A Filha da Beata

Um conto erótico de Cavaleiro do Oeste
Categoria: Heterossexual
Contém 14393 palavras
Data: 22/03/2025 07:08:09

Homem é bicho sem vergonha.

Por mais santo que o sujeito possa parecer, bem no seu íntimo carrega segredos, uns mais cabeludos, outros nem tanto, pequenos deslizes, algumas falhas até que perdoáveis.

Desde que o mundo é mundo, creio que até antes de Adão comer a maçã, o tal “fruto proibido”, homens e mulheres sentem aquela sensação gostosa ao se entregarem aos prazeres da carne.

Quando jovem cheguei a acompanhar algumas missas, e aos sábados, minha mãe acabou convencendo meu pai de que eu precisava do catecismo.

Na época e região onde nasci e fui criado, a regra era a seguinte:

Para se tornar uma boa pessoa, o vivente precisava ser batizado, fazer catecismo, crisma, depois se casar.

Tinha que encontrar uma boa moça católica, namorar, noivar, casar, constituir família, ter muitos filhos, comungar, dizimar… Engordar os cofres da diocese da “santa igreja católica romana”.

Sempre fui corrido de bula de bispo, por alguns mais “carolas”, considerado um sujeito herético, perdido. A simples menção do meu nome em rodas de moças, era motivo para algumas mais devotas se benzerem em cruz, com leve rubor em suas castas faces.

Eu adorava aquela fama de perdido, moço gasto, bandalho, mundano, apreciador da nobre arte da velhacaria.

Por ser um sujeito que circulava em muitos meios, tinha amizades nos mais diferentes segmentos da pudica sociedade interiorana do meu amado velho oeste paulista.

Assim, eu ficava a par de tudo quanto andavam falando da minha jovem pessoa.

Tive amizade com moças de tudo quanto era tipo, como em qualquer cidadezinha do interior do Brasil, a fofoca corria solta, as línguas de serpente destilavam seus venenos sobre as minhas andanças libidinentas em busca das cobiçadas pererecas.

Às sextas-feiras quando eu dava as caras na praça da vila, era motivo de festa, estando sobre quatro rodas ou montado a cavalo. Eu passava devagar, distribuindo sorrisos, toques na aba do chapéu, piscadelas sem vergonhosas, atirava beijos, acenos e gracejos, tudo sempre acompanhado de um velho costume de ficar mexendo no cacete, dando aquela arrumada, a fim de ajustar o “bichão” por dentro dos panos da zorba.

Aquilo causava perplexidade em algumas mais inclinadas à beatice.

Era um Deus nos acuda de pais e maridos atentos, noivos enciumados e namorados raivosos.

Confesso, eu adorava aquilo, e provocava!

Alegria mesmo era quando me juntava com a turma. Gostava de chegar andando devagar, igual onça na capoeira, chapéu quebrado meio de lado, Marlboro queimando no canto da boca, calça rancheira, botas lustradas, camisa aberta mostrando o porte físico.

Não raro, casais que estavam sentados em mesas próximas, fosse nas lanchonetes, sorveterias ou lanchões da praça, se levantavam em protesto, como fosse eu sujeito acometido por doença contagiosa.

Era muito divertido aquilo.

Agora, graça de verdade eu achava quando recebia notícias que os coordenadores dos “cursilhos católicos”, catecismos e outros, me citavam como exemplo a não ser seguido pelos jovens da região.

Recordo que certa vez a paróquia realizou uma semana de cursos para as moças da cidade, oferecendo ensinos de corte e costura, forno e fogão, até bordadeiras trouxeram da afamada cidade de Ibitinga, foi um baita evento para a comunidade católica da noite região.

Por sorte ou azar, meu amigo João esteve pelos meios. Ele era neto de um velho açougueiro, amigo da nossa família, e receberam encomendas de carnes dos paroquianos, afinal, durante aquela semana, além dos cursos com “diploma bento”, as aspirantes a prendadas do lar receberiam refeições.

Em um dia daqueles o João foi até o salão paroquial entregar os bifes, e após arrumar tudo em um grande refrigerador que utilizavam nas festas, ouviu uma algazarra por parte do mulherio que ia chegando no salão onde seria organizado o curso do dia.

O velhaco ficou quietinho dentro da cozinha, com as janelas acima do balcão de alvenaria fechadas, o que possibilitou meu jovem amigo ouvir tudo quanto falavam da minha pessoa.

E foram chegando as moças, que após trocas de acenos, beijos nos rostos e abraços, iam se acomodando nas muitas cadeiras.

Meu amigo só espiando pelas frestas e de orelhas em pé, captando tudo. 👀👂🏼

A dois passos de onde ele estava havia uma mesa cercada de cadeiras, e logo que suas ocupantes tomaram assento, começaram a tagarelar. Segundo ele parecia mais uma revoada de maritacas atacando uma goiabeira.

E foram chegando mulheres no salão de tudo quanto era idade, de mamando a caducando.

Enquanto aguardavam a professora do dia, as moças que estavam logo ali próximas ao João começaram falar sem travas na língua, acreditando estarem seguras pelo vozerio dentro do ambiente, sem sonharem que havia um “espia” dos mal falados logo ali atrás, a centímetros das linguarudas.

Adivinhem só qual era o assunto? 👀

O Betão Boiadeiro, óbvio, sinônimo de devassidão e safadezas de fazer anjinho verter lágrimas dos olhinhos envergonhados sobre o altar.

O João me contou aquilo tudo chorando de tanto rir, e segundo ele, teve que tapar a boca com a mão naquela hora para não denunciar sua presença de maneira precoce.

Das seis mulheres que estavam ali, meu amigo reconheceu cinco moças, e no meio delas, tagarelando e especulando sobre as fofocas da região, uma mulher aparentando uns quarenta e poucos anos, mas vestida como uma nona de oitenta.

E a conversa foi a seguinte por parte “dos bafos de hóstia”:

A véia queria saber a quantas andava a vida amorosa das moçoilas da nossa região, se estavam namorando sério para casar, ou já haviam noivado, as pressionando para contraírem, o quanto antes estado de matrimônio. Afinal de contas, estávamos a menos de duas décadas para o fim do século XX, não era seguro entrar no novo milênio estando solteiras, a não ser que fossem servir a causa, tornando-se freiras…

E o velhaco do Joãozinho ali, na festa, só de orelha em tudo 👀👂🏼.

Coisa pouca de tempo na conversa, a velha católica começou perguntar sobre os “bons partidos” da região. Aconselhava as moças a arranjarem moços devotos, trabalhadores, que beleza e vaidade eram superficiais, coisas do diabo, meras tentações mundanas.

A velha jararaca mostrando um ranço pior que o de um lobisomem de primeira metamorfose, deu a entender que, se os pais das moças indicassem um “bom partido”, era para aceitarem com naturalidade, e citou sua vida como exemplo. Contou que anos atrás havia se casado com um bom homem que fora escolhido por seus pais, e apesar da diferença de quase vinte anos, ela “aprendeu amar” seu esposo.

E foi além, a velha jararaca católica…

Relatou que suas amigas, lá de Araçatuba, não queriam que ela se casasse com o sujeito solteirão, dizendo que ele não era bonito… disse para as tontinhas da nossa vila que teve foi muita sorte, pois o “abençoado” era um bom provedor, dono de terras, casas na cidade, terrenos e outros bens materiais.

Finalizou deixando um alerta para as incautas:

— Se tivesse ouvido minhas falsas amigas, sabe-se lá como eu estaria, talvez passando dificuldade, pobre, tendo que trabalhar fora, ou pior, casada com algum cafajeste beberrão, que nem aparece nas missas… fiquem atentas meninas, e ouçam sempre seus pais!

Foi um tal de se benzerem em cruz, algumas erguiam os rosários e beijavam o amuleto.

E o João ali, só de zóio e orêia em pé! 👀👂🏼

Depois da sessão de sinais da cruz e outras coisas, a boa senhora que acompanhava a equipe de mulheres que ministravam os cursos, questionou as tontinhas:

– Me contem, quem são os sortudos que irão escolher para companheiros de uma vida, andem, estamos entre amigas, podem confiar em mim… aproveitem que estarei aqui até o domingo, e quero conhecê-los.

E as moças começaram falar dos rapazes das boas famílias do lugar, e nenhum da turma dos “tanga frouxa” ficou de fora, os mauricinhos da vila, chefiados pelo meu desafeto. Aquele rapaz alto, magrelo igual um pau de cutucar estrelas, folgado mais que um colarinho de palhaço, herdeiro do maior mercado da região.

A partir daí que a coisa ficou engraçada e quase fez o Joãozinho se mijar de tanto rir!

Todas as moças falando desse ou aquele rapaz que estavam de olho, iniciando paquera, uma delas, a mais quietinha de todas, segundo o João, a mocinha bonitinha, família de italianos que possuíam comércio cerealista na região, loirinha, meio acanhada, mas charmosinha a pequena, interrompendo a venenosa mor e as aspirantes a jararacas, perguntou de forma sincera:

– A senhora com toda experiência de vida, e conhecimento nestes assuntos, acha possível uma moça mudar o jeito de ser de um rapaz?

Segundo o Joãozinho, a velha jacaroa estava sentada do lado da loirinha, se virou na cadeira, passou a mão no rosto da moça falando que tudo era possível se o amor dela pelo rapaz fosse sincero, e ele fosse um bom católico, merecedor de tamanha devoção.

Já que uma das cobrinhas mirins, mostrando indignação, deu tapinhas na mesa, alertando as outras répteis, com ar de superioridade mostrou-se sabedora de tudo quanto se passava no coração apaixonado da amiga:

– Meninas, já que estamos entre amigas, vamos falar às claras… sem mentir, afinal, estamos em um solo sagrado, ambiente de respeito, a semana é de dedicação às causas católicas, e nos conhecemos desde a infância…

Foi um silêncio entre elas, a velha ficou curiosa, se ajeitou na cadeira, a loirinha encolheu os ombros, baixou a cabeça mostrando receio de ter seu segredo revelado, mas a filha do dono da loja de calçados, linguaruda que era, fez a revelação bombástica:

– Sabe meninas, essa bobinha é apaixonada, louca por aquele perdido do Betão Boiadeiro, sabem … aquele safado, sujo, perdido. – Após pronunciar meu nome, a moça novamente se benzeu em cruz!

Todas cutucando a menina, que muito envergonhada pediu licença, levantou-se da mesa indo apressada para o outro lado do salão paroquial, onde ficavam os banheiros.

E o meu jovem compadre ali, de queixo caído ouvindo as fofocas… Kkkkkkkk

Assim que se encontraram sem a loirinha apaixonada e muito envergonhada, a jararacona véia foi inquirindo as moças, querendo saber quem era esse tal Betão Boiadeiro, e o porquê de ser “adjetivado” daquela maneira por aquela boa moça católica, de família tão distinta e tradicional:

– Quero saber tudo desse rapaz, me contem meninas…hum, era o que faltava… o padre precisa ser avisado!

E iniciaram os relatos acerca dos meus atos pouco católicos para com as moças da região.

O curso já havia se iniciado, a professora falando lá na frente, mas a turminha das jararacas nem quiseram saber de nada, a matéria virou “tricotar” sobre minha vida!

E a cada relato sobre isso ou aquilo, a velha carola arregalava os olhos, se abanava, olhava perplexa para as demais, com seu lencinho secava as bochechas rosadas, visivelmente abalada.

