Mais tarde, na mesa do jantar, Rafael mastigava um pedaço de carne cozida tranquilo. Juliana, que sempre usava camisola, estava de pijama. A dama mantinha o rosto sereno, o olhar cândido de uma futura esposa perfeita.
— “Amor, que marcas são essas no seu pescoço?” — perguntou Rafael, estranhando, franzindo a testa.
Ela exibiu um sorriso malícia, embuçado de doçura, mentiu na cara dura, respondeu: “São suas marcas, não se lembra? Ontem?”
Rafael mastigou devagar, buscando puxar da memória o momento de selvageria durante a noite passada. Coçou a cabeça, confuso. Não lembrava de ter sido tão feroz com ela na cama.
A verdade era outra: Mais cedo no motel. Severino, o frentista, um homem rude e ríspido, não tivera piedade do corpo curvilíneo de Juliana. — Não só o pescoço, mas a bunda, coxas, seios, costas — tudo nela tinha a assinatura do sujeito.
Por isso, naquela noite, Juliana quis transar no escuro. Sempre no escuro. Rafael, cego de paixão, nada via ou suspeitava.
TRÊS DIAS PARA O CASAMENTO:
Na manhã seguinte. O casal respirava aflição. — Rafael sonhava com a lua de mel em Paris. Juliana, com a decisão, segundo as cartas de Pérola.
Antes de saírem para o trabalho, ele puxou-a para um beijo longo, palpando-lhe o traseiro.
“Bom trabalho, amor. Vamos almoçar mais tarde?” — perguntou Rafael.
“Obrigada. Sim, vamos almoçar. Vem me buscar?” — respondeu e perguntou a moça.
“Sim, uma da tarde? — indagou ele.
“Pode ser, amor.” — tagarelou ela.
O casal trocou olhares e beijos. E cada um partiu para seu trabalho. Rafael, para a construtora. Juliana, para o consultório dentário.
Na recepção da clínica. Elaine e Mariana fofocavam. A conversa era sempre as saídas misteriosas de Juliana no começo da tarde.
— “Será que a vagaba, vai sair hoje, amiga?” — perguntou Mariana, a secretária do dentista Gilmar.
Elaine, que digitava informações dos clientes no computador, respondeu:
“Pelo jeito, acho que sim, Mari. Coitado do seu Rafael, nem casou e já tá levando chifres.” — cochichou ela, prestando atenção na tela do computador.
Elas trocaram um olhar cúmplices e sorriram, caçoando.
— “Lembra daquele dia que ela saiu com o Jean?” — Mariana abaixou o tom, para que ninguém além delas pudessem ouvir.
Elaine sorriu, ondulando a pele da testa.
— “E eles nem disfarçaram! Saiu puxando a doutora, na frente de todo mundo.”
— “Ela voltou toda feliz, lembra?” — murmurou Mariana, balançando a cabeça.
Já não era surpresa. Quantas vezes as secretárias, viram Juliana trocar de roupa às pressas, o jaleco virando um vestidinho curto, o batom pálido transformando-se em um vermelho berrante?
E depois, a cena de sempre: a dentista sumindo num ônibus qualquer, rumo ao destino ignoto.
Elas sabiam de tudo. Mas sabiam, também, que qualquer palavra errada custaria seus empregos. Por isso, calavam. Observavam. Cochichavam.
A quentura estava forte quando Rafael estacionou na frente da clínica. Entrou sorridente, ajeitando o paletó, e fez sinal para Elaine.
— “Avise à Juliana que estou aqui.”
Elaine, que já sabia da rotina, apenas acatou a ordem, pegou o telefone e ligou na sala. Assim que Juliana apareceu, linda e impecável, vestida de outra roupa. Rafael pegou-lhe a mão e os dois saíram juntos da clínica.
Quando a porta se fechou, Mariana e Elaine trocaram olhares.
— “Parece que hoje, o corno não levará chifres” — tagarelou Mariana, segurando o riso.
