Por favor, leiam os contos anteriores para contextualizar...
Comentem, divirtam-se.
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7 (Daniel)
Eu amo meu marido.
Mas eu nunca imaginei que seria tanto, ele estava muito carente, ficava irritado e frustrado quando Priscila tirava a noite para ficar com os amigos, estudando, eu sei, mas a tal colega de cabelos cor de rosa acabou que surgiu e ela não notou, que o aviso estava dado. Aos poucos ela foi nos evitando, trepava fora de casa com toda a certeza, mas era o jeito dela lidar com a perda de Aluízio, era pra ser uma fase mas acabou 2022 e ela estava mais para lá.
Foi em novembro que aconteceu. Conrado teve uma dor forte no peito e caiu no trabalho, Jarbas estava lá, o chefe deles também, Felipe. Nada foi poupado, parecia que o hospital se voltava para Conrado, nesse tempo Diogo estava trabalhando numa clínica oftalmológica no centro, ele alternava comigo os cuidados com Conrado. Claro que Priscila estava lá sempre que podia, mas Conrado meio que a recebia sempre com um de seus amigos, isso me irritava e o entristecia, contudo era um assunto para outro momento, naquele instante a prioridade era proteger meu marido.
E era assim que ele me apresentou a todos do hospital, aos colegas de trabalho, aos amigos de lá, a cada pessoa da limpeza, ele abria um sorriso e perguntava a essa pessoa se ele sou ela encontrou um sujeito mais bonito e boa praça que eu. Eu morria de vergonha, ele dizia que sentia tanto amor por mim que nem cabia no coração, por isso deu defeito. Umas garotas ficavam meio desapontadas por dois caras bem apresentados serem um casal gay, ele pegava um relance e confrontava essa verdade, segurava a mão da princesa e dizia que nós dois somos um ao outro e à safadeza, coloca a mão delas em cima do pau dele e diz para ela deixar o telefone comigo, elas sempre saem dizendo ‘deus me livre’, mas voltavam ou mandavam uma amiguinha com o número em um papelzinho.
Ele tinha um hemangioma no pericárdio, uma bolsinha de sangue do lado do coração pressionando o órgão. Estávamos esperando ele estabilizar para poder operar. Felipe era uma benção. Em horas já era amigo de Noah, de Diogo e meu também. Ele que acompanhou todo o caso de Conrado, isso foi um presente, ele o cardiologista.
Jarbas estava se virando para dar conta do hospital, o dono da empresa estava desenganado, esperando um transplante que provavelmente não iria chegar a tempo. Werther, fui cumprimentá-lo foi quando conheci seu companheiro, Túlio.
Felipe contou toda a história deles, eram três amigos de rua, Túlio (negro, filho mais novo de quatro irmãos, pai e mãe professores), Israel (filho adotivo de um casal mais velho e logo ficou órfão), Danilo (filho único também, criado até os dez com mãe e depois só pelo pai), quando eles tinham uns quinze já eram inseparáveis, foi quando Israel ficou sem pai nem mãe em menos de um ano e acabou que o pai de Danilo “adotou” Israel, os três foram juntos para o exército e nesse período o pai de Danilo fica rico e afunda no álcool, nesse período Felipe vai morar com o tio, por conta da faculdade, quando os garotos saem do exército, tem um choque com a presença de Felipe, os três resolvem se virar longe de família, Danilo e Israel por causa do tio de Felipe, e Túlio por ser gay numa família muito tradicional.
Felipe foi a pessoa que reaproximou todo mundo, fez o tio se conscientizar, receber novamente não só um mais dois filhos (mas a herança ele deixou só pra Danilo), anos depois Felipe resolve ir a uma festa da empresa com Túlio, e Túlio faz amizade com Werther que nem gay era e acaba a festa enrabando o cara no estacionamento. Fazia uns oito anos, foi ali que ele conheceu a ginecologista e estava demitindo ela naquele dia que nós conta isso, Túlio já estava voltando para a casa de Danilo quando Werther surge com um problema de saúde, o casamento já era, mas a união não ia se desfazer logo agora.
