O sol já havia se posto quando Lairce se viu sozinha na cozinha, olhando para a xícara de café frio que nem se deu ao trabalho de beber. A imagem de Natan e Natália se beijando ainda queimava em sua mente. Ele finalmente tinha conseguido, finalmente estava deixando de ser um espectro na escola.
Mas o que isso significava para ela?
Um som interrompeu seus pensamentos. A campainha. Seu coração acelerou. Ela sabia quem era antes mesmo de abrir a porta.
Reyam, Maicon e Eduardo estavam ali, seus olhos brilhando com algo que misturava expectativa e triunfo. O líder do trio deu um passo à frente, suas mãos enfiadas nos bolsos do jeans, seu sorriso preguiçoso tingido de desafio.
— Acho que temos um acordo a cumprir, dona Lairce.
Ela prendeu a respiração por um momento, antes de se recompor. Abriu mais a porta e fez um gesto para que entrassem.
— Entrem.
Os três atravessaram a soleira com uma confiança tranquila, ocupando a pequena sala como se fossem donos do espaço. Lairce fechou a porta atrás deles, o clique da fechadura soando mais alto do que deveria em seus ouvidos.
Ela caminhou até o centro da sala, sentindo os olhares cravados nela. Podia recuar. Podia mandá-los embora. Mas não o fez.
— Vamos estabelecer algumas regras — disse, cruzando os braços. — Se quiserem continuar com isso, faremos do meu jeito.
Maicon arqueou uma sobrancelha, intrigado.
— Seu jeito?
Ela assentiu.
— Sim. Se acham que podem simplesmente tomar o que querem, estão enganados. Se há um jogo aqui, sou eu quem define as regras.
Eduardo riu, cruzando os braços sobre o peito.
— Gosto disso.
Reyam, no entanto, manteve o olhar fixo nela, avaliando-a como se tentasse decifrá-la.
— E quais são suas regras, dona Lairce?
Ela inspirou fundo, sabendo que qualquer hesitação seria percebida como fraqueza.
— Primeiro, isso só acontece enquanto Natan estiver realmente mudando. Se ele regredir, acaba. Segundo, sem exageros ou atitudes que eu não aprove. E terceiro… — ela fez uma pausa, sustentando os olhares — eu sou quem decide quando, onde e como. Se não concordarem, a porta está logo ali.
O silêncio se estendeu por um instante tenso. Então, Reyam sorriu.
— Justo.
Lairce assentiu, sentindo uma mistura de alívio e adrenalina. A noite ainda era jovem, e ela sabia que aquela era apenas a primeira de muitas visitas.
E, no fundo, gostava da ideia.
A tensão no ar se intensificava à medida que os minutos passavam. Lairce sentia-se observada, estudada por Reyam de uma forma que a fazia prender a respiração. Havia algo nele que a fazia sentir-se pequena e, ao mesmo tempo, desejada.
Ele se aproximou, sua presença dominando o espaço ao redor. Um sorriso sutil curvou seus lábios enquanto ele passava os dedos pelo braço dela, a pele arrepiando sob o toque. Lairce sustentou o olhar dele, determinada a não recuar.
— Está hesitante? — a voz dele era baixa, carregada de algo que ela não conseguia definir completamente.
Ela abriu a boca para responder, mas Reyam não deu tempo. Seus dedos deslizaram até sua cintura, puxando-a para perto. O gesto era firme, mas não agressivo. Era controle. E Lairce sentiu o estômago revirar de expectativa.
Ela gostava disso. Gostava da maneira como ele tomava a liderança, sem pedir permissão, mas sem ultrapassar os limites. Havia um equilíbrio perfeito entre domínio e respeito.
Maicon e Eduardo assistiam, um misto de diversão e interesse nos olhos. Não havia pressa, não havia desespero. Era um jogo. E ela estava disposta a jogá-lo.
A respiração de Lairce ficou mais pesada quando Reyam a pressionou contra a parede, sua presença uma sombra imponente sobre ela. Os olhos dele eram intensos, e ela sentiu a pele queimar sob o olhar avaliador.
— Diga que quer — ele sussurrou.
Lairce hesitou, não por medo, mas porque queria prolongar o momento. Queria sentir a tensão se esticando até o limite antes de finalmente ceder.
Ela umedeceu os lábios e, com a voz baixa, murmurou:
— Quero.
