Meu príncipe, meu irmão - Capítulo 32: Anjo da guarda

Um conto erótico de Th1ago-
Categoria: Gay
Contém 2884 palavras
Data: 22/02/2025 13:02:05

Você nunca pensa que vai chegar nesse ponto. Nunca acha que vai ser você. Você ouve histórias, vê reportagens, escuta sobre pessoas que perdem tudo, que se afundam, que viram estatísticas. Mas você acredita que tem controle, que é diferente, que pode parar quando quiser. A primeira vez foi na escola, com um amigo qualquer. Um baseado compartilhado no fundo do pátio, tragado entre risos abafados, enquanto a fumaça se dissipava no ar. Eu senti meu corpo relaxar, minha mente desacelerar, pela primeira vez em muito tempo minha cabeça silenciou. O peso no peito aliviou, os pensamentos se embaralharam em algo suportável. E naquele momento, eu pensei: "É só isso?" Não era como diziam. Eu não me tornei um viciado da noite para o dia, não perdi tudo instantaneamente, não saí por aí roubando para alimentar um vício. Era só um alívio, um respiro, uma pausa na dor constante que me consumia.

Mas então, aquele amigo parou de conseguir. E eu precisava. Precisava daquilo para não sentir, para desligar minha mente. Então, eu subi o morro. A primeira vez foi assustadora. O cheiro da pólvora misturado ao suor das ruas, olhares cortantes que me avaliavam, me mediam, me julgavam. Eu sabia que qualquer movimento errado poderia me custar caro, mas eu aprendi rápido. Aprendi que ali não havia espaço para fraqueza, que se eu queria algo, eu teria que pagar o preço, e eu paguei. No alto daquele morro, eu encontrei mais do que procurava. Havia algo além do baseado, havia comprimidos coloridos que prometiam fuga, pós brancos que prometiam euforia, líquidos queimando a garganta e levando qualquer resquício de consciência embora. O álcool veio primeiro, porque era fácil, porque ajudava a não sentir, a não lembrar, a não ser. Depois vieram os comprimidos, porque eram rápidos, porque tiravam o peso da realidade, porque me deixavam em um estado em que nada importava. E então, eu parei de contar.

O problema com as drogas não é o efeito imediato. Não é a sensação. O problema é o vazio que elas deixam quando passam, o buraco que se abre dentro de você. No começo, você usa para se sentir bem. Depois, você usa para não sentir nada. Você já não sabe mais quem é, não sabe se algum dia soube. O Gustavo que amava, o Gustavo que sonhava, o Gustavo que queria ser alguém, esse morreu há muito tempo. O que restou foi só um corpo vagando, uma alma partida, uma coleção de cicatrizes invisíveis que ninguém nunca quis ver. Você se acostuma a viver na escuridão porque, depois de um tempo, ela parece mais confortável do que qualquer coisa. E quando a dor se torna insuportável, quando os fantasmas do passado sussurram no seu ouvido que não há saída, qualquer coisa parece melhor do que continuar vivendo.

Apesar de tudo, eu sempre soube que as pessoas ao meu redor não precisavam carregar esse peso. A dor era minha. O trauma era meu. As cicatrizes eram minhas. E eu não queria que ninguém mais sofresse por minha causa. Naquele momento, só existia uma pessoa que ainda se importava comigo: minha avó. Eu não queria que ela soubesse, que visse, que sentisse na pele o horror do que acontecia comigo dentro daquela casa. Mas eu tentei. Eu tentei voltar. Tentei fingir que era forte o suficiente, que dava para continuar vivendo ali, que aquilo nunca mais aconteceria. Mas aconteceu.

Eu lembro de cada uma das vezes. Foram três. Depois daquele primeiro dia, depois da primeira vez que ele me prendeu, ele encontrou maneiras de fazer com que sempre estivéssemos sozinhos. Ele ficava bêbado, mandava as crianças saírem, inventava desculpas para afastar a esposa. Sempre havia uma desculpa, um jeito de me encurralar. Eu sabia quando ia acontecer. Eu sentia no ar, no cheiro da bebida, no olhar dele que ficava lento, no jeito que ele falava. E toda vez, eu morria um pouco mais. Eu morria nos momentos em que ele me prendia, morria no silêncio da madrugada quando me trancava no banheiro e chorava sem fazer barulho, morria cada vez que me olhava no espelho e via o que ele estava fazendo comigo.