Felipe do nada pergunta se eu dava a bunda ou comia meu marido, Conrado sorri e diz que não ia me dividir com um gordo ridículo, Felipe mostra seus dentes perfeitos e diz que era macho, eu disse que eu era mais macho que ele, ao menos era macho com homens e mulheres, e ele era macho só com parte da população, ele aponta pra mim e diz que tem lógica, mas não tenho razão. Me pergunta como foi que decidir dar o caneco. Eu disse que um retardado disse que não era corno, mas a esposa dele queria foder com dois caras, e ser puta de dois, mas ele não era corno, então se eu quisesse foder a mulher dele como minha, antes eu ia ser o veado dele.
Felipe riu, mas não de forma debochada, riu com alegria, me senti abraçado. Respirei fundo enchendo o meu peito que ficou como o de um pombo. Tive de confessar que ainda sou homofóbico, mas naquele tempo eu ficava esperando a hora em que Conrado ligaria e falaria com voz mansa que eu ia foder a putinha dele chamando ela de “minha”, falando pra ela gemer na pica do segundo macho dela, e ela ia gemer gostoso, e eu ia revirar os olhos de prazer sentindo a língua de Conrado explorando meu cu, relembrando as vezes que dei meu cu à pica dele, uma vez ele perguntou se eu punhetava quando ele me falava que eu ia chupar boceta, comer a esposa dele, eu dizia que sim, ele perguntava se eu brincava quando sua oz em meu ouvido falava que ia me comer, eu senti tanta vergonha, mas disse que não, que eu gostava de fantasiar isso com ele, só não ia rolar, ele gargalhou do outro lado.
Felipe deu uma patolada no próprio cacete por cima da roupa, perguntou como foi que meu marido respondeu, passei a palavra para meu marido, arrumei seus cabelos e lhe dei um selinho, disse que gostava de ouvir ele falando essa parte. Conrado me olhava com olhos que se entregavam ou eram descarados me seduzindo, que vontade de trepar com ele naquele instante. Uma moça bate e entra pela porta, veio fazer outra medicação, anotou os sinais vitais, veio toda brincalhona, mas mudou de postura quando viu Felipe, Conrado passou a mão nos peitos dela e perguntou se ela aí da estava a fim de mim, se não mudou de opinião, eu era um estrangeiro bem sem graça, ela não desmentiu, disse que não era hora ou lugar, pedi licença a Felipe para Érica ficar a vontade, ele libera com um sorriso, ela recusa, Conrado o chama de arrombado e manda ele fechar a porta à chave, Felipe obedece.
Conrado manda Érica colocar as tetinhas pra fora porque quer me ver chupar aqueles mamilos rosados, ela levanta a blusa do fardamento enquanto eu a beijo, ela me pergunta se vai ser demitida, digo que ela vai ser minha putinha, Felipe é meu amigo e vai nos ver trepando sempre, e quando eu mandar ela vai deixar ele meter pica onde ele encontrar buraco nela, digo que mulher nasceu com dois buracos para dar pra mais que um. Chamei Felipe pra colocar um dedinho na bocetinha dela, queria que ela soubesse que piranha minha é respeitada, desejada e fodida por mim e pelos meus amigos.
Felipe baixa a calça dela até o meio da coxa e alisa a bunda dela, pergunta a mim se podia beijar aquela maravilha, eu mando ele esperar, eu a beijo, pergunto se ela quer cheirar e beijar o saco de Conrado enquanto Felipe faz o mesmo no cuzinho dela, ela fala que não sabe, Felipe me olha implorando, digo a ela que naquela noite nós dois vamos foder, Felipe vai estar conosco, filmando tudo no celular dela, ele vai me ajudar a dar banho nela e vai ser a outra boca a chupar ela, e se ela quiser depois que eu encher a xoxota dela de porra vai ser a vez dele.
Érica baixa a calcinha, e se colocação lado de meu marido já procurando o pau dele, Felipe estava lambendo o rego dela, e me olhava grato, ela pede para chupar a pica de meu macho, digo que não, que ele não estava com a pressão sob controle (mentira minha). Dois minutos depois, eu mando que se comporte e se vistam, eles me obedecem saindo do transe de putaria, aquilo era um hospital, eu a beijo e pergunto se o bigodudo gordo podia ir pra casa conosco, ela diz que preferia dar para o meu macho, queria ser enrabada por mim enquanto eu dava meu cuzinho gostoso, puta demais. Alguém bate na porta, ela se solta de mim e diz que já vai, diz que meu marido estava usando o urinol, pede licença para sair, Felipe pede para ela chamar a chefe de enfermagem do setor e voltar com ela.
