A Sociedade dos Chimpanzés: O mito da não monogamia Parte 3

Um conto erótico de Expectador
Categoria: Heterossexual
Contém 3717 palavras
Data: 10/02/2025 19:03:03

###Kiara###

Graças a Deus, nunca mais vi o Gil. Segui a vida conhecendo gente nova, até um coroa charmoso que vive me chamando para jantar. Mas às vezes me pergunto como o Gil está; eu o amo de verdade. A raiva era tanta que vendi a parte dele no restaurante para o irmão por 10 reais, já que estava no meu nome. Foda-se.

— Oi, amiga, como estão as coisas? — perguntou Raquel por ligação.

— Estão bem, amiga. Vamos sair para beber?

Nos encontramos no mesmo local de sempre, e eu desabafei tudo o que aconteceu.

— Mas eu não entendi, se vocês tinham um relacionamento aberto, como ele te traiu? Eu não entendo essas coisas de vocês.

— O irmão dele me contou que tem mais de um ano que eles estavam nos traindo, e a Cláudia jogou tudo na cara dele. Abrimos a relação agora.

— Então, se fosse só dessa vez, estava tudo bem?

— Sim, quase bem, né, porque ele ia ter que se explicar para o irmão.

— Essa vida de vocês é muito complicada.

— Você tem notícias do Gil?

— Soube pelo Raúl que ele está na casa do Fernando, mas não disse muita coisa.

— Então tá tudo bem, vou focar em mim agora.

Fui para casa, e o vazio me consumia. Cada canto, cada coisa me lembrava do Gil. Eu odiava amá-lo, mas sabe quando a raiva toma conta da admiração? O nojo do amor? Esse é meu sentimento atual por ele.

Na ânsia de esquecer o que o Gil fez, acabei me envolvendo com Adalberto, um advogado de alta classe, charmoso, cabelos longos grisalhos, muito bem articulado. Passei a praticamente morar com ele. Eu sabia que, mais cedo ou mais tarde, precisava tocar no assunto da não monogamia.

E, infelizmente, esse dia chegou. Adalberto apareceu com um anel e um papo de construir família com filhos.

— Não! Nossa relação estava tão boa, e você me aparece com anel de compromisso. Vou ser direta: não acredito em monogamia; ia te propor relacionamento aberto.

— Você tá querendo me dizer que só fica comigo se for nesse tipo de relação, é isso?

— Sei que parece ruim no começo, mas você vai adorar, prometo.

Adalberto olhou no fundo dos meus olhos e agarrou meu braço com força.

— Você é minha, só minha, e quando quiser pica, vai me pedir.

Tentei tirar a mão dele que me segurava com força e mandá-lo sumir, mas ele segurou meus dois braços e me puxou para ele.

— Você vai ser puta, mas vai ser minha puta, tá me ouvindo?

Não sei se tomada pelo prazer ou pelo medo, balancei a cabeça confirmando.

— Pois bem, agora ajoelha e me mama como a puta que você é.

Fiquei parada e não esbocei reação. Ele colocou a mão atrás do meu cabelo, na raiz, puxou para ele e depois para baixo, me fazendo ajoelhar.

— Eu mandei chupar, puta!

Abri as calças dele e caí de boca no pau já duro, mamando para frente e para trás. Ele puxou meu cabelo, me fazendo olhar para ele, e começou a bater com o pau na minha cara.

— Vou te dar uma surra de pica para aprender a não pensar em sair com outros homens.

Aquilo de ser dominada me enchia de tesão. Ainda segurando meus cabelos, me colocou de quatro no sofá e, sem dó, meteu de uma vez, arrancando um gemido de dor e tesão.

Era pica na buceta, tapa na bunda e puxão de cabelo. Ele gemia e me xingava de puta, vagabunda, piranha e muito mais. Colocou a aliança nas minhas costas e gozou nela.

— Toma, puta, suja com porra para não esquecer quem é seu dono. Se tirar ela, vou te castigar de uma maneira que nunca vai esquecer.

Fui tomar banho pensando no que aconteceu e em como tinha gostado de ser dominada. Que tesão de homem.

