Não nasci para ser uma puta, como um leitor comentou, e certamente ele desconsiderou que fui forçada a fazer o que fiz. Como disse lá no inicio, hoje sou uma mulher bem casada de 39 anos, portanto o ciclo de abusos teve um fim quando eu tinha 18 anos e desde então sou tratada de forma totalmente amorosa e carinhosa por meu marido e minhas filhas adotadas. Sei melhor do que ninguém que o descrição dos abusos embrulha o estômago, mas é parte do motivo pelo qual publico esse relato como advertência. O relato tem 10 partes e as partes finais mostrarão minha superação, minha transformação e minha vida que classifico como feliz.
Voltando a história.....
Nos dias seguintes após Josué ter comprado roupas novas para mim notei a diferença quando ele foi tendo a imaginação que não tinha antes.
A primeira mudança foi que se dizendo meu namorado começou a me beijar e beijava muito mal nas primeiras vezes, mas imitando o que eu fazia foi melhorando. Outra mudança foi que descobriu outras posições e começou a me comer de bruços, apoiada na pequena mesa de estudo do quarto e até no papai e mamãe.
Ele também começou a mostrar interesse por meus seios e se deliciava os chupando, os lambendo e os mamando e até descobriu aquela posição sentado comigo em seu colo com seu pau enterrado em mim mamando em meu seio.
Eu já estava desconfiado de sua mudança e era difícil imaginar que era só pelas novas roupas e tive a certeza de que alguém o estava orientando quando ele começou a se preocupar mais comigo como menina sendo mais carinhoso e me querendo mais vezes só de lingerie mostrando que agora se excitava com esses detalhes.
Foi após terminarmos em uma tarde e eu estar de volta as roupas de menino que perguntei a ele sentando cada um em sua cama.
– Tem alguém te ensinado sobre o que fazemos Josué?
Percebi que ele ficou constrangido e ao invés de responder fez uma pergunta.
– Porque? Você está gostando de como estou fazendo agora?
– Já te disse que não sinto nada. Como um menino que quer ser menino, você iria gostar de se transformado em menina? Agora me responde?
– Tem sim.
– E quem é, perguntei preocupado.
– O Samuel. Eu sabia que ele já teve namoradinhas e transou com uma delas.
Meu estomago embrulhou na hora. De todos os garotos daquele colégio ele foi pedir ajuda justo ao outro garoto que morava em nosso quarto.
– Você está louco? Você sempre tem cuidado em disfarçar e foi perguntar para o Samuel que mora nesse quarto?
– Falei para ele que era uma garota do externato e que a tarde vou na casa dela, pois ela fica sozinha.
– E se ele desconfiar e perguntar a alguém se você sai do colégio?
– Ele não vai e está sempre trabalhando. Nunca iria desconfiar de você.
– Só você que é ingênuo por pensar isso. Por mais que eu disfarce, não consigo disfarçar totalmente e como ele me vê de pijama aqui pode ter tido pensamentos e ligar os fatos já que ficamos sozinhos.
Mesmo que eu usasse um pijama de flanela longo nas pernas e braços e largo no corpo passando muito calor, minha bunda e meus seios as vezes marcavam no tecido e era impossível que Samuel não tenha reparado nenhuma vez. Ele era 2 anos mais velho do que eu e um a mais do que Josué e com certeza tinha a malícia que Josué não tinha. Tanto que ensinava sobre sexo a ele.
Com o que falei Josué se deu conta que podia ter cometido um erro, mas já estava feito.
– Você tem razão. Vou falar para ele que terminei com a menina e parar de fazer perguntas.
Não fui só eu quem ficou tenso nos dias seguintes, mas tarado Josué não conseguia resistir e me comia 2 vezes todas as tardes, as vezes até 3, principalmente nas sextas-feiras dizendo que era para aguentar o final de semana quando não ficávamos sozinhos no quarto.
O sábado é sagrado para aquela religião, tão sagrado que havia culto de presença obrigatória a não ser nos horários das refeições. No Domingo mais culto pela manhã, depois o almoço e a seguir era horário para receber visitas dos pais e parentes que não moravam longe demais do colégio.
Minha tia ia todo domingo levando guloseimas e roupas limpas, mesmo que a lavanderia do colégio lavasse nossas roupas. Meus pais não iam na mesma frequência, mas não demoraria e teria as férias de julho, mas eu temia voltar a minha casa e encontrar Frank.
Ele não foi meu único e estava sendo abusado diariamente por Josué, mas nunca me senti ameaçado fisicamente por ele como me sentia o tempo todo por Frank. Lá no fundo de minha mente tinha esperança de me livrar daquele pavor com Frank sendo preso ou morto pela polícia.
Não demorou e o pior aconteceu. Uma tarde Josué estava me comendo de 4 em minha cama e do nada escutamos a chave sendo inserida na fechadura que girou tentando abrir a porta e tendo dificuldade começou a ser chacoalhada com força.