O médico que chegou era o cirurgião de Conrado, Felipe não queria operar sozinho, Otto estava ali para isso, ele era um cara grandão como eu, grisalho e de voz grossa e firme, eu fantasiava demais agradecer a ele pela cirurgia em meu marido levando ele para o banho, Conrado disse na cara dele que assim que puder meter pica novamente ia agradecer fodendo Otto junto comigo, disse que ia ser ótimo dar uns tapas na cara bonita dele no meio da trepada. Felipe interrompe a putaria perguntando a Conrado se Érica era competente na enfermagem o tanto que era gostosa, e ouve que estão dando a ele o direito de escolher quem vai atendê-lo, e ela era uma escolha.
Otto se acomoda no sofazinho quando Érica entra com um careca ruivo barbudo e parrudo, com um sorrisão que aumenta quando vê Felipe, corre logo para abraçá-lo e chamar de amigão, pergunta como pode ajudar, Felipe de mau humor diz que ele não é pago para ajudar, é pago para obedecer e dar resultado, diz que Érica vai sair do plantão, vai trabalhar no bloco cirúrgico, queria fazer dela uma instrumentadora, haverá duas vagas em breve e uma delas vai ser da garota, mais grana e menos trabalho. O enfermeiro chefe a parabeniza e pede para ela não comemorar no plantão, Érica vai dar um beijo na bochecha de Conrado e me abraçar, dizer que não esperava por isso.
Ela vai embora sem agradecer a Felipe, que foi quem realmente pensou nisso, mas ele vai se sentir quite com ela quando no fim da noite despejasse um copo de porra na garganta de Érica, mas calma. Estávamos meu marido, Felipe, Otto, Uchôa (o ruivo gato) e eu, Felipe pede para Uchôa ir embora, o ruivo de senta ao lado de Otto e fala que não são amigos. Ofendido Uchôa força o sorriso e fala que comeu a irmã de Felipe no dia do casamento dela com seu melhor amigo, o corno pegou os dois no flagra e foi um vexame, ele comemorou o fato e saiu da festa para a lua de mel com a noiva, voltaram juntos, nunca casaram oficialmente, mas tiveram dois filhos lindos e era adorado na família dela, dele também que ele nunca deixou de fazer parte, disse que trepar com a ex era maravilhoso, ela era uma putona, e ele deu a maior sorte do mundo em trepar com uma puta como aquela, trepavam em qualquer lugar com um monte de gente, na lua de mel ela deu para o gerente do hotel e o hóspede e só então fodeu com ele, ela arrumava uma putinhas para eles. Se converteu e separou dele que não queria saber de sair da putaria. Ele casou com outra, não tão puta, mas muito safada também, e a parte boa de ser mais que cunhado ser irmão dos irmãos dela, de não ser genro, ser filho...
Felipe diz que a atual dele e o atual dela pegaram os dois fodendo na casa de seus pais. Rimos, gargalha nós, Uchôa se defende, diz que não podia ser em outro lugar, já que estava de férias na casa dos velhos, Felipe diz que arrumou emprego para ele e a atual. Uchôa diz que é atual ex, que foi expulso de casa, que o prazo estoura em dois dias, que perdeu todos os amigos e a família, e ia pedir a Felipe para ficar na casa dele por uns dias, não era pela morada, era para alguém vigiar que ele não ia fazer uma loucura, começa a chorar, perdeu a melhor amiga e a esposa, ferrou com a vida das duas melhores pessoas de sua vida. Otto o abraça, diz que ele só exagerou, em outras circunstâncias, os quatro iriam trepar juntos e ia ficar tudo bem, mas foi diferente, e ia ficar tudo bem, ia levar mais tempo e algumas lágrimas, mas tudo ia ficar bem da mesma forma. Uchôa chorou mais um pouco e Felipe disse que ia pensar no assunto, mas não podia ser naquela noite.
