Reflection - Capítulo 07

Um conto erótico de ANFE
Categoria: Gay
Contém 2640 palavras
Data: 23/03/2025 16:24:40
Última revisão: 24/03/2025 00:39:48
Assuntos: Gay, Vida Escolar, abuso

Lucas ainda estava tentando processar tudo o que havia acontecido no mato. Sua mente parecia um turbilhão de emoções: medo, dor, confusão e culpa. Ele não conseguia parar de pensar em como Pedro, alguém que ele achava que conhecia, havia se transformado em uma pessoa completamente diferente naquele momento. O jeito como Pedro o pressionara contra a árvore, a força com que segurou seus braços, o desespero que Lucas sentiu ao perceber que não conseguia escapar... Tudo aquilo ainda ecoava em sua mente como um pesadelo do qual ele não conseguia acordar.

Pedro era mais alto e mais forte, seu corpo atlético dominava Lucas sem esforço. Mesmo quando Lucas tentou resistir, empurrando-o com as mãos trêmulas, Pedro apenas o forçou ainda mais contra a árvore, prendendo-o ali como se fosse uma presa indefesa. Lucas podia sentir o cheiro da terra molhada misturado ao suor de Pedro, e isso o fazia tremer ainda mais. Seu coração batia descontrolado, mas ele sabia que gritar seria inútil – estavam longe demais de qualquer ajuda.

— Abre a boca — ordenou Pedro, sua voz fria e autoritária. Lucas hesitou por um momento, seus olhos marejados de lágrimas enquanto tentava encontrar forças para reagir. Mas Pedro não esperou. Com uma das mãos, ele forçou Lucas a abrir a boca, enquanto com a outra começava a abrir o zíper de sua calça. Lucas sentiu o pânico tomar conta de si. Ele queria fugir, queria gritar, mas seu corpo parecia paralisado pelo medo.

Quando Pedro finalmente colocou seu pau na boca de Lucas, foi como se algo dentro dele se quebrasse. Lucas começou a chorar baixinho, envergonhado e assustado. Ainda assim, ele obedeceu, com medo do que poderia acontecer se resistisse. Pedro, percebendo que Lucas estava excitado apesar de tudo, sorriu de forma cruel, como se estivesse satisfeito com o controle que exercia sobre ele.

— Isso mesmo, garoto. Você gosta disso, não é? — murmurou Pedro, suas palavras carregadas de malícia. Ele começou a segurar a cabeça de Lucas com as duas mãos, impulsionando-a para frente e para trás, ignorando os gemidos baixos e quase imperceptíveis que escapavam dos lábios de Lucas.

Lucas estava completamente perdido. Ele não entendia por que seu corpo reagia daquela maneira, mesmo diante de tanta dor e humilhação. Tentava se convencer de que era apenas uma reação física involuntária, mas isso só o deixava ainda mais confuso e envergonhado.

Quando Pedro decidiu avançar ainda mais, Lucas tentou resistir novamente. Ele segurou as mãos de Pedro com toda a força que tinha, implorando:

— Por favor, para... está doendo...

Mas Pedro não ouviu. Ele abaixou as calças de Lucas com brutalidade e, antes que ele pudesse reagir, colocou a mão sobre sua cueca, pressionando os dedos contra seu ânus. Lucas sentiu uma dor lancinante, como se algo dentro dele estivesse sendo rasgado. Ele gritou, mas Pedro rapidamente tampou sua boca com a mão livre.

— Fica quieto — rosnou Pedro, seus olhos brilhando com uma fúria que Lucas nunca tinha visto antes.

Lucas sabia que não havia o que fazer. Ele decidiu parar de lutar, mesmo que cada toque de Pedro o fizesse querer vomitar. Estava exausto, tanto fisicamente quanto emocionalmente. Quando percebeu que Pedro estava distraído tentando tirar sua blusa, Lucas viu sua chance. Ele se desvencilhou com um movimento rápido e saiu correndo, mesmo com as calças abaixadas até os joelhos.

Correr pela rua daquele jeito foi humilhante. Havia poucas pessoas por ali, mas as que estavam passando olharam para ele com expressões de surpresa e confusão. Lucas mal conseguia pensar direito. Ele só queria se afastar de Pedro o máximo possível. Enquanto corria, arrumava suas roupas desajeitadamente, tentando recuperar alguma dignidade.

Quando finalmente chegou em casa, Lucas estava tremendo tanto que mal conseguiu abrir a porta. Sua mãe, Karine, estava sentada na sala assistindo à TV quando ouviu o barulho da porta se fechando com força. Ela se levantou imediatamente ao ver o estado do filho.