No restaurante, sentaram-se à mesa, olharam o cardápio e fizeram os pedidos. A conversa corria, até que Rafael, depois de um gole de vinho, apontou para os garis que recolhiam lixo na calçada.
— “Olha só pra aqueles caras. Imagine o cheiro deles no final do dia” — disse, rindo com pouco-caso.
Juliana, que comia, ergueu os olhos e franziu a testa.
— “Que comentário mais idiota, amor. Eles são essenciais. Sem os garis, as ruas seriam imundas e fedidas.”
Rafael riu, descrente.
— “Agora anda defendendo os pobres?”
— “Sim, não acho justo esse tipo de comentário” — rebateu, firme.
Ele sorveu outro gole de vinho, e continuou no argumento.
— “Eles podem ser essenciais, mas longe de mim.”
Juliana bufou. Não valia a pena gastar saliva. Preferiu voltar ao prato, ao vinho, ao fingimento. O assunto faleceu ali, e o casal logo retomou a conversa sobre decoração da igreja, a escolha dos arranjos florais, o corte do bolo.
Quando Rafael a deixou de volta na clínica, Juliana recebeu uma ligação da mãe.
— “Filha, eu e seu pai chegamos à cidade hoje à noite.”
Mais tarde, já livre do expediente, Juliana seguiu para o ateliê de Dona Jerusa. Vestiu o traje branco pela enésima vez e girou diante do espelho. Perfeito. Irretocável. A costureira embalou o vestido em uma caixa cartonada. Juliana seguiu a tradição: não levou a peça para casa.
— “Dona Magda, a senhora pode guardar pra mim? Não quero que o Rafa veja antes do casório. Falam que dá azar.”
A futura sogra sorriu, emocionada.
— “Claro, querida.”
Juliana partiu para casa. O vestido estava seguro.
Pilar e Geraldo. — Chegaram ao apartamento da filha cheios de farra e orgulho. Para eles. Juliana era um verdadeiro orgulho: única filha, linda, prestes a casar com um bom partido. Abraços, lágrimas e risos abarrotaram a sala.
Porém, quando Rafael chegou do serviço, forçou um sorriso. — Egoísta, não gostava da ideia de dividir seu espaço com os sogros, mas precisava engolir o desagrado. Fingiu animação, cumprimentou Pilar com um beijo na testa e apertou a mão de Geraldo com falsa cordialidade.
Durante o jantar, a conversa girou em torno dos preparativos do casamento, da cerimônia, da lua de mel em Paris. Rafael, mesmo incomodado, participou. Afinal, era o noivo.
Depois da refeição, Geraldo e Rafael ficaram na sala discutindo futebol e política. No quarto de hóspedes. Juliana e Pilar tinham uma conversa mais íntima.
— “Mãe, a dona Pérola disse que eu terei que tomar uma decisão” — cochichou Juliana, preocupada.
Pilar levantou os supercílios.
— “Que decisão, filha?”
— “Não sei, mãe. As cartas não disseram nada. Só que uma escolha precisa ser feita antes da cerimônia — murmurou Juliana, mordendo os lábios.”
Pilar sorriu, nostálgica.
— “Antes de me casar com seu pai, também consultei a Pérola. Ela me disse que o Geraldo era o homem da minha vida.”
Juliana ficou em silêncio, pensante. Não teve coragem de confessar que, para ser feliz, traía Rafael até com o vento.
No dia seguinte: Faltavam dois dias para o casamento.
No café da manhã, Rafael saiu do quarto de cara fechada. A simples presença dos sogros no apartamento o irritava. Sentou-se à mesa, mas não tocou na comida.
Levantou-se abruptamente, com a voz irritada.
— “Vou trabalhar.”
Pegou a chave do carro e saiu batendo a porta, deixando para trás um rastro de incômodo e azedume.
Quando Rafael bateu à porta do apartamento, Pilar e Geraldo se entreolharam, trocando um pensamento sem palavras.