A primeira vez foi quando comecei a usar drogas. A segunda vez, eu percebi que estava afundando e não conseguia sair. A terceira, eu já não era mais eu. Era só um corpo existindo, respirando sem vontade, caminhando sem rumo. Mas eu tinha medo. Eu não podia contar pra ninguém. Porque ali era o único lugar que eu tinha para morar. E se eu contasse, pra onde eu iria? O que eu faria? Quem iria acreditar em mim? Eu era um adolescente, um moleque. Ele era um adulto, meu tio. As pessoas sempre acreditam nos adultos. E eu não queria testar essa teoria.

Então eu calei. E no silêncio, me perdi ainda mais. Eu me tornei outra pessoa. Mais agressivo, mais frio, mais impulsivo. Eu me distanciava de tudo, de todos. Eu queria sumir. Mas toda vez que eu via minha avó, toda vez que eu via o jeito que ela me olhava, com aquela preocupação estampada nos olhos, eu sabia que ela não merecia aquilo. Ela não merecia ver o neto dela se destruindo, não merecia carregar essa dor. Ela era a única pessoa que ainda me via como alguém. Então, um dia, eu simplesmente fui embora.

Saí para a escola como qualquer outro dia, mas nunca mais voltei. Eu não tinha para onde ir. Eu não tinha um plano. Mas qualquer coisa parecia melhor do que aquele inferno. A rua não era como eu imaginava. Não era liberdade. Não era uma fuga. Era um abismo. No primeiro dia, eu dormi em um ponto de ônibus. No segundo, encontrei um beco e me encolhi atrás de umas caixas. No terceiro, a fome apertou. A pior coisa da fome não é a dor no estômago. É o cansaço, o desespero. O jeito como o corpo começa a ficar fraco, como a cabeça lateja, como tudo parece mais devagar. Você olha para as pessoas comendo nos restaurantes, sente o cheiro de comida vindo dos mercados e sabe que ninguém vai te dar nada. Você pede, mas as pessoas desviam o olhar. Elas te veem, mas fingem que não. Você se torna invisível. Você aprende que ser ignorado dói mais do que ser odiado.

Eu passei dias sem tomar banho, sem trocar de roupa, sem saber se conseguiria sobreviver até a próxima noite. O frio era cruel. A fome queimava. E então veio a febre. O corpo tremia, eu suava, eu delirava. Eu queria gritar, pedir ajuda, mas quem se importaria? Quem pararia para ajudar um garoto sujo jogado na calçada? Ninguém. Eu vi o olhar de nojo das pessoas quando passavam por mim. Vi o jeito como seguravam suas bolsas mais perto, como atravessavam a rua. Eu não era mais um ser humano para elas. Eu era um problema, um incômodo, uma sujeira na cidade.

E quando você está na rua, você encontra outros como você. E eles te ensinam como sobreviver. Alguém me ofereceu um gole de uma garrafa qualquer. Eu tomei. Alguém me deu um comprimido, disse que ajudaria a esquecer a fome. Eu aceitei. E então, um dia, me deram algo mais forte. Algo que prometia me arrancar dali, nem que fosse por alguns instantes. O crack entrou na minha vida como um sussurro, uma promessa de alívio, um jeito de apagar tudo. E eu aceitei. Porque eu já não queria mais lembrar de nada.

E ali, naquele momento, foi quando eu percebi: eu não tinha mais volta. Eu não era mais Gustavo. Eu era só um reflexo do que me fizeram, um pedaço quebrado de algo que um dia foi inteiro. E pela primeira vez na vida, eu entendi o que era estar verdadeiramente sozinho.

