Juju na Cidade Grande EP 4

Um conto erótico de raell22 alternativo
Categoria: Heterossexual
Contém 4330 palavras
Data: 21/03/2025 01:10:10

A Kelly segurou a Juju firme pela cintura, puxando ela pra fora do bar e começando a caminhar pelas ruas escuras do bairro. A noite tava fria, o vento batendo nas pernas da Juju, que cambaleava a cada passo, rindo alto e tropeçando nos próprios pés. “Kelly, tu precisava ver, o cara me comeu gostoso pra caralho!”, dizia, a voz arrastada, o riso saindo entre soluços de álcool. “A rola dele era assim, ó, grandona, me fez gozar que nem louca!”. A Kelly ria junto, balançando a cabeça: “Tá, Juju, tu virou puta por uma noite, agora anda direito que eu te levo pra casa”. As duas seguiam devagar, a Juju quase caindo a cada esquina, contando detalhes da transa com o cara como se fosse uma aventura épica.

De repente, um farol brilhou atrás delas, e o som de um motor se aproximou. A Kelly virou rápido, o coração disparado — já era tarde, a rua tava deserta, e ela pensou logo o pior: “Porra, esse cara tá seguindo a gente?”. Era o mesmo rapaz do bar, o alto e negro, dirigindo devagar com o vidro aberto. “Ei, calma, sou eu!”, gritou ele, parando o carro ao lado delas. A Kelly travou, o corpo tenso, mas ele levantou as mãos, o rosto gentil: “Desculpa, eu vi vocês andando e ela tá mal pra caralho. Deixa eu dar uma carona, por favor, não quero confusão”. A Kelly hesitou, os olhos estreitos, mas viu a Juju quase desmaiando no ombro dela e cedeu: “Tá, mas se tu tentar qualquer coisa, eu te capo, entendeu?”.

Ele assentiu, abrindo a porta do passageiro, e a Kelly ajudou a Juju a entrar no banco de trás, sentando do lado dela. Enquanto dirigia, o cara começou a falar, a voz cheia de culpa: “Olha, eu peço mil desculpas. Eu percebi que ela tava bêbada, mas ela falava normal, disse que queria ir comigo, eu não forcei nada, juro”. A Kelly cortou, seca: “Sei lá, cara, tu acha que eu vou acreditar assim? Só vou saber quando ela acordar amanhã e contar direitinho o que rolou. Tu foi um irresponsável, porra”. Ele respirou fundo, relevando o tom dela: “Eu entendo, eu fodi tudo. Mas eu não fujo de responsabilidade. Toma meu número aqui, se ela disser que eu forcei qualquer coisa, eu venho me desculpar pessoalmente. Nunca faria isso com uma mulher”. Tirou um papel do bolso, rabiscou o número e entregou pra Kelly, que pegou com cara de poucos amigos, mas guardou na bolsa.

Chegaram no prédio da Kelly, e ele ajudou a tirar a Juju do carro, entregando ela nos braços da amiga: “Cuida dela, por favor”. A Kelly só assentiu, subindo as escadas com a Juju pendurada nela, rindo e falando sozinha: “Ele meteu tão fundo, Kelly…”. No apê, a Kelly trancou a porta, levou a Juju pro quarto e começou a tirar a roupa dela pra botar um pijama. Quando puxou o vestido, viu um restinho de porra seca na barriga da Juju, brilhando na luz fraca. Riu baixo, passou o dedo naquilo, limpando a pele dela, e depois levou o dedo pra boca da Juju, brincando: “Olha, isso é teu, sua safada”. A Juju riu, os olhos quase fechando, e lambeu o dedo sem nem entender direito, o álcool apagando qualquer vergonha.