Tudo quanto falaram de mim, o João não conseguiu ouvir, mas imaginava do que se tratava. Kkkkkkkkk

E o derradeiro golpe contra todas as virtudes católicas ali presente, foi a própria delatora da amiga quem fez, cochichando próximo ao ouvido da mestra fofoqueira.

De onde estava, meu amigo viu a mulher fazer menção em se levantar da mesa, pediu água para uma das moças, que apressada foi buscar uma jarra com copo. Foi um forféu daqueles, e assim que a fofoqueira mor molhou sua venenosa garganta, mostrando indignação sincera, enquanto pegava um fôlego, falou com um tom de voz um pouco mais alto:

– Você tem certeza, minha filha, ele faz isso, e com a boca… nas moças, lá onde estou pensando… é um perdido, mas deixem comigo, que ainda hoje vou falar com os pais dela, me aguardem, isso não vai ficar assim! – E ficou fazendo sinais com as mãos, mostrando que resolveria o assunto, era pra deixar com ela.

Mas calculem o absurdo, aquele bando de mulher falando do costume que eu tinha de beijar, lamber e chupar as xaninhas das moças que se aventuravam comigo pelos caminhos escuros em madrugada alta. Kkkkkkkkk

Hoje em dia, isso parece brincadeira, mas na minha região, e naquela época, aquilo era passível de punição durante confissões ao velho e pudico pároco.

Não duvido que algumas das velhas ratazanas de sacristia tencionavam instalar naquela paróquia um tribunal do santo ofício, com direito a fogueiras purificadoras de pecados. Sairiam no tapa durante a disputa para ver quem seria o “Tomás de Torquemada” da vez... Kkkkkkkkk

O Joãozinho não sabia se ria, chorava ou saia correndo do lugar.

Ainda levou tempo, ele debruçado sobre a tampa de um dos freezers, orelhando as conversas, até que um dos ajudantes da paróquia entrou na cozinha indo caçar alguma coisa.

Sorte foi que a maçaneta da porta fez barulho, dando tempo do meu amigo se aprumar dentro das botinas.

Logo que viu meu amigo por ali, foi indagando o João, que liso igual um lambari de corredeira, disse que havia acabado de arrumar os pacotes de bifes e já estava indo embora, e se precisasse, era só mandar avisar.

Saiu de fininho, nem notaram a presença dele, que escapou da cozinha, virou a direita, dando a volta por trás do cômodo paroquial. Assim que alcançou a rua, montou na bicicleta, acendeu um cigarro, pedalando com pressa, começou rir enquanto remoía tudo quanto havia ouvido a meu respeito.

Isso aconteceu no começo da semana, devia ser terça-feira, ainda.

_____________________________________________________________

Enquanto tudo aquilo estava acontecendo na vila, a léguas de distância, eu inocente 😇, o alvo da velha serpente católica estava trabalhando na nossa fazenda, correndo quilômetros e mais quilômetros de cercas, conferindo os mourões, os arames, os cochos que estavam precisando de mais sal mineral de engorda, olhando os lotes de bois, lançando algum que estivesse com bicheira precisando de medicação, os arrendamentos do meu pai e tio… aquela rotina boiadeira diária que herdei da minha família.

E foi no final daquele mesmo dia, fim de tarde, estava deitado na rede, barriga cheia, balançando, soltando fumaça do cigarro pro alto, pensando na vida, tenho minha atenção voltada para o ronco de um motor conhecido, de uma Ford F-75 que vinha subindo ligeira pelo corredor da entrada da nossa fazenda.

Eu já sabendo que era meu amigo, fui me levantando, meio preguiçoso, caminhei até um velho pé de Sete Copas que havia bem em frente as janelas da sala da nossa velha casa.

E lá vinha subindo o Joãozinho, e foi me avistar, foi dando toques na buzina e piscando os faróis.

Foi saltar da boléia, veio me apertar a mão, fazendo as graças de sempre, querendo saber do meu pai, mãe e irmãs…

Era sempre o mesmo ritual quando chegava alguém em casa me procurando. Meu pai levantava a cabeça se mostrando na janela da sala, dava um assobio, minhas irmãs subiam no sofá e ficavam gritando, minha mãe logo aparecia querendo saber se o amigo queria almoçar ou jantar, tomar um café ou suco, comer um doce…

Naquele fim de tarde não foi diferente, mas o Joãozinho estava meio agoniado, eu já conhecendo ele, li sua bula naquele mesmo instante:

– Vai Jão, desembucha, que tá acontecendo… pra chegar aqui em casa desse jeito, é notícia de muié ou confusão!

Caímos na risada, o João olhando dos lados, meio preocupado, eu percebendo que a coisa era “séria”, chamei ele pra ir comigo no potreiro olhar os cavalos.

Assim que saímos da frente de casa, ele foi me cutucando, falando que eu estava na boca do povo da igreja.

Eu que toda vida fui curioso igual uma galinha da Angola, pedi explicação. Já acendemos cigarros, e fomos indo lá pros fundos do terreiro. Assim que atravessamos a porteira do potreiro, fomos caçar onde sentar, perto do velho cocho comprido entalhado em um tronco de ipê, coisa da época do meu nono.

Me sentei, mas o João estava a mil por hora, querendo me relatar tudo quanto havia ouvido a meu respeito.

Eu só digerindo tudo, fumando, prestando atenção no relato do meu jovem compadre, e quando finalizou me contando a cena que a véia fez quando soube da minha lambeção de xoxota, o fiadaputa do João ainda me tirou o couro:

– Óia Betão, imagina as tonta ficá sabendo que num é só as tabaca das muié, hãm … que ocê soca a língua no cuzim delas tuda, imagina só… a véia ia de tê um derrame e caí de cu trancado, alí mêmu…

Esse moleque ria tanto, que chega engasgou, pensei que ia mijar na calça!

Depois me falou um pouco mais da loirinha, que era ajeitada, mas de uma família que pouco tinha contato com a nossa turma, muito menos comigo, mas atiçou minha curiosidade!

Nem me lembrava direito dela, como era possível a moça ter esse sentimento todo?

E ficamos jogando conversa fora até escurecer de vez.

Depois de muito rir e falar bobagens, voltamos pra frente da minha casa, ainda convidei ele pra entrar e comer alguma coisa, mas ele precisava ir embora, só tinha ido na minha casa pra me deixar alerta, que até o padre estaria de olho em mim daquele dia em diante.

Me despedi do João, deixando combinado eu aparecer pela vila na sexta-feira, dia que aconteceria uma festa na praça em frente a igreja, para comemorar o final do curso, com venda de comidas, bebidas, doces… Tudo arrecadado para os santos cofres da paróquia!

Manobrou e vazou na estrada, me deixando ali escorado na árvore, só remoendo aquela conversa toda. As fofocas sobre os meus “defeitos sujos”, a paixão da loirinha…

Entrei em casa, peguei um café, os cigarros, voltei pra rede e fiquei martelando aquilo tudo. Naquela noite fui dormir tarde, pegando no sono depois da hora grande.

Eu não ia deixar aquilo quieto, não mesmo, e tinha até sexta-feira para planejar alguma coisa.

_____________________________________________________________

Custou passar a semana, eu remoendo aquilo tudo, doido pra chegar na cidade e encarar parte das linguarudas.

Minha mãe estava sabendo que haveria missa, festa, mas não se animou em sair de casa, meu pai até insistiu, mas resolveram ficar na fazenda.

Naquela sexta-feira eu me arrumei pro crime.

Em ocasiões como aquela, eu gostava de usar trajes pretos. Chapéu, camisa, cinto, calça e botinas, tudo preto.

Lembro daquela minha camisa “ criminosa”, estilo country, dois bolsos com botões brancos e detalhes na costura com linha também branca.

Deixei a barba bem feita, loção no rosto, perfume do bom, fiquei bem cheiroso.

Antes de me despedir do povo de casa, minha irmã mais nova fez aquela cena de ciúmes, me fazendo prometer que eu voltaria logo e levando muitos doces.

Sai da fazenda assim que escureceu, rádio ligado, bração pra fora, chapéu jogado no banco, cigarro queimando entre os dedos …

Puta que pariu, eu amava as noites!

Cheguei na vila, dei aquele giro, fui descendo a avenida, e quase chegando em frente a sorveteria, o local onde nossa turma se reunia, constatei não haver local para estacionar, tudo lotado de carros, caminhonetes, caminhões, charretes… e foi eu passar em marcha lenta, parte da minha turma me enxergou, e foram pro meio da rua mexer comigo. A praça estava lotada de pessoas, barracas de comidas, doces… Até a sorveteria estava apinhada de gente, dentro e nas mesas que eram colocadas na calçada, embaixo do toldo colorido.

Avisei a turma que ia caçar um lugar para estacionar na rua de trás, que me aguardassem por ali mesmo.

E assim fiz, segui adiante, quebrei à direita e direita outra vez, alcançando a escuridão da famosa “Rua de Trás”, onde ficavam uns terrenos grandes com tratores estacionados, cheios de pés de mangas e diversos galpões de máquinas beneficiadoras de grãos.

Estacionei minha amiga e companheira C10, ajeitei a camisa por dentro da calça, arrumei a jibóia na lateral esquerda da rancheira, chapéu na cabeça, fogo no Marlboro e segui batendo os saltos das botinas naquele asfalto ruim.

Foi eu virar a rua, dou de cara com o Joãozinho, que sabendo que eu havia acabado de chegar na bagunça, queria me contar as novidades:

– Betão do céu, ocê nem sabe…tenho umas novidade boa procê meu amigo!

Apertou minha mão e já foi contando que a carola véia estava na missa, e tinha mais, junto dela estava o marido e a filha.

Fiquei de orelhas em pé, e o João prosseguiu me relatando tudo nos detalhes.

Que a filha da jararaca véia era uma belezinha, mas que não era muito do estilo da mãe, não. Segundo meu jovem amigo, ela era meio pra frente, usava umas roupas bem justinhas no corpo. O danado constatou tudo aquilo quando foi entregar mais carne pro povo do curso no dia anterior. Não ficou curiando igual da outra vez, mas consegui ver a véia venenosa apresentando a gatinha para as demais.

Fiquei curioso, quis saber como ela era, mas o bandido fez suspense:

Péra procê vê, besta… depois ocê me conta!!!

Puta que pariu, pensei, tinha ficado agoniado, e era assim, toda vez que aparecia “carne nova no pedaço”.

O povo ainda estava ouvindo o sermão do padre, eu com aquele fogo na rola, chamei o João pra ir até uma das barracas de bebidas comprar uma meia dose de Fernet.

Após esquentarmos a goela, demos um giro ligeiro na ponta da praça, não tinha nada muito diferente, seguimos até a sorveteria, eu precisava comprar o Halls cereja.

No trajeto juntamos parte da turma, cumprimentei a rapaziada, abracei e ganhei beijos das moças, passadas de mãos no meu peito por dentro da camisa, aquela galinhagem de sempre que eu amava.

Minhas amigas estavam de serviço naquele dia, mas não havia nenhuma mesa disponível, então pedi meus Halls para a Tica, a Andreia me cozinhando com os olhos… logo que atenderam alguns clientes vieram me abraçar. A Andreia achando que eu estava muito arrumado só pra uma festinha da igreja, me mediu, me deu um beijo demorado no rosto, cochichou que estava com vontade.

Tive que dar aquela tapeada nela, dizer que mais tarde eu estaria por ali, paguei os Halls e fui escapando.