O sorriso de Reyam se alargou, satisfeito. Ele inclinou a cabeça, os lábios roçando contra sua pele em um toque leve, provocador. Cada gesto parecia calculado para fazê-la desejar mais, para levá-la à beira do controle.
E quando finalmente a puxou para si, Lairce soube que estava perdida.
Perdida, e exatamente onde queria estar.
Lairce respirou fundo, tentando acalmar o próprio corpo. Reyam era grande. Muito maior do que qualquer outro homem que já esteve com ela. O calor dele, a força, tudo parecia intensificado a um nível que ela não sabia se conseguiria suportar.
Ele percebeu sua hesitação. Seus olhos escuros brilharam com algo entre a paciência e o desafio.
— Relaxa — ele murmurou, sua voz grave reverberando pelo corpo dela.
Mas como ela poderia relaxar? Seu corpo estava tenso, dividido entre o desejo e a incerteza. Ela queria continuar, queria se entregar, mas sentia a barreira física que tornava tudo um desafio maior do que esperava.
Reyam segurou sua cintura com mais firmeza enquanto ela se despia, seu toque quente contra sua pele fria. Seu olhar não era de impaciência, mas de controle. Como se soubesse exatamente o que estava fazendo, como se estivesse disposto a guiá-la pelo processo, respeitando seu ritmo.
Lairce fechou os olhos por um momento, sentindo o próprio coração martelar contra o peito. Ela inspirou fundo, tentando se acalmar, tentando ajustar-se à presença dele. Um arrepio percorreu sua espinha quando ele se posicionou levemente, testando sua resistência.
Ela soltou um suspiro, mordendo o lábio, sentindo a mistura de desconforto e desejo. Era intenso, desafiador, e exatamente o que a fazia querer continuar.
Ela abriu os olhos e encontrou os de Reyam. Havia algo ali que a fez perceber que ele sabia. Sabia que ela estava no limite. Sabia que ela queria ultrapassá-lo.
Ele sorriu de canto.
— Você está gostando. Só precisa confiar.
E Lairce, pela primeira vez naquela noite, realmente confiou que aguentaria o pênis de Reyam. E sua luta estava apenas começando, ele a colocou deitada no sofá e veio por cima com carinho os outros assistiam e se masturbava. Ele sentia que ela queria isso.
Seus dedos tremiam levemente contra o tecido áspero do sofá, as unhas cravando-se no veludo enquanto ele a pressionava contra o móvel, seu corpo um arco tenso entre o desejo e o medo do desconhecido. Reyam não a apressava — cada movimento era calculado, uma coreografia de domínio e paciência que fazia seu sangue ferver. Ele inclinou-se sobre ela, os lábios roçando a curva de seu pescoço, o calor da respiração provocando arrepios que se espalhavam como fogo líquido até a base de sua coluna.
--- Você é tão pequena — sussurrou ele, a voz um rugido abafado contra sua pele, enquanto suas mãos deslizavam pelas coxas dela, separando-as com firmeza gentil. Lairce engoliu seco, sentindo o peso dele, a pressão diferente, quase intimidante, mas não menos excitante. Seus olhos encontraram os de Maicon e Eduardo, sentados na poltrona oposta se masturbando, as pernas abertas, as mãos ocupadas em um ritmo lento e deliberado. O olhar deles era como brasas — vorazes, mas contidos, como se soubessem que aquela era uma dança entre ela e Reyam, e eles meros espectadores privilegiados.
--- Não desvie os olhos — Reyam ordenou, seus dedos entrelaçando-se nos dela, prendendo suas mãos acima da cabeça. A autoridade na voz dele fez com que um tremor percorresse seu corpo, misturando-se ao prazer proibido de ser dominada por alguém tão jovem, tão cru. Ele sorriu, como se lesse seus pensamentos, e então baixou a boca até seu ouvido. — Você gosta disso, não é? De se sentir... presa.
Ela não respondeu, mas um gemido escapou de seus lábios quando ele mordiscou o lóbulo de sua orelha, a dor diluída em um prazer que a fez arquear as costas. Reyam riu baixo, um som rouco que ecoou em seus ossos, e então deslizou para baixo, sua língua traçando um caminho úmido desde a clavícula até o vale entre seus seios. Lairce fechou os olhos, perdendo-se na sensação, até que a voz de Maicon a trouxe de volta à realidade.
--- Olha só, Edu... ela tá se derretendo como geléia no sol — ele provocou, os dedos acelerando o ritmo em seu próprio corpo, os olhos fixos nela. Eduardo riu, ofegante, concordando:
--- Nunca vi a dona Lairce tão... participativa.