Geraldo rosnou primeiro: “Esse rapaz não gostou da nossa presença aqui, Pilar. Desde ontem, ele está assim.”
A velha murmurou, segurando a xícara de café entre os dedos.
— “Não gostou mesmo. Mas fazer o quê? O apartamento também é da nossa filha.”
O silêncio revoou até que Juliana apareceu na cozinha, os cabelos ainda úmidos do banho, vestida com a roupa de trabalho e uma expressão tranquila, alheia à inquietação dos pais.
Sentou-se à mesa, passou geleia na torrada e olhou em volta.
— “Ué, e o Rafa, já foi?
— “Sim, minha filha. Disse estar atrasado.” Pilar mentiu ao responder, olhando para Geraldo. Preferiram não comentar. Apenas mudaram o assunto.
Juliana não insistiu. Mastigou a torrada, tomou um gole de café, deu um beijo rápido nos pais e saiu.
A Visita à Cartomante:
Horas depois. Juliana estacionou o carro em frente à casa de Pérola. — O cheiro de incenso e velas queimadas tomavam conta do lugar.
Pérola embaralhou o baralho como muita habilidade. Cortou as cartas em três montes e as lançou sobre a mesa.
Juliana sentiu um arrepio, antes mesmo da cartomante tagarelar: “Me diz, dona Pérola… qual é essa decisão que eu preciso tomar?”
A velha franziu a carranca, apoiando quatro dedos na testa. Os olhos dela passeavam sobre as cartas antes de profetizar.
— “Como eu disse… você há de ser muito feliz” — começou Pérola, pausadamente. — “Mas esse moço com quem vai casar… Ele é o homem do seu destino, sim. Só que ao longo dos anos, vai mudar. Será um homem violento. Vai querer te separar dos seus pais. Vai controlar até a sua respiração.”
Juliana estremeceu, tomou um susto, os olhos verdes esbugalharam.
— “Como assim, controlar. Pérola?
“Ele é egoísta e preconceituoso.” — Naquele instante, a lembrança veio como um soco na barriga da noiva. O almoço no restaurante. — O comentário de Rafael rindo sobre os garis. “Imagine o cheiro deles no fim do dia.”
— “E te digo mais” — Pérola continuou baixando a voz como quem desembucha um segredo — “No futuro, você vai sofrer mais que uma cadela abandonada ao lado desse homem.”
Juliana arregalou os olhos.
— Credo, dona Pérola! Conheço o Rafael há anos. Ele sempre me tratou como uma rainha.
A velha cartomante continuou: “As pessoas mudam ao longo dos anos, minha filha. As pessoas mudam com o tempo.”
Juliana sentiu um frio na espinha, pedia conselhos.
— “O que eu devo fazer, Pérola?”
A cartomante recolheu as cartas e as jogou novamente. Seus olhos passearam sobre os símbolos, as figuras, os destinos desenhados ali.
— “Vejo você feliz em outro lugar. Longe do Rafael, dos seus pais… longe de tudo.”
Juliana arregalou os olhos, desesperada.
— “Que lugar é esse? Me diga, mulher!”
Pérola sacudiu a cabeça, tentando ler os manuscritos.
— “As cartas não conseguiram ler. Porque a decisão e o lugar, será sua, apenas sua.”
Um silêncio se instalou na casa. Juliana sentiu a boca seca, os olhos paralisados, a mente fervilhando. Deixou o dinheiro da consulta sob a mesa e saiu da casa da cartomante como uma sonâmbula.
Não voltou mais para o trabalho. Apenas dirigiu, vagando sem destino pela cidade, com os olhos fixos na estrada, mas a cabeça longe, no futuro.
“Porque a decisão e o lugar, será sua, apenas sua.” — A moça, lembrava-se das palavras da cartomante.
Passados algumas horas: Juliana fechou a porta do apartamento e viu a mãe sentada no sofá, costurando um botão na camisa do marido. Seu rosto estava tranquilo, mas isso durou apenas até Pilar notar o estado da filha.
