OBRIGADO AO VICTOR HUGO PELO P I X. NÃO SEI SE ELE É DESSE PERFIL OU DO OUTRO MAS OBRIGADO PELA AJUDA! GRATIDÃO!
Novo Episódio: Culpa Dividida
Porque eu me casei com você? Naquele momento, o Vitor me encarava com essa pergunta queimando nos olhos, calma mas afiada, tipo uma faca que você não vê vindo. Eu tava ali, tentando entender por que caralho ele queria saber isso agora, e logo ali — na nossa antiga casa.
Era uma tarde linda, o sol batendo na janela empoeirada, mas dentro daquele lugar o ar pesava. Ele me chamou pra conversar, me arrastou até ali sem dizer muito, só um “precisamos resolver isso”. A casa tava do jeito que ele deixou antes de vir morar comigo e com o Carlos — o sofá torto, as cortinas meio rasgadas, até o cheiro de mofo gritando que o tempo parou. Eu estranhei pra caralho, mas ele? Calmo, sereno, como se tivesse ensaiado essa porra toda. E aí veio a bomba.
Ana:
"Porque eu me casei com você?"
Vitor:
"É, Ana. Hoje eu tenho certeza que não foi por amor. Se não foi por amor, então por quê? Por que você disse sim quando eu pedi?"
Eu gelei. A voz dele tava firme, mas tinha um tom que eu conhecia — aquele que ele usava quando tava segurando um vulcão por dentro. Meus olhos passearam pela sala, tentando fugir da resposta, e caíram na foto nossa na estante, eu rindo e ele me abraçando. Porra, como a gente chegou aqui?
Eu me lembro do Vitor, daquele tempo que ele era só um magrelo engraçado, grudado no Carlos como se fosse a sombra dele. Cheguei na escola nova, perdida na cidade, sem amigos, com os gritos dos meus pais ainda ecoando na cabeça. Aquela escola velha, com paredes descascadas e cheiro de giz, virou meu refúgio — mas não por ela, por eles. O Vitor e o Carlos. O Vitor foi o primeiro a puxar papo, “Oi, você é a novata, né? Relaxa, aqui é tranquilo”, com aquele sorriso bobo que me ganhou.
O Carlos me irritava, sempre com uma mina diferente no intervalo, o clássico mulherengo de ensino médio. Mas o Vitor? Ele era outro rolé — sensível, sabia o que dizer quando eu tava na merda. Minhas amigas eram tudo team Carlos, hoje elas me zoam “viu, a gente sabia que ele era o cara”, mas naquela época elas não viam o que o Vitor tinha. Eu vi, porra.
Ana:
"Me casei porque te amava, Vitor."
Vitor:
"Não, Ana, você não me amava como ama o Carlos. Para de ter medo de me magoar e fala a verdade."
Ele me cortou, e eu ri, nervosa, tentando aliviar o clima.
Ana:
"Não é medo, seu bobo. É a verdade! Eu te amava, sim. Não como amo o Carlos hoje, mas isso faz meu amor por você virar nada?"
Vitor:
"Então explica, porra. O que era?"
Ana:
"Ficamos anos casados, Vitor. Eu tava com você nos altos e baixos, sempre fui tua amiga — isso não é amor? Claro que tivemos problemas, mas..."
Ele levantou a mão, me cortando de novo, os olhos brilhando com uma raiva que ele tava segurando há tempo.
Vitor:
"Tá bom, então me responde: se era amor, por que você nunca saiu da tua zona de conforto pra me ajudar? Meus dramas tavam na minha cara, Ana, e você era o motivo de metade deles, mas ficava na borda, assistindo, esperando eu me virar sozinho."
Ana:
"Eu... eu..."
Eu travei, porque ele tava certo e eu odiava isso.
Vitor:
"Olha você com o Carlos, porra. A Jéssica ameaçou o que vocês tinham, e você lutou, ficou com medo de perder ele. E comigo? O medo era só meu, você nunca mexeu um dedo pra segurar a gente."
Ana:
"Mas Vitor, eu..."
Vitor:
"Calma, tem mais. A Jéssica, Ana. Você tá transando com a Jéssica."
Ele riu, um riso seco que me fez engolir em seco.
Ana:
"Só foi uma vez e..."
Vitor:
"Não importa, porra! Lembra o que você dizia quando eu sugeria algo pra apimentar nosso casamento?"