Reyam ergueu a cabeça, seus olhos faiscando de advertência para os amigos, mas Lairce interveio antes que ele pudesse falar.
--- Deixa eles — ela sussurrou, surpresa pela própria voz, rouca e cheia de desafio. — Eles querem ver. — Seus olhos se encontraram com os de Maicon, e ela deixou escapar um sorriso torto, provocante. — Não é, meninos?
Maicon prendeu a respiração, e Eduardo emitiu um grunhido de aprovação. Reyam observou-a por um instante, avaliando, antes de sorrir — um sorriso lento, perigoso, que fez seu estômago embrulhar.
--- Você adora ser o centro das atenções — ele murmurou, as mãos descendo para sua cintura, apertando com força suficiente para deixar marcas. — Vamos ver por quanto tempo consegue manter essa pose.
Antes que ela pudesse responder, ele a virou de bruços, seu corpo imenso cobrindo o dela como um manto. Lairce agarrou o braço do sofá, os dedos brancos de tanto pressionar, enquanto ele puxava seus quadris para cima, expondo-a completamente de quatro. O ar gelado da sala contrastou com o calor de seu corpo, e ela ouviu Maicon soltar um palavrão abafado.
--- Caralho — Eduardo murmurou, sua voz trêmula. — Isso é...
Reyam ignorou-os, suas mãos firmes nas curvas de Lairce, os polegares abrindo-a ainda mais. Ela sentiu seu rosto queimar de vergonha e excitação, mas não fechou os olhos. Em vez disso, encarou Maicon, que agora a observava com uma intensidade quase animal, a boca entreaberta, a mão movendo-se frenética.
--- Você... você tá vendo isso? — Maicon sussurrou para Eduardo, que apenas assentiu, engolindo seco.
Reyam inclinou-se para frente, sua respiração quente contra a pele sensível de Lairce, e então — devagar, torturantemente devagar — passou a língua pela boceta dela, de baixo para cima. Ela gritou, os dedos enterrando-se no sofá, o choque do contraste entre a suavidade de sua língua e a aspereza de seus dedos a deixando à beira de um precipício. Ele repetiu o movimento, mais rápido dessa vez, e Lairce gemeu, seu corpo tremendo sob o controle dele.
--- Gosta? — Reyam perguntou, sua voz vibrante contra sua pele, e ela só conseguiu balbuciar um "sim" entrecortado. Ele riu, um som profundo e satisfeito, antes de começar a penetra-la, com uma pressão que a fez ver estrelas. Lairce arqueou as costas, os músculos tensionando-se, enquanto suas pernas tremiam incontrolavelmente. Ela não sabia quanto tempo durou aquilo — segundos, minutos — até que uma onda de prazer a atingiu com força brutal, fazendo com que seus dedos se entrelaçassem nos braços de Reyam, puxando-o contra ela enquanto gritava seu nome.
Reyam deixou-a desabar no sofá, ofegante e tremula, antes de se erguer sobre ela, seu rosto iluminado por uma expressão de triunfo selvagem. Ele limpou a boca com o dorso da mão, os olhos nunca deixando os dela, e então deslizou os dedos pela a cintura dela,--- Agora é a minha vez — ele disse, sua voz uma ameaça suave, enquanto empurrava suas pernas para trás, expondo-a novamente. Lairce sentiu o coração acelerar, seu corpo ainda sensível da primeira vez, mas ela não protestou. Em vez disso, mordeu o lábio e assentiu, seus olhos desafiadores mesmo enquanto suas mãos tremiam.
Ele entrou nela com um movimento lento mas foi bem mais fundo desta vez, e Lairce gritou — não de dor, mas da intensidade, da sensação de estar sendo preenchida de uma forma que nunca imaginara possível. Reyam prendeu a respiração, seus músculos tensionando-se, e por um instante, pareceu que até ele estava à mercê daquela conexão brutalmente íntima.
--- Porra — ele rosnou, as mãos agarrando seus quadris com força quase dolorosa, e então começou a se mover. Cada embate era meticuloso, uma combinação de força e precisão que a fazia gemer em um ritmo quebrado, suas unhas cravando-se nos braços dele. O som úmido de seus corpos colidindo enchia o ar, misturando-se aos gemidos abafados de Maicon e Eduardo, que agora se masturbavam em sincronia, hipnotizados pela cena.