Apesar de tudo o que combinamos como reagir ao perigo no caso de escutarmos algo, o susto e a iminência de sermos pegos, nos paralisou e ficamos assustados olhando para aquela porta torcendo que ela resistisse e mesmo que eu não tivesse paralisada, não teria conseguido me desvencilhar de Josué enterrado em mim.
Foi colocado muita força naquela porta e a cadeira cedeu e caiu para trás e ao abrir a porta vimos que era Samuel que já olhou para nós sabendo o que acontecia, depois da besteira que Josué fez pedindo dicas sexuais a ele.
Logo ele trancou a porta atrás dele sem tirar os olhos de nós.
– Então essa é a namoradinha que você disse que tinha. Bem que desconfiei. Agora ela é minha também, falou já abrindo a calça a tirando toda ficando de cueca e pela marca tinha um pau bem maior do que Josué.
– Ela é minha Samuel.
– Cala a boca Josué. Quer que eu conte ao colégio inteiro o que vi aqui agora? Ou posso arrastar vocês dois para fora como estão e deixar os que estão no dormitório chegarem à conclusão.
Comecei a chorar terrificada de que Samuel cumprisse sua promessa e me expusesse vestida daquela forma a todos que estavam no dormitório àquela hora. De novo eu saía de uma situação muito, muito ruim e indesejada para entrar em outra ainda pior.
– Não, por favor, não faça isso. Nem ligo por mim, mas pela Carlinha. Se ela aceitar eu também aceito dividi-la.
Josué sentiu um pouco de seu próprio veneno da chantagem, mas o que aconteceria com cada um de nós se fossemos revelados seria muito diferente. Enquanto o que ele fez seria algo normal de garoto, o meu mundo acabaria no colégio e na família quando ficassem sabendo e nunca mais conseguiria olhar para eles.
Samuel se sentou em minha frente enquanto eu sentia o pau mole de Josué saindo de meu bumbum e fez algo que nenhum dos outros garotos tinha feito trazendo a palma da mão em minha bochecha a acariciando com leveza e tirando as lagrimas escorridas com o polegar.
– Olha o que fizemos com essa garota linda Josué. Não se faz uma garota chorar. Então seu nome é Carlinha? Prazer o meu é Samuel. Não fique assustada, agora que o Josué aceitou te dividir comigo nunca vou contar a ninguém.
Não que esse jeito dócil me fez ficar menos aterrorizada e desesperada, mas pelo menos descobri que meu mais novo abusador também não seria como Frank.
– O Josué disse que você também precisa me aceitar. Você me aceita? Nem vou poder ficar muito com você se aceitar. Você só fica sozinha a tarde e estou no trabalho e de noite o Davi está aqui e não podemos deixar que ele descubra. As vezes vou escapar a tarde como hoje e depois compenso a jornada. O que você me diz?
O que eu poderia responder sofrendo mais uma vez uma chantagem velada, apenas disfarçada com gentileza? Ou aceitava ou seria rejeitado por todos que eu amava.
– Eu aceito. Só se você prometer nunca contar a ninguém.
– Sou possessivo Carlinha. Só não vou querer você só para mim, pois se não fosse o Josué não teria te descoberto assim tão linda. Sou um homem de palavra. Pode ficar tranquila, falou vindo em minha direção e me beijando sem que eu me movesse daquela posição de 4.
Seu beijo de forma mais suave foi de longe o beijo bem mais dado que recebi, mesmo depois dos outros garotos terem aprendido a beijar, no entanto nada mudou, pois, minha repulsa pelo ato amortizou meus sentimentos. E não era só isso, Samuel já era o sexto garoto que meu beijava e se eu fosse desistir de ser homem por ter sentindo algo diferente por um deles já teria acontecido me dando ainda mais certeza que era homem.
Após um beijo longo se afastou e se levantou.
Quero ver essa beldade em pé, falou esticando a mão para me ajudar a me levantar. Quando me levantei ele se afastou e me olhou inteira e me mandou virar de costas e depois de frente novamente.
– Incrível. Incrível. Ninguém suspeitaria porque você é uma menina perfeita. Mais do que menina perfeita é linda como poucas que eu já conheci. Você tem peitos. Como pode ter peitos grandes desse jeito? Acho que 80% das garotas desse colégio ainda não tem peitos desse tamanho. E olha sua cintura. É cintura de menina. Talvez porque você tem um quadril largo e bunda cheia e redonda. Onde você conseguiu essas roupas que te deixam ainda mais linda e gostosinha, perguntou vindo até mim.
– O Josué me levou no magazine e comprou para mim.
– Só essa?
– Não, foram várias.
– O Josué é um bom namorado, mas também vou ser de outra forma e te fazer se sentir bem como menina.
Tomei coragem e revelei o que ele ainda não sabia.
– Não vou me sentir bem como menina, pois odeio ser menina e só sou porque estou sendo obrigada e chantageada pelo Josué e agora por você. Sou um menino sendo obrigado a ser menina e nunca vou me sentir bem dessa forma.