Eu lembrei, e o peso caiu. Eu jogava na cara dele que ele não me respeitava, que eu não era “puta pra fazer essas coisas”.
Vitor:
"Você lembra, né? Ficava ofendida, me fazia sentir um lixo. E agora? Tá chupando buceta, Ana? Pensa, o que você sentia por mim não era amor — nem fraco, nem nada. Era amizade, conforto, estabilidade. Eu não tinha grana pra te dar o mundo, mas era uma fuga da tua família foda, que você odiava. Fala a verdade: quando eu te pedi em casamento, você ficou aliviada de sair da mira dos teus pais, não foi?"
Eu senti um soco no peito, porque ele tava cavando fundo.
Ana:
"Sim... mas não era só isso, porra! Eu gostava de você, caralho. Nunca tinha namorado sério antes — o que sinto pelo Carlos hoje? Eu nem sabia que existia naquela época! Você foi meu grande amor, Vitor, juro. Só que alguém veio, me superou e me mostrou que talvez eu não te amasse como achava, mas como eu ia saber, porra? Não me culpa por não entender o que eu não conhecia! Tá, eu ficava na borda dos teus rolos, mas você era um caos, Vitor. Eu tava errada de tentar te animar? Eu fiz esforço, sim, caralho! Acha que era fácil ter um marido paranoico? Eu queria conversar, estar com você, mas você só pensava em sexo, em me satisfazer, sendo que eu não tinha culpa de você não dar conta!"
Vitor:
"Mas..."
Ana:
"Não, porra, agora eu falo! Você citou a Jéssica, tá bom, mas o que rolou com ela foi natural — o Carlos me apoiou, só isso. Você queria que eu deitasse com outro cara pra fazer o que você não conseguia, me insinuava isso o tempo todo no casamento, e eu recusava. Não era por não querer te ajudar, mas porque isso ia destruir a gente! Não compara o que eu tenho com a Jéssica com o que você pedia — outro homem, Vitor? Transando com tua esposa? A Jéssica é mulher, pode me chamar de louca, mas pra mim é diferente. Eu gosto dela, curto o que ela me dá, mas nunca ia namorar ela. Agora, me deixar ser fodida por outro cara? Nunca, porra, isso seria jogar meu relacionamento fora!"
Vitor:
"Então por que você nunca gozou comigo? Por que nunca sentiu nada?"
Ele tava quase gritando agora, e eu senti o sangue subir.
Ana:
"Erro teu, Vitor, uma merda que você enfiou na cabeça! Eu gozei com você, sim — no começo, antes do noivado, duas vezes! Você tinha uma confiança foda, mas aí o tempo passou e você virou outra pessoa. Queria que eu gozasse como gozei com aquele ficante, que sentisse o que eu contei que ele me fez sentir."
Vitor:
"E eu não podia, Ana? Não era capaz?"
Ana:
"Não, porra! Se fosse, tinha conseguido. Eu fingi, sim, mas não por maldade — era pra te proteger, porque você tava se matando na minha frente com essa obsessão. Me culpa por não saber o que era amor naquela época? Por estar confusa? Tá justo. Mas eu não carrego a culpa do que rolou com você sexualmente, isso eu não aceito, Vitor! Caralho, você tremia pra me tocar, e quando não broxava, fazia tudo errado, querendo copiar outro cara — isso é doentio. Se você não tivesse pirado, talvez a gente ainda tivesse junto, porque eu não agi com maldade, não era duas caras. O que eu descobri com o Carlos? Foi uma porta que você abriu, porra! Você me ofereceu pra ele — imagina se eu deito com ele naquela noite? Como acha que ia ser nossa vida? Acha que depois dele me mostrar o que sinto hoje eu ia voltar? Eu recusava tuas ideias porque sabia que nem você entendia o que tava pedindo!"
Vitor:
“Você acha que fingir gostar do sexo comigo me ajudava ou era só uma forma de você fugir do problema? Era só pra não se responsabilizar, Ana?”
Ana:
“Me responsabilizar? Não era minha responsabilidade, Vitor. Não era eu que tava paranoica com isso. Eu só queria tirar aquilo da tua mente — pensava que, se fingisse, você ia ganhar confiança e voltar ao normal. Mas me diz, qual era a minha responsabilidade nisso?”
Vitor:
“Tudo que tava ruim pra você, eu me jogava pra resolver. Me esforçava ao máximo pra melhorar.”
