Na fila do caixa, com vários clientes na sua frente, Freud puxa conversa com a mulher que acaba de se colocar atrás dele na fila.
-Lotado o supermercado hoje, né?!
-Afê, nem me fale. Plena sexta à noite e cheio desse jeito.
-Quinto dia útil. Salário caiu na conta.
-Nossa, é mesmo. Me esqueci disso. É o que dá não receber salário.
-Herdeira?!
-Quem me dera! Profissional liberal. Dinheiro não tem data para entrar.
-Advogada?
-Como sabe?
-Pela elegância.
-Obrigada. Recebeu o salário hoje?
-Paguei. Sou empresário. Vai fazer um jantar?
-Observador, hein?! Iria, mas levei o bolo há cinco minutos.
-Cozinhe para você, ué?!
-Prefiro cozinhar para alguém.
-Bem, eu adoro que cozinhem para mim.
Ela sorri. Olha Freud de cima em baixo. Avalia. E responde à altura:
-Safado…
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