GAROTO, EU ODEIO AMAR VOCÊ [07] ~ TRANSANDO COM O PAI DO MEU AMIGO

Um conto erótico de Lucas
Categoria: Gay
Contém 4096 palavras
Data: 24/03/2025 18:38:13

Chegamos no apartamento de praia do tio Augusto, já conhecia de ir várias vezes lá, assim que entramos tio Augusto me puxou e me beijou na sala, um beijo quente como eu nunca havia recebido:

– Caralho moleque, você é muito gostoso – Disse o Augusto apertando a minha bunda.

– O sr que é tio, você é mô tesão. – Falei apertando seu pau.

– Temos duas horas, e quero aproveitar cada segundo.

O tio Augusto foi me beijando e tirando minha roupa, e foi fazendo o mesmo com as roupas dele, ele me colocou de costas, alisou minha bunda e arrancou minha cueca, me virei olhei para ele e passei a mão no seu peitoral, e fui até o seu pau, onde puxei para fora da cueca, era um pau grande e grosso, tão grande quanto o do Carlos, passei a língua nos lábios, e então ele me fez ficar de joelhos, e coloquei seu pau em minha boca:

– Isso moleque, chupa igual você chupa meu filho, seu putinho.

Comecei a chupar, tentando engolir o máximo, e ele forçava seu pau na minha garganta, muitas vezes eu tossia, ou queria me engasgar, e ele me olhava com um olhar que estava me devorando com os olhos.

– Quero que você foda comigo na cama do Carlos – falei enquanto tirava o seu pau da minha boca.

– Vou te foder em todos os cantos desse apartamento, aqui no sofá, na minha cama, e na cama da Carlos, hoje vou te mostrar como é transar com um homem de verdade.

– Vim aqui para isso.

Falei e já fui ficando de quatro no sofá, meu celular estava gravando o áudio, antes de descer do carro, eu havia ligado o gravador, fazia parte do meu plano ter uma prova, então eu precisava agir, o quanto antes, então o Augusto, se curvou e começou a passar a língua no meu cu, e eu gemia, como estávamos sozinhos, era a primeira vez que eu me sentia a vontade de gemer sem medo de alguém ouvir, já que a maioria das vezes transava com o Carlos escondido, e tínhamos que ser silenciosos:

– Porra moleque que cúzinho é esse?

– Gosta do do que ver tio?

– Porra eu fico doido você me chamando de tio, seu putinho.

– Você é um tio safado.

– Mete no seu sobrinho por favor.

– Vou meter, você quer pica nesse rabo moleque?

– Quero sim, por favor, mas bota capa.

– Capa? Jamais vou meter em você de capa seu puto, vou te comer no pelo.

– Não é perigoso tio?

– Relaxa moleque.

Pronto era exatamente essa parte que eu queria gravar com o Augusto, depois de ter pegado essa fala dele, me joguei, ele posicionou o seu pau no meu cú e foi metendo, aos poucos a dor virou prazer, e logo eu já estava rebolando na sua madeira, o tio metia rápido, em e dava tapas, me xingava, me comeu de quatro e de frango no sofá, depois me levou para o quarto do Carlos, lá trocamos mais um beijo e ele voltou a me comer, até que finalmente gozou dentro de mim, uma gozada seguida de um gemido muito auto, já estávamos suados, e ainda tínhamos tempo, ele tirou seu pau de dentro de mim, e me puxou para um beijo, então ele disse:

– Já vi você uma vez comendo o Carlos, quero que você me coma também.

– Onde você viu?

– Já vi vocês transando várias vezes, e devo admitir que fiquei com muita vontade de te comer e de ser comido por você. Quero aproveitar o máximo, pq não sei quando teremos outra oportunidade.

Então ele me beijou, e passava a mão em seu corpo, o tio Augusto era todo depilado, e eu amava homens todo depilado, fui passando minha mãe em sua bunda enquanto a gente trocamos um beijo, ele então disse que queria ser fudido na sua cama, e então fomos para o quarto que ele dormia com a esposa. Lá meu pau já estava mais que duro, dei uma cuspida nele, coloquei o tio Augusto de frango, e fui metendo, ele fez uma careta, mas foi relaxando, coloquei uma de suas pernas no meu ombro, e fiquei olhando com cara de safado, enquanto centímetro por centímetro ia entrando no seu cú, e fui acelerando, ele gemia, e pedia para eu meter mais rápido, então fiz algo que nunca tinha feito, dei uma cuspida na sua cara, e depois um tapa, e disse a ele, que era o sobrinho safado que mandava nele. Tanto eu como ele gemíamos alto, sem medo de nada, depois coloquei ele de lado, e meti, enquanto trocávamos um beijo, ele rebolava, e falava coisas sacanas, que me deixava completamente maluco, a sensação de transar com alguém mais velho, era completamente diferente de todo o sexo que eu já havia feito, e isso me fez me sentir um pouco grande. E então finalmente gozei dentro do tio Augusto, e ele gozou logo em seguida pela segunda vez.