Depois disso você me encontrou Léo, foram duas vezes que me mandou pra reabilitação, eu me lembro. Eu não lembro exatamente como cheguei na reabilitação. Sei que apenas que você me encontrou. Sei que ele chorou ao me ver naquele estado, sujo, magro, destruído. Sei que ele implorou para que eu aceitasse ajuda. E eu aceitei. Porque, no fundo, eu queria sair daquela vida. Eu queria parar. Eu queria ser alguém de novo. Mas não é tão simples. Nunca é.

A reabilitação parecia um recomeço. Os primeiros dias foram difíceis. O corpo tremia, doía, implorava pela droga. Mas eu queria acreditar que dava pra sair dessa. E então, dentro da própria clínica, alguém me ofereceu. Eu lembro da voz, do jeito que ele sussurrou: "Isso aqui ajuda a aliviar." E para um viciado, um ex-viciado, não existe escolha. A abstinência é um monstro gritando dentro de você. Você quer se segurar, mas quando a tentação está tão perto, tão fácil... você cede. E eu cedi.

Eu fugi. Peguei minhas coisas e saí. Nem pensei, só fui. Voltei para as ruas. Voltei para a droga. Não porque eu queria, mas porque o vício era mais forte que eu. E depois veio outra internação. Outra tentativa. Outro ciclo. Dessa vez, eu achei que ia conseguir. Mas de novo, alguém trouxe droga para dentro da clínica. E de novo, eu cedi. E de novo, eu fugi. Era como se cada vez que eu tentava sair, algo me puxasse de volta para aquele inferno. Um falso amigo, uma voz suave dizendo que só um pouco não faria mal. Mas para quem viveu a vida assim, para quem conhece o vazio que o vício deixa, um pouco nunca é só um pouco. É sempre um caminho sem volta.

E então, eu estava nas ruas de novo. Sozinho. Perdido. Sem esperança. Eu já não era mais humano. Eu era só um corpo vagando, sobrevivendo porque a morte parecia um luxo inalcançável. E então veio o dia que eu nunca esqueci. O dia que eu tive certeza de que Deus coloca anjos em nossas vidas.

Eu estava jogado na rua. Drogado, fora de mim. Meu corpo já não respondia direito. Eu só vomitava e usava mais, e vomitava de novo. Eu não conseguia parar. Eu sentia que meu corpo estava desistindo. Eu estava morrendo. E foi então que conheci Filipe.

Filipe era um menino de VI anos. Pequeno, frágil, mas com olhos que já tinham visto mais do que qualquer criança deveria ver. Ele estava na rua há duas semanas. Duas semanas sem casa, sem comida, sem ninguém. Seu irmão, o único que tinha, morreu. Apanhou de outros meninos de rua. Filipe fugiu. Quando voltou, o corpo do irmão estava no chão. Desde então, estava sozinho.

Ele se aproximou de mim naquela noite. Me olhou, como se estivesse analisando se valia a pena se aproximar. Eu era um lixo humano, mas Filipe não se afastou. Ele me cutucou, tentou me acordar. "Ei, você vai morrer assim?" A voz dele era fina, mas cheia de força. "Se você morrer, quem vai cuidar de mim?"

Eu não sei por que, mas aquilo me despertou. Eu não queria cuidar nem de mim mesmo, quanto mais de alguém. Mas Filipe não me deu escolha. Ele me fez prometer que ia ficar limpo por alguns dias. Que ia tentar. E, por algum motivo, eu tentei.

Eu me apeguei a Filipe. Ele virou meu irmão. Meu irmão de rua. Eu roubava para nós dois comerem. Ele me ajudava nas noites difíceis, quando meu corpo pedia a droga e eu quase enlouquecia. Ele falava comigo, me fazia imaginar. "Pensa no Léo. Como vai ser quando você encontrar ele de novo? Dessa vez, você vai conseguir? Dessa vez, você vai ficar?"

E eu imaginava. Eu criava histórias na minha cabeça. Imaginava um futuro onde eu não fugia, onde eu aceitava ser ajudado. Imaginava como seria se eu levasse Filipe comigo, porque agora nós éramos irmãos, e irmãos não abandonam um ao outro.