Nem tivemos tempo para muita conversa, a sorveteria estava lotada naquela noite.

A Andreia era minha amiga e outras coisas mais, compreensiva até dizer chega, mas eu queria ver outras gatinhas, e o malvado do Joãozinho colocou lenha na fogueira…

Chamei o João e a turma pra um giro no meio do povo, fomos seguindo, nos misturando à multidão.

O João tinha esquema armado com uma gatinha, queria vazar logo dali, mas fiz o sem vergonha aguardar até o povo sair da missa e me mostrar quem era a véia fofoqueira, e sua filha gatinha.

Ele me assegurou que eu ia saber quem era a véia, assim que ela apontasse no alto das escadarias do velho templo católico. Que usava umas roupas compridas, um baita crucifixo de ouro no peito, e cara de quem havia chupado limão com casca e tudo…

Eu queria saber da filha dela, mas o malvado fez suspense.

Ficamos circulando no meio do povo, indo e vindo, passamos em frente a aparelhagem de som onde algum político faria um discurso, depois o padre e alguns dos “puxa-saco”...

Gastamos sola até quase as 21:00hs, vendo gente, paquerando, recebendo recadinhos de algumas corajosas, e foi aí que avistamos as boas famílias descendo as escadarias, rostos felizes, almas mais leves, consciências limpas após um sermão “revigorante”.👀

E vinha descendo gente, logo formou-se pequeno túmulo em frente às portas da igreja por conta da aparição do padre e as visitas que vieram de outro município ministrar cursos familiares para as moças que ansiavam contrair matrimônio. (rsrsrsrs)

Logo recebi cotoveladas do meu amigo:

– Óia Betão… óia lá, é ela, do lado daquele giralzão véio de por gordura… que gata, rapaz!

Já arrumei o chapéu na cabeça, acendi um cigarro e fiquei encarando a moça, filha da jararaca véia.

Era uma morena bem clarinha, cabelos castanhos, corpão, era uma gata! 🚬👀

Ao lado do velho padre estavam os bons casais católicos, suas filhas e a turma de fora, trocando apertos de mãos, sorrisos, o padre abençoando e recebendo beijos nas mãos… coisa mais linda e hipócrita de ser. Kkkkkkkk

Ficamos parados bem no fim da escadaria, eu, o João e alguns da nossa turma.

E conforme desceram alguns degraus, a moça que havia revelado meu “costume feia” de lamber xoxota para a velha venenosa, chamou a mentora pegando em seu braço, falou alguma coisa, logo na sequência me apontou com os olhos. Pela curta distância consegui ler os lábios da jovem serpente dizendo claramente:

– É aquele ali, o de chapéu preto.

A bruaca me encarando, fez o sinal da cruz, segurou a filha pelo braço, logo atrás estava um veião alto, cara de boi sonso, devia ser o marido da diaba… e foi chamando o padre.

Assim que o sacerdote se aproximou, fazendo cara de quem estava prestando atenção no que a “distinta senhora” falava, acompanhando com os olhos o dedo indicador da véia, pode vislumbrar o motivo da agonia por parte das recatadas, eu!

Fiquei encarando o povo, soltando fumaça do cigarro, o Joãozinho do meu lado resmungando que estavam falando de nós…

Ainda ficaram um tempo conversando no alto da escadaria, nossa turma embaixo, só iniciaram a descida quando ouviram um dos vereadores falando ao microfone, juntando o povo e convidando as autoridades civis e eclesiásticas a se apresentarem.

A mocinha bonita, filha da serpente, estava com cara de quem não estava entendendo nada, olhava para o pai, para as “novas amigas”, mas sem entender qual era a razão daquele alvoroço todo por parte da mãe.

O padre foi descendo, braços e mãos não faltavam para amparar o religioso, e tão logo alcançou o chão da praça, se aproximou me encarando, balançando a cabeça de forma negativa, olhar de reprovação, mas não me dirigiu a palavra, limitou-se em me fuzilar com seus olhos por baixo dos óculos, como se de frente estivesse com entidade devassa, um ser trevoso 👀. Kkkkkkkkk

_____________________________________________________________

Creio que já tenha relatado em alguma das minhas histórias o quanto meu tio e pai evitava se envolver com a santa igreja católica, diferente da minha mãe e tia, que eram religiosas, possuidoras de uma fé sincera. O caso é que a igreja e seus dirigentes abusavam dos boiadeiros, tropeiros e cafeicultores da nossa região.

Era um tal de arrecadar dinheiro, prendas para leilões e bingos, sempre com alguma reforma nos salões da paróquia, que nunca terminavam, e quando ficava pronto, tudo pintado, bonito, desmanchavam e lá ia o povo da paróquia pedir alguma coisa. Era engraçado, pois sempre que a gente lá de casa via o Chevette subindo o corredor da fazenda, já sabia…

Lá vem o povo do padre pedir mais um boi! Kkkkkkkkkkk

Meu pai doava, sem problema, minha mãe ficava satisfeita, mesmo sabendo que meu pai não gostava muito. Certa vez em casa meus pais discutiram por causa daquilo. Meu velho falou que largaria a vida de boiadeiro, compraria uma batina e começaria pedir bois pela região…

Kkkkkkkkkkkkk

Teve um ano que meu pai doou 20 garrotes para um leilão da igreja, e por conta disso o chamaram para fazer parte da comissão da festa. O Betão pai fez graça, concordou, mas desde que meu tio fosse ajudar na organização. Levaram o recado para o padre, mas ele agradeceu e até cogitou devolver o gado. Naquele dia foi um leva e traz recados da nossa fazenda até a igreja… acho que gastaram um tanque de gasolina do “Chevette bento”.

Por fim, meu pai disse que não faria parte de nada, e comentou entre dentes, que aceitassem o gado, do contrário minha mãe ficaria muito magoada com a desfeita, e aí a coisa ia ficar feia de verdade, com a possibilidade dele entrar a cavalo e esparramar uma boiada inteira dentro do templo católico.

Agora, se acham que eu era mal falado…ha ha ha… meu tio era o mal verdadeiro da região.

Muitos anos antes, meu pai e tio eram bem jovens, e durante uma festa que teve na praça da igreja, meu pai, o tio e alguns amigos da época ficava paquerando as moças que circulavam em grupinhos, mas sob os olhares atentos dos pais, que nunca estavam muito longe. Meu tio sempre foi safado, e por conta de um comentário que fez quando passou uma mocinha bonita na frente deles, comentou sobre o tamanho dos “melões” da desavisada. Para azar deles, o antigo padre estava por perto, ouviu meu tio falando dos peitos da moça, chegou até eles e descascou o meu tio, passou uma descompostura na frente de todo mundo.

O Branco que não levava desaforo pra casa, encarou o padre e disse que não confiava no homem que usava saia e nunca tinha trepado com uma mulher, e que fosse dar o rabo na puta que pariu, chamou o sacerdote de donzelão…

Rendeu aquele assunto, incluindo visita do Padre na fazenda, creio que temendo perder as “doações” do meu avô. O velho pároco queria desfazer aquela situação, disse que estava lá querendo dar conselhos para o meu tio, minha avó pediu maiores explicações…

Sei que se não fosse o nono, minha nona teria arrebentado meu tio com uma mão de pilão.

Meu avô também não era muito de ir na igreja, e ficou daquela forma, segundo minha avó, depois que voltou da guerra em 1945!

Bom, por aí vocês calculam a relação da minha família com a santa igreja católica romana!

Mas o que ninguém jamais soube, era que naquela época, aliás, desde os tempos do meu nono, eles compravam caminhões de arroz, feijão, batatas, matavam bois no açougue do avó do Joãozinho, meu amigo, e depois o velho entregava nos asilos, orfanatos e creches da região. E faziam de coração, e aquilo foi segredo deles por décadas. Até o Véio, meu padrinho de coração que me cuidou, foi meu patrão e amigo, também fazia as dele, era caridoso através de “amigos” que ficavam com o mérito, mas ele e sua elegante esposa tinham consciência tranquila.

_____________________________________________________________

A comitiva religiosa passou por mim, a velha de braços dados com o marido, o padre cercado dos “lambe saco”, as moçoilas das boas famílias me olhando com cara de desprezo… a única que me encarou e tinha curiosidade no olhar era a filha da jararaca.

A moça era bonita de verdade, olhos cor de mel, cabelão castanho, e o João acertou quando me contou que ela se vestia de uma maneira diferente das demais ”bafos de hóstia”. A danadinha estava usando um vestido branco pouco abaixo do joelho, mas bem justinho, o que possibilitava análises mais aprimoradas acerca das curvas, volumes no por baixo dos panos, sapato de salto alto.

Era gostosa a moça!

Deram mais alguns passos, povo cercou o padre, aquela agitação, comecei analisar a traseira da moça, era bem redondinha e larga, do jeito que italiano gosta!

Mas uma vez ela me procurou com olhos, e quando trocamos aquele olhar eu tive a certeza, era questão de tempo para eu conseguir alguma coisa com ela.

Tirei o chapéu de modo cortês, arrumei minha cabeleireira, mandei aquele sorrisão de amansar onça, a piscada ligeira, PIMBA 🎯.

Eu já era traquejado naquele assunto, sabia quando a “pombinha” havia entrado na minha arapuca, só precisava ter paciência, pois sabia que a parada ia ser dura, com aquela sargentona vigiando as virtudes da filha.

Deixei acontecer, ainda era cedo, sexta-feira, noite de lobisomem. Kkkkkkkkk

Me virei para o João, que me olhava com aquela cara de safado, sabendo que já estava armando a laçada. Agradeci o amigo, que logo precisou ir cuidar do esquema dele com a perereca da noite, fiquei por ali, cercado da turma dos mal falados da região, mas não perdendo de vista a mocinha linda.

Reparei quando chegaram na barraca das “autoridades”, o magrelão e alguns daquela turminha já se assanharam com a presença da gatinha, a cercando de todos os lados. Em contrapartida, a moça me caçava com os olhos a todo instante.

Eu amava aquela paquera, a sensação da “caça”!

Fiquei indo e vindo por ali, fumando, tive que tomar mais meia dose do Fernet, aquele povaréu todo, molecada correndo esbarrando nas pernas das pessoas, blá blá blá no microfone de algum dos políticos da cidade… foi quando o padre tomou o lugar da fala que eu soube quem era aquele povo.

Contou que estavam ali para ministrar o tal curso para as moças da região, estreitando a relação e reafirmando os laços de compromisso com a santa igreja… agradeceu o apoio da véia jararaca e do seu bondoso marido por ter subsidiado a ida daquelas gentis professoras dos mais diversas cursinhos… finalizou chamando um conhecido comerciante da região, bom católico dizimista, dono de algumas lojas e armazéns, por estar hospedando aquela distinta família, que ficariam até o domingo, dia em que acabariam os festejos naquele mesmo local, lembrou que no último dia seria ofertado refeições, que não ficassem em casa, levassem suas famílias para almoçar em uma das muitas barracas, assim, ajudando na obra do senhor, finalizando tudo em nome do Pai… 👀

Pronto, eu descobri onde é que a jararaca, o boi sonso e sua linda filha estavam hospedados.

A casa onde ficaram hospedados era perto do posto de gasolina, na rua de trás. O casal de anfitriões morava sozinho, tinham filhas, mas nenhuma delas morava mais ali, já que eram todas casadas.