A porta abre, Diogo entra om uma mochila e Priscila entra com outra, ela fala que Diogo estava sendo inconveniente, ela era a esposa de Conrado e... E eu digo que nesse momento ela saiu de casa e estava vivendo uma fase complicada, que nosso marido e eu entendemos e por isso mesmo estamos esperando ela voltar, voltar sofrendo e na merda não, voltar satisfeita, cheia de histórias e com saudade. Enquanto isso as histórias seguem em paralelo, e portanto ela tinha outros assuntos e quem decide sobre como é a escala de cuidados do meu marido sou eu, e eu digo que Diogo precisa cuidar de uma pessoa da família hospitalizada, como não pode cuidar do marido dele, que dessa vez a história ia acabar bem, e se havia alguém que ia se beneficiar com isso era Diogo e Conrado, o motivo era nobre e justo, era uma decisão minha que Conrado aceitou, portanto era suficiente. Priscila estava com raiva, se sentindo humilhada. Mandei ela beijar meu marido e depois vir me beijar ela foi.
“Priscila, mostra que você é minha esposa e minha putinha, esfrega essa buceta em minha coxa enquanto me beija”, ela obedece batendo forte no meu peito, diz que nunca fui cruel com ela, digo que ou comer uma bocetinha com Felipe e ela não ia, a gente ia foder uma gostosa com os peitos pequenos pra médios como os dela e que a gente ia chupar uma xoxota, ela também, Priscila diz que mulher vira a cabeça de uma pessoa, diz que era injusto, ela não fez nada, só se apaixonou, não era pra ser assim, era para a gente estar comendo Estela também, os caras ouvindo essa conversa om os queixos caídos, eu disse que se ela deixasse Estela (a namorada dela que estava fodendo tudo ao redor) podíamos ir os quatro, Felipe, a garota que ela não tem motivos pra sentir ciúmes, ela e eu. Nisso entra Érica e as duas mandam sinal de bluetooth uma para a outra, mulher se comunica muito rápido.
Pergunto a Érica se está tudo certo pra aquela noite entre Felipe, ela e eu, ela me olha e olha para Priscila que não deixou descolar de mim, ela diz que não sabe, falo que minha mulher ficou com inveja e ciúmes, que mulher trepa melhor quando quer privar pra outra quem é mais dona do pedaço, quem é mais piranha, Uchôa diz que nós dois damos conta das duas, Conrado ri, diz que pra maltratar Priscila era preciso três, que ela dava pra dois, e ainda tinha noite que colocava uma cinta com caralho pra mostrar como foder, que ela era tão gostosa que estava de cabeça virada por conta de uma vagabunda que queria a roubar de nós, se bem que podia ser o contrário, Érica disse que podia aprender essas coisas com Priscila, se ela quisesse ensinar.
Felipe chaveou o quanto e perguntou a Érica se ela ia mesmo colar velcro com outra. Érica disse que ficou com vontade de pica, de uma plantação de pau de macho, que queria a sorte de Priscila, queria fazer ela voltar pra casa, ou ter sua benção de lhe substituir, não no meio de meu casamento, mas na minha casa, respirou fundo e disse que estava louca pra ajoelhar e mostrar a Dr. Felipe que estava grata, não como pagamento, mas gostava de uma foda bem feita, mas ia querer babar no pau dele e isso não era legal no trabalho. Respirou e disse que o negócio dela era rola, mas pra endoidar um macho podia chupar boceta a noite toda, mas Priscila tinha uma coisa de dominadora... Priscila vai até ela pra beijar sua boca, apertar seus peito nós por dentro do sutiã e dizer que era ela quem mandava, mas sem falar porra nenhuma. Caralho eu sou viciado em minha mulher, eu quero muito ela em minha vida novamente.
O telefone dela toca, ela atende, diz que tem não um marido, mas dois, que foi uma vaca fútil e queria sentir meu pau acabando com o cu dela e apanhar muito sendo chamada de idiota e cretina, porque amava a mim de maneira que nem podia explicar, e que nós dois éramos os maiores adoradores de Conrado, que quem quisesse entrar em sua vida viria depois. Respira fundo e desliga a ligação e o aparelho.
Então pergunta a Conrado se ele continua punhetando enquanto a regra de não foder estava em vigor, ele diz que tem que esvaziar duas vezes por dia ou a pressão pipoca. O cacete de Conrado fica duraço, a mão dela o acolhe e ela chama Érica que se aproxima com olhos vidrados, elas começam com beijinhos no cacete e uma na outra, logo vão às lambidinhas, depois a cabecinha some naquela bocas lindas, elas se alternam e riem, ele faz carinho nos cabelos dela, Priscila pede para ele foder a garganta dela enquanto ela sobe na cama e esfrega a boceta na perna dele, ele agarra a cabeça dela e maceta rápido, maltrata, usa, prende o pau lá dentro e ela tosse, chora e se agarra ao quadril dele, ela é liberada, tosse cospe um monte de baba e volta a sugar firme, olha para Érica e diz que ela vai ter de fazer o mesmo em mim, que eu mereço e estou precisando.
