Introdução - O despertar de um desejo.
Chegou a hora de dividir uma parte da minha vida. Eu não sei como as coisas chegaram nesse ponto e como serão no futuro, o fato é que ao mesmo tempo em que eu desejo que isso nunca pare eu também fico amedrontado. Tenho medo do que os outros dirão e do que ainda pode acontecer, mas os deuses sabem como eu tentei resistir, tentei com todas as minhas forças e falhei.
Talvez me apresentar seja o melhor para que o leitor possa entender a minha história. Me chamo Renan, solteiro, tenho 32 anos, sou branco, tenho 1,87m de altura, olhos e cabelos castanhos, braços fortes e pernas torneadas com uma bundinha branca e farta, também tenho uma leve barriguinha de cerveja que está sumindo graças aos meus recentes esforços na academia e hábitos mais saudáveis. Sou engenheiro civil e trabalho numa construtora famosa em minha cidade.
Logo após minha formatura, comecei nessa mesma empresa que estou até hoje e lá conheci uma mulher que se tornaria a melhor amiga que um homem gay pode ter. Sou assumido e minha sexualidade nunca foi um problema na minha vida, me assumi muito cedo para a família e amigos e sempre me fiz respeitar em todos os espaços.
Essa amiga é arquiteta e já trabalhava na empresa quando eu cheguei, temos a mesma idade, mesmos gostos e nossa amizade foi algo natural. Em uma semana já almoçávamos juntos todos os dias e dividíamos intimidades. Ela foi a primeira a saber quando eu comecei a me relacionar com o Bruno, um mestre de obras da empresa que facilmente poderia ser um modelo de revistas masculinas dada a gostosura daquele homem de 1,96m de altura. Um descendente de poloneses que tira o fôlego de qualquer um por onde passa e que me fodia como um cavalo com o seu pauzão de 22cm nos nossos encontros escondidos, mas contarei isso em outro momento.
Alice, a minha amiga, era divorciada e tinha quase nenhum contato com o seu ex marido, um homem lindo. Engravidou muito jovem e se casou com ele, o seu primeiro namorado. Dessa união ela teve um filho chamado Pedro Henrique, que ela chamava de Kike e que foi como eu comecei a chamá-lo desde que o conheci.
Quando minha amizade com Alice estreitou mesmo e passamos a frequentar a casa um do outro, Kike era novinho e era muito lindo, inteligente e educado. Desde o começo Alice o ensinou a me chamar de tio, o que eu amei porque realmente a considero uma irmã e me acostumei a ouvir sempre "tio Nan" pra cá e "tio Nan" pra lá.
Facilmente eu amei aquela pessoinha e como o pai dele sempre foi ausente eu acabava ajudando a Alice a cuidar dele. Dando conselhos, broncas, levando para passear, brincando, ou seja, coisas que um tio faria pelo seu sobrinho.
Ocorre que ele foi crescendo e conforme ele crescia a sua beleza ficava cada vez mais evidente e chegamos então a idade que ele está agora, 18 anos.
Minha amiga pediu ajuda, pois o Kike estava dando trabalho no colégio desde que começou a andar com uns outros alunos mais rebeldes, foi então que eu o chamei para jogarmos um game novo que eu comprei. Ele iria até a minha casa na sexta-feira a noite e dormiria lá, coisa que sempre acontecia, pois eu cuidava dele quando a sua mãe queria se encontrar com um ou outro homem que ela estava se relacionando. Alice é uma boa mãe, faz de tudo pelo seu filho, mas também é uma mulher gostosa e cheia de fogo e merece seus momentos de diversão, embora prefira estar sempre solteira.
Já no dia combinado, saí de uma obra e fui direto para a casa para esperá-lo, pois ele iria depois das suas atividades no final da tarde.
Quando ele chegou com sua alegria e jeito despojado como sempre eu notei o quanto aquele moleque estava crescido. Já tinha 1,90 de altura, cabelos muito pretos, uma barba que mesmo rala já se destacava pela coloração dos seus pelos, sua sobrancelhas eram grossas e bem definidas, seus olhos num castanho muito intenso e lábios grossos naturalmente avermelhados. Seu corpo era proporcional e forte, pois ele pratica natação desde sempre e estava fazendo musculação. Ostentava duas mãos grandes com dedos longos, as veias do seu braço e das suas mãos se destacavam em sua pele branca e ao tirar os seus tênis eu notei que ele usava meias brancas da Adidas que cobriam seus pés enormes, acho que são de tamanho 43 ou 44. Percebi que ele não tinha nenhum pelo em seu corpo, pois estava de bermuda e pude ver suas pernas lisas, o que atribuí como sendo algo relacionado a natação que ele tanto ama.
O seu cheiro adolescente carregado de testosterona de menino querendo ser homem preencheu meu apartamento me deixando inebriado, caí numa espécie de transe que só pude escapar quando ele falou comigo:
- Tio Nan? Tio? Tio Nan?