A Kelly foi super carinhosa, pegando a amiga no colo e levando pro banheiro. Ligou o chuveiro morninho, lavou o corpo da Juju com sabonete, esfregando as costas, as coxas, tirando o suor e a sujeira da noite. “Tu é um caso, Juju, mas eu te cuido”, disse, rindo, enquanto enxaguava o cabelo dela, os fios castanhos grudando no rosto. Depois do banho, enrolou ela numa toalha, secou com cuidado e vestiu uma camiseta larga dela mesma, largando a Juju na cama. Deitou do lado, puxando ela pra perto, fazendo carinho no rosto dela: “Dorme, minha bêbada, amanhã tu me conta tudo direitinho”. A Juju resmungou algo sem sentido, aninhando a cabeça no peito da Kelly, e as duas pegaram no sono assim, o calor da amiga envolvendo ela como um cobertor.

Na manhã seguinte, a Juju acordou com uma dor de cabeça que parecia um martelo batendo na testa. O corpo tava pesado, a boca seca, e ela gemeu baixo, esfregando os olhos enquanto tentava se sentar na cama da Kelly. “Porra, que ressaca é essa?”, resmungou, a voz rouca, ainda sentindo o gosto amargo da cerveja da noite passada. A Kelly já tava acordada, sentada na beira da cama com uma caneca de café na mão, esperando o desespero da amiga. “Bom dia, bêbada, como tu tá?”, perguntou, o tom leve mas os olhos atentos. A Juju franziu a testa, confusa: “Kelly, como eu cheguei aqui? Que porra aconteceu ontem?”.

A Kelly se assustou com a pergunta, o coração dando um pulo. “O que tu lembra da noite passada, Juju?”, perguntou, tentando sondar sem entregar nada. De repente, a Juju arregalou os olhos, levou a mão à boca e falou, quase gritando: “Kelly, tu ficou com uma mulher, sua safada!”. A Kelly piscou, sem entender direito, esperando que ela fosse falar da traição com o cara do bar, mas a Juju só riu, o susto virando brincadeira: “Tu é danada mesmo, hein? Pega mulher também?”. A Kelly ficou sem reação por um segundo e perguntou, desconfiada: “É só isso que tu lembra?”. A Juju deu de ombros, ainda rindo: “É, ué, o que mais eu ia lembrar? Tu fez mais coisa que eu não vi?”. Brincou, dando um tapa no braço da amiga, sem nem imaginar o que tinha rolado.

A Kelly respirou fundo, o peito aliviado mas a cabeça girando. “Melhor ela não lembrar mesmo”, pensou, decidindo não contar nada sobre o cara, a transa no carro, o risco que ela correu. Antes que pudesse responder, alguém bateu na porta com força, e a voz grossa do Léo ecoou: “Juju, abre essa porra, sou eu!”. A Kelly levantou com cara de poucos amigos, abriu a porta e já foi recebida com ele falando alto: “Manda minha mulher pra casa, Kelly, mulher casada tem que cuidar do marido, não ficar dormindo por aí”. A Kelly não engoliu, apontou o dedo na cara dele: “Frouxo covarde, tu machucou ela e nem pediu desculpa direito, ela merece coisa melhor que um babaca como tu!”.

O Léo bufou, os dois trocando farpas, mas a Juju se levantou, ainda tonta, e entrou no meio, os olhos vermelhos de raiva: “Para, Léo! Tu me magoou, me tratou que nem lixo na cama e nem se importou de pedir desculpa de verdade. Eu fiz tudo por ti, e tu me machucou!”. O Léo tentou se defender, a voz mais baixa: “Juju, a gente conversa isso em casa, vem comigo”. Mas ela cruzou os braços, o queixo tremendo: “Não, eu não vou. Tu ainda não percebeu que eu não sou teu objeto pra mandar, mas eu vou te mostrar que eu tenho valor”. Ele ficou vermelho, bufando de novo: “Tu tá louca, Juju, depois não reclama”. Virou as costas e saiu pisando duro, a porta do prédio batendo atrás dele.