Quando saí do banheiro com a aliança no dedo, havia um jantar preparado, e aquele homem que me chamou de puta agora estava me tratando como uma rainha e falando de planos futuros, em viagens e férias.

Raquel e eu saímos para almoçar juntas, e ela estava olhando para a aliança o tempo todo.

— Vai, pergunta o que você quer saber.

— Você tá em um relacionamento sério? De pensar em casar?

— Estou.

— Como assim! Cadê aquela mulher que não acredita em monogamia?

— Está aqui ainda, mas resolvi deixar rolar, não sei dizer o motivo — sabia sim, mas estava envergonhada de dizer.

— Quem te viu, quem te vê. Não queria uma relação com o Gil e está aí pagando de casada.

— Não toca no nome desse traste.

— Não tá mais aqui quem falou, mas preciso dizer que foi golpe baixo vender a parte do Gil do restaurante.

— Eu sei, mas no momento de raiva eu fiz; agora não pode ser desfeito. Mas ele mereceu.

— Os amigos estão ajudando a se reerguer; em breve ele consegue, não se preocupa não.

— Não estou preocupada.

Eu realmente não estava. Sentia raiva dele, e depois que conheci Adalberto, percebi como ele é um frouxo.

Cheguei na casa do Adalberto, e ele me apresentou o filho, Adalberto Júnior; todos o chamam de Beto.

— Filho, esta é Kiara, minha noiva, e este é o Beto.

Ele é a cara do pai, só que mais novo e sem charme nenhum. Ele me olhou da cabeça aos pés e me cumprimentou de longe.

— Preparei um jantar para nós.

— Meu pai sempre foi um bom cozinheiro, e agora ele tem mais uma para quem cozinhar.

Claramente, ele não gosta de mim, mas não entrei no jogo dele. Comi o jantar, e Adalberto foi lavar a louça; Beto e eu ficamos sozinhos.

— Então você é minha madrasta?

— Sou só a noiva do seu pai.

— Você, na verdade, é só mais uma interesseira que ele come achando que vai ficar com o dinheiro dele.

— Não preciso do dinheiro dele.

— É o que todas dizem.

— Olha aqui, seu moleque...

— Olha o quê, piranha? Se coloca no seu lugar.

— Colocar o quê no lugar? — perguntou Adalberto.

— Nada, pai, só estamos nos conhecendo.

Beto se despediu e saiu me olhando com um certo deboche.

— O que ele te disse? — Adalberto perguntou.

— Acho que ele não gosta muito de mim.

— Não se preocupe com ele, é só um garoto mimado.

— Não estou preocupada, estou contigo, não com ele.

Naquela noite, transamos como animais no cio, e eu estava nas nuvens com um comedor experiente em casa. Mas os dias de paz iam acabar em breve. Gil passou a me perseguir discretamente, me olhando de longe, esbarrando "por acaso" comigo na rua. Eu apenas o ignorava, até que ele me parou.

— Por favor, Kiara, eu preciso falar com você.

— Mas eu não preciso, me deixa.

— Quero me desculpar por tudo, não quero tentar reatar nem nada.

— Você quer pedir desculpas? Então tá, me encontra na minha casa às 20h.

Gil chegou no horário marcado. Pedi que esperasse na sala enquanto eu resolvia algo. No quarto, Adalberto já me esperava.

— Quero que você me foda com força, me faça de puta.

— Quer ser tratada igual a uma puta, né? Então tá. — Ele me deu um tapa na cara.

— Você sabe o que fazer.

Abaixei e comecei a chupá-lo, e ele fodia minha boca com força. Peguei seu pau com a mão e levei outro tapa na cara.

— Sem as mãos, puta.

Levantei e empinei a bunda, com as mãos encostadas na porta, para que Gil ouvisse meus gemidos.

— Me come, seu filho da puta! Ahhh! Isso sim é um macho de verdade.

— Quer pica, minha puta? Pede pica, pede.

— Eu quero pica de um macho de verdade.

Eram muitos tapas na bunda e gemidos altos para Gil ouvir. Eu queria que ele sentisse o que eu senti.