Eu me lembro dos dias de desintoxicação, dos momentos em que meu corpo tremia, suava, implorava por mais uma dose. E me lembro dele. Lembro de como ele sentava ao meu lado, pequeno, franzino, mas com uma força que eu nunca vi em ninguém. Ele falava como se o mundo ainda pudesse ser bom, como se ainda existisse um futuro longe das ruas, longe da fome, longe do desespero. Ele me olhava com aqueles olhos grandes e dizia que tudo ia ficar bem. E, por algum motivo, por mais que meu corpo estivesse implodindo, eu acreditava nele.

Ele dizia que um dia queria conhecer o Léo, esse cara que eu tanto falava. Dizia que se eu amava tanto esse cara, ele devia ser especial, devia ser alguém que valia a pena conhecer. E ele sonhava com isso, sonhava com o dia em que estaríamos longe dali, vivendo uma vida diferente. Ele falava que no futuro a gente ia trabalhar e nunca mais ia precisar roubar. Que um dia a gente ia ser muito rico e ia poder ajudar todas as outras pessoas que estavam na rua, igual a gente. Ele dizia isso com convicção, como se já tivesse visto esse futuro acontecer.

Ele falava que perdeu um irmão, mas que ganhou outro. Que eu era esse irmão. E eu nunca soube o que responder. Porque, no fundo, ele me salvou mais do que eu jamais poderia ter salvo ele. Ele cuidava de mim, quando era eu quem deveria cuidar dele. Ele me segurava quando eu achava que ia morrer, quando tudo dentro de mim gritava que eu precisava fugir, correr de volta para o vício. Mas ele segurava minha mão, olhava nos meus olhos e dizia: "Só mais um dia, Gustavo. Só mais um dia, e amanhã a gente tenta de novo." E, de alguma forma, isso fazia sentido. De alguma forma, isso me mantinha ali, respirando, tentando, vivendo.

Passamos três semanas juntos. Três semanas sobrevivendo, nos protegendo. Ele me salvou mais vezes do que eu poderia contar. Mas então veio o dia em que Filipe foi embora.

Nós fomos pegos roubando. A polícia chegou. Nós tentamos correr. Mas Filipe era pequeno, não era rápido o suficiente. Pegaram ele. Eu ainda tentei voltar, mas era tarde. E depois disso, nunca mais o vi.

Eu procurei. Eu tentei. Fui a lugares diferentes, perguntei, procurei pistas. Mas Filipe desapareceu. E eu gosto de acreditar que ele nunca foi apenas um menino de rua. Filipe foi um anjo que Deus colocou na minha vida naquele momento, para me impedir de morrer.

Se eu pudesse, eu encontraria Filipe hoje. Eu agradeceria por tudo. Porque se não fosse por ele, eu também já estaria morto.

Foram tantas coisas, tantas noites frias, tantos dias em que eu me perguntava se valia a pena continuar. Eu sei que três páginas num caderno são pouco para contar tudo o que vivi, tudo o que senti, tudo o que perdi. Mas espero que, ao menos, isso te faça entender um pouco mais do meu ponto de vista. Espero que, ao ler essas palavras, você veja que eu não sou só esse homem quebrado que volta e meia precisa de um cuidado que talvez pareça excessivo. Eu não sou apenas a bagunça que a vida fez de mim. Eu sou tudo o que eu tive que suportar para continuar respirando.

Se eu sou possessivo, se eu te olho como se você fosse a única coisa no mundo que me impede de cair de novo, é porque você é exatamente isso. Você foi o meu ponto de retorno, o sinal de que ainda havia algo pelo que lutar. Eu sei que você também passou por muito, que sua dor é grande e que a vida também não te deu facilidades. Mas a minha história é diferente. Eu não estou aqui para medir sofrimentos, nem para dizer que minha dor foi maior ou menor. Eu só quero que você saiba que, depois de tudo que eu vivi, é quase inacreditável que eu ainda esteja aqui. Nenhuma pessoa deveria ter passado pelo que eu passei. Nenhuma criança deveria ter conhecido o horror que eu conheci. Nenhum adolescente deveria ter sido arrastado para um caminho sem volta da forma como eu fui. Mas aconteceu.