A Juju desabou no sofá, o choro vindo forte, as mãos cobrindo o rosto. A Kelly correu pra ela, abraçando ela por trás: “Calma, Juju, tu fez o certo, ele precisava ouvir isso”. Ficou ali, esfregando os ombros dela, deixando ela chorar até cansar. Depois, puxou a amiga pela mão: “Vem, bora tomar um banho pra tu relaxar”. No banheiro, as duas entraram no box juntas, a água quente caindo nos cabelos delas. A Kelly passou sabonete nas costas da Juju, esfregando devagar, enquanto a Juju fechava os olhos, o calor acalmando o corpo. “Tu é demais, Kelly”, murmurou, a voz fraca mas sincera.

Depois do banho, a Kelly preparou um café da manhã caprichado — pão quentinho com manteiga, café forte, um pedaço de bolo de milho que ela tinha guardado. Colocou tudo numa bandeja e levou pra Juju, que tava enrolada numa toalha na sala. “Olha, um café lindo pra minha amiga linda”, disse, sorrindo, tentando animar ela. A Juju pegou a caneca, os olhos ainda inchados, e falou, o tom carregado de carinho: “Kelly, tu é a melhor pessoa que eu já conheci, sério”. A Kelly sorriu de volta, mas por dentro o peito apertou. “Será que ela diria isso se soubesse que eu deixei ela foder com um cara no bar?”, pensou, o medo de perder a amiga subindo como uma sombra. Engoliu o pensamento, esfregou o cabelo da Juju e respondeu: “Eu faço tudo por ti, Juju, tu sabe disso”. Mas o peso da noite passada ficou ali, quieto, rondando a cabeça dela.

Depois do café com a Kelly, a Juju respirou fundo e decidiu que precisava esclarecer as coisas com o Léo. “Eu vou pra casa, Kelly, tenho que falar com ele, botar um ponto final nessa bagunça”, disse, vestindo o mesmo vestido florido, o coração apertado mas decidida. A Kelly assentiu, preocupada: “Vai com calma, Juju, qualquer coisa me liga”. Ela saiu do apê da amiga e caminhou até o dela, o estômago revirando a cada passo. Chegando lá, o Léo tava na sala, deitado no sofá com uma cerveja na mão, a TV ligada num jogo qualquer. Quando viu ela, nem levantou, só jogou um olhar frio: “Olha quem resolveu aparecer, a mulher casada que some pra dormir fora”.

A Juju travou na porta, o tom dele cortando como faca. “Léo, eu vim pra gente conversar, resolver isso”, começou, tentando manter a voz firme. Mas ele levantou, jogando a lata no chão: “Conversar o caralho, Juju! A culpa é toda tua, tu agiu que nem puta, se esfregando em mim daquele jeito, mostrando o cu, o que tu esperava? Eu só fiz o que tu tava querendo, tu que pediu!”. Ela não acreditou no que ouviu, o sangue subindo pra cabeça: “Tu tá louco, Léo? Eu fiz tudo isso por ti, pra te agradar, pra salvar nosso casamento, e tu me machucou, me tratou que nem lixo! Tu é um merda, um egoísta que não pensa em mim!”.

O Léo piscou, o peso das palavras dela batendo, e tentou mudar o tom: “Calma, Juju, eu exagerei, eu sei, vamos resolver isso”. Mas a raiva dela já tava solta — ela pegou um prato da mesa, taça na parede com força, o barulho dos cacos ecoando no apê. “Resolver? Tu não resolve nada, só me culpa!”, gritou, os olhos marejados. Ele ficou bravo, o rosto vermelho, e agarrou o braço dela com força: “Para de fazer cena, porra!”. Nesse exato momento, a porta abriu, e a Kelly entrou correndo — ela tinha ido atrás da Juju, preocupada, e viu a cena. “Solta ela, seu filho da puta!”, berrou, achando que era agressão de verdade, e pulou em cima do Léo, dando tapas na cara dele, puxando o cabelo: “Tu não encosta nela!”.

