Arthur e o Objeto Mágico - Capítulo 3

Um conto erótico de Nanda Margô
Categoria: Crossdresser
Contém 892 palavras
Data: 21/03/2025 09:02:03

Após retornar à pousada, Arthur não conseguia parar de olhar para a pulseira em seu pulso, fascinado pelo brilho sutil das pequenas pedras luminosas. Cada vez que movia a mão, os reflexos suaves pareciam dançar ao seu redor, capturando sua atenção e alimentando sua imaginação.

Andressa, alheia ao que acontecera na gruta, notava apenas que Arthur parecia distante, perdido em pensamentos. Ela perguntou algumas vezes se estava tudo bem, recebendo respostas vagas e evasivas. Sentia um leve incômodo com o comportamento dele, mas preferiu acreditar que era apenas o cansaço da viagem.

Naquela noite, enquanto Andressa tomava banho, Arthur sentou-se sozinho na varanda da pousada, observando a cidade banhada pela luz suave do luar. Tocava suavemente a pulseira, sentindo uma energia misteriosa irradiar dela, como se estivesse se conectando a algo muito antigo e poderoso. Era impossível negar que havia algo especial naquele objeto.

Mais tarde, enquanto Andressa dormia profundamente ao seu lado, Arthur permaneceu acordado por muito tempo, sentindo a energia pulsar suavemente em seu pulso. Aos poucos, foi sendo invadido por sensações estranhas, porém agradáveis. Imagens vívidas invadiram sua mente, mostrando-o de formas que ele nunca havia ousado imaginar antes.

Ele via a si mesmo vestindo roupas femininas elegantes e sensuais, caminhando com graça e confiança por ruas desconhecidas. Sentia o toque de tecidos delicados contra sua pele, experimentava o prazer de sentir-se desejado, belo e plenamente aceito em sua feminilidade. Essas imagens provocavam nele uma mistura intensa de excitação e inquietação.

Arthur fechou os olhos, permitindo-se entregar-se àquela fantasia inédita. Sentiu o calor espalhar-se por seu corpo, sua respiração tornar-se profunda e acelerada. Não lutou contra o desejo que tomava conta dele; pela primeira vez, permitiu-se vivenciar aquelas sensações completamente, livre da culpa e do medo que sempre o haviam reprimido.

Quando finalmente adormeceu, seu sono foi povoado por sonhos tão vívidos quanto as visões que tivera. Ao despertar, sentia-se estranhamente revigorado, com uma energia que há muito não experimentava. Sentou-se na cama e percebeu Andressa observando-o com curiosidade e preocupação.

"Você está diferente", comentou ela suavemente, tocando-lhe o rosto com ternura. "Aconteceu algo ontem naquela gruta, Arthur?"

Ele hesitou por um instante, mas decidiu não contar sobre a pulseira ainda. Respondeu apenas com um sorriso enigmático e um beijo carinhoso, deixando-a intrigada, porém satisfeita por vê-lo mais leve e receptivo.

Durante o dia seguinte, Arthur começou a notar mudanças sutis em si mesmo. Não apenas em sua disposição, mas em pequenos detalhes físicos que lhe chamavam a atenção. Seu corpo parecia mais sensível ao toque; os tecidos da roupa provocavam-lhe sensações agradáveis e intensas. A textura macia do algodão de sua camisa, o leve roçar do tecido da calça em suas pernas, tudo parecia despertar nele uma nova percepção sensorial.

Enquanto caminhava com Andressa pela cidade, Arthur sentia-se mais leve e elegante, percebendo como seus passos estavam mais suaves e delicados. Notou que seu corpo se movia com naturalidade, em um ritmo quase feminino que antes teria lhe causado constrangimento, mas que agora parecia adequado e prazeroso.

Andressa observava essas mudanças discretas com crescente curiosidade. Embora intrigada, ela gostava dessa nova versão de Arthur, mais aberta e confortável consigo mesmo. Começou a perceber nele algo que a atraía profundamente, uma suavidade sedutora que contrastava com o jeito reservado que sempre tivera.

À tarde, durante uma caminhada pelas ruas estreitas da cidade, Arthur e Andressa reencontraram Gabriel, que os cumprimentou com aquele olhar misterioso e profundo de antes.

"Encontraram o que buscavam?", perguntou Gabriel, com uma voz calma e cheia de significado.

Andressa lançou um olhar questionador para Arthur, que sentiu seu rosto corar levemente.

"Talvez", respondeu Arthur de maneira enigmática, sem desviar os olhos de Gabriel.

Gabriel sorriu suavemente, assentindo com compreensão.

"Lembre-se, Arthur, a verdade sempre encontra seu caminho para fora", disse Gabriel, tocando de leve no pingente de cristal que trazia no pescoço.

Arthur engoliu em seco, sentindo um arrepio percorrer sua coluna. Sabia que Gabriel estava se referindo à pulseira e ao que estava acontecendo com ele, mas não sabia ainda se estava pronto para aceitar plenamente aquela nova realidade.

Mais tarde, no quarto da pousada, enquanto Andressa tomava banho novamente, Arthur se despiu lentamente diante do espelho, observando com atenção seu reflexo. Notou como seu corpo parecia mais suave e delicado, como se pequenos ajustes tivessem sido feitos durante a noite, moldando-o suavemente em algo mais próximo do que ele secretamente desejava ser.

Experimentando uma sensação de prazer intenso, Arthur vestiu novamente a pulseira, que parecia intensificar ainda mais as mudanças em seu corpo e mente. A cada segundo que passava, sentia-se mais seguro, mais forte e profundamente conectado a uma parte de si mesmo que havia passado a vida inteira escondendo.

Enquanto vestia uma camisa macia de seda que havia trazido na mala, ele experimentou um prazer indescritível ao sentir o tecido acariciar sua pele sensível. Era como se cada toque fosse uma promessa de liberdade e autenticidade.

Quando Andressa saiu do banho, encontrou Arthur sentado na cama, observando-a com um olhar cheio de ternura e intensidade. Ela sorriu, percebendo que algo havia realmente mudado nele, algo que a atraía profundamente e que prometia transformar a relação deles de maneira inesperada e maravilhosa.

Mal sabiam eles que aquela viagem seria apenas o começo de uma jornada extraordinária, repleta de descobertas, desafios e uma paixão renovada que os levaria a lugares nunca antes imaginados.

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