— “Que foi, minha filha? Você tá pálida!”
Juliana sentou-se ao lado da mãe e tomou fôlego.
— “Fui me consultar com a dona Pérola.”
Pilar botou a costura no colo.
— “E o que ela disse?”
— “Disse que Rafael vai mudar no futuro. Que vai me sufocar, controlar tudo, até minha respiração. Que ele é egoísta, preconceituoso… Que vou sofrer como uma cadela abandonada.”
A expressão de Pilar se fechou. Ela ficou em silêncio por alguns instantes. Pegou novamente a agulha, mas seus dedos tremiam levemente.
— “Disso tudo, Juliana… você já sabia. O Rafael nunca foi fácil.”
— Mas e se ele mudar, mãe?
O silêncio da mãe abalançou, como uma pedra. Pilar se lembrou da manhã, quando Rafael saiu batendo a porta sem tomar café. Se lembrou da vez que o genro saiu no soco com dois garçons, porque estavam olhando para Juliana. Se lembrou de uma viagem a Bahia, quando maltratou as faxineiras do hotel.
Pilar suspirou: “Você o ama, filha?”
“Amo, mas tenho medo, minha mãe.” — Juliana tremulou. Pensou no vestido de noiva, na igreja, nos convidados, no casamento que estava às portas.
Pilar fechou os olhos um segundo, como se pesasse uma decisão. Depois, retomou a costura, mas sua voz saiu fraca:
— “Então que Deus te proteja, minha filha.”
Faltava um dia para o casamento:
No dia seguinte. De manhã. Juliana não foi ao trabalho. Tirou o dia para resolver os últimos detalhes do casório. No começo da tarde, seguiu até a casa da sogra. Mas ao chegar, encontrou apenas Frederico, seu sogro.
Ele estava sentado no sofá, vestindo um terno alinhado, e um jornal estendido nas mãos. O relógio de ouro no pulso reluzia à luz da sala.
Quando viu a nora, levantou-se com pressa, surpreso.
— “Ah, o senhor aqui? — disse Juliana, franzindo a testa. — “Vim conversar com a dona Magda.”
— “Ela não está” — respondeu ele, dobrando o jornal. — “Foi na costureira. Como vai, minha filha?”
Sem esperar resposta, segurou-a pelos ombros e depositou dois beijos secos, um em cada lado do rosto. O perfume adocicado dela, preencheu as narinas dele.
“Quero falar com você, Juliana. Sente-se.” — Frederico.
Ela obedeceu, sentou, colocando a bolsa de mão ao lado do sofá, cruzando as pernas em um movimento muito lento e sensual.
A pequena, vestia uma saia branca e uma blusa vermelha com decote chamativo. O bastante para fazer um homem desviar o olhar.
Frederico sentou-se ao lado da nora. O sofá largo, espaçoso, mas os dois estavam perto. Perto demais.
— “A conversa vai ser curta” — avisou ele, passando a língua nos beiços secos.
Juliana esperou. Frederico demorou uns segundos, como se ruminasse cada palavra antes de soltar.
— “Você ama o Rafael?”
Juliana riu. Um riso curto, cheio de deboche.
— “Sim, seu Fredinho… Amo o seu filho.”
Ele levantou as sobrancelhas.
— “Gosto quando me chama de Fredinho” — resmungou ele.
“Eu sempre te chamei assim, desde o começo. Já nos conhecemos há anos, certo? — respondeu ela.
— “Certo…” — disse o velho.
Sem pensar, a mão dele deitou sobre a dela. Um gesto inocente. Um gesto criminoso. Juliana não tirou a mão, mas a olhou fixamente.
— “É sério? Que o senhor teve a coragem de me perguntar, seu eu amava o Rafa? — provocou ela, num sorriso de canto.
— “Sim, por que a dúvida?”
— “Nenhuma, Fredinho.”