Era deixar acontecer, uma hora eu daria um jeito de mandar um recado, ou encontrar com ela pela festa, ainda era cedo, eu tinha tempo, e aconteceu o inevitável.

Me dispersei da minha turma, estava em missão, focado, só queria arranjar um jeito de me encontrar com aquela gatinha.

Tinha passado das 22:00hs, praça lotada, eu rodeando igual um gavião, sendo paquerado pela linda, vejo um movimento da rapaziada que estava sentada do lado de dentro da barraca da aparelhagem de som, que servia como uma espécie de área vip, reservada às autoridades “importantes” do local.

Fiquei campeando com os olhos, vejo o pai da linda se levantando, pegando no bolso o que devia ser dinheiro, entregando para a filha, a velha jararaca falando com a moça, gesticulando muito as mãos, como se estivesse dando conselhos…

E logo saíram pela praça, aquele seleto grupo do que havia de melhor da “juventude católica”.

O magrelão na frente, só não estava a moça que fez fofoca sobre meu costume feio… aquele bandão de tanga frouxa, as moças bem vestidas, e aquela belezinha no meio do bolo.

Foram em sentido a sorveteria, que estava lotada, logo o tontão pendeu para o lado esquerdo da praça, foram descendo a rua, tagarelavam, andaram um pouco, atravessaram a rua, indo parar em uma lanchonete que havia do outro lado da rua lateral da igreja. Por conta da festa na praça, o local estava meio vazio, muitas mesas estavam disponíveis, e lá foram entrando, juntando mesas, se instalando, o magrelão coordenando tudo, chamando o atendente que era filho do dono daquele estabelecimento.

_____________________________________________________________

Eu pouco frequentava aquele lugar, não gostava do dono, e foi por causa do Joãozinho, que anos antes arrumou namoro com a filha dele, e o sujeito não queria o namoro, achava o João um “açougueirinho” meio “casca grossa”, sem futuro nenhum para a filha. O Joãozinho era meio jeca, igual eu naquela época, mas era trabalhador demais, e não eram pobres, não, pelo contrário!

Meu amigo gostava da mocinha, e era recíproco os sentimentos dela …

Naquela época, ele ia até a fazenda de bicicleta ou à cavalo, só para falar da namorada, que se casariam, minha mãe ficava feliz, dava conselhos pra ele, empenhei palavra de ser o padrinho do lado dele na cerimônia, prometi dar de presente uma geladeira, fogão e uma televisão, e batizaria os filhos deles … éramos tão jovens!

E foi em um sábado, época perto do Natal de 1983, sei que quase saiu confusão, uma briga feia mesmo, coisa de moleques, com o irmão da moça que era bem mais velho que nós, o que estava atendendo o bandão do magrelo, querendo moer o Joãozinho na pancada, cercou ele naquela mesma praça, também tinha 3 primos dele, seria uma baita covardia… falavam em aleijar o João de tanta porrada que dariam nele. Sorte eu estar na vila aquele noite, correram me avisar, depois tive que entrar no meio da confusão, prometi voltar em casa e pegar o revólver, dar tiro em meio mundo…O irmão da mocinha disse que chamaria mais gente, eu também falei que se fosse pra esquentar de verdade, eu avisaria o meu tio, o Brancão véio… Depois disso acabou a confusão sem sair um tapa, só que nunca mais olharam para o João, e fizeram a moça nunca mais encontrar com ele, até mandaram ela para Presidente Prudente morar com os padrinhos, afastando eles de vez.

Nos estranhamos pra sempre naquele lugar, mas eles sabiam muito bem o que encontrariam comigo, ou pior, com o meu tio! 🚬👀

_____________________________________________________________

Eu fiquei parado do outro lado da rua, bem na esquina (o prostituto), a gatinha sentou, se arrumou, ficou virada de frente para a rua, e quando me viu ali parado, encarando a turma, abriu um sorriso bonito, mexendo nos cabelos.

Não foi só ela que percebeu minha presença, todos fizeram caras de incomodados.

Joguei o cigarro, arrumei o chapéu na cabeça, atravessei a rua e fui entrando na lanchonete, distribuindo boa noite pro povo, pro bandão, que por educação me comprimentavam, mas só.

Para a gatinha eu dirigi um “oi moça, bem vinda na cidade”... Pro magrelo dei um “cê tá bão F… ele - “tudo bom Betão”... Naquele jeitão desengonçado, magro e alto demais, cara de besta.

E fui bater lá no balcão.

Podíamos não gostar do povo daquela lanchonete, mas faziam pizzas, lanches eram de primeira categoria, milk shakes e umas vitaminas boas até.

Logo o dono do local veio ter comigo, perguntou o que eu queria, meio secão… comprei uma carteira de cigarros, mais umas balas, pedi uma Coca Cola, paguei tudo, peguei a garrafinha e fui lá na frente fumar, rodeando a turma do magrelo.

Ele que de besta era só a cara e o jeito de andar, me conhecendo, já sabia que eu estava afim da gatinha carne nova área.

Eu tomava um gole, ia pra beira da rua, acendia outro cigarro, ficava encarando a moça. Ela me correspondia com sorrisos, encaradas …

Nesse meio tempo foi chegando os pedidos daquele bando. Sucos, batidas…

Lembro de estar voltando para dentro, pegar outra Coca Cola, o magrelão me fez um comentário:

– Ou Betão, hoje não teve nem como ir na sorveteria, né não… tá lotada, né… você quase não vai em outro lugar, tá sempre por lá falando com a Andreia e a Tica…

O fiadaputa estava tentando queimar ainda mais o meu filme com a gatinha, que naquela altura já devia ter ouvido absurdos a meu respeito.

Matei a caminhada, voltei até onde estavam e sendo eu mesmo, parei de frente a moça, e no “atacado” respondi que, na verdade, eu estava interessado em outra coisa, não em sorvetes. Mandei outra piscada pra moça, voltei até o balcão, deixando as meninas naquele falatório repercutindo minha indireta pra moça.

Tomei outra Coca Cola, paguei, fui passando pela turma, dei um tapa na aba do chapéu, e encarando a gata falei rasgado:

– Tô logo ali, do outro lado, na praça… até mais!

Ela ficou encarando, meio que querendo rir, admirada.

Atravessei a rua, me virei e fiquei olhando aquele bando cochichando, argumentando com a moça. Não foi longe aquilo tudo, vejo aquela belezinha se levantando, deixando dinheiro sobre a mesa, saindo da lanchonete vindo de encontro.

Sorri feliz, já fui tirando o chapéu, e quando aquela delicinha parou na minha frente tive a certeza, estava no papo!

Peguei na sua mãozinha, trocamos beijinhos, ela era cheirosa demais.

Se apresentou, seu nome era curtinho, Ana.

Ficamos naquele lero-lero todo, até que vi a turma do magrelo se levantando. Perguntei se ela queria voltar para junto deles, mas sendo bem sincera, me relatou que já estava cansada da conversa deles, que se resumia em ficarem se gabando dos feitos das famílias nos negócios, das políticas, dos carros, viagens para a capital … tentando impressionar a moça.

Me confessou que queria dar um passeio em outro lugar, mas que sua mãe estava no seu pé desde que havia chegado com o pai no dia anterior, estava cansada da conversa sobre as obras na paróquia, e aquilo tudo.

Também dei risada contando que tinha a mesma opinião que ela sobre aquele assunto todo de igreja, e o quanto aquilo era um pé no saco.

Ana arrumou os cabelos com os dedos de forma muito sensual ,me mandando uma tijolada na cara:

– Pois é, pelo que soube daquela turma, você não é nada religioso, e tem uma péssima fama de namorador… ouvi algumas coisas sobre você, sabe, as moças parece que te evitam, é verdade, Betão?

Falou me medindo de cima abaixo, me obrigando rodar o chapéu no dedo, coçar a cabeça, fazer aquela cara de molecão da roça, muito caipira, inocente :

– Sabe Ana, esse povo daqui fala demais, sou tudo isso que falam de mim, não… trabalho demais, quase não tenho tempo pra arranjar uma namorada. - Aquele conversa mole de sempre! 😇

Ana deu risada, falou um “aham,sei,posso imaginar”, mas continuava me encarando de uma forma diferente, tinha vontade nos olhos, estava se segurando, e eu já conhecia bem quando uma fêmea da espécie ficava no ponto.

Tivemos nossa paquera interrompida quando o magrelo e a turma das cocotas chegaram. As moças queriam saber se ela voltaria com eles, ou ficaria por ali mesmo, e se a mãe dela perguntasse…

Ana disse que só ficaria mais um pouco conversando e logo estaria voltando até a barraca onde estavam seus pais.

O magrelo fez cara de quem não gostou, mas não teve jeito, a gata queria trocar um dedo de prosa comigo.

Assim que vimos o bando de costas, ela sugeriu darmos a volta na praça, e logo depois chegar até onde estavam seus pais.

Saímos caminhando, a praça era comprida, ela foi contando que a mãe pegava muito no seu pé, queria que ela se casasse, que tinha um irmão mais velho e já casado, o pai era mais gente boa, apoiava a filha nos estudos, até deixou ela ir para São Paulo estudar faculdade, mas a mãe jogou areia, queria a moça debaixo da asa dela.

Naquela parte do fim da praça, tinha uma carreira de sibipirunas bem altas, antigas, proporcionando ao local um escurinho, bom para casais trocarem uns beijos.

Parei na frente dela, nem precisei tomar a iniciativa, a moça estava muito afim. Me abraçou pedindo com voz manhosa:

– Me dá um beijo, Betão…

Ficamos agarrados trocando saliva por um bom tempo, esfregadas, apertões e o inevitável aconteceu.

Meu cacete já pegou forma por dentro da zorba, ficou brabo de tudo, espetando a barriga da moça, que era um palmo mais baixa que eu.

Como tantas outras moças, Ana deu uma pausa em nosso amasso, se afastou um pouco, rindo, meio cabreira:

– AFF, é o que eu tô pensando, Beto? Putz, cê mata as meninas, não!?👀

Tornei agarrar aquela gostosa, cheia de curvas, cheirosa, aqueles olhos lindos…

Trocamos aquele beijo apaixonado, esfreguei muito o cacete nela, lambendo o pescoço, chupando a ponta da orelhinha… Deixei Ana soltando faíscas.

Tentei levar a mãozinha dela até o cacetão espetado na lateral da minha rancheira, mas Ana escapava rindo, me chamando de safado, grandão sem vergonha, gostoso…

Essa moça me apertou tanto, arranhou minhas costas com as unhas, mordeu meu rosto demais. Engraçado, tudo quanto foi mulher que tive na vida tinha essa tara de morder meu queixo. kkkkkkkkk

A coitada foi ficando quente pra valer, Ana quase perdendo o juízo, colocou a mão no meu peito pediu desculpas, calma, que a coisa tava avançada demais…

Pausei os agarrou, bati a mão no bolso, peguei um cigarro, acendi tragando comprimido, eu estava com o sangue fervendo de tesão, a rola vibrando pesada dentro da zorba.

Tirei chapéu, abanei o rosto, e Ana rindo, me chamando de safado.