– Antes de nos odiar, você deveria odiar seu corpo, pois ele diz que você é menina. Até seu rosto é de menina.
– Eu já odeio meu corpo.
– Que pena para você. Você poderia ser muito feliz se aceitasse quem é. De qualquer forma, vou tentar fazer você mudar de ideia. Talvez você nunca se sentiu bem como menina porque nunca ninguém te tratou de acordo, falou petulante, me agarrando pela cintura e me trazendo até ele.
Antes de qualquer coisa, ele deu um recado a Josué.
– Não vou dividi-la com você quando eu vier porque você pode tê-la todos os dias. E também não acho digno tê-la ao mesmo tempo, mas você pode assistir e aprender algumas coisas, assim não precisa ficar perguntando tudo. Se quiser bater uma punheta assistindo, problema seu. Estamos de acordo? Acho que não é pedir demais.
Josué percebeu que não tinha como não aceitar, pois se Samuel cumprisse a promessa de contar para todos ele me perderia. Fora isso Samuel era maior e bem mais forte por seu trabalho duro na Fazenda do colégio, então teve que aceitar, derrotado por seu próprio veneno.
– Tudo bem. Você só me avisa dois dias antes quando vai vir para eu aproveitar bem no dia anterior.
– Está bem, agora aprenda um pouco, falou me puxando para ele e me beijando mais fogoso do que lá na cama.
– Samuel. Só um aviso. A Carlinha não gosta que tire a roupa dela, pois quer separar o que faz como menino do que faz como menina. Você pode deixa-la só de lingerie e tirar só o sutiã se quiser.
– É justo. Acho que também prefiro não ver nada que não a deixe como a mulher perfeita que ela é.
Foi a primeira vez que fui chamada de mulher, mas na verdade ainda faltavam alguns anos para ser uma mulher adulta, se eu fosse uma. Suas mãos percorreram meu corpo reconhecendo minhas curvas e na hora e meia seguinte Samuel me comeu como nenhum dos outro tinha me comido, só que antes de me comer me mandou ajoelhar aos seus pés e o chupar sob o olhar espantado de Josué que nunca tinha me pedido para chupa-lo.
Foi assim que conheci seu pau um pouco maior que os de Frank e Gilmar. E o querendo tirar logo de minha boca usei o que tinha aprendido e o fiz gozar rapidamente sob seus lamentos.
– Ohh, estou gozando Carlinha. Foi tão bom. Pena que durei tão pouco.
Engoli muito esperma sem ver diferença daqueles que conheci antes. Na primeira penetração senti um desconforto por seu tamanho bem maior do que aquele de Josué que me usava nos últimos meses. Vendo a dificuldade mandou Josué comprar vaselina na farmácia quando fosse de novo fazer compras para facilitar.
Ele parecia determinado a provar que eu só odiava sexo com garotos porque sempre fui mal comida. No papai e mamãe, me fez cruzar as pernas atrás de seu corpo, o que ninguém tinha feito e me penetrava com um vontade imensa sem ser violento gozando enormemente em minhas entranhas. Em seu colo, ele foi o que demonstrou melhor aptidão para lidar com meus seios e me colocando em uma ritmo de o cavalgar correndo para trás e para frente em suas pernas gozou forte de novo dando uma leve mordidinha em meu biquinho.
Samuel estava insaciável e me fez ficar só de calcinha e sutiã me colocando de 4 e se colocando em posição atrás de mim.
– Sei que você acha ser menino e sei que odeia esse corpo, mas se se visse nessa posição com essa calcinha e sutiã teria a certeza que não é menino e que não deveria odiar um corpo tão perfeito e lindo, mas o adorar, falou se aproximando e afastando a calcinha.
Nem respondi. De que adiantava se ele enxergava com os olhos e desejos dele sem saber o que eu tinha em minha mente e meu coração?
Segurando em minha cintura com uma pegada que nenhum outro teve ele me comeu por minutos tendo um outro gozo forte me fazendo sentir sua quentura em minhas entranhas, finalizando aquela tarde.
Se Samuel queria me provar que eu não gostava do sexo sendo menina porque nunca fui bem comida, ele conseguiu foi o contrário. Ele foi de longe o melhor amante, o mais cuidadoso, mais carinhoso e menos agressivo além de ter o pau maior e ainda assim não senti nada, nada mesmo com meus sentimentos anestesiados. De forma figurativa para explicar bem, se fosse uma mulher minha buceta teria ficado completamente seca o tempo todo.
No entanto Samuel quis saber de seu desempenho e sem querer fez a pergunta certa para o que achava que ouviria. E foi assim mesmo que ele perguntou, pois me lembro bem de sua decepção após minha segunda resposta.
– Fui quem te comeu melhor, não fui, perguntou presunçoso.
– Sim, você foi.
Samuel sorriu.
– Então você gostou?