— Lucas! Meu Deus, o que aconteceu? — perguntou ela, alarmada ao ver os olhos inchados de tanto chorar e o rosto pálido de Lucas.

Ele tentou mentir, mas as palavras saíram embargadas.

— Eu... eu achei que tinha um carro vindo atrás de mim. Fiquei com medo e corri...

Karine franziu a testa, claramente desconfiada. Ela sabia que havia algo errado, mas também sabia que pressionar Lucas naquele momento não ajudaria. Então, apenas assentiu e o abraçou, deixando que ele chorasse em silêncio.

No dia seguinte, Lucas ficou aliviado ao saber que Pedro não havia ido à escola. Ele passou o dia cercado por Daniel e Bruno, que notaram que algo estava errado, mas decidiram não perguntar. Eles simplesmente estavam presentes, oferecendo apoio silencioso sempre que Lucas precisava.

Os dias se passaram, e Pedro continuou ausente. Já eram nove dias desde que ele havia faltado às aulas, e Lucas começava a se sentir mais leve, como se o peso que carregava nas costas estivesse diminuindo aos poucos. A presença constante de Daniel e Bruno ajudava a preencher os espaços vazios que a ausência de Pedro havia deixado em sua rotina. Eles sempre estavam ao seu lado, prontos para ouvir quando ele precisava desabafar ou apenas para fazer piadas e distraí-lo dos pensamentos sombrios.

No entanto, mesmo com toda a companhia, Lucas ainda sentia uma pontada de culpa. Ele não conseguia evitar pensar que talvez tivesse contribuído para o sofrimento de Pedro. As palavras da mãe dele – "Ele estava muito nervoso, ansioso... Parece que algo aconteceu na escola ou com amigos" – ecoavam em sua mente como um lembrete constante do impacto que aquela situação havia causado em todos.

Mas, por outro lado, Lucas também sabia que não podia continuar culpando a si mesmo pelo que havia acontecido no mato. Pedro havia cruzado uma linha que não deveria ser cruzada, e Lucas tinha o direito de se proteger. Mesmo assim, ele se perguntava: será que Pedro realmente sentia remorso pelo que fez? Ou aquela mudança repentina era apenas uma forma de fugir das consequências?

Na escola, as coisas pareciam voltar ao normal. Lucas estava mais focado nos estudos e nas atividades extracurriculares, especialmente no treino de vôlei. Ele e Bruno tinham desenvolvido uma boa química dentro de quadra, e a treinadora já os elogiava por sua sincronia durante os jogos. Daniel também participava dos treinos, mas preferia ficar nas arquibancadas, observando e fazendo comentários engraçados sobre as jogadas.

Apesar disso, Lucas ainda sentia uma certa tensão no ar. Era como se algo estivesse prestes a acontecer, algo que ele não conseguia prever. Ele tentava ignorar essa sensação, atribuindo-a ao cansaço acumulado das últimas semanas, mas ela persistia, incomodando-o como um formigamento constante na nuca.

Uma tarde, enquanto voltava para casa com Bruno e Daniel depois do treino, Lucas decidiu tocar no assunto que vinha evitando há dias.

— Vocês acham que o Pedro vai voltar pra escola? — perguntou ele, tentando soar casual.

Bruno franziu a testa, claramente surpreso com a pergunta.

— Não sei, cara. Ele sumiu sem dar muitas explicações. Por quê? Você tá preocupado com ele?

Lucas hesitou antes de responder. Ele não queria revelar demais, mas também não queria parecer indiferente.

— Não sei... É só que... Ele é meu colega de classe, né? Só fiquei curioso.

Daniel, que até então estava quieto, interrompeu:

— Eu ouvi uns boatos de que ele teve algum problema sério em casa. Algo relacionado à mudança. Mas ninguém sabe ao certo.

Lucas assentiu, sentindo um aperto no peito. Ele queria acreditar que Pedro estava bem, mas ao mesmo tempo sabia que não podia confiar nele como antes. Aquele dia no mato havia mudado tudo entre eles.

Quando chegaram à rua onde Lucas morava, ele se despediu dos amigos e seguiu para casa. Ao abrir a porta, encontrou sua mãe na cozinha, preparando o jantar. Ela sorriu ao vê-lo entrar.

— Como foi o treino, filho?

— Foi bom, mãe. Ganhamos de novo hoje.

Karine assentiu, orgulhosa, mas logo percebeu que algo ainda perturbava Lucas.

