para ela, cético, mas uma parte de mim — a parte que estava desesperada por algum tipo de validação — se prendeu em cada palavra.
— Não desista, é? E por que não?
Ela colocou a taça na mesa e cruzou os braços, como se estivesse prestes a revelar um segredo que mudaria minha vida.
— Não se preocupe com a loira. Ela não significa nada.
Ri, curto.
— Ah, ótimo. Mais uma pessoa para esfregar isso na minha cara.
— Não, você não entendeu. Ela foi só um teste. Um obstáculo.
— Obstáculo? — arqueei a sobrancelha. — Parece que estou jogando um videogame, agora.
Ela ignorou meu sarcasmo, claro.
— O que você procura está no seu caminho.
— No meu caminho? — Eu me inclinei para trás, cruzando os braços. — Tá bom, Madame Mística, e o que exatamente está no meu caminho?
Ela tomou um gole do espumante, sem pressa, como se estivesse saboreando a minha incredulidade.
— Muitas mulheres.
Ok, confesso, aquilo reacendeu algo dentro de mim.
— Muitas, é? E você, por acaso, é uma delas?
Ela fechou os olhos por um instante, como se estivesse consultando forças cósmicas. Eu prendi a respiração, entre a esperança e a antecipação. Quando abriu os olhos, sorriu com um toque de diversão.
— Não.
Foi como levar um chute no estômago.
— Sério? Que desperdício.
Ela riu suavemente.
— Minha função aqui é te guiar, não participar. Você precisa se concentrar na mensagem, não em mim.
Revirei os olhos, mas uma parte de mim não conseguia ignorar a curiosidade.
— Tá bom, e depois de todas essas mulheres? Acabo sozinho e escrevo um livro?
Ela riu novamente, mas agora havia algo de gentil no riso.
— Não. Todas essas mulheres estão aqui para preparar você.
— Preparar pra quê?
Ela hesitou, e eu podia jurar que o bar ficou mais silencioso.
— Para o amor verdadeiro.
Eu ri, mas foi mais um riso nervoso do que outra coisa.
— Amor verdadeiro? Tipo “felizes para sempre”?
— Exatamente.
— E como vou saber quem é?
Ela se levantou, ajeitando a saia, e pegou a taça de espumante.
— Você saberá. E será diferente de tudo o que já viveu.
— Diferente como?
— Essa pessoa vai te completar de uma forma que você ainda não entende. Ela vai trazer algo que está faltando, algo que você nem percebe que precisa.
As palavras dela começaram a mexer comigo, mais do que eu queria admitir.
— Parece... intenso.
Ela sorriu de novo, dessa vez com um toque de ternura.
— É porque será.
E, por algum motivo que eu não conseguia entender, aquilo me atingiu. Porque, até aquele momento, o meu único objetivo era… bom, mais direto. Mais físico. E agora, eu estava aqui, encarando essa ideia de "amor verdadeiro" como se fosse algo que realmente importava.
Ela se levantou, dando um tapinha no meu ombro.
— Miguel, o mundo é seu. Aproveite o caminho… para que possa amar o final.
E antes que eu pudesse perguntar qualquer coisa, ela desapareceu no meio do bar. Fiquei ali, encarando o espaço vazio onde ela estava, tentando decidir se tudo isso era real ou se o álcool tinha finalmente subido à cabeça. Fiquei parado, processando o que tinha acabado de acontecer. No mínimo, tinha algo para ocupar minha mente além da humilhação com a loira.
E de repente, a noite não parecia mais tão ruim.
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