Ensina me - 19

Um conto erótico de Mrpr2
Categoria: Gay
Contém 1178 palavras
Data: 08/02/2025 21:09:05

Guilherme e Marcos saem para fora e quando estão se despedindo com um beijo…

_ Então é essa a sua doença?

Pergunta Carol parada com as mãos na cintura encostada na porta do carro de Marcos. O supervisor ao ver sua noiva fica branco e sem fala.

_ Vamos Marcos quero uma explicação, é essa a doença que seu pai quer que eu cure?

_ Quem é você para falar assim com o meu namorado, sua amapoa dos infernos?

_ Meu nome é Carolina a noiva e futura esposa do Marcos.

Diz Carol mostrando o anel de noivado na cara de Guilherme.

O silêncio que se seguiu foi esmagador. O vento frio da noite passou entre os três, mas Marcos sentiu um calor sufocante subir pelo peito, queimando sua garganta. Ele piscou, incrédulo, como se o próprio chão sob seus pés tivesse desmoronado.

_ Carol…

Murmurou Marcos, mas a voz falhou, presa no nó apertado da sua vergonha.

Guilherme afastou-se de Marcos num salto, o choque em seu rosto sendo rapidamente substituído por fúria. Ele passou as mãos pelos cabelos loiros, respirando fundo, tentando encontrar algum sentido no caos repentino.

_ Noiva?

Ele cuspiu a palavra, com os olhos verdes faiscando.

_ Ela é sua noiva, Marcos? Ca… Carolina? Espera, essa voz… você é a Carol? Você é a tal noiva do telefonema? Como assim Marcos? Você não me disse que a Carol era sua irmã? Que aquilo tinha sido só uma brincadeira? Isso também é uma brincadeira, Marcos?

Marcos engoliu em seco, tentando recuperar o fôlego, mas não havia desculpa, não havia justificativa. Ele queria falar, queria implorar, mas os olhos de Carol estavam cravados nele como punhais, e Guilherme parecia prestes a explodir.

_ Você me disse que ela era sua irmã, Marcos!

A voz de Guilherme saiu trêmula, carregada de uma mistura de nojo e decepção.

Carol deu um passo à frente, mantendo os braços cruzados sobre o peito, o rosto rígido, os lábios apertados em uma linha fina de desprezo e… algo mais.

_ Então é essa a sua doença?

Repetiu, agora com um tom quase triunfante.

_ É por isso que você me evita, por isso demorou para me tocar?

Questiona Carol ao noivo.

Marcos sentiu a náusea revirar seu estômago. Ele tentou negar, tentou balançar a cabeça, mas as palavras simplesmente não vinham.

Guilherme passou a mão pelo rosto, rindo amargamente.

_ Doença? Meu Deus, que mulher mais…

Ele não terminou a frase. Rosnando, rangendo os dentes, apertando as mãos fechadas, tremendo de raiva estava Guilherme. A dor de ter sido enganado falava mais alto do que qualquer outra coisa. Ele olhou para Marcos, descrente.

_ Você mentiu para mim esse tempo todo. Me fez de idiota.

Marcos sentiu a culpa esmagá-lo. Ele tentou se aproximar, estendendo a mão.

_ Gui, por favor…

Mas Guilherme recuou.

_ Não. Não me toque! Não vem com desculpa. Eu fui burro de acreditar em você. Achei que te conhecia, que a gente tinha algo real. Mas você? Você é só um covarde.

O coração de Marcos se partiu ao ver o rosto do namorado, ex-namorado, endurecido pelo desgosto.

_ Acabou, Marcos. Boa sorte com sua "noiva".

Guilherme deu as costas e saiu apressado, os ombros tensos, os punhos cerrados. Trancou o portão chorando.

Carol observou em silêncio, os olhos escuros cravados em Marcos, que correu atrás de Guilherme, mas não conseguiu abrir o portão. Marcos esmurrava o portão gritando por Guilherme.