--- Olha como ela tá levando a rola toda — Maicon sussurrou, sua voz rouca de desejo. — Nunca vi a dona Lairce assimCalado — ela rosnou entre dentes cerrados, mas o efeito foi anulado pelo gemido que seguiu quando Reyam a puxou para mais perto, seu ângulo mudando para algo mais profundo, mais devastador. Ela jogou a cabeça para trás, os cabelos negros espalhando-se como asas sobre o sofá, enquanto o mundo ao redor se reduzia àquele momento — à fricção ardente, às mãos de Reyam marcando sua pele, aos olhos dele, escuros e implacáveis, fixos nela como se quisesse consumi-la viva.
--- Você é minha — ele sussurrou, sua voz quebrada pela tensão, e Lairce sentiu algo dentro dela se despedaçar. Não era amor, não era nem mesmo desejo puro — era algo mais primitivo, uma rendição ao poder cru que ele emanava. Ela concordou com a cabeça, incapaz de formar palavras, e ele acelerou o ritmo, seus quadris colidindo contra os dela com uma força que a fazia escorregar no sofá.
Maicon e Eduardo estavam agora em silêncio, suas mãos paradas, completamente capturados pelo espetáculo. Reyam parecia não notar, seus olhos fechados, a testa franzida em concentração, até que um gemido rouco escapou de seus lábios e ele a puxou contra si em um movimento final, violento, seus dentes cravando-se em seu ombro enquanto a preenchia completamente. Lairce gritou, seu próprio corpo convulsionando em uma segunda onda de prazer, mais intensa que a primeira, enquanto ele a mantinha ali, imóvel, até que cada tremor tivesse passado.
Quando ele finalmente se afastou, Lairce sentiu o ar voltar aos pulmões como se estivesse emergindo de um mergulho profundo. Seu corpo estava encharcado de suor, marcado por arranhões e mordidas, mas havia uma satisfação quente em seu peito, uma sensação de vitória por ter sobrevivido àquela prova. Reyam recostou-se na poltrona ao lado, os olhos semicerrados, observando-a como um felino saciado. Maicon e Eduardo pareciam atordoados, suas mãos ainda sobre si mesmos, mas agora inertes, como se tivessem esquecido como continuar.
--- Então... — Maicon começou limpando a boca com o pulso, sua voz ainda trêmula. — Isso conta como o "serviço completo"?
Lairce riu, um som rouco e cansado, antes de se sentar com esforço, puxando um cobertor sobre os ombros nus.
--- Conta como um começo — ela respondeu, seu olhar desafiador encontrando o de Reyam. — Mas lembrem-se... o acordo depende do desempenho de vocês.
Reyam sorriu, esticando os braços acima da cabeça, os músculos tensionando-se sob a pele suada.
--- Não se preocupe, dona Lairce — ele disse, sua voz carregada de promessas não ditas. — Essa foi só a primeira lição.
A penumbra da sala parecia mais densa agora, o ar carregado de uma eletricidade que faria até os fios desencapados tremerem. Lairce ainda estava sentada no sofá, o cobertor deslizado até a cintura, revelando os arranhões vermelhos que Reyam deixara em seus ombros. Maicon e Eduardo trocaram um olhar — parte cumplicidade, parte competição — antes de se levantarem em uníssono, como lobos farejando uma presa já marcada.
Maicon foi o primeiro a se aproximar, seus passos leves contrastando com a postura desafiadora. Seus olhos astutos percorreram seu corpo como se estivesse decifrando um mapa, cada curva uma pista para um tesouro proibido. Parou a poucos centímetros dela, o sorriso de canto de boca já em posição.
--- Dona Lairce — começou, arrastando as palavras como mel — parece que o Rei lá já deixou sua marca. — Seus dedos pairaram sobre os arranhões no seu ombro, sem tocar, apenas provocando. — Mas eu... eu prefiro marcar de outro jeito.
Ela ergueu a sobrancelha, segurando o olhar dele.
--- E como seria esse outro jeito, Maicon?
Ele riu baixo, inclinando-se até que seus lábios quase roçassem seu ouvido.
--- Com palavras. — Sussurrou, a voz carregada de uma malícia que fez seu estômago embrulhar. — Você vai ver.
Antes que ela pudesse responder, ele a puxou pelo pulso, girando-a de costas para ele. Seu corpo colou-se ao dela, as mãos deslizando por sua cintura com uma possessividade que a fez prender a respiração. Lairce sentiu o calor dele através da roupa, a pressão deliberada de seus quadris contra suas nádegas.