Ficamos ali encostados em uma das árvores, Ana com a mão enfiada por dentro da minha camisa, me elogiando, rindo do meu estado febril, falou em tom de exclamação, se lembrando de uma coisa, e precisando saber de outras:

– Beto, minha mãe fez amizade com uma moça daqui, falou muito bem dela. Ontem ela foi jantar lá onde estamos hospedadas… depois fiquei conversando com ela na frente da casa, ela me contando como eram as coisas por aqui…

Sei que a Ana ficou falando com a linguaruda que fez a minha caveira para a jararaca véia, e a sonsa aproveitando aquela clima de “intercâmbio religioso” intermunicipal, achando que a Ana era outra rata de sacristia, contou sobre os perigos da cidade, dos rapazes que eram confiáveis, religiosos, bons para casar.

Interrompi o relato, perguntando se havia ouvido falar alguma coisa a meu respeito.

Ana foi sincera contando que só havia perguntado para uma das meninas da turma, quando chegaram na barraca das autoridades, quem era o cowboy bonitão vestido todo de preto.

Ana pausou o que estava me contando, começou a rir:

– A fulana só pediu Pelo Amor de Deus para eu não te dar confiança, que ficar te encarando era um perigo, do contrário, seria outra a cair na tua conversa… e que você é gato demais, só que muito safado, mal falado, um perdido, biscateiro, mulherengo demais, e que nunca, jamais teria coragem de beijar sua boca…

Cai na risada, dei de ombros e quis saber dela, o que estava achando do Betão biscateiro.

Ana me abraçou, ganhei uns beijinhos estalados na boca, ficou olhando com aquela carinha linda:

– É Betão, tarde demais… acho que cai na tua conversa, né, quem mandou ficar te olhando… fui dar confiança, agora estou aqui, correndo todos os perigos!

Caímos na risada, foi divertido, eu adorava saber o que falavam da minha pessoa…kkkkkkkkkk

Trocamos mais uns agarrou bem safados, Ana ensaiando umas esbarradas de mão no meu cacetão, mas segundo ela, seria impossível uma “escapada” naquela noite, sua mãe deveria estar preocupada, e logo mandaria alguém atrás dela.

Sabendo que a jararaca véia havia me incluído como inimigo público número um das virtudes das boas moças católicas, tive certeza que teria problemas.

Deixamos combinado de eu aparecer no outro dia, Ana também me prometeu ir dar uma volta comigo em outro lugar menos movimentado.

Encerramos nossos malhos, indiquei por onde ela poderia voltar para junto da boa gente católica, que eu faria um “lá e cá”, saindo perto da barraca do padre.

Assim fizemos, Ana voltou para a ponta da praça perto da lanchonete, eu segui em frente até chegar perto da escadaria lateral da praça, onde dava acesso ao templo religioso, em frente ficava a velha oficina de carroças do compadre do meu finado avô. Acendi um cigarro, fui descendo, me aproximando, curiando o povo, até que encontrei a jararaca mãe da Ana conversando com o prefeito e primeira dama, alguns vereadores, o povo “de bem”.

Estava tudo tranquilo por ali.

O Magrelo e sua turma estavam em uma barraca próxima, e foi para lá que Ana se dirigiu.

Quando a moça se juntou à turma, foi um falatório, as outras meninas cercando a Ana, pelos gestos corporais e expressões faciais, queriam saber o que havia acontecido.

A moça que era veiaca, foi conversando, rindo, dava atenção para uma e outra… e ficaram trocando ideia. Percebi ela olhando para os lados, creio que me caçando no meio do povo.

Resolvi me revelar, sai do escurinho das árvores, dei alguns passos indo em direção a turma deles. Quando Ana me avistou, abriu um baita sorriso. Não sei onde ela carregava o batom, mas estava com a maquiagem retocada, cara de feliz.

Quando as meninas da turma do magrelo me viram passando, olharam pra Ana com curiosidade. Mas a moça era só sorrisos, arrumação de cabelos…

Mandei um “até mais moças”, um tapa na aba do chapéu e segui meu rumo, me misturando ao povo, indo bater lá na sorveteria.

Estava com tesão, saco dolorido, vontade de meter o ferro naquela moça, a filha da jararaca, mas não seria naquela noite!

Pelo avançado da hora, algumas mesas da sorveteria estavam vazias, cacei assento em uma, e nada de tempo minha amiga, a Tica veio me atender. A bandida disse que me viu parado lá na outra esquina conversando com a forasteira, que eu não mudava meu jeito de ser… rimos um bocado!

Logo alguns da turma me encontraram, foram chegando, encostaram as mesas, pedi refrigerantes, sorvetes e tudo quanto tivessem vontade.

Ficamos até a hora que a festa foi acabando, povo indo embora, famílias passando, comércio baixando as portas, até que restou só a sorveteria aberta e a minha turma por ali. Já tinha passado da hora grande.

Os da turma que trabalhavam no sábado pela manhã já tinham vazado, só ficando eu, a Andreia, a Tica e o Joãozinho, que logo se despediu, pois teria que matar um boi dali poucas horas,e as encomendas do açougue do avô, estava cansado da trepada que tinha dado a poucas horas…

Quantas vezes fiquei com as meninas por ali, e naquela noite não foi diferente. Ajudei a guardar as mesas e cadeiras, a Andreia fechava o caixa, conferia as bebidas, sorvetes, a Tica lavando taças e colheres…

Fui levar as duas embora, era quase uma hora da madrugada. Deixamos a Tica na casa dela, que se despediu de nós com aquela carinha de quem sabia que a amiga entraria no ferro dali um pouco. Kkkkkkkkkkk

Já contei que as duas me conheciam desde a época que a escola rural fechou por causa de uma reforma, me obrigando a ir estudar na cidade por dois anos.

Sai da frente da casa da Tica, que era em uma vila perto da entrada principal da cidade, onde ficava a parada de ônibus. Atravessei a vila, fui cortando volta, indo pro meu “abatedouro” preferido… o velho cafezal.

Era a mesma rotina, e se eu soltasse o volante, a caminhonete faltava pouco para manobrar sozinha. Kkkkkkk

Estacionava de frente para a velha estrada com asfalto esburacado, desligava os faróis, ligava o rádio baixinho, e começava os pegas.

Naquela madrugada, antes dos malhos, a Andreia comentou que a Tica havia contado que me viu conversando com uma moça de fora…

Não que minha amiga fosse ficar no meu pé, ou coisa parecida, mas era curiosa, queria saber das coisas, e “se preocupava” comigo, afinal, éramos “amigos” de longa data. E como uma “boa amiga”, ela queria ter certeza que eu estava bem… (rsrsrsrs)

Que nada, ela morria de ciúmes, era apaixonada demais, só que tentava não se iludir. Uma vez tentamos iniciar um namoro, mas não revelamos nada para nossa turma. Só que ela ouvia muita coisa a meu respeito, minhas safadezas, algumas da turma falavam que queriam fazer isso ou aquilo comigo… ela se consumia por dentro.

Então combinamos, para ela não sofrer ou ficar ainda mais magoada, jamais ficaríamos como namorados, somente amigos que se gostavam, e quando dava certo, rolava uma trepada safada. A Tica também foi muito afim, mas diferente da Andreia, morria de medo de entrar no ferro. Kkkkkk

A Andreia era uma morena gata demais, tinha um corpão, era um pouco mais baixa que eu, mas para o padrão das moças da região, era alta. Tinha um par de seios bem formados, grandes, toda durinha, coxas morenas bem roliças, e a bunda… essa era motivo de cobiça. Engraçado que desde que conheci aquela morena, ela nunca ficou com outro. Só que era o seguinte, ela nunca me deixou comer sua buceta. Eu chupava aquela lapa de xana peluda, deixava ela mole, acabada, mas quando a coisa esquentava pra valer, virava o bundão pro meu lado. Quantas vezes tentei tirar o cabacinho dela. Quando me encaixava no meio daquelas coxas grossas, abria a fenda pra socar a língua, via aquela membrana virginal intacta, ficava maluco, mas nem o dedo ela me deixava enfiar, só beijos, chupadas no grelo, nos grandes lábios, que abertos, pareciam uma flor que despontava no meio daqueles pentelhos negros, bem enrolados.

E como tantas outras vezes, naquela madrugada fomos para a caçamba da C10, nos agarramos, trocamos aqueles amassos de sair faíscas. Era quase a mesma coisa todas as vezes. A Andreia se apoiava com os braços esticados por cima da cabina, eu abaixava sua calça, ela usava uns jeans bem apertados, dava trabalho liberar aquele rabão carnudo.

Às vezes eu começava, em outras era ela a me atacar.

Quando a morena me pegava, começava me beijando, mordendo minha boca, beliscava minha barriga, arranhões, lambendo o tórax, barriga, abaixava minha calça e zorba, apertava meu saco com as mãos, se aproximava beijando tudo, distribuindo linguadas, até abocanhar a vara, que enfiava fundo na garganta, deixava bem babada, depois sugava tudo, dando mordidinhas nas veias saltadas, e sempre alisando o sacão…

Quando era eu na iniciativa, passava tempo beijando aquela bundona gostosa, socava a calcinha no rego, lambia as poupas, mordia, a morena dava gritinhos manhosos, eu ficava tarado, arrancava a calcinha e afundava o rosto no meio daquelas montanhas de carne.

Ela tinha aquele cheiro gostoso de fêmea, e depois de um turno no trabalho, ficava impregnado com aroma de xixi, misturado à sua lubrificação… dava linguadas, beijos, chupões naquele cuzinho, velho conhecido da minha vara, percorria a fenda da bolachona peluda. A morena ficava trêmula, eu adorava sentir a pele das suas coxas se arrepiando a cada passada de língua no seu anelzinho.

Era fatal, começava ficar aflita, respiração ofegante, gemendo em desespero, e o sinal para seguir adiante, era quando começava dizer:

– Mete na tua pretinha, meu amor… vem Betão, vem… mete… eu aguento… vem amor…

Agarrava com força sua cintura, ia trombando o caralhão no meio daquele rabo, empurrando, ela vinha com a mão por trás, temendo eu “errar” o alvo. Eu fazia de propósito. Quantas vezes enrosquei a cabeçona na entrada daquela buceta mega molhada, irradiando aquele calor parecendo um forno de rola, a cada investida Andreia gemia em desespero, quase perdia o juízo, falando que tava gostoso, mas logo voltava a razão, e lá vinha aquela mão macia redirecionando meu cacetão para o local correto.

Confesso que às vezes eu ficava puto, mas era a nossa regra, cabacinho da buceta, só se eu mudasse meu jeito de ser, virasse um moço ajuizado, e pra casar!

Demos aquela trepada gostosa, fodi muito o cuzinho da Andreia, estava precisando aliviar a vontade que a mocinha filha da véia carola me deixou.

Algumas vezes, quando eu estava tarado, a morena virava o rosto para eu beijar sua boca, e entre suspiros, beijos e chupadas de língua, Andreia dizia que eu estava acabando com ela, que minha rola estava grossa demais, e ficava naquele choramingo:

– Ai meu cu, amor… cê tá acabando com a tua pretinha, meu amor… ai ai, Betoooo…

Naquelas horas eu mordida muito as costas da Andreia, sem dó, e socava com mais força ainda!

Não ia longe aquilo, a morena me conhecia, foram anos naquelas escapadas, e quando sentia que eu estava pra gozar:

– Beto, ai amor… tá doendo muito… aaaiiiii…. tá mais grosso, Beto, ai meu cu amor, aai meu cu, tá rasgando tua pretinha, tá grosso demais… goza amor, goza!

Me falava aquilo olhando para trás, aquele rostinho bonito, feição carregada de dor, aflição, boca entreaberta, cabelos desarrumados, rosto banhado em suor, aquele cheiro de mulher…

Quem não resistia era eu, e socava forte, encostava os pêlos do cacete naquele rabão, trancos de arracar esteio, logo a porra esguichava forte.