Já havia se passado quase uma hora, e ainda tínhamos mais uma para aproveitar. Ficamos deitados em silêncio, apenas nos olhando. De vez em quando, trocávamos beijos, até que eu resolvi falar:

— Tio, queria te pedir uma coisa.

Ele me olhou com um sorriso de canto.

— Quanto você quer?

— Não, não quero dinheiro. É outra coisa... Aconteceu um problema com o Carlos, e eu queria sua ajuda.

A expressão dele mudou para algo mais sério.

— O que houve?

Respirei fundo antes de contar:

— Eu fiquei com um colega da nossa sala, e o Carlos teve uma crise de ciúmes. Se declarou pra mim, disse que era apaixonado, que queria namorar comigo, falou um monte de coisa... Mas eu deixei claro que nunca enxerguei ele assim, que tudo entre a gente foi só curtição. Então, ele surtou. Espalhou umas mentiras sobre mim e ainda foi falar com a Camille. Disse que eu era gay, e disse que eu era apaixonado por ele.

O tio Augusto arqueou a sobrancelha, descrente.

— Não acredito que o Carlos fez isso. Mas também... é impossível não se apaixonar por você, garoto — disse ele, antes de me puxar para um selinho.

Suspirei, incomodado com tudo aquilo.

— Mas eu não sou gay, tio. Só que agora preciso dar um jeito de parar o Carlos. Ele não pode saber desse nosso encontro, senão pode querer usar isso contra mim.

Augusto sorriu de lado, como se já soubesse exatamente o que fazer.

— Relaxa. Não se preocupe, Carlos não vai saber de nada. E já sei como vou pará-lo. Vou ter uma conversa com ele mais tarde. Pode ter certeza de que ele não vai abrir a boca.

Senti um alívio imediato.

— Obrigado, tio.

Ele me deu uma piscadinha antes de olhar para o relógio.

— Está na hora. Vamos tomar um banho e voltar... Mas antes, quero aproveitar um pouco mais.

Antes de irmos para o banheiro, ele me levou até a varanda do apartamento. O mar se estendia à nossa frente, e a brisa era fresca contra a pele. Olhei para ele, e nossos olhares se encontraram. Sem precisar dizer nada, nos beijamos ali mesmo pelados na varanda, enquanto o vento envolvia nossos corpos. Ele me colocou com os braços apoiados na sacada da varanda, e me comeu ali, enquanto olhávamos para o mar e havia pouco movimento de carros que passavam por ali, Foi intenso, como se aquele momento pertencesse só a nós dois.

Depois, fomos para o banheiro e tomamos um banho rápido. Vestimos nossas roupas e voltamos para a cidade. O trajeto durou cerca de vinte minutos, sem trânsito naquele horário. A tarde tinha sido melhor do que eu esperava.

Quando Augusto me deixou no inglês, trocamos um beijo rápido.

— Não se preocupa. Eu resolvo isso — ele garantiu, me lançando um último olhar antes de partir.

E, naquele instante, eu só podia confiar nele. Sabia que Augusto daria um jeito de parar Carlos. Mas, no fundo, eu também tinha uma carta na manga. Eu havia gravado o início do nosso sexo. Se algum dia precisasse de algo, aquela prova contra o tio poderia me ser útil.

Tentei entrar em contato com Luke mais tarde, mas foi em vão. Ele não me atendeu, não respondeu minhas mensagens. Algo estava errado. No dia seguinte, quando estava chegando perto da sala, esbarrei com ele no corredor.

— O que houve? — perguntei, tentando manter a calma.

Luke me encarou com raiva, os olhos cheios de algo que eu não conseguia decifrar.

— Sai da minha frente, Lucas.

O coração bateu mais rápido.