Ela levanta o vestido e mostra a calcinha, desce a calcinha e empina em o rabo, volta a chupar meu marido, olha pra mim e diz para eu escolher quem vai chupar ela e por quanto tempo, ele é o primeiro, esfrega a barbinha rala e cospe pra chupar mais, lambe meu cu e chama Érica pra lhe beijar, sentir meu gosto na boca dele, depois é Felipe, ele é delicado, carinhoso, mas enfia dois dedos na bocetinha dela, ele vem beijar minha nova namorada, lhe dá os dedos pra que ela se acostumei com o gosto de xoxota, Uchôa, depois Otto, Diogo, na vez de Diogo ela diz que precisa de ajuda quer beber a porra do marido da boca da boca de um cara, quer que Diogo segure as esporradas, uau! Mas Diogo se afoba e bebe tudo, fica envergonhado, vemos o registro da pressão arterial de Conrado o tempo todo, estava bem, estava até mais baixa, Priscila diz que baixar a pressão dele e controlar o pulso ia depender de deixar seu macho calmo, ele precisava desse “desgaste” umas três ou quatro vezes por dia, Otto disse que queria conversar sobre isso depois, mas tinha de ver os outros pacientes antes de ir, Felipe pergunta se Otto podia ir pra putaria conosco, digo que por mim, só ficam de fora Diogo e Conrado. “Por enquanto, só por enquanto, você vai sair disso”.
Uchôa e Érica saem para terminar o turno, faltava menos de uma hora, deixo Conrado abraçado a Priscila e acompanho Felipe, ele vai ver um dos melhores amigos, era o esposo de Werther, estava nu dando as coisas no quarto do hospital, eles se abraçam e o cara chora, que homem lindo, um negro de pele escura e corte de cabelo militar, depois fiquei sabendo que Túlio é delegado, e o cheiro do perfume dele, algo com pimenta. Eles nem lembram de mim, conversam ao pé do ouvido um do outro sem se desfazer do abraço. Se não houvesse sexo entre nós, Conrado, Jarbas, Noah e eu seríamos assim.
Alguém sai do banheiro, era um japinha de corpo todo trabalhado na academia, mas não era nada extravagante, era proporcional e harmônico, com um cabelo cuja franja caia nos olhos e nariz e ele jogava pra trás num golpe de cabeça ou num movimento de braço e é como se a gente fosse obrigado a olhar e conter a vontade de segurar aqueles cabelos e lhe meter a língua boca dentro, ele sorriu pra mim, Israel me sorria e pergunta a Felipe se podia levar Túlio para ver o marido, podia, devia, iria ligar para o médico do plantão e avisar que eles estavam indo, disse que Werther não sabia de nada e que Túlio podia não contar nada, ele concordou e foi. Ambos voltaram da porta para me cumprimentar, Israel me pede o favor de levar Felipe para se divertir, diz que sabe que estamos passando um problema de saúde, mas em breve iria visitar Conrado, sorri, diz que Felipe nos tem como graaaandes amigos, era obrigação decorar nossos nomes, Israel diz que foi muito com minha cara, e eu fico muito feliz com isso, Felipe faz a ligação, diz para o médico dar dez minutos no máximo, e os colocar pra fora, Felipe fala que mesmo que um coração chegasse agora para Werther de nada adiantaria, ele iria morrer sem condições cirúrgicas, não suportaria a anestesia, quase dois anos assim, vasculhada o quarto mas parecia que tudo estava junto, Werther pediu sua ajuda para... Mas ele disse que poderia apenas sedá-lo até que as coisas acontecessem quando tivessem que acontecer.
Ele me olha tristíssimo e diz que Túlio perguntou se viajar para não ver a morte de Werther ia ser cruel demais, poderia fazer tudo por Túlio, menos vê-lo sofrer sem fazer nada. Eu o abracei e ele chorou, eu disse que a gente podia adiar uns dias a farra se ele preferisse, ele “se recuperou” disse que isso lhe faria bem, menos o sexo e mais fazer parte de uma alegria com os amigos.