--- Você gosta de jogos, não é? — Ele murmurou, os dedos traçando círculos lentos em seu umbigo. — Aposto que adivinha o que estou pensando agora.
Ela forçou um sorriso, mesmo com o coração acelerado.
--- Que você fala mais do que age?
Maicon riu, o som vibrante ecoando em seu pescoço.
--- Querida, eu sou a ação. — Sua mão direita subiu até seu pescoço, envolvendo-o sem pressionar, enquanto a esquerda descia, deslizando por sua coxa interna. — Mas hoje... hoje vou te fazer ouvir cada segundo.
Seus dedos encontraram seu clitóris através do tecido úmido da calcinha, e Lairce arqueou as costas involuntariamente. Maicon aproveitou o movimento para morder seu ombro, suavemente, enquanto sussurrava:
--- Gemia mais alto com o Reyam, mas comigo... — Ele pressionou os dedos com precisão cirúrgica, fazendo-a engasgar. — Vai gemer mais doce.
Ela tentou revidar, girando a cabeça para encará-lo, mas ele prendeu seu queixo com a mão livre, forçando-a a olhar para frente.
--- Não, não. Olha só para o Edu ali — ordenou, apontando para Eduardo, que estava sentado na poltrona, as pernas abertas, a mão já batendo outra punheta. — Ele tá adorando o show.
Lairce engoliu seco. Eduardo sorriu, acenando com a cabeça, seu rosto rubro de excitação contida.
--- Continua, dona Lairce — ele disse, a voz mais grossa que o normal. — Tô torcendo por você.
Maicon riu, seus dedos aumentando o ritmo enquanto a língua traçava a espinha dela. Lairce mordeu o lábio, tentando conter os gemidos, mas cada toque dele era como um choque controlado — intenso, imprevisível.
--- Você é tão molhadinha — ele sussurrou, os dedos deslizando e enfiando para dentro dela agora, sem aviso. Ela gritou, as pernas tremendo, mas ele a segurou firme. — Isso, deixa eu sentir como você treme por mim.
Seus movimentos eram metódicos, cada curva dos dedos calculada para atingir ângulos que a faziam ver branco. Lairce agarrou o braço do sofá, os nós dos dedos brancos, enquanto Maicon sussurrava obscenidades em seu ouvido — palavras sujas, detalhadas, que descreviam exatamente o que ele faria a seguir. E ela ouvia, cada sílaba a deixando mais fraca, mais dependente do próximo toque.
--- Quer saber o que o Reyam não fez? — Ele perguntou, retirando os dedos de repente, deixando-a suspensa no abismo. — Ele não te fez pedir.
Antes que ela pudesse reagir, ele a empurrou de joelhos no chão, suas mãos enterrando-se em seus cabelos. Lairce olhou para cima, encontrando seus olhos ardentes.
--- Agora abre essa boca linda e pede.
Ela hesitou, a vergonha misturando-se ao desejo, mas então Eduardo interveio, sua voz rouca:
--- Eu pedia, hein.
Maicon riu, aliviando momentaneamente a tensão, mas seus dedos apertaram seu couro cabeludo.
--- Tá esperando o quê, princesa?
Lairce engoliu o orgulho junto com a saliva e sussurrou:
--- Por favor.
--- Por favor, o quê? — Ele insistiu, puxando seus cabelos para trás, expondo seu pescoço.
--- Por favor... me come.
Maicon soltou um grunhido de aprovação segurando seu pau. Ele era menor que Reyam, mas não menos imponente — saliente, curvado, a cabeça inchada de desejo. Ele vai na frente de lairce e Lairce abriu a boca instintivamente, mas ele segurou sua mandíbula.
--- Devagar — ordenou, guiando-a até a ponta. — Vou te ensinar a saborear.
Ela obedeceu, a língua envolvendo-o com cuidado, enquanto suas mãos encontravam suas coxas. Maicon suspirou, os músculos das pernas tensionando-se, mas manteve o controle.
--- Isso... assim mesmo — ele sussurrou, os dedos brincando com suas orelhas. — Agora olha pro Edu. Quero que ele veja como você engole até o talo.
Lairce virou a cabeça o suficiente para ver Eduardo, que agora estava de pé, a camisa aberta, se masturbando com movimentos largos e viscerais. Seus olhos estavam vidrados nela, a boca entreaberta, e algo naquela vulnerabilidade a fez acelerar o ritmo. Maicon gemeu, suas mãos apertando seus cabelos.