Ana:
“E eu, como eu faria isso? Já que você espera uma resposta, me diz você! O que eu deveria ter feito?”
Vitor:
“Conversar comigo, porra. Tentar pensar junto comigo em formas de me ajudar, me entender. Você só dizia ‘tá tudo bem, amor’ e ia dormir, ou fingia gostar e depois deixava o sorriso falso desmoronar na minha frente. Eu queria que você se esforçasse como eu tava me esforçando, Ana.”
Eu baixei o olhar, o peso das palavras dele caindo como chumbo. A foto nossa na estante parecia me julgar ali, quieta.
Ana:
“Entendo... talvez eu tenha falhado nisso. Pra mim, o melhor era não tocar no assunto — não por maldade, mas porque achava que falar disso ia te afundar mais. Lembra que a gente tentava, e quando você não conseguia, ficava deprimido?”
Vitor:
“Lembro...”
Ana:
“Então! Pra mim, quanto mais a gente tentasse e você falhasse, mais você ia se enterrar nessa merda. Eu não queria isso pra você.”
Ele respirou fundo, os olhos fixos em mim, como se tivesse guardado essa próxima parte por dias.
Vitor:
“Sabe o que a Jéssica me disse numa das sessões?”
Ana:
“O que?”
Vitor:
“Que a gente era uma péssima combinação. Você é confusa com teus sentimentos, não sabe lidar com certos dramas. E eu? Eu preciso de alguém que preste atenção no que eu sinto, que me entenda antes de julgar. Você não podia me ajudar porque nunca me entenderia, Ana. Não tava aberta a sacrificar tuas convicções por mim, e eu não conseguia me curar sozinho. Hoje eu vejo isso.”
Eu senti um nó na garganta. Ele tava certo, e doía pra caralho ouvir.
Ana:
“Eu nunca quis isso...”
Vitor:
“Eu sei. Mas a Jéssica me disse uma coisa foda: eu sou um espelho do meu parceiro. Você era confusa, não sabia o que queria porque não sabia o que procurava, e eu virei um reflexo disso — perdido, tentando te agradar sem saber como. A Natália era doente sexualmente, queria um brinquedo pra usar e abusar, e eu me tornei isso, Ana. Um espelho do que ela era. Agora, com a Jéssica, eu tô aprendendo a não refletir mais as vontades, os jeitos ou as personalidades dos outros. Tô descobrindo quem eu sou. Quando eu olhar no espelho, quero me ver, não meu parceiro.”
Eu pisquei, tentando segurar as lágrimas. Era lindo, porra, e cortava fundo.
Ana:
“Isso... isso é lindo, Vitor. Me desculpa se meu reflexo te machucou. Eu tô tentando melhorar também. Minha confusão não feriu só você — se não fosse a Jéssica, eu podia ter machucado o Carlos e ela também. Ela abriu mão do controle pra me ajudar, me mostrou o quanto é importante saber o que eu quero pra não deixar meu parceiro tão perdido quanto eu tava.”
Vitor:
“Ela é incrível.”
Eu vi um brilho nos olhos dele, um brilho que eu conhecia do começo do nosso namoro, quando ele me olhava como se eu fosse o mundo. Meu peito apertou.
Ana:
“Vocês tão se dando bem?”
Vitor:
“Sim, ela é meio doidinha, Ana. Às vezes não sei se ela quer me ajudar ou me humilhar, kkk, mas no fim do dia ela me mostra que tudo que fez tinha um propósito. E eu vejo o resultado. Ela disse que não tá fazendo isso só por mim — que tá se curando também, que eu sou o remédio que ela precisava. Acho que foi pra me animar, kkk.”
Ana:
“Talvez... Nossa, essa casa, nossa casinha. Foi tão difícil conseguir.”
Olhei ao redor, o sofá torto me encarando como um velho amigo que já não me reconhece.
Vitor:
“Eu não vou voltar pra ela, mas relaxa, não vou ficar pra sempre na tua casa, kkk. Faz quase duas semanas, e eu percebo que você e o Carlos não tão transando. Às vezes olho pro cara e ele tá quase explodindo, kkk.”
Ana:
“Nem me fala, kkk, ele tá ficando maluco já! Mas o que você vai fazer com essa casa?”
Vitor:
“Vender e comprar outra. A Jéssica me mostrou umas casas no bairro de vocês, eu gostei de lá.”