— Come meu cu, vai, enraba essa vagabunda.

Adalberto me enrabou forte.

— Aiii, está me arregaçando! Vai me deixar ardida.

Ele gozou no meu cu, e eu fui dormir agarradinha com ele.

Imaginei que Gil tinha ido embora. Mas, quase amanhecendo, fui beber água e ele ainda estava ali, no mesmo lugar. A tristeza era evidente; a voz embargada, ele falou:

— Agora você me perdoa?

— Pensei que já tinha ido embora.

— Já estou indo, só queria saber se me perdoa.

— Isso leva tempo.

— Agora você é noiva, né? Então, o problema era eu?

— Sim, Gil, o problema era você. Porque você é um frouxo covarde. Aceitou tudo que eu dizia, nunca questionou nada, não se impôs. Nem quando abri a relação você conseguiu comer alguém, e quando a gente terminou, você só aceitou. Você é um merda, merece se foder a vida inteira. Não presta pra porra nenhuma. Eu nunca vou querer um homem como você. Homem de verdade está lá em cima, que me come como você nunca me comeu, me faz mulher como você nunca foi capaz de fazer. Você não passa de um merda que nem comer uma mulher direito sabe. Agora sai da minha casa e some da minha vida, porque eu vou dar mais uma vez pro meu macho comedor.

Vi os olhos de Gil vermelhos e cheios de lágrimas. Ele não disse nada, pegou suas coisas e foi embora. Espero que dessa vez para sempre. Eu disse tudo que precisava dizer. Estava aliviada.

### Gil ###

Ao sair da casa da Kiara, comecei a ter falta de ar. O choro estava preso na garganta, meu peito apertava, minhas mãos suavam, e uma sensação de desmaio tomou conta de mim. Liguei para Fernando e só consegui dizer "socorro". Ele sabia onde eu estava. Quando chegou, me encontrou sentado na calçada, respirando fundo. Me colocou no carro e me levou para o pronto-socorro.

O médico disse que eu tive um ataque de ansiedade e que ficaria bem. Ao meu lado, estavam Fernando, Raul e Carlos, meus amigos de sempre. Luigi sequer quis saber de mim. Mas não posso julgá-lo.

— E aí, irmão, o que aconteceu? — perguntou Carlos.

— Ela me destruiu. — Finalmente chorei, soluçava.

Fernando me abraçou. Foi a primeira vez que eles me viram chorar. Estavam assustados, dava para ver em seus rostos.

Era a primeira vez que sentíamos a dor uns dos outros. A rotina às vezes não nos permite falar sobre os problemas, muito menos chorar sobre eles.

— Ela me fez ir até a casa dela só para me obrigar a ouvir ela transando com outro. No começo, achei que era justo, eu só queria o perdão dela e esperei. Mas quando ela desceu, me humilhou de um jeito que eu nem reconheci. Mas era ela. E eu entendi tudo. Minhas suspeitas sempre foram corretas. Eu sempre fui insuficiente para ela. Sempre fui um merda. Incapaz.

— Não fala isso, Gil. Isso diz mais sobre ela do que sobre você. Viva seu término, sinta ele, chore tudo o que tem para chorar e vamos juntos reconstruir sua vida — disse Raul, me reprimindo.

— Obrigado... Mas eu não sei como fazer isso.

— Começando pelo seu restaurante. Seremos sócios, nós quatro. Já organizamos tudo, e você vai tocar ele — disse Fernando.

— Você vai se levantar e vai mostrar para ela que você não precisa dela. Que é homem suficiente e que vai mudar a história das coisas — completou Carlos, empolgado.

Os dias seguintes foram de terapia, academia e a construção do novo restaurante, que recebeu o nome de "Amigos". A inauguração estava marcada para o fim de semana.

Nesse meio tempo, conheci Fernanda. Mais nova que eu, muito religiosa, sonhava em casar e ter filhos. Ela era uma morena tatuada: tinha uma fada na floresta cobrindo as costas, uma rosa no pé, um círculo na coxa, parecendo uma cinta, uma pimenta na virilha e um símbolo de espadas na bunda. Obviamente, eu sabia do que se tratava.