– Não. Não senti nada. Nada. Você só provou que sou homem.
Ele ficou bravo e resmungou dizendo que teria outras chances de me convencer. Mal sabia ele que não teria tanto tempo assim.
Fui usada por Josué e Samuel até que as férias chegaram e com medo de encontrar Frank por ainda fazer pouco tempo que tinha conseguido me livrar de sua opressão, decidi ir para a casa de minha tia, mesmo com a chance de Gilmar também abusar de mim.
Quando cheguei minha prima mais velha, aquela que não estudava no colégio comigo, começou a contar as novidades e tive um surto de felicidade. A mãe de Gilmar que trabalhava para minha tia contou que Gilmar estava de namorico e todo apaixonadinho. Fiquei com um pé atrás, pois ele havia dito que mesmo namorando iria me querer, mas da forma que minha prima contou, fiquei com esperanças.
Com meus primos bobinhos também posando em minha tia fizemos alguns programas que fazia com Gilmar até que o inevitável aconteceu e um dia nos cruzamos.
Ele me chamou para conversar me separando de meus primos e começou. Não sem que eu não estivesse apavorado com medo dele querer começar a abusar de mim novamente.
– Carlinhos, sei que não merece desculpa o que fiz, mas saiba que me arrependo muito. Fiquei cego por ver como você estava diferente e não consegui controlar meus impulsos. Não se preocupe que o que falei que iria continuar com aquilo não vai mais acontecer. Nuca mais. Pode vir tranquilo em sua tia que você não vai ver minha cara.
Não foram bem essas as palavras que usou sendo um garoto rustico, mas é a essência do ele quis me dizer. Da mesma forma a resposta que dei.
– Você tem razão Gilmar. O que você fez não tem desculpa pela amizade que tínhamos. Nunca mais vou falar com você, falei me virando e indo embora cumprindo minha promessa.
Poucas vezes o vi depois ao longo dos anos e quase todas de longe, mas nas duas ou três vezes que nos cruzamos fiz que não nos conhecíamos e ele fez o mesmo.
Minhas férias só não foram melhores porque sabia que voltaria para aqueles abusadores e quando chegou o último dia de julho minha tia e meus pais me levaram para o colégio me deixando lá no fim da tarde.
Dessa vez não fiquei tão assustado pois já não era um lugar desconhecido, mas era apavorante de outro modo com o medo de quem alguém mais descobrisse o que acontecia entre mim, Josué e Samuel.
*****
Aqui uma outra pausa importante. O trecho seguinte de meus próximos anos no Colégio interno, ponderei muito se deveria colocar ou não no relato.
Como é um relato verdadeiramente real e quem leu até aqui pôde sentir isso em minhas palavras sinceras, o que vem a seguir pode pôr em dúvida minha sinceridade quanto a realidade dos fatos e eu quero muito que as pessoas saibam que é real tudo que passei ou esse relato terá perdido o sentido pelo qual o estou publicando.
Pensei até em escrever sobre esse período, mas o separar e o publicar como um outro relato avisando aos leitores que quisessem ler sem desacreditar do todo, mas tem acontecimentos que são essenciais e não posso deixá-los de fora.
Então aqui vai o que aconteceu nos anos seguintes no colégio, depois na faculdade, minha transformação e finalizando com minha situação recente.
*****
A primeira tristeza foi quando encontrei Miguel logo na porta do dormitório e ele me disse que por algum motivo José Luís tinha deixado o colégio, mas nosso grupinho de amizade eram de 3 garotos, então havia William com que eu me dava muito bem.
Com a cara muito mais preocupada, ele me disse que eu tinha um novo companheiro no quarto, pois Samuel também tinha desistido por estar longe de casa no Rio Grande do Sul e ficaria lá. Tive um grande alivio pois era um abusador a menos e um a menos para me fazer ameaças.
Porém pela forma preocupada que Miguel disse quem era o novo colega de quarto soube na hora que seria alguém bem pior do que Samuel, mesmo sem ser um abusador. Samuel era um garoto dócil que se dava bem com todo mundo e se não fosse estar sendo abusivo eu até poderia ter gostado dele como amigo.
– O novo companheiro de quarto seu, do Josué e do Davi é o Lucas, filho do Diretor da escola. A vaga do José Luís no outro quarto tinha sido preenchida antes e a única que tinha disponível era no quarto de vocês, mas me avise ao menor problema, falou visivelmente preocupado.
Miguel sempre foi muito bom para mim e daquele colégio é um dos poucos que tenho memória com carinho. Casado e com uma filha pouco mais nova do que eu parecia ver o perigo que eu corria com meu corpo nada masculino entre tantos garotos, alguns quase adultos.
– Está bem Miguel. Espero não precisar, mas qual o motivo de estar interno se ele mora na frente da escola?
Miguel me afastou de outros alunos que chegavam e me contou.