Era um “ui ui ui, ai meu cu, ai meu cu amoooor” que dava dó… kkkkkkkkk

E aquela madrugada foi mais uma…

Depois de levar a morena para sua casa, dei meia volta, tratei de caçar o meu rumo.

Gostava de chegar em casa nas madrugadas. Aquela velha estrada boiadeira foi asfaltada no início dos anos 80, em determinado trecho, uns 4 quilômetros da entrada da nossa fazenda, a estrada ficava mais elevada, possibilitando se enxergar as luzes acesas do terreiro em volta da sede. ❤️

Eu estacionava embaixo da velha Sete Copas, não era raro eu desligar o motor, ouvir o vozeirão do meu pai falando com a minha mãe:

— Óia lá muié, nossa cria chegô… teu nenê tá em casa, já!

Eu ficava olhando o céu estrelado, aquelas madrugadas de clima meio abafado, as corujas piando pelos galhos, os quero - queros rabugentos faziam um barulhão quando algum bicho se aproximava dos seus ninhos, lá do potreiro se ouvia os cavalos quebrando espinhas de milho com os dentes…

Vez ou outra se avistava longe na estrada os feixes de luz dos faróis de carros que passavam, e naquele silêncio do sertão, dava para saber quando o motorista mudava a marcha do veículo pelo ronco diferente do motor.

Saudades…

Acordei disposto naquele sábado, voltaria para a festa, e na melhor das hipóteses, daria mais uns malhos na mocinha linda, filha daquela velha serpente católica.

Não tinha serviço naquele dia, estava por conta do “atôa”.

Os fins de semana da minha família eram quase sempre os mesmos. Almoço com churrasco ou macarronada em casa, ou na fazenda do meu tio.

Assim que encontrei meus pais, avisei que iria na festa da igreja. Minha mãe fazia graça comigo, mas com semblante sério:

– Festa né… igreja, sei… rezar que é bom, nunca vai… êh meu filho, toma juízo rapaz… juízo!

Meu pai me olhava, mandava uma piscada, e pelas costas da minha mãe fazia sinal de 🤫, para não agravar ainda mais a situação com a minha véia !

Foram pra casa do meu tio assim que minhas irmãs se arrumaram, ainda era cedo. Como sempre, prometi aparecer no outro dia, e não esquecer os doces das minhas irmãs.

Pelo horário, nem onze horas era ainda, resolvi dar um giro na vila. Precisava comprar cigarros, abastecer a caminhonete…

Sai da fazenda meio apressado, chegando na vila antes do meio dia.

Fui direto ao posto de gasolina, encostei na bomba, já que meu chegado veio me atender. Deixei enchendo o tanque, fui até o escritório do posto, peguei um café e ficamos jogando conversa fora.

Devo ter ficado uma meia hora por lá, paguei, me despedi dos colegas e vazei pra rua.

Sabendo onde a princesa estava hospedada, fui dar um giro ali por perto.

Passei na frente da casa umas três vezes, e nada, não vi movimento por ali.

Não foi muito difícil imaginar onde poderia estar, e logo estava eu me dirigindo para a praça da matriz, óbvio!

Fui pela rua de cima, caçando, prestando atenção em tudo e todos.

Estacionei em uma sombra, desci pra rua, acendi um cigarro e fui caminhando, procurando.

Fiz parada no alto das escadarias, do lado em que estava a barraca das autoridades.

Desci poucos degraus, logo me deparando com a minha gatinha debaixo da cobertura. Ana estava acompanhada do pai, e mais alguns organizadores da festa. A gata estava usando uma bermuda que deixava metade das coxas de fora, uma blusinha de alcinhas, sapatinho baixo nos pezinhos… 🚬👀

Me aproximei, dei um “bom dia meu povo”. Todos viraram o rosto, um ou outro me comprimentou, mas a Ana, toda alegrinha, chamou o pai dizendo:

– Olha pai, vem conhecer o Beto, ele é daqui…

Quando o veião saiu da barraca, veio se aproximando, me esticou a mão, me dirigindo um sorriso, desmanchei a má impressão que tive do homem.

Foi muito simpático, disse que havia me visto na noite anterior, que eu era o rapaz da roupa preta…

Me apresentei, falei o que estava fazendo ali na cidade… trocamos um dedo de prosa dos bons.

Ana tinha um brilho nos olhos, que suas pupilas sorriam.

Já que a moça entrou na conversa, dizendo que estavam conferindo umas coisas da organização da festa, sua mãe estava na casa paroquial combinando alguns detalhes do logo mais para a noite com o padre…

Sem ter muito o que dizer, perguntei quando começariam as vendas dos comes e bebes, como se eu não soubesse.

O pai da Ana, muito simpático, disse que a partir das 18:00hs.

Então me prontifiquei em chegar no horário, fui apertando a mão do “sogrão” da vez, um tchau pra Ana… a moça me pergunta:

– Onde estacionou o carro, tá longe?

Apontei pra rua de cima, relatando que a caminhonete estava a poucos metros dali. Ana se mostrando ser ligeira igual um raio, olha pro pai:

– Será que vai demorar aqui, pai… quero ir descansar, não dormi muito bem essa noite… o senhor deixa o Beto me levar pra caso do Senhor Fulano de tal…pelo jeito a mamãe vai demorar lá com o padre …

O homem me olhou dizendo:

– Vai depender dele, eu tô enrolado aqui, filha… se não for te atrasar, você poderia fazer esse favor?

Olhei com aquela cara de cachorro ladrão de ovo, até tirei o chapéu da cabeça, seria capaz de jurar com a mão sobre as escrituras sagradas:

— Imagina, não atrapalha em nada não… se quiser levo a Ana agora mesmo.

O povo lá dentro da barraca só de 👀.

Ana abraçou e beijou o pai, virou-se pro meu lado, segurando a empolgação:

– Então me leva até a casa do senhor Tal… , preciso descansar, não estou muito bem, sabe…

E fomos caminhando lado a lado, eu doido pra jogar ela em uma moita e socar o ferro!

Chegamos na caminhonete, pulamos pra dentro, sai devagar, demos a volta na praça, dei um toque na buzina para o “sogrão”, mais adiante troquei marcha até sumir da vista do povo.

Quando sentiu segurança, me pediu para sair das ruas ali do comércio, levá-la para um local mais calmo, tinha que ser rápido…

O foda era que durante o dia, os meus “esconderijos” não nos proporcionariam anonimato. Levar a moça pra fazenda, sem chance, ela não poderia demorar…

Acabamos seguindo para a entrada principal da cidade, mandei ela colocar o meu chapéu, isso até sairmos do perímetro urbano, só pra despistar algum curioso.

Quando pegamos a estrada, acelerei pra valer, ela me atacou, me beijando o pescoço, me alisando, dizendo que eu era safado , gostoso, que estava comigo nos pensamentos desde a noite anterior…

Foi me bolinando, me provocando até a entrada de uma outra velha estrada boiadeira, uns 5 quilômetros pra frente de onde saímos da rotatória principal da cidade. Adiante tinha umas entradas de fazenda ladeadas por cafezais, e já não moravam muitas famílias por ali naquela época.

A coisa tinha que ser rápida, e foi eu manobrar em um daqueles “carreadores”, coisa que não gastamos 10 minutos para estarmos ali, desliguei o motor, essa moça me atacou feito uma onça pulando na vitela.

Me surpreendeu, confesso!

Tive que coordenar a situação, prestar atenção, poderia aparecer alguém …

Mas não apareceu ninguém, logo nos atracamos.

Beijos, mordidas, chupadas, apertos…

A cabine ficou apertada pra tudo aquilo, chamei ela pra subir na carroceria. Ana foi mais ligeira que eu, subindo igual uma gata, e foi me pegando pelo braço, me puxando pra cima.

Encostei a moça no teto da cabina, queria mostrar quem era eu em matéria de domar uma moça excitada.

Abaixei as alças da blusinha que ela estava usando, estava sem sutiã, o que facilitou minha amamentação.

Ana era morena, bem clarinha, queimada de sol, os seios eram branquinhos, mamilos bem vermelhos. Foi começar a chupar, a moça ficou maluca. Senti o mamilo se enrugando dentro da minha boca. Dei mordidas, ela gemendo, aquela excitação toda … Ana se desprendeu da minha boca, ficou de joelhos na minha frente, desesperada tentava abrir minha rancheira.

Tive que ajudar, e tão logo viu meu cacetão pulsando livre, arregalou os olhos, admirada:

– Beto, que tamanho de rola é essa …

Agarrou com as duas mãos, apertou muito, tentou engolir além do pescoção da veiuda, estava meio desajeitada no trato, mordeu meu pau, a barriga da bitela, queria um pedaço pra ela, creio. Kkkkkk

O tempo era escasso, o local pouco propício, só que a excitação falou mais alto. Deixei a moça mamar, lamber tudo, beijar minhas bolas, esfregar os seios…

Me causou admiração o fato da moça ser filha de uma velha carola, ratazana de sacristia, ter aquela disposição para manejar um cacete.

Eu sabia que seria impossível dar um trato de acordo, relaxei, deixando Ana se esbaldar na minha vara. Entre chupadas e lambidas meu tesão foi aumentando, olhando aquela moça bonita de joelhos, devorando aflita meu cacete, o local deserto, mas com a possibilidade de aparecer alguém e sermos pegos no flagra… a vontade de gozar foi aumentando e aconteceu.

Segurei sua cabeça com as duas mãos, Ana abrindo bem a boquinha, língua pra fora… despejei porra no fundo da sua garganta. Tossiu, engasgou, tirou o pau da boca deixando o bichão “cuspindo” para todo lado.

Me arranhou as coxas, ganhei tapas e beliscões. Ana ficou brava comigo, mas acabou fazendo graça debruçada na lateral da carroceria da C10, tentando se livrar da porra, cuspindo e tossindo.

Ajeitei a calça, peguei o garrafão d'água, ajudei a limpar seu rostinho. A moça fez gargarejo, tirou o suor dos olhos, limpou o nariz…

Após os cuidados com seu rostinho, Ana me abraçou dizendo estar admirada e já sentindo saudades, pois o domingo estava logo ali, dia em que partiriam.

Me sugeriu voltarmos para a cidade, não poderia dar um vacilo daqueles com sua mãe, a velha era sistemática, desconfiada e astuta feito um velho sabujo americano de caça.

No trajeto de volta, fui um pouco mais devagar, contei para Ana as coisas que andaram falando para sua mãe a meu respeito.

A moça estando bem pra frente na atitude me contou que só não havia enlouquecido por conta do pai, que era muito gente boa, compreensivo, totalmente o oposto da mãe. Que a velha carola vivia pressionando a moça, cobrando compromisso de arranjar um bom moço católico, casar e ter muitos filhos…

Me tranquilizou, disse que com ela não haveria problemas, havia gostado da minha pessoa assim que me viu vestido todo de preto, fumando no pé das escadarias da igreja com minha cara de safado.

Também deixamos combinado dela escapar comigo para uns pegas naquela mesma noite.

Ana chegaria depois das 19:00hs, me prometendo ficar dando voltas na praça da matriz, depois arranjaria uma desculpa qualquer para não ficar colada com a mãe, e as meninas da cidade.

Era o que eu queria ouvir!