Ela, no entanto, havia saído da vida liberal porque o fetiche do ex-marido começou a ficar doentio. Ele queria que ela transasse com travestis na rua e sem camisinha. Eles já não tinham vida de casal. Ele estava perdido, e ela queria reconstruir sua própria vida. Me contou que o ex fazia terapia e se tratava de uma doença chamada transtorno parafílico.

Isso deixou alguns traumas nela, tanto que ainda não transamos. Mas nos curtimos muito e conversamos bastante.

No dia da inauguração do restaurante, eu cumprimentava os convidados quando, ao longe, vi Kiara entrando com o marido. Meu estômago revirou, me senti zonzo e fui ao banheiro jogar água no rosto. Raul veio atrás de mim.

— Não precisa voltar se não quiser.

— Quem convidou ela?

— Acho que foi a Raquel. Você sabe que elas são muito amigas.

— Eu não quero ver ela. Tem como pedir para ela ir embora?

— Vou ver o que posso fazer.

###Gil###

— Gil? O que está acontecendo? — perguntou Fernanda do lado de fora do banheiro.

Raul mandou que ela entrasse e ficou na porta para que ninguém mais entrasse. Contei tudo para ela, que, no final, me deu um abraço forte, me ajudou a me recompor e, segurando minha mão, voltamos juntos para o salão.

Não demorou muito para Kiara vir me cumprimentar.

— Parabéns pelo espaço, espero que, dessa vez, você não coma a mulher dos seus sócios.

— Oi, sou Fernanda, namorada do Gil — ela apareceu na hora.

— Prazer! Kiara, a ex que o Gil traiu com a esposa do irmão.

— Eu sei quem você é, não precisa me dar o histórico.

— Que bom que com você ele tá sendo transparente.

— É porque ele se sente seguro comigo, eu não impus transar com outros caras.

O clima ficou tenso entre as duas, e eu pensei em intervir, mas Fernanda apertou minha mão.

— É porque ele não era suficiente, você entende, queridinha?

— Na verdade, ele é muito suficiente. Vocês acham que um relacionamento sobrevive só de sexo? Sexo se aprimora com conversa, troca e amor. Agora, alguém que respeite seus limites e que esteja disposto a abandonar quem foi para construir algo contigo, isso sim é raro, isso sim é ser homem de verdade. Mulher que não entendeu isso ainda envelheceu mal e busca em pica um conforto momentâneo para suas frustrações.

— Olha aqui, sua pir…

— Você não vai falar assim com a minha mulher. Sai do meu restaurante agora! — falei em tom baixo, mas incisivo.

Kiara hesitou. Não queria armar um barraco na frente do marido, que provavelmente não sabia da história. Sussurrou algo para ele e saiu.

Eu abracei Fernanda e dei um beijo de cinema. Peguei uma taça e pedi a palavra.

— Antes de tudo, preciso agradecer aos meus amigos, Carlos, Fernando e Raul. Em ordem alfabética para não dizer que tenho um favorito (risos de todos). Sem eles, eu não estaria vivo. Obrigado! — Aplausos. — E quero apresentar a vocês Fernanda. Vem aqui! A mulher que me fez recordar o que é se sentir amado e, no que depender de mim, vou amá-la sempre. Fernanda, sei que nos conhecemos melhor há pouco mais de um mês, mas... você aceita ser minha noiva?

Retirei o anel que antes era para Kiara, torcendo para caber no dedo de Fernanda. Me ajoelhei e entreguei a ela.

— Aceito!

Nos beijamos ao som de aplausos de todos os presentes. A noite seguiu tranquila, e levei Fernanda para casa. Ela me pediu para dormir lá naquela noite. E eu aceitei.

Dormimos abraçados. Não tentei sexo, estava respeitando o tempo dela. Pela manhã, tomamos café e, no meio da conversa, veio a proposta.

— Por que você não mora aqui comigo?

— Eu já fui muito apressado com o pedido de noivado. Morar junto não seria um passo muito grande?