Houve dias em que eu acreditei que nunca mais ia conseguir sair daquilo. Dias em que meu corpo tremia, em que minha própria mente me traía, me dizendo que eu precisava de mais uma dose, mais um gole, mais um segundo de esquecimento. Mas também houve dias em que eu me lembrava de você. Das histórias que eu criei na minha cabeça sobre como seria o dia em que eu te reencontraria, sobre como você me receberia, se você ainda se importava. Se você ainda me queria por perto.

Eu perdi muita coisa, Léo. Perdi a dignidade, perdi o controle, perdi amigos, perdi pessoas que poderiam ter me salvado se eu não estivesse tão afundado no meu próprio inferno. Eu perdi o Filipe. E por muito tempo eu acreditei que eu também tinha me perdido completamente. Mas, de alguma forma, eu sobrevivi.

Eu estou aqui. Eu estou tentando. E se eu tropeço, se eu erro, se eu te seguro com força demais às vezes, é porque eu nunca mais quero me perder de novo.

Espero que você entenda.

Xxxxx-xxxxx

E aí galera, chegamos ao fim da narração do Gustavo. Foi forte, mas espero que tenham gostado.

Lembrando que chegando nas 27 estrelinhas tem capítulo novo hoje mesmo 🥰

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Comentários

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Como já estou convencido de que esta história, mesmo um pouco dramatizada, se baseia numa realidade vivida pelas respetivas personagens, encaro o Gustavo como a maior vítima de todas.

O Léo sofreu por tabela mas nada que se parecesse com aquilo que o Gustavo viveu.

Quanto ao Eduardo e à mãe, tiveram um papel devastador mas sempre vislumbrei que o seu objetivo primordial seria afastar o Léo do Gustavo como se este último fosse o vírus contagiante da homossexualidade do Léo.

O maior azar de todos foi a figura execrável do tio lo Léo que, ao violá-lo, eliminou a última âncora que lhe restava de amor e apoio da avó atirando-o definitivamente para a rua.

O Gustavo sempre foi o protagonista desta história que me despertou mais simpatia e compaixão por ter percebido desde cedo como iria ficar completamente desprezado e abandonado com apenas 17 anos de idade.

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GUSTAVO, SEMPRE FOI GUSTAVO. ESSE LANCE DE SE PERDER, DE PERDER DIGNIDADE, DE PERDER QUEM ERA É FANTASIOSO. O GUSTAVO DE ANTES ESTÁ APENAS GUARDADINHO, ESCONDIDO, QUIETINHO NUM CANTO ESPERANDO O MOMENTO CERTO PRA REAPARECER. COMO PSICÓLOGO TENHO A DIZER QUE AS OSTRAS NASCEM DO LODO GERANDO PÉROLAS FINAS. NINGUÉM COLOCOU UMA ARMA NA SUA CAABEÇA E TE OBRIGOU A USAR NADA. TANTAS FAMÍLIAS DESESTRUTURADAS E NEM POR ISSO OS FILHOS OU NETOS VÃO SE DROGAR MAS CONCORDO QUE EM FAMÍLIAS DESESTRUTURADAS A CHANCE É MAIOR. PARE DE ENDEUSAR LEO E COMECE A SE ENDEUSAR PRA VC SAIR DISSO DE CABEÇA ERGUIDA. NINGUÉM É RESPONSÁVEL PELA FELICIDADE DE NINGUÉM, NINGUÉM É RESPONSÁVEL PELA INFELICIDADE DE NINGUÉM. SOMENTE NÓS MESMOS SOMOS RESPONSÁVEIS PELA NOSSA FELICIDADE E PELA NOSSA INFELICIDADE.

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Forte é pouco! Acho que foi super importante o Gustavo narrar tudo isso

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que trajetória sofrida quando se perde o seu pilar, o seu eixo.

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O poder do abuso é devastador,sei pw já passei por isso quando era mais novo e sim a gente procura saídas para diminuir com a dor,a minha foi no álcool,a minha sorte que meus pais descobriram antes que fosse tarde demais,mas as cicatrizes ficaram para o resto da vida

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