— Quero conversar com você, preciso entender o que aconteceu. Eu não fiz nada! O Carlos inventou alguma coisa pra você?

— Você sabe muito bem o que fez, seu babaca.

Engoli seco. O sangue já estava começando a ferver.

— O Carlos é apaixonado por mim. Ele mesmo me disse que ia fazer da minha vida um inferno. Só quero saber se ele falou alguma coisa pra você, porque, se falou, não importa o que tenha dito, é mentira. Ele quer separar a gente a todo custo. Só me diz... Ele falou com você?

Luke hesitou.

— Sim, ele me ligou...

Foi o suficiente.

— Pronto, eu vou quebrar a cara daquele idiota, pra ele aprender!

Girei nos calcanhares e marchei em direção à sala, sentindo um ódio que nunca havia sentido antes.

— Espera, Lucas, não faz isso! Você pode ser expulso do colégio! — Luke tentou me segurar pelo braço, mas eu o soltei com um puxão.

— Não tô nem aí. Esse desgraçado vai aprender a nunca mais mexer comigo.

Empurrei a porta da sala com força, fazendo com que ela batesse contra a parede. Todos se viraram para me olhar. Meus olhos varreram a sala até encontrarem Carlos, sentado no meio do nosso grupinho de amigos, com aquele sorrisinho debochado no rosto. Eu não pensei, eu simplesmente fui, em dois passos, já estava diante dele. E antes que ele pudesse abrir a boca, meu punho já voava em direção ao seu rosto. O impacto foi seco. O barulho da pancada ecoou na sala, seguido por um murmúrio chocado e depois gritos. Carlos cambaleou para trás, levando a mão ao nariz. Quando olhou para mim de novo, seus olhos estavam cheios de fúria.

— Seu desgraçado! — ele gritou, avançando contra mim.

Nosso corpos colidiram, e então tudo virou um borrão de socos, empurrões e vozes gritando ao redor. Ele acertou meu ombro, tentei me esquivar, mas levei um golpe no maxilar. Meus instintos tomaram conta. Acertei outro soco em sua costela, o joguei contra uma das carteiras. Ela arrastou no chão com um estrondo.

— Para com isso! — alguém gritou.

Mas eu não conseguia parar, Carlos se jogou para cima de mim de novo, e nos embolamos no chão. Eu socava, ele socava de volta. Alguém puxou minha camisa, tentando me afastar, mas eu me desvencilhei e voltei para cima dele. O caos se instalou. O barulho das carteiras sendo derrubadas, os gritos dos colegas tentando nos separar. Só fui arrancado dele quando mãos fortes seguraram meus braços e me puxaram para trás.

— CHEGA! — a voz do professor ecoou pela sala.

Carlos estava encostado na parede, ofegante, com um filete de sangue escorrendo pelo canto da boca. Eu também sentia o gosto metálico no lábio cortado, mas pouco me importava.

— Os dois, agora, para a diretoria! — o professor ordenou, a raiva evidente na voz.

As pessoas ao redor ainda murmuravam, os olhos arregalados com a cena. A adrenalina ainda pulsava em mim quando fui praticamente arrastado para fora da sala. Carlos foi junto, mas não sem antes me lançar um olhar mortal. E então veio a pior parte: nossos pais foram chamados. Meu pai e o pai do Carlos estavam a caminho. E eu sabia que aquilo não terminaria nada bem. Eu e Carlos estávamos em completo silêncio. Eu não sabia o que ele iria dizer, se contaria a verdade ou inventaria alguma desculpa. Mas, por via das dúvidas, achei melhor mentir primeiro.

— Foi ele que começou, diretor. Ele roubou minha namorada — disparei, esperando que Carlos seguisse essa versão. Ele ficou calado. Eu não sabia se aquilo era um bom sinal ou se ele ia me desmentir na frente de todo mundo. Fomos levados para a enfermaria enquanto aguardávamos nossos pais. Os enfermeiros fizeram curativos em nós dois—ele tinha um corte no lábio, e eu, um roxo começando a se formar no rosto. Quando voltamos para a diretoria, nos separaram em salas diferentes.