- Oi, Kike. Me distraí e fui para o mundo da lua. - respondi meio atordoado e constrangido.
Ele gargalhou, fixou seus olhos em mim e sorriu como sempre fazia.
Eu estava imóvel ainda. Quando foi que o Kike aprendeu a olhar para os outros como se desvendasse a alma? Seus olhos estavam penetrantes, viajei nesse pensamento outra vez e novamente eu fui tirado dos meus devaneios por sua fala rápida e descontraída:
- Eu sei porque você me chamou aqui hoje, tio Nan. Minha mãe tá bolada com umas coisas que eu fiz e deve ter te pedido pra falar comigo. Ela pensa que você é meu pai e que vai dar um jeito em mim.
- Olha, Kike. A Alice se preocupa com você e me pediu isso mesmo, mas se você não se sentir a vontade em conversar comigo, vamos apenas jogar, comer uma pizza e quem sabe ver um filme como sempre fizemos. Nunca quis substituir seu pai na sua vida.
Falei honestamente com ele como sempre fiz e ele sorriu e me falou com aquela graça de menino levado:
- Relaxa, tio! Eu sei disso e ultimamente tenho pensado que é muito bom mesmo que você não seja meu pai! Gosto das coisas na minha vida como elas são.
Sorri junto com ele sem perceber qualquer estranheza em sua fala, o mandei guardar suas coisas, pegar um chinelo e se ajeitar para decidirmos o que comer e a nossa programação.
Passado um tempo, já estávamos jogando há pelo menos umas duas horas, Kike começou a se mexer demais, se coçando o tempo todo. Perguntei se estava tudo bem e ele apenas acenou que sim dizendo que estava com calor, liguei o ar condicionado e ficamos mais um tempo até que fomos comer e logo em seguida eu fui lavar os pratos e talheres que usamos. Enquanto estava distraído na pia ele veio por trás de mim e me deu um tapa na bunda que sinceramente ardeu muito. Ele não tinha noção do seu tamanho e da sua força e eu gritei de uma forma mais feminina, pois fui pego de surpresa e isso tirou dele muitas gargalhadas.
- Se liga, tio Nan! Malhação já tá dando resultado, tá com a bunda durinha e empinadinha! Hahahahahahahaha
Eu queria dizer que não, mas eu senti a malícia em seu comentário e queria dizer que isso não despertou em mim uma série de pensamentos nunca antes experimentados, mas estaria mentindo. Respirei, me concentrei e apenas ralhei com ele fingindo naturalidade num tipo de brincadeira que nunca tivemos antes.
No restante da noite conversamos banalidades, mas aquele moleque não parava de coçar o saco, parecia que estava com algum problema e eu pude perceber um volume avantajado entre as suas pernas, mas eu não comentei. Em certo momento, já era tarde eu disse a ele que precisávamos dormir, que o quarto de visitas já estava pronto para ele e que ele não demorasse a ir se deitar, ele concordou dizendo que só ia encerrar mais uma fase do jogo e já iria deitar.
Fui ao meu quarto, fiz minha higiene e me deitei. Eu tentava afastar de mim a visão que tive ao perceber que Kike já não era mais um garotinho, virava de um lado para outro tentando achar uma posição para dormir e de vez em quando sentia a ardência daquele tapa e o que deveria me causar desconforto começou a me causar tesão, quando dei por mim estava com o meu caralho duro, 20cm de pau grosso latejando e babando, minha cueca já estava apertada e não segurava mais a cabeça rosada que já escapava pelo elástico. Levei a mão até o meu pau e ao tocar senti uma onda de prazer que me fez gemer involuntariamente. Sem que eu pudesse controlar, minha mente me bombardeava com as imagens daquele molecão, eu me imaginei abraçando aquele corpo e sentindo seu cheiro. Meu Deus! Que tipo de pervertido eu sou? Pensei isso e fui acometido por um sentimento de remorso. O Kike não! Eu não posso desejá-lo dessa forma. Soltei meu pau que latejava e babava como eu nunca tinha visto, fechei os olhos com força e tentei dormir, tentava pensar no trabalho, nas fodas que eu tinha com o Bruno, fazia de tudo para desviar meus pensamentos daquele machinho em formação que dormia no quarto ao lado, mas tudo era em vão. Meus sentimentos nesse momento oscilavam entre tesão, culpa, medo, remorso e amor, pois sim, eu amava aquele garotão como amaria um sobrinho se eu o tivesse. Enfim, eu experimentava uma tortura envolta num desejo e mal podia imaginar o que ainda ia acontecer naquela madrugada e nos próximos dias.
Continua...
Ficou curioso para saber o que vai acontecer com esses dois? Avalie o conto e deixe seu comentário. Estou começando agora e será muito importante saber como estou me saindo.