O Léo tentou se defender, empurrando a Kelly pra trás, e a gritaria chamou os vizinhos. Em minutos, o apê virou casa de polícia — a dona Maria do andar de baixo subiu xingando, o porteiro apareceu com o celular na mão, e alguém já tinha chamado a viatura. A Juju, no meio do caos, gritou: “Para, gente, fui eu que quebrei o prato, ele não me bateu!”. Mas já era tarde, a confusão tava armada, e os três acabaram levados pra delegacia pra explicar tudo. Sentados lá, o Léo de um lado, a Kelly do outro, e a Juju no meio, o clima tava pesado. O Léo esfregou o rosto, a voz baixa: “Juju, eu fiz merda, eu sei. Tu tem razão em reclamar, eu fui um idiota, me perdoa”. A Kelly, ainda com raiva, entrou na conversa: “Desculpa o mal-entendido, mas tu tem que tratar ela melhor, seu babaca, ela não merece isso”.

A Juju olhou pros dois, o peito apertado: “Eu não tô pronta pra te perdoar assim, Léo. Tu me machucou demais, e nem tentou entender o que eu senti”. Ele suspirou, tentando uma última cartada: “Então volta pra casa, Juju, dorme comigo. Um casal não pode ficar separado assim, a gente resolve em casa”. Ela balançou a cabeça, firme: “Não, eu vou continuar na Kelly até confiar em ti de novo. Tu precisa aprender a me respeitar”. O policial terminou o boletim, liberou os três, e a Juju saiu com a Kelly sem nem olhar pra trás. O Léo ficou sozinho, as mãos nos bolsos, vendo elas irem embora, o peso do que fez caindo sobre ele.

No apê da Kelly, a Juju sentou no sofá, o corpo exausto, as lágrimas voltando devagar. A Kelly pegou uma cerveja pra ela, sentou do lado e esfregou o ombro da amiga: “Tu foi foda hoje, Juju, enfrentou ele direitinho. Agora descansa, eu tô aqui contigo”. A Juju tomou um gole, o rosto cansado mas aliviado: “Obrigada, Kelly, tu sempre me salva”. A Kelly sorriu, mas por dentro ainda carregava o segredo da noite do bar, torcendo pra que nunca viesse à tona.

A Juju dormiu no sofá da Kelly, o corpo exausto depois do dia pesado, mas na madrugada acordou de repente, o coração disparado, o suor frio escorrendo pela testa. Ela sentou rápido, respirando ofegante, e a Kelly acordou com o barulho, esfregando os olhos: “Juju, que foi, menina? Tá tudo bem?”. A Juju passou as mãos no rosto, a voz tremendo: “Kelly, eu sonhei com a noite do bar… eu tava dançando, tu foi com uma mulher, e aí um cara alto, negro, me levou pro carro dele. Ele me comeu, Kelly, mas era um sonho, né? Não pode ser real”. Ela riu, nervosa, esperando a amiga confirmar, mas o silêncio da Kelly pesou como um tijolo.

A Kelly se quebrou por dentro, o peito apertado de culpa. “Não dá pra esconder mais”, pensou, os olhos já marejando. Engoliu em seco e falou, a voz baixa: “Juju, não foi sonho. Aquilo aconteceu”. A Juju arregalou os olhos, o ar preso na garganta, enquanto a Kelly contava tudo: “Tu tava bêbada pra caralho, eu te levei pro bar pra tu se soltar, aí fiquei com uma mulher e te deixei sozinha. Um cara te pegou, te levou pro carro, e… vocês transaram. Eu te achei depois, ele tava te levando pra casa, eu pensei que ele tinha te forçado, mas ele jurou que tu quis. Eu te trouxe pra cá, cuidei de ti, mas não te contei antes pra te proteger”. Ela caiu no choro, implorando: “Me perdoa, Juju, eu não devia ter te deixado sozinha, eu fui uma amiga de merda!”.