Meu pai foi o primeiro a chegar. Assim que entrou na sala, sua expressão dizia tudo: raiva. Não por eu ter me machucado, mas por estar atrapalhando o trabalho dele. Meu pai sempre foi assim, completamente obcecado pelo trabalho. O diretor começou a falar com ele, mas eu não consegui ouvir a conversa. Pouco depois, o pai de Carlos chegou. Ele me olhou rapidamente, e eu dei um aceno de cabeça, mas ele não respondeu. Assim que entrou, a reunião recomeçou. A conversa entre os adultos durou alguns minutos e, quando eles saíram, a decisão já estava tomada: eu levaria três dias de suspensão, enquanto Carlos voltaria para a escola no dia seguinte.

— Isso é injusto! — protestei.

— Cala a boca, Lucas! — meu pai cortou, firme.

Um coordenador entrou na sala para recolher nossas mochilas e pertences. Meu pai pegou meu celular da minha mão antes mesmo que eu pudesse reagir.

— Que vergonha, vocês dois! Dois amigos brigando por causa de uma garota… Espero que um peça desculpas ao outro — disse meu pai, sem paciência.

— Deixa eles, Jorge — o pai de Carlos retrucou. — São moleques. Amanhã já vão estar rindo dessa briguinha.

Meu pai me ignorou completamente e se voltou para mim:

— Passa seu celular, Lucas. Você está de castigo.

— Pai, eu não fiz nada!

— Não faz isso, Jorge. Deixa o garoto — Tio Augusto tentou intervir.

— Ele tem que aprender a não me tirar do trabalho por besteira! — meu pai rosnou. — Estou no meio de uma negociação importante e tive que vir aqui resolver briga de adolescente.

Não adiantava discutir. Pegamos minhas coisas, e ele me arrastou para casa. Assim que chegamos, a tempestade veio. Meu pai me bateu. Não quero entrar em detalhes sobre o que ele disse, mas foram palavras e socos que me machucaram mais do que os socos de Carlos. Depois, confiscou meu computador, videogame, TV e mesada. Eu ficaria os próximos três dias confinado no quarto, saindo apenas para comer e, ironicamente, para passear com Thanos, o único momento de liberdade que eu teria.

Minha mãe tentou argumentar que meu pai estava exagerando, mas ele não voltou atrás. No jantar, o silêncio foi absoluto. Eu não tinha fome, mas comi rápido só para poder me trancar no quarto de novo. Quando terminei, meu pai sequer olhou para mim.

— Vai pro seu quarto.

E assim começou meu castigo. Três dias longe da escola, sem falar com ninguém, sem saber se Luke sequer tentaria me procurar. Deitei na cama, olhei para o teto e chorei. Não pelo castigo, mas pela sensação de estar sozinho.

Os dias passaram até rápido. Na sexta-feira, meu castigo finalmente chegaria ao fim. Na parte da tarde, saí para caminhar com Thanos e fui surpreendido por Luke, que estava perto do meu prédio. Quando nossos olhos se encontraram, foi como se o mundo tivesse parado. Ele sorriu, e eu sorri de volta. Por um breve momento, toda a solidão e toda a raiva desapareceram. Esse era o efeito que Luke tinha sobre mim, ele se aproximou, e disse timidamente:

— Oi, senhor babaca.

— Oi — falei, abrindo um sorriso.

— Tentei te mandar mensagem, mas elas não chegavam.

— Meu pai pegou meu celular e o computador. Estou “preso” no meu quarto, sem contato com o mundo externo. Inclusive, não posso demorar, só estou liberado pra passear com o Thanos.

— Eu imaginei… Mas está tudo bem?

— Está sim — olhei para ele meio sem jeito. Minha vontade era puxá-lo para um beijo.

— Saudades de você — Luke disse, corando.

— Também estou… Agora, eu quero saber: o que o Carlos te disse?

Começamos a caminhar pela praça perto do meu prédio, e Luke respondeu:

— Ele falou que você só tinha ficado comigo por causa de uma aposta… Que você iria ficar comigo, rir da minha cara depois, e me mandou uns prints de conversa entre você e um grupo. Mas, quando olhei com calma, vi que era forjado.

— Eu jamais faria isso, Luke. Isso seria algo que o Carlos faria, não eu. Eu me aproximei de você porque quis, e te disse desde o início que ia te mostrar que não sou um babaca.

— Eu sei… Eu devia ter suspeitado, mas fiquei com muito ódio. Só percebi que era mentira depois que vi vocês brigando.

— Tudo bem, você foi só mais uma vítima dele. E como foi essa semana? Ele te provocou?

— Não… Por incrível que pareça, ele ficou na dele. Mas agora que ele e Camille estão juntos, ele anda se achando o maioral, o cara mais popular da escola.