Deixei a pequena perto da casa do comerciante que estava hospedando sua família, depois fui dar um giro em volta da praça, olhar o movimento daquele povo.

Fui passando devagar, em ponto morto com a caminhonete em volta da praça, vi o pai da Ana com os ajudantes do padre, ajeitando as mesas, as barracas sendo abastecidas com comidas e bebidas…

Na minha cabeça só tinha uma coisa… passar a vara na Ana antes dela ir embora.

Fui chegar em casa do meio para o fim da tarde.

As horas custavam passar quando eu estava em

missão de perseguir pererecas, aquilo me consumia. Kkkkkkkkk

Passada a “eternidade” do relógio, depois de muitos cigarros, aquele deita e levanta da rede, liga e desliga rádio e televisão, com o astro rei quase sumindo no horizonte oeste, fui me preparar para a noitada.

Era uma cerimônia quando me preparava para uns esfregas com moças.

Deixava meu rosto com a barba bem feita, lisinho de tudo, passava um perfume bom até nos pêlos da rola, roubava um pouco da loção pós barba do meu velho, penteava bem a juba loira… depois pegava um traje novo no guarda-roupa, a botina lustrada, chapéu, carteira com documentos, grana para o custeio das biscatices, os Halls cereja, carteiras de Marlboro… tudo no jeito!

Naquela boca de noite sai da fazenda com aquela vontade de meter o cacete, estava disposto. Ainda mais que a moça, objetivo dos meus desejos, era filha de uma vaca véia, chata pra um caraiu, metida a besta, se achando melhor que os outros por já se considerar “salva” pela Santa Igreja…

Cheguei na vila bem na maciota, as ruas estavam movimentadas, a nossa região costumava prestigiar quando aconteciam festas. Foi uma época boa para os negócios e a economia da região, e falo por minha família! (Lembro bem daquela época, e na nossa região nem se falava em desemprego… e só ficava sem trabalhar quem fosse vagabundo)

Quando me aproximei da praça, pude ver aquele bando de gente, era bonito de se ver.

Nem perdi tempo caçando lugar para estacionar por ali, toquei direto para a rua de trás, onde sempre tinha locais disponíveis, seja na rua ou nas entradas dos galpões das máquinas beneficiadoras de grãos.

Logo que deixei a C10 estacionada, fui para a esquina e lá fiquei campeando com os olhos, procurando a Ana. Nem quis me misturar com a festa. Tinha a missão, e o foco era 100% nela.

Devo ter fumado uns dois cigarros quando avistei Ana caminhando de braços dados com seu pai.

A danada era ligeira, e assim que chegaram na ponta da praça, resolvi me anunciar.

Naquela noite era Ana que estava com um vestido preto, bem agarrado no corpo, uma sandália de salto alto, uma delícia!👀

Atravessei rápido a rua, indo de encontro com os dois. O velho tinha cara de boi sonso, mas era gente boa.

Quem puxou assunto foi o pai da Ana, me dizendo que mais cedo estava ocupado ajudando os organizadores da festa, nem pode me dar muita atenção…

Lembro dele comentar que eu tinha um aperto de mão firme, e pelo modo como me vestia, quis saber um pouco mais sobre a minha vida, me especulando, se eu lidava com fazenda e bois…

Ficamos uns bons minutos conversando sobre gado e cavalos. Contei um pouco sobre os negócios da minha família, o pai da Ana também possuía fazenda na região de Araçatuba, bem menor que a nossa, mas engordava uns bois, vendia leite para o laticínio… Falamos da festa, também contei que minha família tinha quatro mesas nas festas de São João, que minha mãe e tia eram muito devotas, sempre ajudamos as festas da paróquia com doações…

Ana estava encantada com aquela nossa prosa!

E tinha gente chegando, lotando as mesas em volta das barracas de comidas e bebidas.

O sogrão acabou me convidando para se juntar a eles na barraca do padre.

Fiquei pensativo, sabia que ia dar problema, mas resolvi fazer a vontade dele e da Ana, que de tão animadinha, sorria com os olhos arregalados.

Eu percebi que o velho estava feliz por estar fazendo as vontades da filha.

Saímos caminhando no meio do povo, e coisa pouca de tempo estávamos na frente da barraca do padre, e lá, enrodilhada como uma serpente prestes a dar o bote, a mãe da Ana.

A véia estava conversando com uns paroquianos, ao lado, outras mesas com as boas famílias dizimistas…

Foi engraçado meu povo, muito engraçado!

Quando adentramos no pequeno, porém seleto recinto, e chegamos na mesa onde estava a véia, essa distraída na conversa, rindo muito, os demais ficaram em silêncio, fazendo caras de sérios.

Quando a mãe da Ana virou o rosto, deu de cara comigo ao lado do seu bom e devotado esposo, a mulher mudou a feição.

Fechou a cara, azedou tudo, arregalou os olhos bufando:

- Posso saber onde estavam, e esse aí meu velho, o que está acontecendo? – A véia me apontou o dedo, e se pudesse ou tivesse o poder, teria me fulminado naquele instante.

O pai da Ana, esposo subserviente, mas se mostrando conhecedor das ideias da velha jararaca, mostrando calma, iniciou as explicações. Ana não dava um pio, continuava agarrada ao braço do pai, e eu, bem, estava na defensiva, mas queria provocar aquele povo folgado. Na turma do Magrelo estavam todos olhando, esperando o desenrolar dos fatos, e quem sabe, na melhor das hipóteses para eles, que eu fosse “excomungado” em praça pública! Kkkkkkkkk

O pai da Ana se soltou da filha, sentou ao lado da esposa e começou relatando:

– Esse aqui é o Beto, família tradicional de fazendeiros e boiadeiros aqui da região (falou arregalando os olhos)… olha meu Bem, apesar de novo, tem a idade do nosso filho mais velho, trabalha com a família, ajuda o pai nos negócios com boiadas, tropas, nos arrendamentos… um rapaz trabalhador de futuro, viu!

Acreditem se quiser, mas a véia foi desmanchando a cara de bosta, ensaiando um sorrisinho, até conseguia me olhar sem ter tiques nervosos nos cantos dos olhos.

Era uma filha da puta interesseira, isso sim!

Por fim, a jararaca me olhava com certa simpatia, até me convidou para se juntar a eles naquele grupo tão seleto. Kkkkkkkkk

Agradeci o convite, inventei que estava procurando uns amigos, estendi a mão, comprimentei a velha venenosa, que entre sorrisos simpáticos achou uma pena eu não poder me juntar a eles…

Fui ainda mais filho da puta quando chamei um dos que estavam auxiliando na barraca como “garçom”, pedi que levasse frangos assados, pernil, lanches e bebidas para aquela mesa. O garçom do padre ficou feliz com aquele baita pedido. Bati a mão na carteira, arranquei a grana, paguei e deixei o troco para “as obras da santa igreja”.

Aquilo teve o mesmo efeito da flecha do Cupido, mas não no coração da Ana, e sim nos interesses da véia jararaca católica!

A linguaruda até se levantou, agradeceu minha generosidade, dizendo que mais pessoas deveriam ser igual a mim. Até disse que eu era um rapaz bonito, bondoso…

(Enquanto ele falava eu pensava… será que ela se lembra que sou eu, aquele safado chupador de bucetas)

A turma do Magrelo estava de queixo caído, perplexos, não acreditando na cena, incluindo a fofoqueirinha daquele bando que me denunciou para a inquisidora.

O pai da Ana me olhava morteiro, assim como sua esposa, doidos para fisgarem um “genrão” igual eu pra sua linda filha.

Estava de alma lavada, havia me infiltrado no meio daquele povo “bonzinho”, cheio de virtudes.

Por essas e outras que eu nunca confiei no povo de igreja! Sei que muitos possuem fé sincera, mas o bando de interesseiros é BEM GRANDE!

Tirei o chapéu, recebi os elogios da “boa” senhora católica, agradeci dizendo que não era nada demais, que aproveitassem a festa da nossa cidade, e até mais ver, tenham um boa noite.

O pai da Ana também me agradeceu, perguntou se eu voltaria depois, queria mais umas dicas sobre pecuária, raças de bois…

Ana também me indagou querendo saber para onde eu estava indo, em que local da praça estaria, ou em alguma barraca.

Outra vez o pai da moça interveio nos dando a solução, autorizando a filha a me acompanhar naquele passeio pela praça. Falou olhando para a véia sua esposa, que muito solicita desejou para a filha, e eu, um bom passeio.

Na hora deve ter dado a maior repercussão aquela nossa movimentação diante daquele povo metido a besta, mas eu só soube dias depois. Kkkkkkk

Ana me acompanhou até o lado de fora da barraca, e assim que nos afastamos dos olhares dos curiosos, sorrindo, me encarou com aquele rostinho bonito querendo saber para onde eu a levaria.

Disse que aguardasse e confiasse no Betão, logo ele iria descobrir.

E fomos caminhando, nos misturando ao povo, fomos lá, voltamos cá, rodeamos a velha matriz, ziguezagueando, driblando olhares…

Gastamos bons minutos conversando, ela me falando da família, das implicações da sua mãe, dos alívios por parte do pai. Eu falava do meu dia-a-dia, aquele papo de jovens.

E nesse lero todo, demos a volta naquele povaréu, chegando onde eu havia estacionado a caminhonete.

Foi naquela escuridão proporcionada pelos pés de manga do local, que iniciei o trato naquela delícia chamada Ana.

Na lateral da caminhonete trocamos um malho daqueles de se “pegar cria”.

Foi um esfrega-esfrega safado, beijos molhados, linguadas nas orelhas, arranhões, mordidas na boca, passadas de mãos lá e cá…

Quase arranquei a rola pra fora naquele lugar, mas segurei as pontas, embarcando a moça e seguindo para o meu velho e querido “matel”, digo, Motel… kkkkkkkkkkk

Sai acelerando apressado, apesar de ser cedo, Ana me pediu para não demorar muito, que apesar da “aceitação” dos pais com aquele “passeio”, ela conhecia bem a mãe.

Acho que não gastei 10 minutos para chegar naquele velho cafezal. Ali a C10 parecia a “Super Máquina”, faltava falar e estacionar sozinha. Kkkkkkkkkk

Desliguei o motor, liguei o rádio baixinho, tirei o chapéu… dando início aos trabalhos da noite.

Nos atracamos parecendo dois bichos no cio.

Ana foi desabotoando minha camisa, me chamando de gostoso, safado, lindo… eu já correndo as mãos naquelas coxas roliças, apalpando os peitos, aquele desespero todo.

Outra vez a cabine ficou pequena, nos obrigando saltar para a carroceria. Ana tratou de tirar os saltos, e apressada foi me puxando pelo colarinho.

Em segundos me encontrei agarrado com a moça.

Ana já encostou as costas na cabine, abriu os braços na lataria, ficando à minha inteira disposição.

Naquela noite dei um trato naquela moça, que se ainda for viva, deve se lembrar daquilo tudo que fiz com ela naquele meio de cafezal, no lombo da da C10 companheira.

Me abaixei, fui mordendo, lambendo e comecei chupando seus joelhos, coxas, causando arrepios naquela pele morena bem clarinha, quase branca. A moça era uma delícia!

Eu sentia com minha boca a pele das suas coxas toda arrepiada. Ana gemia baixinho, alisava meus cabelos, ficando aflita, me perguntava com voz manhosa, muito dengosinha, sem obter resposta, sobre o que eu ia fazer com ela naquele lugar deserto.