As lembranças invadiram a cabeça da Juju como flashes — o calor do carro, as mãos grandes do cara nas coxas dela, o pau grande entrando fundo, o prazer explodindo enquanto ela gemia como louca. Ela ficou arrasada, o chão sumindo debaixo dela. “Caralho, Kelly, eu traí o Léo… eu virei o que eu mais tinha medo”, sussurrou, o rosto pálido. Sem dizer mais nada, levantou, pegou o vestido e a bolsa com as mãos tremendo e saiu do apê da Kelly, o choro da amiga ecoando atrás dela: “Juju, volta, por favor!”. Mas ela não parou, desceu as escadas tropeçando e foi pra casa, o coração em pedaços.

Chegando lá, bateu na porta por minutos, o som oco reverberando no corredor. “Léo, abre essa porra!”, gritou, a voz rouca, mas ninguém respondeu. Olhou pela janelinha da sala — o sofá vazio, a TV desligada, ele não tava em casa. “Ele tá fazendo o mesmo que eu fiz”, pensou, o medo e a raiva se misturando. Saiu andando pela rua sem rumo, a cabeça girando. “Eu vim do interior pra construir uma vida com ele, e agora tá tudo de cabeça pra baixo”, refletiu, os olhos embaçados, lembrando da simplicidade da roça e de como tudo mudou desde que conheceu a Kelly.

Passou por uma empresa gigante, as luzes da fachada cortando a escuridão, e um segurança veio até ela: “Ei, moça, tá tudo bem? Tu tá perdida?”. A Juju levantou o olhar e gelou — era ele, o cara do bar, alto, negro, a mesma camiseta justa. “Tu, seu filho da puta!”, explodiu, empurrando ele com força: “Tu me comeu, me fez trair meu marido, a culpa é tua!”. Ele levantou as mãos, calmo: “Ei, espera, eu sei que tu tá mal, mas me deixa explicar”. O tom dele era compreensivo, carinhoso, e ele segurou os ombros dela com cuidado: “Senta aqui, respira, eu te ajudo”.

Levou ela pra dentro da empresa, uma sala pequena com cadeiras e um rádio ligado baixo. “Eu faço a segurança aqui à noite”, explicou, sentando ela num canto. “Naquela noite, tu tava bêbada, mas disse que queria, eu juro que não te forcei. Depois eu vi que tu não tava bem, te levei pra casa, mas tua amiga me xingou achando que eu tava te sequestrando. Eu peço mil desculpas, nunca quis te machucar”. A Juju ouviu, o choro escorrendo, e balançou a cabeça: “Desculpa eu te xingar, eu… eu tô perdida”. Ele sorriu, gentil: “Relaxa, eu entendo”.

Eles ficaram conversando, e a Juju abriu o coração — contou como saiu do interior com o Léo, como tentou agradar ele, o jeito que ele a machucou, a noite do bar que virou tudo de pernas pro ar. Ele ouviu atento, os olhos escuros fixos nela: “Teu marido é um merda, moça. Tu merece alguém que te trate direito”. Depois, contou a história dele — cresceu no bairro, perdeu o pai cedo, trabalha de segurança pra sustentar a mãe doente. “A vida não é fácil, mas a gente segue”, disse, o tom simples mas cheio de força. A Juju gostou dele, do jeito calmo, da voz que acalmava o peito dela, e pela primeira vez em dias, sentiu um fio de paz no meio do caos.

O rapaz, ainda na sala da empresa, olhou pra Juju com uma mistura de preocupação e cuidado. “Olha, moça, não dá pra te deixar andando assim de madrugada, ainda mais tão linda desse jeito. É perigoso pra caralho”, disse, pegando o rádio no cinto. “Fica aqui um segundinho”. Chamou outro segurança pelo rádio: “Mano, cobre meu posto aí, vou levar uma amiga pra casa rapidinho”. Desligou, sorriu pra ela e estendeu a mão: “Vem, eu te levo”. A Juju hesitou, mas o cansaço e o jeito gentil dele a convenceram. “Tá, obrigada”, murmurou, seguindo ele até o carro.