— Tem certeza de que está tudo bem? Você parece meio distante ultimamente.

Lucas forçou um sorriso, tentando tranquilizá-la.

— Tô bem, mãe. Só tô cansado. O treino tá pegando pesado.

Karine não pareceu totalmente convencida, mas decidiu não insistir. Ela sabia que Lucas falaria quando estivesse pronto.

Mais tarde, enquanto se preparava para dormir, Lucas resolveu verificar seu celular. Havia uma mensagem nova no Facebook – algo que ele não esperava. Era de Pedro.

"Oi, Lucas. Sei que provavelmente você tá com raiva de mim, e eu entendo. Quero pedir desculpas pelo que fiz. Foi errado, e eu me arrependo muito. Podemos conversar? Preciso explicar algumas coisas."

Lucas sentiu um nó na garganta ao ler a mensagem. Ele não sabia o que fazer. Parte dele queria ignorar completamente, bloquear Pedro e seguir em frente. Mas outra parte – uma parte menor, porém insistente – sentia curiosidade sobre o que Pedro tinha a dizer. Será que ele realmente estava arrependido? Ou aquilo era apenas mais uma manipulação?

Depois de alguns minutos de hesitação, Lucas decidiu agir. Ele bloqueou Pedro no Facebook e apagou a mensagem sem responder. Sabia que não podia arriscar se envolver novamente, não importava o que Pedro dissesse.

Ao deitar na cama, Lucas tentou afastar aqueles pensamentos, mas eles continuavam voltando como ondas incessantes. Ele sabia que o caminho para superar tudo aquilo seria longo e cheio de desafios, mas algo dentro dele dizia que estava no caminho certo. Com o apoio de seus amigos e da presença constante de sua mãe, ele começava a sentir que poderia enfrentar o que quer que viesse pela frente.

Mas, mesmo com toda a segurança que tentava projetar para si mesmo, havia momentos em que Lucas sentia um vazio profundo. Era como se uma parte dele ainda estivesse presa àquele bosque, revivendo cada detalhe doloroso do que Pedro havia feito. Ainda assim, ele tentava se concentrar nas coisas boas: os risos nos treinos de vôlei, as conversas descontraídas com Bruno e Daniel, e até mesmo o carinho reconfortante de Karine quando ela percebia que ele precisava de um abraço sem palavras.

Na escola, as semanas continuavam passando. O nome de Pedro tornou-se cada vez mais raro nos corredores, quase como se ele nunca tivesse existido ali. Mas para Lucas, era impossível esquecer. Mesmo com a ausência física de Pedro, seu impacto permanecia. Alguns colegas comentavam sobre a mudança repentina, especulando o motivo por trás da partida abrupta. Lucas ouvia esses rumores calado, evitando participar das conversas. Ele não queria alimentar mais fofocas ou dar margem a interpretações erradas.

Um dia, durante o intervalo, Lucas estava sentado sob uma árvore no pátio com Daniel e Bruno. Eles discutiam sobre o próximo campeonato de vôlei enquanto Lucas apenas ouvia, distraído. Seus olhos vagavam pelos alunos que passavam, observando risadas e conversas casuais. Por um momento, ele se perguntou como seria se nada disso tivesse acontecido. Será que ele e Pedro teriam sido amigos? Ou talvez algo mais? Esses pensamentos o assustavam, mas ele não conseguia evitar.

— Lucas? Tá me ouvindo? — perguntou Bruno, interrompendo seus devaneios.

Lucas piscou rapidamente, voltando à realidade.

— Hein? Ah, sim... Desculpa, eu tava pensando em outra coisa.

Bruno franziu a testa, preocupado.

— Você tá bem? Tem alguma coisa na sua cabeça?

Lucas hesitou antes de responder. Ele sabia que Bruno e Daniel estavam sempre ao seu lado, prontos para escutar o que ele precisasse dizer. Mas, ao mesmo tempo, ele não queria envolvê-los em algo tão pessoal – pelo menos, não ainda.

— Tô bem, só tô cansado. Não durmo direito há uns dias — respondeu, forçando um sorriso.

Bruno pareceu aceitar a resposta, mas Daniel continuava encarando Lucas com um olhar perspicaz. Ele conhecia Lucas bem o suficiente para saber que algo maior estava acontecendo.

— Se precisar conversar, sabe que pode contar com a gente, né? — disse Daniel, apoiando a mão no ombro de Lucas.

Lucas assentiu, sentindo um calor no peito ao perceber o quanto seus amigos realmente se importavam.

— Eu sei, cara. Valeu mesmo.