– O pai dele o quer disciplinar a o afastar de problemas e achou que o melhor jeito é o colocando interno e o fazendo cumprir as regras duras do internato, mas acho que ele não vai durar muito, então não se preocupe tanto.
Vou dar o contexto da situação que começava a acontecer.
O pastor diretor da escola era um polaco, nascido mesmo na Polonia. Ele tinha uns 1,90 metros e era forte, loiro claro e olhos azuis. Como o sobrenome dele começava com K vou o nominar como Pastor K.
Pastor K era severo, mas educado. Era também culto e na poucas vezes que tive contato com ele fui bem tratado, porém ele tinha um grande problema que era seu filho Lucas sobre o qual os boatos rolaram soltos no colégio no primeiro semestre. Apesar da idade ele puxou ao pai e já era bem alto e forte também
Lucas era um filho problemático em todos os sentidos. Nada religioso, péssimo aluno, extremamente briguento tendo arrumado várias brigas no colégio e na cidade.
Os comentários também diziam que ele estava envolvido com drogas e até com uma mulher mais velha. Ele tinha porte daqueles estudantes mais velhos do colégio. Não se podia ter certeza que os boatos eram verdadeiros, mas com a decisão tomada por seu pai, dava para acreditar que eram.
Nunca tínhamos nos falado e nem tínhamos motivo para isso já que ele estava em uma série abaixo mesmo sendo quase um ano mais velho do que eu. Certamente porque repetiu devido aos problemas que causava.
Parecendo realmente preocupado, Miguel me levou até o quarto onde sabia que o Lucas já estava para me apresentar a ele. Josué ainda não tinha chego pois seu voo chegaria mais tarde de Fortaleza e Davi só chegaria no dia seguinte.
Quando abrimos a porta lá estava aquele garoto enorme deitado onde era a cama de Josué com os pés para fora pois não cabiam na cama. Ele estava com a cara emburrada pensando em algo olhando para cima em seu beliche.
Assim que Miguel o chamou, por sua cara emburrada e por sua fama, achei que ele iria resmungar, mas quando me olhou levantou rápido e se colocou ao lado de Miguel olhando sereno para mim.
– Lucas, esse é o Carlos que alguns chamam de Carlinhos. Ele é um dos garotos desse quarto que agora serão seus colegas.
Dando um sorriso, ele esticou a mão me esperando para o aperto. Quando dei a mão a ele senti que sua mão era forte como nenhuma outra que eu tinha tocado.
– Prazer Carlinhos. Sou o Lucas. Sei que minha fama não é boa, mas espero nos darmos bem.
Aquele garoto, maior que muitos homens não pareceu ser problemático, mas ele mesmo disse que sua fama era ruim. Miguel parecia não acreditar no que via com Lucas me tratando bem, mas parecia aliviado.
– Prazer Lucas. Também espero.
Vendo que nos dávamos bem e tendo que ficar na porta principal recebendo os alunos Miguel se despediu e nos deixou a sós. Ao sair Lucas apontou para a cama onde estava deitado.
– Essa cama é a sua?
– Não, essa é do Josué. A minha é essa outra falei mostrando a cama ao lado.
– Vou precisar dormir embaixo. Com esse tamanho e essa cama frágil posso cair em cima de quem está embaixo e o matar, falou sorrindo.
Gostei da preocupação dele, pois tinha toda a razão.
– Verdade. Quer a minha? Posso dormir na de cima onde era a do Samuel.
– Vamos esperar ele chegar. Se ele não aceitar, aí aceito sua proposta. Só não posso dormir aí em cima de você que é magro e miúdo. Com certeza eu te mato se essas molas não aguentarem.
Era final de julho e estava muito fria aquela noite então eu estava com um moletom bem grosso e grande chegando as coxas e uma calça larga e ele não tinha noção do apelo de meu corpo. Foi mesmo uma preocupação por meu tamanho.
– Tudo bem, vamos esperar o Samuel chegar.
Não tinha nenhuma pressa de rever meu abusador e lá em minha mente me simpatizei com a ideia de Lucas estar no quarto, pois certamente ele não trabalharia mais do que aquela 1 hora que todos nós fazíamos e poderia estar no quarto a tarde atrapalhando o abuso de Josué.
Enquanto arrumava meu guarda-roupa sem mexer na porta onde estavam as roupas de menina fiquei conversando com Lucas trocando informações sobre nós, mas escondendo nossos segredos. Eu sobre minha segunda identidade e ele sobre seu lado encrenqueiro.
Em algum momento paramos a conversa e cada um ficou quieto com seus pensamentos quando Josué abre a porta entrando apressado e com certeza era porque estava com saudade de mim, mas quando viu Lucas deitado em sua cama seu sorriso sumiu.
– Oi Carlinhos. Tudo bem? Como foram as férias?
– Foram maravilhosas, disse dando ênfase em maravilhosas para que se desse conta que foi porque não estava sendo intimidado e chantageado por ele.
– As minhas não foram boas, disse amuado.