Ela esperou alguns segundos antes de finalmente suspirar e balançar a cabeça, como uma mãe repreendendo um filho teimoso.

_ Olha só o que o pecado faz com um homem.

Marcos ergueu o olhar, sentindo a raiva começar a brotar no fundo da sua dor.

_ O que você tá falando, Carol?

Ela deu um passo à frente, agora com um olhar mais suave, quase misericordioso.

_ Eu sei que isso não é você, Marcos. Eu sei que foi enganado, que caiu nas armadilhas do demônio. Mas ainda dá tempo de se libertar.

Marcos sentiu o estômago revirar.

_ Libertar? Do que você esta falando mulher?

Questiona Marcos.

_ Sim. Eu vou te ajudar. Vamos nos casar. Eu vou te mostrar o caminho da verdade. Você não precisa ser assim.

Ele soltou uma risada nervosa, incrédula.

_ Você só pode estar brincando comigo, né? Eu acabei de te trair, Carol. Eu sou gay. Você viu com seus próprios olhos!

Ela sorriu, como se estivesse lidando com uma criança inocente.

_ Você está confuso. Só precisa de orientação, de oração. Seu pai ficaria tão orgulhoso se visse você voltando para o caminho certo… Imagine, Marcos, você como um marido, um homem de verdade, um pai de familia, um homem temente a Deus.

Marcos sentiu o chão sumir sob seus pés. A mulher à sua frente não estava brava, não estava gritando, não estava ameaçando terminar tudo. Ela queria continuar com o casamento. Pior: queria consertá-lo.

_Isso é loucura…

Ele sussurrou. Carol estendeu a mão, tocando suavemente o rosto dele.

_ Não, não é loucura meu bem é amor, Marcos. Amor e fé. E eu não vou desistir de você.

Ele fechou os olhos, sentindo o peso do mundo esmagá-lo. Guilherme tinha ido embora deixando seu coração em frangalhos.

No outro dia quando acordo ja vejo Guilherme levantado preparando o café.

_ Pensei que não fosse trabalhar hoje.

_ Hoje tenho o processo seletivo para supervisor, lembra?

_ Mas você esta bem para fazer isso?

_ Destroçado, me sentindo um trouxa, enganado, mas não vou deixar ninguém mais controlar meu destino. Se eu não fizer esse processo além de trouxa, corno ainda ficarei limitado ganhando esse salário de merda?

_ Concordo com você amigo e te digo mais, se precisar conversar, desabafar ou simplesmente chorar, saiba que estarei aqui para você.

_ Eu sei Samuel, te amo! Saiba que sempre estarei aqui para você também.

Nos abraçamos, tomamos nosso café da manhã e fomos para o trabalho.

Entramos no site e demos de cara com Marcos ele estava com um semblante horrível, roupa desalinhada, amarrotada, barba grande com aspecto mendigo, olhos vermelhos lacrimejando.

Marcos fez menção de se aproximar e falar com Guilherme, mas meu amigo simplesmente baixou a cabeça, acelerou os passos e foi se sentar em seu lugar. Eu passei por Marcos e disse balançando o dedo em forma de negação.

_ Agora não.

O Clima no site estava bem pesado, a fofoca corria solta. Guilherme fez o processo seletivo e além de triste estava ansioso pelo resultado. Italo com os pensamentos nas nuvens com cara de apaixonado e eu com um sorriso bobo tentando consolar meu amigo, mas sem conseguir esconder minha felicidade por finalmente conseguir transar com Ronaldo.

A noite chegou eu estava ansioso para rever meu professor, pensei várias vezes em ligar, mandar mensagens, mas fiquei com medo de parecer grudento demais.

Entrei na sala ele as primeiras aulas foram torturantes dessa vez a aula dele seria a última. Finalmente era a hora dele, meu coração estava na boca como ele iria reagir? Como eu iria reagir?

_ Continua…

Autor: Mrpr2

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