Na viagem, o silêncio pesava, mas ele não forçava conversa, só dirigia com calma, as luzes da rua refletindo no rosto dele. Chegaram no prédio dela, e a Juju se despediu, o peito apertado: “Valeu mesmo, eu… te vejo por aí”. Ele assentiu: “Se cuida, qualquer coisa me acha na empresa”. Ela subiu as escadas devagar, torcendo pra que o Léo tivesse chegado, mas sem saber o que ia dizer. Bateu na porta, e dessa vez ele abriu, a camiseta amassada, o cabelo bagunçado. “Juju, tu voltou”, disse, a voz meio surpresa, meio aliviada. Ela entrou, os olhos baixos, a culpa queimando no peito, mas não teve coragem de contar sobre o bar. Só caiu no choro, as lágrimas escorrendo sem explicação.

O Léo, sem saber o motivo, achou que era por causa dele, pela briga, pelo que tinha feito. “Ei, calma, eu sei que fui um merda”, sussurrou, puxando ela pra um abraço. Beijou a testa dela, depois os lábios, beijos carinhosos que ela não esperava. Levou ela pra cama, deitando ela com cuidado, tentando se redimir. “Deixa eu te agradar, Juju”, disse, beijando o pescoço dela devagar, as mãos agarrando a bunda grande dela com força, descendo pra sugar os peitos dela por cima da blusa. Mas enquanto ele fazia isso, a Juju sentiu um cheiro estranho — um perfume feminino, doce, que não era dela, grudado na pele dele.

Ela congelou, o coração disparado, mas não disse nada. “Ele tá com outra”, pensou, os olhos fixos no teto enquanto ele tirava a roupa dela. Viu marcas de unha nas costas dele, leves arranhões que não estavam ali antes, e só deixou ele a usar, o corpo mole, a mente longe. Ele meteu nela com força, intenso como nunca, os gemidos dele enchendo o quarto: “Porra, Juju, tu é gostosa pra caralho”. Mas ela não reagia muito, os pensamentos voando pra noite do bar — o rapaz do carro, a rola grande dele entrando fundo, o prazer que ela sentiu. Gemeu baixo, mas não era pro Léo, era pro outro, a lembrança tomando conta dela enquanto o marido socava com vontade, o cheiro da outra mulher grudado nele.

O Léo gozou rápido, ofegante, e puxou ela pros joelhos: “Deixa eu testar uma coisa que vi na internet”. Antes que ela pudesse dizer algo, ele gozou na cara dela, o jato quente acertando o rosto dela, escorrendo pelo queixo. “Caralho, que tesão”, ele riu, caindo na cama, mas a Juju só levantou em silêncio, o corpo pesado. Foi pro banheiro, trancou a porta e ligou o chuveiro. Sentou no chão, a água quente caindo, e chorou alto, as mãos esfregando o rosto pra tirar o gozo dele, o perfume dela, a culpa dela mesma. “Minha vida tá desmoronando”, pensou, vendo tudo que construiu com o Léo ruir — o amor, a confiança, os planos do interior, tudo virando pó enquanto ela se afogava na própria dor.

Na manhã seguinte, o Léo saiu pro trabalho sem dizer muita coisa, só um “tchau” seco antes de bater a porta. A Juju ficou sozinha no apê, o corpo quebrado, a mente um caos. Sentou no sofá, os olhos inchados, ainda sentindo o peso da noite passada — o perfume estranho no Léo, as marcas de unha, a transa que parecia mais pra outra do que pra ela. O celular vibrou sem parar — era a Kelly, mandando mensagem atrás de mensagem: “Juju, me responde, por favor”, “Eu tô mal pra caralho, me deixa te ver”. Ela ignorou por horas, mas a insistência da amiga amoleceu ela. “Tá, vem aqui”, respondeu, a voz rouca quando abriu a porta pra Kelly.