— Não estou nem aí pra eles. O que me preocupava era você.

Luke corou mais uma vez, e eu sorri antes de sugerir:

— Vamos pra escada do meu prédio? Acho que a gente poderia dar uns beijinhos rápidos, o que acha?

Ele riu, envergonhado.

— Vamos.

Entramos no condomínio e fomos até a escada. Assim que nos sentamos, puxei Luke para um beijo. Foi rápido, mas intenso. Nos beijamos por um tempo até que Thanos começou a latir. Nos afastamos, rindo, e demos um último selinho antes de nos levantarmos.

Acompanhei Luke até a portaria, reparando nele de um jeito diferente. Sem o uniforme da escola, com roupas casuais, ele parecia outra pessoa e, de alguma forma, ainda mais bonito. Era um charme à parte.

Ele me olhou e sorriu.

— Até segunda.

— Até segunda.

Fiquei parado ali, observando enquanto ele se afastava, sentindo meu coração acelerar.

Durante o final de semana, meu pai manteve meu castigo. Fiquei preso no meu quarto e sem celular. Na segunda-feira pela manhã, quando finalmente recuperei o celular e voltaria para a aula, meu pai deixou claro que não queria me ver envolvido em encrencas. Além disso, eu ficaria sem mesada até segunda ordem e só poderia ir para o vôlei. Assim que acabasse o treino, deveria ir direto para casa. Mas eu sabia que isso duraria apenas aquela semana. Logo ele esqueceria de tudo.

Minha volta ao colégio foi repleta de olhares. Assim que entrei na sala, vi que Carlos já estava lá. Ele me olhou, mas eu virei o rosto e me sentei longe dele. Os cochichos começaram, mas tentei ignorar. Pouco tempo depois, Luke chegou. Nossos olhares se encontraram, e, mais uma vez, aquela sensação de que o mundo parava tomou conta de mim. Era inegável. Luke causava algo em mim que eu nunca conseguiria explicar.

Ele se aproximou, trocamos algumas palavras básicas e, então, a aula começou. No intervalo, fomos para um banheiro e trocamos alguns beijos. Alguns colegas da sala se voltaram contra mim, apoiando Carlos, mas ninguém sabia a verdadeira história. Preferi deixar para lá. Em algum momento, eu e Carlos precisaríamos conversar, mas decidi adiar isso o máximo possível.

No final da aula, esbarrei com Camille, que esperava por Carlos. Então, perguntei:

— Então quer dizer que você e o Carlos estão juntos?

— Ai, Lucas, você sabe muito bem por que a gente terminou.

— Camille, a gente não terminou! Você nem conversou comigo, não me deixou me explicar. Simplesmente acreditou no que o Carlos te disse.

— Ele mentiu?

— Sim! Ele é apaixonado por mim! Eu que dei um fora nele.

— Eu sei disso. Ele me contou.

— E mesmo assim você ainda está com ele?

— Quer dizer que você é o bolsista também é mentira do Carlos?

Engoli seco. Não esperava por aquelas palavras.

— Co-como assim? — gaguejei.

— Lucas, eu sei que você e o Luke estão juntos. Você é uma bicha. O Carlos tem toda razão. Saiba que me envergonho de ter namorado um gay. Uma bicha feito você.

— Algum problema, amor? — disse Carlos, chegando.

— Quer saber? Vocês se merecem.

Saí sem dar margem para mais discussão. Afinal, dizem que quanto mais se mexe na merda, mais ela fede. Meu medo era que aquele assunto se espalhasse pelo colégio. Mas, naquele momento, decidi que não teria medo. Se algo fugisse do meu controle, não havia nada que eu pudesse fazer. Apesar de gostar do status que eu tinha e da minha popularidade, algo dentro de mim estava mudando. A verdade é que eu começava a amadurecer. Estava deixando de ser um adolescente fútil para me tornar alguém um pouco mais maduro.

O restante da semana correu bem. Dois acontecimentos se destacaram. O primeiro foi a apresentação do meu trabalho com Luke. Eu havia estudado bastante, e ele também me ajudou. Fizemos uma apresentação impecável e dinâmica, que prendeu a atenção de todos. Tiramos nota máxima, o que me deixou muito feliz.