O nome soou maldito nos lábios dela. Frederico engoliu seco. Levantou-se, incomodado. Juliana levantou também.
— “Quero perguntar uma coisa” — disse ela, cruzando os braços sobre o peito.
Ele ficou incomodado: “Que coisa?”
“Por que nunca foi me visitar?” — perguntou ela, fitando-o com os olhos verdes.
Frederico riu de nervoso. Passou as mãos nos bolsos da calça, como quem procura uma desculpa, ou uma fuga.
— “Não fui porque não tinha motivos, oras bolas.”
Juliana deu a volta na mesinha de centro. Aproximou-se. Perigosa como uma felina.
— “O senhor tem tesão por mim?”
Frederico esbugalhou os olhos. O coração dele pulou, quase saiu pela boca: “Que modos são esses? Você não tem vergonha de me fazer esse tipo de pergunta? Eu, seu sogro?”
Juliana encurtou a distância. Podia sentir a respiração, o bafo de álcool dele, entre os lábios.
— “Estamos sozinhos, Fredinho. Que tal a gente subir agora e transar na cama que você divide com a Magda?”
— “O quê? Ficou maluca?” — O homem recuou um passo, as têmporas latejando.
— “Quer ou não, quer? Se negar, nunca mais terá a oportunidade. É sim ou não?” — resmungou a nora.
Frederico tossiu, coçou o pescoço. A gravata parecia sufocá-lo. Ele tentava se esquivar, mas Juliana ia atrás. O jogo ainda não acabou.
— “Você não se dá o respeito” — rosnou ele, tentando recuperar o controle. — “Está se comportando como uma mulher da vida.”
Juliana gargalhou.
— “Esse tipo de respeito, nenhuma mulher gosta.”
Ela se virou, pegou a bolsa. Virou para o sogro e disse: “Pensa que nunca reparei? Você nunca me olhou como nora. Nunca me olhou como amiga.”
Então, ameaçou ir embora. Virou-se para a porta, mas antes que pudesse dar o primeiro passo, ouviu:
“Por favor, espere” — Ele estava parado, ali, de mãos nos bolsos, o rosto quente e o coração disparado.
Juliana sorriu sem virar o rosto. Ficou de costas por alguns segundos, saboreando o momento. Era aquilo. A rendição. O crime antes mesmo de ser cometido.
Virou-se devagar. Caminhou em direção a Frederico com passos leves, lentos, fatais. Ele estava ali, parado como um covarde, um traidor, um fraco. O coração disparado, um suor tímido nas têmporas.
— “Fale-me” — murmurou ela, chegando perto. — “Fale-me que você quer me foder. Que você sempre me desejou.”
Juliana pousou as mãos na cintura do sogro, tirou o cinto, abriu a braguilha, desceu o zíper, e pôs uma mão nas calças, na rola úmida, babada. Ele estremeceu. Frederico recuou, encostando-se na parede da sala. Engoliu seco, o pomo-de-Eva subindo e descendo no membro rígido.
— “Eu… eu sempre…” — balbuciou ele.
“Sempre o quê?” — ela apertou o membro, roçando os beiços, nos lábios do sogro.
Frederico fechou os olhos. Quando abriu, já não era mais o mesmo homem, o mesmo pai, o mesmo marido.
— “Sempre te quis. Desde o primeiro dia que você pôs os pés nesta casa.”
Juliana sorriu de um jeito cretino. Um sorriso sem alegria, sem maldade. Um sorriso de quem vencia.
— “Anda, me leva para o seu quarto, para sua cama, sogrinho — sussurrou, endiabrada.”
Frederico ficou imóvel. Um segundo, dois segundos, dez segundos, sentindo a nora masturbar sua pica. Depois, venceu-se. Pegou e tirou a mão da nora de dentro das suas calças.
Juntos, subiram as escadas. A toada dos passos deles estrugia pela mansão vazia. Ao longe, um relógio marcava três horas da tarde. Sumiram quando a porta se fechou.
Continua em breve…