Após o intervalo, Lucas voltou para a sala com uma sensação estranha. Durante a aula, ele mal conseguiu prestar atenção ao professor. Sua mente continuava revisitando as últimas semanas, tentando entender como tudo havia saído tanto do controle. Ele sabia que tinha feito a escolha certa ao bloquear Pedro e seguir em frente, mas isso não significava que fosse fácil.

Quando chegou em casa naquela tarde, encontrou Karine preparando o jantar. Ela notou imediatamente que algo ainda perturbava Lucas.

— Filho, você tem certeza de que está tudo bem? Você anda meio distante ultimamente — disse ela, colocando a faca de lado e olhando diretamente para ele.

Lucas suspirou, sentindo o peso da preocupação dela.

— Eu tô bem, mãe. É só... muita coisa na cabeça, sabe? Mudar de escola, fazer novos amigos... é complicado.

Karine assentiu, entendendo o que ele queria dizer.

— Eu sei, meu amor. Mas lembre-se de que você não precisa passar por isso sozinho. Se precisar falar, estou aqui.

Lucas sorriu, grato pelo apoio dela.

— Eu sei, mãe. Obrigado.

Depois do jantar, Lucas decidiu tomar um banho para relaxar. Enquanto a água quente escorria por seu corpo, ele se permitiu pensar novamente em tudo o que havia acontecido. Ele sabia que precisava encontrar uma forma de deixar o passado para trás, mas também sabia que isso levaria tempo.

Ao sair do banheiro, ele pegou seu celular e viu que havia recebido uma mensagem de Bruno:

"E aí, Lucas? Amanhã vamos jogar vôlei depois da aula? A galera tá animada!"

Lucas sorriu ao ler a mensagem. Ele respondeu rapidamente:

"Claro! Estarei lá."

Sabia que estar perto de seus amigos ajudaria a aliviar o peso que ainda carregava. Eles eram sua âncora nesse período turbulento, e Lucas estava determinado a aproveitar cada momento ao lado deles.

No dia seguinte, o treino de vôlei foi exatamente o que Lucas precisava. Ele e Bruno formaram uma dupla imbatível, ganhando ponto atrás de ponto. Daniel, sentado nas arquibancadas, gritava e aplaudia a cada jogada bem-sucedida. Era como se, por algumas horas, Lucas pudesse esquecer todos os problemas e apenas se concentrar no presente.

Mas, no final do treino, algo inesperado aconteceu. Enquanto Lucas guardava suas coisas no armário, ele ouviu alguém chamando seu nome. Virou-se lentamente e viu Juliana parada à porta do ginásio.

— Oi, Lucas... Posso falar com você? — perguntou ela, parecendo nervosa.

Lucas hesitou por um momento, mas logo assentiu.

— Claro, Juliana. O que foi?

Juliana respirou fundo antes de começar.

— Eu... eu queria te pedir desculpas. Pelo que aconteceu entre você e o Pedro. Eu não sabia... bem, eu não fazia ideia do que estava acontecendo entre vocês dois.

Lucas ficou surpreso com a sinceridade dela.

— Não precisa se desculpar, Juliana. Você não tem culpa de nada.

Juliana balançou a cabeça, visivelmente frustrada consigo mesma.

— Mas eu deveria ter percebido. Eu via como Pedro agia diferente perto de você, mas achei que fosse só... sei lá, amizade. Até que ele sumiu de repente, e minha mãe me contou que ele estava sofrendo muito. Foi aí que comecei a ligar os pontos.

Lucas sentiu um aperto no peito. Ele não queria culpar Juliana por nada, mas também não podia negar que parte do que havia acontecido era resultado das atitudes de Pedro.

— Escuta, Juliana... Eu não sei o que dizer. Só espero que ele esteja bem agora. Isso é o que importa.

Juliana assentiu, seus olhos marejados de lágrimas.

— Obrigada por ser compreensivo. Eu só queria que você soubesse que eu não tinha ideia do que estava acontecendo. E... espero que possamos ser amigos.

Lucas sorriu, genuinamente tocado pela preocupação dela.

— Claro, Juliana. Somos amigos.

Depois dessa conversa, Lucas sentiu um peso menor em seus ombros. Ele sabia que ainda havia muito a processar, mas também sabia que estava cercado por pessoas que se importavam com ele. E, com o tempo, ele aprenderia a seguir em frente. Mas eu ficava pensando, porque a Juliana veio me procurar ? Como ela sabia que ele estava sofrendo ? Era tudo muito estranho!

[CONTINUA]....

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