– Esse é o Lucas. Ele é nosso novo colega de quarto no lugar do Samuel que deixou a escola, falei os apresentando.
– Oi Lucas. Sou o Josué. Por acaso você é o filho do Diretor? Porque está aqui se mora na frente do colégio?
– Longa história. Qualquer hora te conto. Por acaso essa cama é sua? Expliquei para o Carlinhos que se dormir em cima e essa mola debaixo não aguentar vou matar quem estiver embaixo.
– Pode dormir nela. Você tem razão e não quero você dormindo em cima de mim. Sou muito novo ainda.
Quando terminamos a apresentação, Josué foi arrumar seu guarda-roupa enquanto Lucas arrumou sua cama. Devagar cada um foi deixando suas coisas em ordem e decidi que naquele primeiro dia era arriscado ir tomar banho mesmo depois da luz apagada e percebia Josué aflito querendo falar comigo a sós, mas não conseguiu e ele e depois Lucas foram tomar seus banhos e quando voltaram eu já estava de pijama sob o cobertor.
Na manhã seguinte as aulas reiniciaram e com as conversas tumultuadas com todo mundo querendo contar de suas férias de novo Josué não conseguiu conversar comigo. Foi só após o almoço e antes que o trabalho começasse que ele veio até mim. Era uma área sob imensos pés de Jacas com várias pequenas construções para cada turma de trabalho, porque os alunos eram divididos em grupos de 12 com um instrutor em cada um. Geralmente era um professor da escola que também era o instrutor.
Josué me puxou para trás de um daqueles pequenos depósitos onde ficavam as ferramentas de cada grupo e começou a falar.
– Fiquei com muita saudade de nossos momentos.
– Eu não, falei sincero.
Fingindo não ter ouvido, continuou.
– Não vejo a hora de recomeçar com nossos momentos. Comprei umas calcinhas novas. Tem até preta e vermelha. Você vai ficar linda Carlinha, falou excitado.
– Não fale sobre isso aqui. Quer que alguém ouça?
– Ninguém vai ouvir. Chegamos antes de todo mundo. Vamos fazer hoje a tarde no quarto. Quero muito te ver de menina. Você não sente saudade de se vestir de menina?
– Você sabe que só faço isso porque sou chantageado por você e não sei se vai dar. O Lucas também tem a tarde livre e se não estiver no quarto, pode voltar a qualquer momento.
– Que saco. Por que esse idiota tinha que vir para o internato? Ele mora na frente do colégio.
– Não fale assim porque ele é muito maior do que você e já arrebentou muitos garotos e até adultos na cidade e pode te arrebentar também se escutar.
– O que ele está fazendo aqui?
– Não sei. Pergunte a ele. Se você tiver coragem.
– O pai dele não consegue controla-lo e vai deixar isso para nós? Algum jeito temos que dar Carlinhos. Não vou ficar sem você e se você ficar dando desculpa vou contar para todo mundo.
Josué estava mesmo desesperado para me comer, pois normalmente ele sabia esperar o momento certo para não sermos pegos e parecia ter esquecido disso.
– Aqui não é lugar de falar sobre isso, falei saindo para um lado de trás do deposito enquanto Josué saiu pelo outro lado.
Quando virei o canto da parede lá estava Lucas com as costas e um dos pés apoiados na parede e ao me ver fez cara de surpresa enquanto meu coração saiu pela boca imaginando que ele tivesse escutado a conversa com Josué.
– Oi Carlinhos. De onde você está vindo, perguntou mostrando curiosidade me aliviando.
– Estou chegando por aqui, pois fui no Conservatório.
– Será que estamos na mesma turma?
– Não sei, mas acho que não. Não costumam colocar na mesma turma quem está no mesmo quarto.
– Então nos vemos mais tarde depois que nos separarem.
Fiquei aliviado achando que ele não tivesse escutado, mas fora isso estava muito desconfiado daquele comportamento de Lucas comigo pelo que falavam dele. Talvez ele tivesse realmente se simpatizado por mim ou talvez para agradar seu pai Diretor se passava de bonzinho.
Naquele tarde ele ficou no quarto atrapalhando os planos de Josué e no dia seguinte também até que na quarta-feira antes de saírmos para as aulas Lucas disse que tinha que ir a cidade naquela tarde e só voltaria para o jantar.
De rabo de olho olhei para Josué que parecia vibrar sem demonstrar enquanto eu por dentro estava arrasado vendo que meu abuso recomeçaria. Quando o trabalho terminou, voltamos para o quarto e Josué não se aguentou e me mandou trocar logo. E sob aquela saia preta de tecido molinho me vez vestir uma calcinha nova preta de lycra, mas com alguns detalhes de renda. Era menor do que todas as outras pois a tirinha lateral era bem estreita e atrás ficou muito enterrada em meu bumbum cada dia mais redondo.
Assim que o deixei se virar, ele veio até mim e me agarrou me beijando e me apalpando.
– Eu estava com tanta saudade de minha namorada, Carlinha.