Abaixei a calcinha da moça até os pezinhos descalços, Ana ergueu o vestido, enroscando a barra por dentro do sutiã, aquele cheiro de buceta me atingiu feito uma tijolada, me deixando ainda mais tarado.

Agarrei com as duas mãos aquela bunda carnuda, bem larga, nem precisei pedir, Ana se livrou da peça íntima, voluntariamente ergueu sua perna, escorando a coxa no meu ombro, ficando exposta, totalmente entregue às minhas taras.

Fui com a boca de encontro, beijei muito aquele montinho de carnes úmidas, com uma pentelheira rala no “capô”.

Beijava de cima para baixo, enfiava a língua, leves mordidas nas laterais daquelas coxas roliças, passadas de nariz, queixo e boca. Fiz essa moça gemer demais, subia e descia a pélvis no meu rosto, sempre agarrada em meus cabelos…

A certa altura, meu cacete estava doendo dentro da zorba. Tive uma ereção do tamanho de Minas Gerais!

Parei a lambeção, Ana reclamou, queria mais, estava quase lá, mas eu precisava e queria ir além…

Sob protestos virei Ana de costa pra mim, era hora de lamber aquele rabão carnudo.

Peguei com força, com as duas mãos, abri aquela bundona morena. Ah Ana, como era cheirosa aquela jovem fêmea!

A moça resmungou querendo saber o que eu ia aprontar, enquanto dava tapas no teto da caminhonete…

Enfiei nariz e linguiça, fui caçando aquele cuzinho quente.

Quando senti aquelas preguinhas enrugadas na ponta da minha língua, fiz pressão, queria fuder aquele cuzinho. Chupei, lambi, beijei muito, namorando aquele rabão gostoso.

“Lá em cima”, Ana fazia como tantas outras que tive naquela época.

Me chamando de maluco, doido, que aquilo não poderia acontecer, que eu não devia ficar passando minha língua com aquela força, que eu era muito safado, tentando invadir tudo, fazendo daquela forma no seu bumbum, que no cuzinho era errado, uma coisa suja, que minha língua era muito quente, molhada…

E falou um bocado, mas não arredou um milímetro sequer, apenas rebolava balançando o rabão, como se acometida de coceira ou comichão desesperada. Eu sentia aquele cuzinho piscando igual enfeite de Natal na minha boca, enquanto a buceta ia melando cada vez mais.

Nas lambidas pelas polpas carnudas, às vezes eu descia até as coxas, voltava passando a língua e sentia a lubrificação pingando forte daquela bucetinha no cio.

Deixei Ana soltando faíscas, aproveitando cada momento com aquela delicinha.

Agora, gostoso mesmo foi o momento que “carquei o caibro” naquela potranca fogosa.

Enquanto chupava aquele cuzinho gostoso, a bundona da moça, entre uma coisa e outra, fui abrindo a fivela, botão da rancheira, zíper…

Hora que eu não aguentei mais, precisando socar o cacetão na moça, nem avisei.

Me levantei acabando de arrancar a rola da zorba, segurando bem na base do troncão rosado veiudo, fui socando no meio daquela bunda gostosa, roçando, empurrando, procurando a fenda estreita.

Ana me pediu calma, cuidado, e quando esbarrava na porta do cuzinho, ela me implorava, pedindo suplicante que eu não fizesse uma miséria daquelas …

Só que a hora que encaixei a chapeleta rombuda na porta da xaninha, Ana travou o corpo. Ficou imóvel, como se paralisada por um choque.

Forcei, dei trancos, a menina pisando na carroceria da caminhonete, se ajeitando, tentando suportar a acomodação da minha rola, que naquela altura dos acontecimentos, estava uma barra de aço, de tão dura.

Essa moça começou gemer demais, eu sentindo aquele calor que irradiava das suas entranhas, a lubrificação muito viscosa espirrando a cada investida, eu tarado comecei beijar, morder aquele pescocinho delicado… Ana foi amolecendo, se entregando, baixando a guarda, suspiros profundos, palavras de incentivo pedindo mais, querendo muito mais…

Minha rola foi abrindo caminho, seu canal mais habituado a espessura do meu cano foi ficando mais relaxado. Eu tirava quase a rola inteira e voltava socando bem devagar, alisando suas coxas, beijando seus ombros, hora alisando suas coxas, bunda…

Foi um sexo dos mais quentes com a Ana, que levava as mãos para trás, me alisava a cabeça, agarrava minhas coxas, com o queixo sobre o ombro me oferecia a boca e lingui para beijos safados, bem molhados…

Quase soquei a rola toda, mas a moça era meio “rasa”, sabe…

Era eu bater com a cabeçona da vara no útero, a moça emitia um “ai” sofrido, pedia calma, que a minha rola estava muito grande, grossa demais…

Nesse vai e vem todo, perdemos a noção do tempo, queríamos fazer amor, estar um dentro do outro!

Vez ou outra Ana estremecia, anunciava o gozo de forma desesperada:

– Eu tô, eu vou… eu tô Beto… aiiii, gozei meu lindo… gozei pra você…

Amolecia o corpo, se escorava em mim, estando com sua bucetinha totalmente preenchida, encaixada, com meu cacetão indo e vindo sem parar.

Só teve preocupação tempos depois, comigo estando no ponto de bala, doido pra me aliviar, anunciei que a hora era aquela, eu ia gozar, e muito. Envolvi a moça nos braços, com força mesmo, disse que estava vindo, que estava chegando… Ana pediu suplicante para eu não gozar dentro:

– Dentro não, amor… não me engravida não… por favor… dentro não… tá mais grossa… tá muito grossa… – Foi fatal!

Aquela gemedeira, súplicas, voz manhosa, sofrendo pra aguentar meu cacete, quem não se aguentou fui eu.

Até tentei tirar o cacete, mas a primeira rajada foi na porta da bucetinha, o resto foi no rego, na buncda, nas coxas… foi aquela gozada forte, com a porra saindo em potentes jatos, espessa demais, grudenta, quente!

Deixei o cacete pulsando igual um coração encaixado no meio da bundona da Ana, enquanto tentava me escorar na moça e na cabine.

No tempinho que passei me recuperando, aproveitei para beijar seus cabelos, pescoço, os ombros, alisar aquele corpo gostoso de jovem fêmea…

Ana balbuciou baixinho que eu era safado demais, lindo, mas muito safado… havia machucado toda sua pererequinha, estava dolorida, sentindo fisgadas em lugares que jamais imaginou sentir… mas que estava muito feliz por estar ali, naquele local ermo, sob as estrelas, noite fresquinha…

Ainda namoramos e fizemos “nheco-nheco” um bocado naquela noite.

Ficamos abraçados olhando o céu, demos muitas risadas sobre tudo e todos. Acabei contando dos falatórios a meu respeito, sobre as fofocas, os olhares de reprovação da sua mãe e do padre comigo…

Ana também me pediu desculpas pelo jeito da sua mãe. Relatou que não era a primeira vez que sua mãe tentava arranjar para ela um “bom casamento”. Que teve outros namorados, mas nunca deu certo…

Rimos ainda mais quando ela disse que jamais imaginaria que eu fosse passar minha língua lá naquele lugar, fazendo esse gesto 👌🏼. 👀

Abriu o coração me contando sobre sua família, suas vontades de ir embora para a capital, estudar, e que também sentiria muita saudade de um certo peão boiadeiro loiro, grandão, mal falado na região de Presidente Prudente, que pensaria muito em mim, e se eu quisesse, poderia procurá-la em Araçatuba.

Fui devolver Ana onde estava hospedada em madrugada alta.

Voltei pra fazenda feliz da vida com aquela peripécia toda!

No domingo, horário do almoço, fui para a cidade, queria almoçar por lá e reencontrar Ana.

Só encontrei meus amigos e amigas e outras caras de sempre por lá.

O primeiro a vir falar comigo foi o Joãozinho, querendo saber das minhas andanças da noite anterior.

O velhaco contou que me viu saindo com a moça filha da velha serpente, e foi me relatando tudo que aconteceu na praça depois que “sumi” com a gatinha.

Ana e sua família haviam ido embora, assim eu soube.

Não encontrando aquela belezinha, resolvi dar meia volta e ir para casa do meu tio. Minha família toda estava por lá, com certeza estavam assando carne como sempre.

Antes, passei em uma barraca de doces, comprei tudo quanto havia de bolos, doces, chocolates, balas…

Convidei o Joãozinho para ir comigo até a fazenda do meu tio, ele aceitou na hora, e sabia que era mais que bem vindo na nossa família.

No trajeto até a casa do meu tio, fomos dando muitas risadas, o Joãozinho me contando das conversas que estavam tendo por causa da minha escapada com a Ana…

Passamos um domingo gostoso em família, comendo churrasco, bebendo, dando risada.

Meus pais e irmãs voltaram para nossa casa já era noite. Eu e o Joãozinho ainda ficamos mais um pouco contando nossas peripécias para o meu tio, que adorava saber das nossas presepadas.

Quando o João contou em detalhes tudo quanto havia ouvido a meu respeito por parte das carolas da igreja, meu tio rolou no chão de tanto rir, apelando muito comigo!

E assim foi aquele final de semana da minha jovem vida boiadeira.

Vida cheia de trabalho, alegrias e tristezas, mas muito intensa.

As semanas se passaram, o falatório ainda persistiu por um bom tempo, e as ratazanas de sacristia da nossa cidade diziam que aquela turma de Araçatuba era sem noção, e não sabiam como aquela distinta senhora acabou amolecendo daquela forma, me deixando se aproximar de sua bela e recatada filha.

As maldosas falavam que não foi por falta de avisos sobre quem era o tal de Betão, e os costumes feios que eu tinha de chupar buceta!

Eita tempo véio aquele…

🐂 🐎

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 6 estrelas.
Incentive Cavaleiro do Oeste (SP) a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.
Foto de perfil de Cavaleiro do Oeste (SP)Cavaleiro do Oeste (SP)Contos: 63Seguidores: 45Seguindo: 29Mensagem

Comentários

Foto de perfil de Himerus

Como sempre uma história deliciosa. Fui criado em uma pequena cidade rural nos Estados Unidos e, guardadas as diferenças culturais, o ambiente era similar ao descrito por você. A igreja não era católica, era batista, mas a hipocrisia era a mesma. Comi muito cu de garota do "grupo de jovens" que faziam parte do movimento "I Chose to Wait" (Eu Escolhi Esperar)...

0 0
Foto de perfil de Cavaleiro do Oeste (SP)

Ahahaha então o compadre é dos meus!

Nos anos 70 e 80 tinha muito disso, sabe. Mulherada "guardava" o lacre para o escolhido, mas as pregas nem seguravam mais peidos! 🤠😅🤣😅

Obrigado pelo visita e comentário, e como percebeu, não agrado a todos! 🤠👋🏼

0 0
Foto de perfil de fuaz

❤️A capa­­­cidade de despir qualq­uer mulher, de vê-la nua) Avaliar ➤ https://ucut.it/nudo

0 0
Foto de perfil de Seu pau amigo

Conto chato pea caramba nos primeiros 5 min desisti ....

0 0
Foto de perfil de Cavaleiro do Oeste (SP)

Obrigado pela visita, e de fato, minhas histórias não agradam a todos, não costumo "rabiscar" meia dúzia de linhas... Acredito que se for procurar nos seus "contos", vou encontrar coisas pouco agradáveis! 👀

Mesmo assim, obrigado!

0 0