Do outro lado da rua, Maria caminhava de mãos dadas com um homem que você nunca tinha visto antes. Ele era mais alto, com ombros largos e uma postura que gritava confiança. Seu braço estava envolto na cintura dela, puxando-a contra seu corpo como se fosse um troféu. Você sentiu o estômago embrulhar, mas não conseguiu desviar o olhar. Maria ria de algo que ele dizia, aquele riso leve que você conhecia desde os tempos de escola, só que agora parecia diferente. Mais rouco, mais... sujo.
Ela usava um vestido curto que você nunca a vira vestir antes, justo o suficiente para marcar a curva dos seios e o contorno da bunda. O homem deslizou a mão por baixo do tecido, apertando sua nádega com naturalidade, e ela não fez nada para impedi-lo. Pelo contrário. Inclinou-se mais contra ele, os dedos brincando com o cabelo dele enquanto atravessavam a rua. Você engoliu seco, sentindo o sangue pulsar nas têmporas. Eles estavam vindo na direção do café.
A campainha da porta tilintou quando entraram. Maria olhou para você por uma fração de segundo, os olhos arregalados de surpresa. "Nossa, faz tempo!" ela disse, forçando um sorriso. O homem ao lado dela estudou seu rosto com interesse, como um predador farejando sangue. Você balbuciou um cumprimento, as mãos trêmulas segurando o livro como um escudo. "Esse aqui é..." Ela hesitou, mas o homem interrompeu, estendendo a mão.
"Namorado dela." O aperto de mão foi firme, propositalmente demorado. "Ela fala tanto de você." O sorriso dele era afiado. Maria franziu a testa, confusa, mas ele já puxava uma cadeira para sentar à sua mesa. "Vamos tomar um café juntos, amor. Que tal?"
Você não teve escolha. Enquanto Maria falava sobre a faculdade e o novo emprego, o homem — você se recusou a chamá-lo de namorado, mesmo mentalmente — não tirava os olhos de você. Era como se estivesse decifrando cada microexpressão, cada contração involuntária dos seus músculos quando Maria se inclinava para frente, deixando o decote cair.
"Você mora perto daqui?" Ele perguntou de repente, os dedos batendo uma cadência lenta na mesa. Você assentiu, engolindo o nó na garganta. "Que coincidência. A Maria tá sempre na minha casa, duas ruas pra baixo. Deveria aparecer lá um dia." Ele riu quando você quase derrubou o café. Maria deu uma cotovelada nele, corada, mas ele apenas passou o braço em volta do pescoço dela, puxando-a para um beijo molhado e audível. Você viu a língua dele entrar em sua boca, os dedos se enrolando em seus cabelos. Quando se separaram, Maria estava ofegante.
Naquela noite, a primeira mensagem chegou. Um número desconhecido: "Tá acordado?". Anexada, uma foto borrada de Maria de bruços numa cama, as costas nuas iluminadas por luzes de LED. Você quase deixou o celular cair. Antes que pudesse responder, outra foto chegou: close da bunda dela, marcada por palmadas vermelhas. "Ela pediu pra eu deixar mais forte hoje", dizia a legenda.
O coração acelerou quando você reconheceu o quarto na foto — o mesmo da transmissão ao vivo que ele fizera semanas atrás, quando você se escondera no armário. Mas agora não havia ambiguidade. O número continuou digitando: "Sabe o que ela falou quando te viu no café? 'Nossa, ele tá ainda mais trouxa do que eu lembrava.' Rimos muito".
Seus dedos congelaram sobre o teclado. Outra notificação: um vídeo de 3 segundos. Maria ajoelhada, nua, as mãos amarradas nas costas, engolindo um pau com olhos marejados. A legenda: "Queria que fosse o seu? Hahaha". Você fechou os olhos, mas já estava tarde demais — o vídeo ficou gravado na retina, junto com o som abafado dos gemidos dela.
Nas semanas seguintes, as mensagens viraram rotina. Ele mandava fotos dela dormindo nua, vídeos dela rebolando no colo dele, até áudios dos encontros deles. "Escuta como ela geme quando tá com vergonha", dizia uma mensagem, seguida por um arquivo de áudio onde Maria suplicava em voz trêmula: "P-Por favor... não manda pra ele, eu tô pedindo". A risada dele ecoava ao fundo: "Tá com dó do trouxa, Maria? Olha o que ele faz com as fotos que eu mando".
Era verdade. Você tinha uma pasta no celular trancada com senha, cheia das imagens que devia ter deletado. Pior: às vezes, quando ele mandava algo particularmente explícito, você respondia com um "👍" ou um "Caralho...". Era o suficiente para alimentá-lo.