Quando colocou a mão por baixo da saia para sentir aquela calcinha nova, escutamos um click e depois um estrondo na porta com ela se abrindo parecendo estar sendo arrombada e derrubando a cadeira.
Era Lucas parecendo furioso e batendo a porta para fechar nos deixou sem reação e levantou uma máquina fotográfica e tirou algumas fotos de nós nos abraçando e olhando assustados para ele. Mais tarde fiquei sabendo que era uma câmera recém lançada que tirava fotos digitais que não havia mais necessidade de mandar revelar.
Assim que tirou as fotos Lucas me olhou de cima embaixo parecendo admirado e depois veio até nós e pegou Josué pelo pescoço com a maior facilidade e o levou até a parede o prendendo contra ela.
– Te dou até hoje a noite para deixar esse quarto e o colégio ou vou te denunciar na diretoria por abuso, chantagem e estupro e se preciso vou mostrar as fotos que tirei. Se você for embora quieto e não falar da Carlinha para ninguém, vou esquecer a denúncia.
Josué estava aterrorizado pela ameaça da denúncia, mas também por aquele garoto uns 20 centímetros mais alto que ele e muito mais forte. Também estava aterrorizada vendo que todos ficariam sabendo se Lucas mostrasse aquelas fotos me levando a desgraça total ou então teria um novo abusador bem mais intimidante do que Josué. Descobri logo que eu tinha razão.
– Agora a Carlinha é minha e se mais alguém tocar nela eu mato. Assim que a conheci como Carlinhos eu já gostei dela. Não quero nenhum chantagista abusando dela.
Em um arroubo de coragem mesmo com aquela mão grande o segurando pelo pescoço contra a parede, Josué mostrou que Lucas não falava coisa com coisa.
– Você fala que sou o abusador, mas vai fazer o mesmo com ela.
– Não vou fazer o mesmo. Não vou ser grosseiro como você foi naquela conversa antes do trabalho. Vou cuidar dela e a tratar como deve ser tratada.
Lá em minha mente de garoto o que pensei foi que todos os abusadores eram parecidos pois cada um tinha uma justificativa tentando disfarçar o que eles realmente eram. E o pior de tudo é que quem era usado era eu, um após o outro sem nenhuma piedade.
Também pensei se seria melhor ser abusada por Josué ou Lucas e não consegui chegar a uma conclusão porque na verdade era horrível ser abusada por qualquer um deles. De qualquer forma eu não tinha voz nessa decisão que transcorria a minha frente sob meus olhos apavorados.
– Você vai ou não fazer o que eu disse? Sou uma testemunha, tenho fotos. Sua vida vai acabar.
Josué gaguejou, mas enfim respondeu.
– Eu vou. Vou ligar para os meu pai e falar lá na Diretoria agora. E depois tiro minhas coisas do quarto.
– Faça isso. Ela vai se trocar e leve as calcinhas que você comprou para ela.
– Comprei tudo o que ela está usando.
– Então você leva tudo. Vou dar roupas novas para ela.
– Agora vamos lá fora deixar que ela se troque.
Os dois saíram e o mais rápido que pude me troquei e amontoei todas as roupas no saco preto e coloquei na frente do armário. Quando abri a porta para que entrassem, só estava Lucas lá me esperando pois Josué tinha ido ligar para seus pais e pedir na diretoria para deixar a escola.
Mesmo sem saber seu eu estaria melhor ou pior sem ele, confesso que senti uma sensação boa de vingança pela chantagem e pelos abusos que cometeu. Lucas logo foi se explicando.
– Foi verdade o que falei que gostei muito de você logo que te vi, mesmo assim de menino. Já estive com um menino, mas como menino mesmo sem se vestir de menina. Há quanto tempo ele faz isso com você?
– Desde o começo do ano. Só tomo banho escondido depois que as luzes se apagam e um dia ele me seguiu e me viu e disse que se eu não fizesse o que queria, contaria a todos garotos mais velhos que tenho corpo de menina e eles abusariam de mim. Então cedi.
– Te vi de menina e você estava linda...lindo. Você gosta de se vestir?
– Já que sou obrigada, prefiro fazer como menina para não misturar com o menino. Eu sou menino e quero ser menino.
– Mais alguém abusou de você aqui?
Contei a história de Samuel para ele.
– Pelo jeito você não vai conseguir ficar aqui no colégio até o fim sem ser abusado de novo e de novo. Ou você deixa a escola ou posso te proteger e ninguém mais vai abusar de você. Vou até me esforçar para não arrumar mais encrenca para não ser expulso e te deixar aqui sozinho. Quem sabe você me ajuda a melhorar também.
– Mas se aceitar você estará abusando de mim também.
– Não, porque não estou te obrigando por chantagem como os outros. E se você não aceitar prometo que não vou contar para ninguém e apago as fotos em sua frente. Só não apago agora porque precisamos delas para o Josué fazer o que tem que fazer.