— Justamente por isso! Assim vemos se dá certo. O que acha?

— Acho perfeito!

Ela pulou no meu colo e começamos a nos beijar. Meu pau ficou duro e ela esfregava aquela bunda linda de baby doll.

— Vamos para o quarto.

— Tem certeza disso? Eu não quero te pressionar.

— Tenho. Eu quero.

Ela deitou na cama, tirando a roupa, e eu fui beijando seus pés, subindo pelas coxas, dando beijos e mordidinhas que arrancavam suspiros dela. Na primeira lambida na buceta, ouvi um gemido manhoso e gostoso.

— Huummmmm...

Eu chupava aquela buceta linda enquanto ela gemia e puxava meus cabelos. Subi beijando-a e, quando estávamos cara a cara, perguntei novamente:

— Tem certeza?

— Me come.

Enfiei meu pau nela, fazendo-a inclinar a cabeça para trás de tesão. Olhando nos olhos dela, continuei metendo. Ela me puxou para um abraço, cravou as unhas nas minhas costas e mordeu meu ombro, deixando marca.

— Goza pra mim também, goza dentro de mim, goza...

Acelerei as estocadas e enchi sua buceta de porra.

— Você toma remédio? Ou será que posso te engravidar?

— Eu não posso ter filhos...

O tom de voz dela mudou. Ela desviou o olhar, parecendo constrangida.

— Foi por causa do doente do meu ex e seus fetiches. Sem eu estar excitada, na verdade, com medo... Em um dos bacanais dele, alguém me machucou. A lesão infeccionou e, por conta disso, não posso mais ter filhos.

Fiquei em silêncio por um momento, sentindo um aperto no peito.

— Nós, homens, vivemos apenas para o nosso prazer e pouco pensamos no de vocês...

— Não se engane. Sua ex mesmo só pensava no prazer dela. Ela nunca teve responsabilidade afetiva. Aprendi no meio liberal que você pode ter muitos parceiros sexuais, mas companheiro ou companheira é só um. E por isso ele precisa ser valorizado. O companheiro é quem aguenta o seu pior, seus traumas e seus medos, o dia a dia. Sexo dura apenas um momento. Não vale arriscar um companheiro por uma transa. Eu descobri da pior forma.

— Você é melhor que minha terapeuta.

Rimos da situação. No dia seguinte, fiz minha mudança para a casa dela.

###Kiara###

Saí do restaurante estressada, com Adalberto me perguntando o que tinha acontecido. Eu apenas respondi que nada. Chegamos em casa, tomei banho e fui deitar.

— Vai ser minha putinha hoje?

— Hoje não, estou cansada.

— E desde quando puta tem vontade própria?

— Por favor, amor, hoje não.

— Vai ser quando eu quiser.

Ele cuspiu no pau, segurou meus punhos, me virou de bruços e enfiou no meu cu.

— Para, por favor, tá doendo!

— Cala a boca, piranha, eu sei que você aguenta.

Tranquei os dentes enquanto sentia ele atolar tudo no meu rabo. Eu sentia apenas dor. Ele gozou, e quando passei a mão, senti misturado com o esperma um pouco de sangue. Apenas fechei os olhos e dormi.

Acordei no outro dia toda dolorida, o cu ardendo. Tomei meu banho e, ao sair, encontrei outro Adalberto.

Dessa vez, era o homem gentil, que fez café para mim, me beijou, fez carinho. Totalmente diferente do cara que me violentou na noite anterior. Isso me deixava confusa.

Quem era o verdadeiro Adalberto?

Ele disse que viajaria a trabalho, e eu senti alívio. Poderia descansar tranquila e tentar entender tudo aquilo que estava acontecendo.

###Kiara###

Mas minha alegria durou pouco. Beto, sabendo que o pai não estaria em casa, resolveu me atormentar. Ele não falava muito comigo, mas vivia na piscina, desfilando de roupão aberto, balançando a pica mole, como se quisesse me provocar.

Até que, um dia, enquanto eu dormia apenas de camisola, senti alguém me encoxar. Era Beto, com o pau duro, tentando me comer.