A porta abre e entram dois caras, e porra! Que caras lindos, um era nem forte nem cheinho, acho que malhava pra manter a perfeição e o rosto mais lindo que alguém poderia nascer, parecia um ator de cinema, um galã de novela da voz encorpada e forte como um uísque. O nome dele é Danilo, olhou pra mim e me chamou pelo nome, disse que estava vindo levar Felipe para se distrair, Felipe nem me deixa falar diz que vamos foder com minha esposa, fico com vergonha do rapaz atrás de Danilo, Bryce, esse eu conheço, o objeto de desejo de Jarbas, era seu substituto quando Jarbas precisava de um dia ou dois de descanso, e Jarbas nunca pegou mais que uma semana de férias, pegava semanas ao longo do ano, mas nunca pegou férias de verdade, ia ser a primeira vez para ficar com Conrado e eu em casa nos ajudando a cuidar de meu marrento teimoso. Assim Bryce ia ser o cara que vai filtrar toda a bobajada e entregar os resumos para Jarbas, sem querer ninguém soubesse ia continuar a ser ele que iria chefiar, mas era Bruce quem ia engolir as broncas, Felipe concordou, era assim que Jarbas fazia quando ele precisava viajar ou se ausentar desse hospital vampiro.
Bryce é um gostoso de uns trinta anos, brasileiro, filho de canadenses, detesta tudo o que venha de fora, adora ser brasileiro, detesta ser loiro de olhos quase brancos de tão azuis, ele é enorme para todos os lados, tem aparelho nos dentes ainda e isso deixa ele com cara de mais novo ainda, um tesão, estava ali sorridente, cirurgião plástico, nele nada precisava ser mudado, o cabelo curtinho dourado e a barba como a minha, milimetricamente mal feita com o queixo cabeludo, sorrindo de um jeito bobo e malvado, e ainda deu uma patolada no pau.
Danilo aperta minha mão e diz que os veados de hoje em dia são cada vez mais bonitos, o que é incrível, por um lado as minas estavam cada vez mais baixando as expectativas e por outro se um dia ele mudasse o campo de atuação ia comer um caras bonitos como Bryce ou eu, fiquei animado em saber que eu chamo atenção dos héteros, que os héteros não são todos uns merdas homofóbicos.
Não contei ainda, quando eu era um deles fui tomar um chopp com Conrado e Jarbas, um chopp, fomos pra fila do banheiro, quando estávamos só nós três eles se beijaram só para eu ver, falamos muita putaria, Conrado disse que queria mesmo colocar outro macho entre a esposa e ele, mas com prazo de acabar, provavelmente nós nunca mais íamos nos ver, perguntou se eu comprei a passagem para Lisboa, sim, havia comprado, ele disse que meu sotaque era muito sutil, doze anos no Brasil, eu me esforçava pra ser cada vez mais brazuca. Rolou o primeiro beijo, ele era delicioso, perguntou se podia chupar meu pau e em seguida dar o cuzinho, que delícia! Fodi beijando na boca, ele me mandava parar, queria uma trepada de quarenta minutos. Fodi dando tapas naquela bunda com ele de quatro, de ladinho dando tapas naquela cara que nem era bonita mas eu achei, segurei no pau dele e ele gozou na minha mão, ele lambeu e me ofereceu um provei porra, achei horrível, mas engoli até a última gota, vai entender.
No fim da noite ele chupou meu cu e me dedou. Não quis saber quem ele era, ele desapareceu, nunca soube o nome e talvez já o tenha revisto e não reconhecido. Mas olhando Bryce pensei nele, por isso o convidei pra ir conosco em ele disse que era gay, nunca viu uma mulher pelada fora do trabalho, de mulher ele era virgem, disse que se ele gozasse no fundo de uma xoxota eu ia beber da gala dele lá na bocetinha, e podia trepar com ele depois, se ele fodesse fazendo a putinha gemer e beijando ela. Ele olhou pra mim e disse que era um desafio, um castigo não, disse que eu nem precisava trepar com ele, ele queria dormir abraçado a mim, disse que acordar comigo deve ser como dar continuidade a um sonho.
Caralho! Eu não ia fazer o mesmo que Priscila, mas porra eu queria acordar agarrado a um homem gostoso, faz semanas...
E porra: Eu amo meu marido.