A Kelly entrou, os olhos vermelhos, o rosto marcado — dava pra ver que tinha passado a noite chorando. “Juju, me perdoa, eu fui uma idiota, eu nunca quis te ferrar assim”, disse, a voz falhando, caindo de joelhos no chão. A Juju olhou pra ela, o peito apertado, e lembrou da noite do bar — o rapaz perguntando se ela queria, ela dizendo que sim, o tesão tomando conta. “Levanta, Kelly, eu te perdoo”, falou, puxando a amiga pro sofá. “De tudo que tá acontecendo na minha vida, tu é o menor problema. Tu é a única que me ajuda, na real”. A Kelly fungou, aliviada, e abraçou ela forte: “Eu te amo, Juju, nunca mais te deixo na mão”.

A Juju respirou fundo e desabafou: “Kelly, eu tô achando que o Léo tem outra. Ontem ele chegou com um perfume que não é meu, tinha marcas de unha nas costas dele, e transou comigo como se tivesse aprendido com alguém. Eu não disse nada, mas tá me matando por dentro”. A Kelly arregalou os olhos, o rosto endurecendo: “Porra, Juju, esse filho da puta tá te traindo na cara dura? Tu tem que pegar ele no flagra, ver se é verdade”. A Juju assentiu, os olhos marejados: “Eu vou descobrir hoje, mas já decidi uma coisa: quero pedir o divórcio. Voltar pra casa da minha mãe no interior, deixar essa merda toda pra trás”. A Kelly balançou a cabeça: “Não, Juju, tu não pode fugir pro interior assim! Isso não resolve nada”. A Juju insistiu, firme: “Eu não quero mais o Léo. Eu não sou mais aquela Juju que veio do interior, e ele também não é o mesmo. Nosso casamento acabou”.

A Kelly riu, irônica: “Se ele não ligou de pegar outras mesmo estando contigo, por que tu tem que se importar? Ele tá vivendo a vida dele, tu podia viver a tua”. A Juju travou, os olhos duros: “Não, Kelly, eu não quero virar isso. Eu vou terminar tudo hoje à noite, acabou”. O dia passou lento, a Juju perdida nos pensamentos, a suspeita queimando no peito. Quando a noite chegou, o Léo entrou em casa direto pro banho, sem nem olhar pra ela direito. Ela sentiu de novo aquele cheiro — o mesmo perfume doce, feminino, impregnado nele. O coração disparou, e dessa vez ela não ia deixar passar. Enquanto a água do chuveiro corria, pegou o celular dele na mesa. Tinha senha, coisa que nunca teve antes. Tentou três vezes — o aniversário dele, o dela, até que digitou a data do casamento deles. O celular abriu, e ela riu baixo, a ironia cortando como faca.

No WhatsApp, nada. No Instagram, nada. “Tô ficando paranoica”, pensou, quase se convencendo de que ela é que era a traidora suja. Mas aí uma notificação silenciada piscou — Telegram, um app escondido na pasta de utilitários. Ela abriu, e o mundo caiu. Conversas com várias mulheres, encontros marcados, nudes dele e delas, promessas safadas. O choque veio quando viu o contato da esposa do síndico — fotos dela pelada, ele mandando o pau duro, os dois rindo da traição. Na conversa com um amigo, ele zoava: “A mulher do síndico é ruim de cama, o cara não deve dar nada pra ela, aí eu dou um trato”. E nos grupos de amigos, ele falava da Juju: “Minha esposa virou uma cavala putona, não aguentou meu pau grande no cu dela, chorou que nem fraca”.

Ela chorava, o ódio subindo como fogo, as mãos tremendo enquanto lia cada palavra. Ele saiu do banho, o cabelo molhado, e ela deixou o celular no lugar, o rosto uma máscara. Foi até ele, o coração acelerado, e o beijou na boca, forçando um sorriso. “Te amo, Juju”, ele disse, os olhos falsos brilhando. “Também te amo”, ela respondeu, mas por dentro tava decidida: ia fazer dele o maior corno da cidade. O plano já nascia na cabeça dela, frio e calculado, enquanto ela engolia o nojo e o deixava pensar que tava tudo bem.

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