— O que você tá fazendo, caralho?

— Shiu... fica quieta, eu sei que você também quer.

Ele tampou minha boca e enfiou na minha buceta. Meus gemidos foram abafados enquanto ele me comia de lado. Em seguida, me virou de frente para ele.

— Para ou eu vou contar para o teu pai!

— Você não vai. Sua boca diz que não, mas sua buceta diz outra coisa... olha como tá toda melada.

Ele estocou fundo e forte, fazendo a cama balançar.

— Vai! Mete com vontade, seu puto!

Ele foi rápido e gozou dentro. Durante aquela semana, transamos em todos os cômodos da casa, até o dia em que Adalberto voltou. O que não esperávamos era que a casa tinha câmeras, e ele viu tudo.

Adalberto chegou furioso, com uma arma na mão, gritando nossos nomes. Beto, ao ver a arma, pulou em cima dele, e um disparo foi ouvido. Entrei em desespero e liguei para a polícia.

Beto conseguiu desarmá-lo, mas levou um tiro no ombro.

— Sua vagabunda! Me traindo com o meu filho?! Vocês vão pagar por isso! Eu vou viver para transformar a vida de vocês em um inferno!

Saí correndo daquela casa e fui me abrigar com Raquel, com medo de Adalberto me perseguir até meu apartamento.

Raquel me abraçou forte e ficou comigo.

— Ele me estuprou... e tentou me matar.

— Ai, amiga, eu nem sei o que te dizer...

— Nós vamos te acompanhar até a delegacia — disse Raúl.

Fui à delegacia e dei meu depoimento, mas, por ser um homem rico e influente, nada aconteceu com ele. Beto sumiu. Ouvi dizer que foi para a Europa, provavelmente a mando do pai. Enquanto isso, eu passei a viver com medo, atormentada por pesadelos.

Até que, um dia, ao sair do fórum, um carro me atropelou.

Acordei no hospital, sentindo muita dor. Ao meu lado, estava Raquel.

— O que... o que aconteceu?

— Adalberto tentou te matar, amiga. Você tá no hospital. Ele está foragido.

— Eu tô bem?

— Vai ficar. Só alguns ossos quebrados, mas você vai melhorar.

Olhei em volta e vi muitas flores e presentes. Entre eles, um cartão de Gil me desejando melhoras. Me perguntei se era deboche.

— O Gil esteve aqui?

— Sim, ele veio te ver várias vezes.

— Quanto tempo estou apagada?

— Cerca de 20 dias. O Gil veio te visitar em quase todos eles.

— Por que ele faria isso depois de tudo o que fiz com ele?

— Por que você não pergunta quando vê ele?

— Não sei se tenho esse direito...

— Você quem sabe.

Durante minha recuperação, Gil não me procurou. Então, resolvi ir atrás dele e fui até a casa de Fernando. Ele me informou que Gil estava morando com a noiva.

Achei estranho o fato de a casa de Fernando estar cheia de celulares espalhados, parecendo um estúdio. Ele parecia cansado, mas não disse nada.

Voltei para casa disposta a reconquistar Gil, não importava com quem ele estivesse.

Fernando

É proibida a cópia, reprodução e/ou exibição fora da "Casa dos Contos" sem a devida autorização dos autores, conforme previsto na lei.

Deixarei um e-mail para contato, caso queiram que eu escreva sobre a história de vocês, dar sugestão, mandar fotos e vídeos, trocar ideia e só mandar para: freitascontos@gmail.com

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 20 estrelas.
Incentive Espectador a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.
Foto de perfil genéricaEspectador Contos: 69Seguidores: 88Seguindo: 4Mensagem Tendo a fixar na realidade.

Comentários

Foto de perfil de Paulo Taxista MG

Perai essa história e baseado em fatos reais ?

Cara tomara que o Gil não tenha voltado para essa idiota da Kiara, pra mim das personagens femininas ela e a pior, pois nunca pensa nos outros.

Só agora está pensando no Gil pois quase morreu nas mãos do Adalberto, por ser narcisista ela acha que tem direito de voltar a ter algo com ele.