Em minha juventude e inexperiência de vida naquele momento não tinha capacidade intelectual para ver que o que ele propunha era vender proteção como aquelas que hoje vemos em filmes principalmente quando são filmes em penitenciárias como alguns que assisti. O nome poderia ser diferente e eu até poderia dizer não, mas no fundo ele direcionava de uma forma que não pudesse dizer não a menos que minha escolha fosse largar o colégio o que meus pais não aceitariam se não contasse o que estava acontecendo comigo e não teria coragem de contar.
Lucas estava ansioso esperando uma resposta, mas eu não estava preparado para dar em meio aquele caos.
– Preciso pensar Lucas. Primeiro deixe o Josué ir embora e com calma vou decidir.
– Se você aceitar, dou um jeito de não colocarem outro estudante aqui no quarto. Troco com meu pai meu bom comportamento por ele não deixar colocar outro aluno aqui e tenho certeza que vai aceitar. E quem sabe até consigo trocar o Davi de quarto quando algum aluno desistir e tiver vaga em outro quarto. Você terá liberdade aqui dentro e não precisará ficar se escondendo com essas roupas enormes. Também dou um jeito de conseguir que coloquem uma porta em um dos chuveiros. Meu pai quer muito, muito que eu me comporte.
De tudo o que ele falou, acho que o que mais me empolgou foi a porta no chuveiro. Ficar sem ter que usar roupas grossas no quarto em pleno verão também seria bom. Só que eram promessas e se tinha algo que não acontecia mais era eu confiar em um garoto, principalmente nos que me queriam.
Bem mais tarde Josué veio para o quarto acompanhado de Miguel para juntar suas coisas e ir embora. Felizmente as roupas de menina estavam em um saco preto e Miguel não o viu pôr na mala, mas estava tremendamente desconfiado e me chamou para uma conversa em seu escritório enquanto Josué e Lucas ficaram no quarto.
– Carlinhos, me conte. O Lucas aprontou alguma para o Josué? Está muito estranha essa história. Ele diz que simplesmente não quer ficar mais aqui nenhum dia longe dos pais no Ceará. E até citou o Samuel que também não aguentou ficar longe de casa. Mais estranho é ele querer sair hoje sem ter onde dormir. Acho que vou ter que deixá-lo dormir em minha casa.
– Não vi nada Miguel. O Lucas falou que ia na cidade e quando voltou, o Josué já falou que queria ir embora. Também acho estranho.
Tive que mentir e não gostava de mentir, mas já mentia tanto escondendo de todos o que acontecia comigo. Por Josué sentia o mesmo desprezo que todos os outros abusadores, mas estava prestes a cair na garra de mais um por minha própria escolha. Já tinham tido 6 deles em 2 anos e agora precisava escolher entre ter só mais um nos 4 anos e meio seguintes até iniciar a faculdade, ou uma infinidade deles.
Era um garoto acuado de todas as formas, mas o pavor maior era que minha família descobrisse que aos olhos dos outros eu seria um viadinho que gostava de dar a bunda vestido de menina. Via em minha mente minha frágil avó com problemas do coração caindo morta de desgosto quando lhe contassem isso. Se fosse por vontade própria seria menos doloroso, mas ninguém acreditaria em mim se fosse pego em flagrante.
Quando eu e Miguel voltamos ao quarto parecia tudo bem entre Lucas e Josué, mas fiquei sabendo depois por Lucas ter me contado que ele ameaçou Josué se revelasse sobre mim a qualquer um usando da fama ruim que falavam sobre ele.
Passaram-se um, dois, três dias sem que eu conseguisse me decidir, mas sem nenhuma pressão de Lucas. Davi tinha voltado, mas como sempre só aparecia no quarto para dormir com seu trabalho para o colégio na Padaria.
A única coisa que mudou nesses 3 dias foi que Lucas insistiu para que eu ficasse confortável e não precisasse usar roupas grossas dentro do quarto, argumentando que já tinha me visto como eu era como menina.
Foi bom não precisar usar naquele quarto minhas grossas blusas e quando estava lá comigo, ele fazia o possível para não ficar olhando para meus peitos evidentes na camiseta. E ele também me ajudou a tomar banho depois do apagar da luzes ficando de vigia na porta como Samuel fazia. Como prometido, não foi lá me espiar tomando banho.
Não contei ainda sobre as aulas de educação física e como eu me escondia nelas. Haviam muitas opções de esportes além dos exercícios físicos e felizmente não havia natação apesar de ter uma piscina para competições que ninguém usava pois não queriam meninas de maiô no colégio e por ser pouco usada estava sempre suja.
Escolhi o esporte de menos contato físico que foi o vôlei e durante as aulas usava um agasalho de helanca da Adidas bem largo, inclusive com blusa. Muitos tiravam sarro por eu estar sempre com aquela blusa grossa e aquela calça larga, mas era muito melhor do que deixarem ver as formas de meu corpo.