--- Porra, assim... — ele rosnou, seus quadris começando a empurrar para frente, mas Lairce puxou para trás, prendendo-o com os lábios na base. Ele arfou, surpreso, e ela aproveitou para sugar com força, sua língua pressionando a veia saltada.
--- Caralho, ela tá acabando com ele — Eduardo riu, mas sua voz estava quebrada, como se estivesse segurando algo além da respiração.
Maicon viu que não aguentaria foi em direção a boceta de lairce e com menos de 5 estocadas durou menos que Reyam — suas pernas tremiam, suas pragas se tornando cada vez mais desconexas, até que um gemido rouco escapou e ele a puxou contra si, explodindo em sua boceta sem hesitar. Quando se afastou, ele estava suado, os olhos sem foco, mas ainda sorrindo.
--- Tá vendo, Edu? — Ele disse, ofegante. — É assim que se domina uma deusa.
Eduardo aproximou-se então, seu passo descontraído escondendo a tensão nos ombros. Ele parou diante de Lairce, ainda ajoelhada, e ergueu seu queixo com dois dedos.
--- Minha vez, dona Lairce — disse, seu sorriso caloroso contrastando com a urgência em seus olhos. — Prometo não demorar.
Ele a ajudou a se levantar, suas mãos grandes e macias contrastando com as de Reyam e Maicon. Lairce sentiu-se estranhamente confortável em seu toque — não havia a pressão da dominância, apenas uma doçura que a pegou desprevenida.
--- Você... você não precisa fazer nada complicado — ele disse, como se lesse seus pensamentos. — Só me deixa meter um pouco.
Ela arqueou a sobrancelha, desconfiada, mas Eduardo já estava ajoelhado, suas mãos acariciando suas panturrilhas, subindo pelas coxas como um adorador diante de um altar. Seus lábios encontraram sua coxa interna, e Lairce soltou um suspiro — não era o fogo de Reyam ou a precisão de Maicon, mas algo mais profundo, mais reverente.
--- Você é linda, sabia? — Ele murmurou contra sua pele, os beijos se tornando mais ousados. — Tipo... uma pintura daqueles caras antigos, sabe? Cheia de curvas e histórias.
Lairce riu, surpresa, mas o som se transformou em um gemido quando sua língua encontrou seu clitóris cheio de porra, amplo e úmido. Eduardo não tinha a técnica de Maicon ou a intensidade de Reyam e nem ligava pra quem já tinha gozado lá, mas havia uma dedicação em cada movimento, como se estivesse aprendendo-a de cor. Suas mãos agarravam suas nádegas, firmeza e suavidade em igual medida, enquanto ele a levava ao ápice com uma paciência que a irritava e excitava ao mesmo tempo.
--- Vem, Edu — ela sussurrou, os dedos enterrando-se em seus cabelos cacheados. — Não enrola.
Ele riu, o som vibrando contra ela.
--- Tá nervosinha, dona Lairce? — provocou, antes de mergulhar novamente, seus dedos substituindo a língua em um ritmo torturantemente lento. — Eu quero te ver implorar.
E ela implorou. Palavras que nunca imaginou dizer, promessas absurdas, tudo enquanto Eduardo a observava com um sorriso travesso, como um garoto que descobriu o poder de fazer um adulto se contorcer.
Eduardo a coloca de quatro no sofá e começa em um ritmo acelerado mas não durou muito.
Quando finalmente a deixou cair no sofá, tremula e suada, ele simplesmente se recostou, satisfeito.
--- Até que enfim — ele disse, limpando a boca com o pulso. — Tava achando que eu era de ferro.
Lairce olhou para os três — Reyam observando silenciosamente da poltrona, Maicon se recuperando com uma garrafa d'água, Eduardo sorrindo como se tivesse ganhado na loteria — e sentiu uma risada escapulir de seus lábios. Era absurdo. Era perigoso. Era perfeito.
--- Então... — ela começou, envolvendo-se no cobertor novamente. — Quando é a próxima lição?
Reyam ergueu a garrafa em uma saudação irônica.
--- Quando você estiver pronta, professora.
E enquanto eles saíam, deixando-a com o eco de suas risadas e o cheio deles impregnado no ar, Lairce soube que aquela era apenas a primeira de muitas noites em que o jogo de poder, desejo e controle reescreveria todas as regras que ela achava conhecer.