As visitas do Gil ao hospital pra mim foi pra ter um fechamento, e assim poder seguir em frente com a vida dele.

Pra mim ela nem devia ter aparecido na inauguração do restaurante, Raquel não devia ter se metido nisso.

Parabéns por mais um capítulo incrível.

0 0
Foto de perfil de Paulo Taxista MG

Acredito que o próximo capítulo Fernando vai começar a ter problemas com a mulher dele, pois até então se mostrou ser muito fútil, já que só sabe viver atrás do celular. E isso já está expressando muito o Fernando.

0 0
Foto de perfil genérica

As histórias são reais mas eles não se conhecem, essa parte eu inventei para ligar minimamente uma história a outra.

1 0
Foto de perfil genérica

Concordo com vc!!! A Kiara até agora é a pior!!

Só lembrar que ela incentivou e incentiva as amigas a trairem TB!!

E eu concordo sobre as visitas do Gil a ela...até pq ele parece ter encontrado uma mulher que o respeite e ame...

1 0
Foto de perfil de Paulo Taxista MG

Sim a Kiara faz de tudo para empurrar goela abaixo toda ideia de não monogamia, um exemplo que foi ela que incentivou a Raquel trair o Raul. E mesmo assim ele tentou ajudar ela, pois ele tem um bom coração.

Mais pra mim igual falei ela não merece o Gil, ela sempre tratou ele mal.

Mesmo ele não sendo santo pois ele traia ela e o próprio irmão, depois de tudo que aconteceu ele tentou melhorar a própria vida, mais ela mesmo assim foi lá o humilhou.

Fora que a Fernanda sabe tudo que aconteceu com ele, e entende tudo isso pois sofreu coisas piores. E mais uma personagem que merece ser feliz.

0 0
Foto de perfil genérica

É sempre assim...humilha o cara até perder, aí corre atrás!!!

Cara vc está perfeito nesta sua história!!! Está mostrando de forma clara como essa vida liberal tem vários problemas...como há muitas outras coisas no relacionamento além de sexo, e como o respeito e cuidado com a pessoa que você ama é o principal...

Por enquanto suas mulheres péssimas e egoístas... sinceramente espero que o Gil não volte com ela, mesmo acreditando que uma pessoa possa se recuperar e etc...

Mas se ele voltar, ela terá apenas razão em tudo que falou sobre o Gil!!!

Por enquanto perfeito!!

Parabéns!!

0 0
Foto de perfil genérica

Obrigado! Mas não são só mulheres, o Gil traiu a esposa, o Adalberto violentou a mulher e tentou matar. O cara traiu o pai. O ex da Fernanda cometeu atrocidades. As histórias são reais inclusive a tentativa de assassinato de fato aconteceu.

0 0
Foto de perfil genérica

Saiu errado, "Por enquanto suas mulheres péssimas e egoístas" ...quis dizer essas e não suas...

Realmente os caras TB erraram...o quis dizer é que as duas que vimos até aqui, humilharam e desrespeitaram o marido...só os valorizando quando poderia ser tarde demais.

Adalberto nem se fala né? Assim como o ex da Fernanda...

0 0
Foto de perfil de Samas

Gostei bastante desse capítulo! A Kira tinha um Diamante bruto na mão e não soube lapidar para voar uma peça de valor maior. Agora que percebeu a burrada quer recuperar o que perdeu.

1 0
Foto de perfil de nuass

🍓­A­q­­­­­u­­­i­­­­­ v­­­­­o­­­­c­­­­ê­­­ p­­­­­o­d­­­­e­­­­ t­i­­­­­r­­­­­a­­­­r­­­­­ a­­­­­ r­o­­­­­u­­­p­a­­­­­ d­­­­a­­­ g­­­­­a­­­­­r­­o­­­­t­­a­­­ e­ v­­­­­ê­­­­­l­a­ n­u­­­­­a­­­)­­­­­ C­­­­­o­n­­­f­i­­r­­­­a­­ ➤ https://da.gd/nudivu

0 0