Até que veio o convite. 'Sexta-feira, 23h. Deixa a janela do seu quarto aberta.' Você não respondeu, mas, na noite marcada, estava sentado na cama, com os olhos fixos na escuridão do corredor do prédio em frente. O apartamento dele ficava diretamente de frente para o seu, separados apenas pela rua estreita e algumas árvores. A luz do quarto dele acendeu, iluminando a cena como um palco. Primeiro, você viu Maria entrando no quarto, ainda com o uniforme do trabalho — saia plissada, meia-calça preta. Ele a empurrou contra a janela, as mãos levantando sua saia enquanto ela protestava, tentando se soltar. 'Ele tá vendo, seu tarado', você leu nos lábios dele, nítidos através do vidro. Maria tentou se virar, mas ele agarrou seu queixo com força, forçando-a a olhar na direção da sua janela.
Foi então que você percebeu: as cortinas do quarto dele estavam totalmente abertas, como se o espetáculo fosse encenado especialmente para você.
Ele despiu Maria com movimentos brutais, a meia-calça rasgando com um estalo audível mesmo à distância. Você viu os seios dela se libertarem do sutiã, os mamilos já duros. Ela tentou cobrir-se, mas ele prendeu seus pulsos com uma das mãos, a outra abrindo suas pernas. "Mostra pra ele como você fica molhada", ele ordenou, e você não precisava ouvir para entender. Maria sacudiu a cabeça, mas ele esfregou os dedos em sua buceta e os mostrou para a janela, os reflexos da luz revelando o brilho de sua lubrificação.
Você não resistiu — desabotoou o jeans e começou a se masturbar, os olhos grudados na cena. Ele a colocou de quatro, a bunda empinada para o vidro, e você podia jurar que ele olhava diretamente para você enquanto a fodia. Maria gritou, os dedos dele enroscados em seus cabelos, puxando sua cabeça para trás a cada embiada. Quando ele gozou, foi nas costas dela, os jatos brancos escorrendo pela coluna enquanto ela tremia.
Seu orgasmo veio junto, uma mistura agridoce de vergonha e prazer. No momento exato em que você gozou na própria mão, o celular vibrou. Uma foto em close do sêmen escorrendo entre as nádegas de Maria. "Ela pediu pra eu te mandar isso. Quer dizer, pediu pra não mandar. Hahaha".
Na manhã seguinte, uma nova mensagem: "Tô levando ela pra passar o fim de semana na praia. Quer a chave do meu AP? Tem umas calcinhas sujas dela na gaveta". Você não respondeu. Mas às 15h, estava parado na frente do apartamento dele, a chave suando em sua mão.
O cheiro dela estava em todo lugar — no sofá onde eles transaram, nas toalhas molhadas do banheiro, nas camisas jogadas no chão. Quando você abriu a gaveta, encontrou exatamente o que ele prometera: calcinhas de renda, algumas ainda com crostas secas de seus fluidos. Você enterrou o rosto nelas, a respiração acelerando, quando ouvi o barulho da porta se abrindo.
"Pensei que não ia ter coragem", a voz dele ecoou no corredor. Maria estava ao seu lado, os olhos vermelhos de chorar. "Fez ele cheirar suas calcinhas, amor. Tá orgulhosa?" Ela não respondeu, mas você viu o rubor subir de seu pescoço. Ele tirou o celular do bolso, filmando você ajoelhado com as calcinhas na mão. "Agora senta na cara dele. Vamos ver se ele aguenta."
Maria hesitou, mas um puxão brusco no braço a fez tropeçar em sua direção. O cheiro dela era intoxicante — suor, sal e algo adocicado que fez seu pau latejar antes mesmo que ela abaixasse o shorts. "P-Por favor", ela sussurrou, só para você ouvir. "Ele tá me obrigando a..."
O resto da frase se perdeu quando ela sentou, sua buceta quente e úmida cobrindo seu rosto. Você a lambeu por baixo, os gemidos dela se misturando às gargalhadas dele. "Olha o cachorrinho, Maria! Tá gostando de dar pra ele assim?" Ela não respondeu, mas seu quadril começou a mover-se inconscientemente, esfregando-se em sua língua.
Quando você finalmente gozou, sem nem tocar em si mesmo, ele estava rindo tão alto que os vizinhos bateram na parede. Maria desmaiou em seus braços minutos depois, exausta, enquanto ele te chutava para fora do apartamento. "Até semana que vem, trouxa", ele disse, jogando suas chaves no seu rosto.
Você caminhou até em casa sentindo o gosto dela em seus lábios, o vídeo dele já circulando em grupos do Telegram. E sabia, no fundo, que voltaria na próxima semana. E na outra. E na outra.