O segundo acontecimento foi que, naquela semana, descobri um perfil no Instagram que existia desde o início do ano, mas que ganhou popularidade nas últimas semanas. Chamava-se @GossipLEI84. "LEI" era o nome do meu colégio, e "84", o DDD do meu estado. O perfil era inspirado na série Gossip Girl, postava algumas fotos e fofocas do colégio e era fechado. Fui aceito e, ao olhar as postagens, vi duas sobre mim: a primeira sobre meu término com Camille e a segunda sobre minha briga com Carlos. O texto até que era engraçado, e não pude deixar de sorrir. Alguns comentários também chamaram minha atenção.

Mencionei esse perfil porque, mais à frente, vocês precisarão entender o contexto. Ele ganhou ainda mais visibilidade depois da minha briga, mas isso eu explico melhor nos próximos capítulos.

Na sexta-feira à noite, durante o jantar, meu pai avisou que teríamos um evento no sábado: o aniversário do presidente da rede de supermercados onde ele estava trabalhando. Todos em casa teriam que ir. Particularmente, eu odiava esse tipo de evento, mas não tinha como escapar.

Durante o resto da noite, fiquei trocando mensagens com o Luke. Queria ver se conseguiríamos nos encontrar no domingo, mas não sabia se meu pai me liberaria. Como ele tinha esse aniversário no sábado, provavelmente beberia e estaria de ressaca no domingo. Então, combinei com o Luke que o avisaria caso ficasse livre do castigo.

No sábado, passei a tarde ajudando minha mãe. Estava tentando agradá-la para que me acobertasse no dia seguinte, mas ainda não tinha dito nada. Preferi esperar o momento certo. A festa de aniversário seria na casa do Lúcio, o presidente da rede de supermercados onde meu pai trabalhava. Vesti qualquer roupa, mas minha mãe me fez trocar, dizendo que estava muito simples e que precisávamos ir bem arrumados. Acabei colocando uma camisa polo, calça preta, cinto e sapatos combinando. Minha mãe vestia um longo azul-turquesa, e meu pai usava uma camisa de linho branca com calça social. Meu irmão caçula também estava de polo.

O condomínio onde a festa aconteceria era um lugar no qual eu nunca tinha ido. Eu conhecia vários amigos ricos, mas aquele lugar era surreal. Mansões luxuosas cercavam um grande lago no centro do condomínio. Quando chegamos à casa do Lúcio, fiquei boquiaberto com a estrutura: uma enorme fachada de mármore com detalhes em madeira, uma porta imponente e três andares. Na entrada, vários carros de luxo estavam estacionados, e uma grande tenda com convidados cercava um palco montado para o evento.

Fomos recebidos por uma mulher que nos conduziu até o aniversariante, que estava ao lado de uma mulher elegante. Assim que viu meu pai, Lúcio abriu um sorriso e o abraçou. Meu pai o parabenizou, minha mãe deu dois beijinhos nele e nos apresentou à esposa dele, Juliette. Ela tinha um rosto jovial, traços familiares e me olhou com um sorriso acolhedor, como se já me conhecesse.

— Esse é o seu filho famoso? O grande Lucas! — disse ela, sorrindo.

— Prazer, dona Juliette — respondi, sentindo-me um pouco deslocado.

— Feliz aniversário, senhor Lúcio — acrescentei, estendendo a mão para o anfitrião.

— Muito obrigado! Esse é seu filho mais velho? — perguntou Lúcio ao meu pai.

— Sim, e este aqui é Pedro, meu caçula — respondeu ele, apontando para meu irmão.

— Acho que você tem a mesma idade do meu filho. Vou chamá-lo para vocês se conhecerem — disse Lúcio, olhando ao redor.

— Acho que eles vão se dar bem — comentou Juliette, com um sorriso misterioso, como se já soubesse o que estava por vir.

Foi então que, para minha total surpresa, vi Luke se aproximando. Ele me olhou com aquele sorriso travesso e o mesmo olhar apaixonado de sempre. No início, não entendi o que ele estava fazendo ali. Até que Lúcio, abraçando Luke, declarou:

— Esse é o meu filho Luke.

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Comentários

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❤️A capa­cidade de despir qualq­uer mulher, de vê-la nua) Avaliar ➤ https://ucut.it/nudo

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Eita porra! Que sexo gostoso! Fiquei com tesão. Quero ver a reação de Lucas ao saber que Luke estava mentindo

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tô passado com a revelação de que Luke é um herdeiro todo poderoso!!!!!!!! P A S S A D O !!!!!!!!!!!!

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