Ana:
“Isso é perfeito, kkk, vamos ficar mais perto! Eu lembro como ela entrou na nossa vida, tipo uma corretora safada, kkk, dando em cima do Carlos e me tirando do sério.”
Vitor:
“Ela já me contou essa história, kkk.”
Ana:
“Vitor, mudando de assunto... O Carlos me falou de uma conversa que vocês tiveram. E eu lembro que, quando você chegou, você me disse umas coisas. Vitor, você tá gostando de homens?”
Ele riu, um riso leve, quase aliviado.
Vitor:
“Acho que não, não diretamente. Sou bissexual, Ana. Não sinto tesão por homens sentimentalmente, mas sexualmente, sim, me atraio. A Jéssica me fez ver que eu gosto de caras que são o oposto de mim — fortes, confiantes. Isso me excita.”
Ana:
“Então o Carlos te excita?”
Vitor:
“É... sim. Mas não significa nada, kkk. Não tô pronto pra dar em cima de um cara, e se um dia eu estiver, não vou atrás do teu homem, kkk.”
Ana:
“Amiga, que alívio, kkk!”
Vitor:
“Vai se fuder, Ana, kkk!”
Ana:
“Mas e mulheres? Por quem você sente mais tesão?”
Vitor:
“É a mesma coisa, Ana. Mas hoje eu sei que preciso de uma mulher que me entenda, que aceite esse meu lado. Já ouviu falar de pegging?”
Ana:
“Não!”
Vitor:
“Era o que a Natália fazia comigo, de certa forma.”
Ana:
“Quando a mulher come o cara?”
Vitor:
“Sim, pegging, inversão de papéis — tudo isso me excita, bastante até. Mas quero viver isso com uma parceira que goste, que entenda, que me ame também, kkk. Relacionamento incompatível comigo? Nunca mais.”
Ana:
“Nossa, você tá tão decidido, sem medo de falar... O que acha da Jéssica? Ela não seria essa mulher?”
Vitor:
“A Jéss? Kkk, acho que não.”
Ana:
“Ela é bi também, super mente aberta pra essas coisas.”
Vitor:
“Sim... mas uma mulher como ela? Ela é tão linda, Ana, kkk. Acho que é mirar alto demais. Fora que ela é toda sentimental por você. Não rola, sabe? Ela até me perguntou se o envolvimento dela com você e o Carlos me incomodava pras sessões.”
Ana:
“Sério? E o que você disse?”
Vitor:
“Que não, ora. Ela é livre pra experimentar o que quiser. Que mal isso ia trazer pro meu tratamento, kkk?”
Ana:
“É, por que ela perguntaria isso...”
Vitor:
“Bem, Ana, acho que os dois foderam com muita coisa nesse relacionamento.”
Ele disse isso com um meio sorriso, os olhos cansados mas leves, como se tivesse tirado um peso que carregava há anos.
Ana:
“É... mas o foda é que a gente passou por essa merda toda sem perder o que importa: nossa amizade. Ainda tá aqui, firme, pra quando um precisar do outro.”
Eu senti um calor no peito, não era mais aquela chama confusa de antes, mas algo sólido, que não queimava, só aquecia.
Vitor:
“Verdade. Eu tô esperançoso, sabe? Pela primeira vez, sinto que tô me encontrando. É foda pensar num caminho que é só meu, sem refletir ninguém.”
Ele olhou pra janela empoeirada, o sol desenhando linhas no rosto dele, e eu vi aquele brilho de novo — não era mais por mim, era por ele mesmo.
Ana:
“Eu torço por você, Vitor. Que a gente ache nossos caminhos. E se precisar de mim, é só gritar — mas, né, você tem a Jéssica agora, kkk.”
Eu dei um sorriso torto, tentando aliviar o ar, e ele riu, um riso solto que eu não ouvia há tempo.
Vitor:
“Kkk, você também é importante, Ana. Sempre vai ser, porra.”
Ana:
“Obrigada, Vitor.”
Nos abraçamos ali, no meio daquela casa que já foi nossa, e foi diferente de todos os outros abraços. Não tinha mais aquele aperto de um amor perdido ou mal resolvido, querendo se agarrar a algo que já não existia. Era outra coisa — um laço forte, puro, como se a gente tivesse tirado as máscaras e visto o que sobrou: uma amizade bonita pra caralho, que ainda podia crescer mais. Eu senti ele relaxar nos meus braços, e pela primeira vez em anos, não havia culpa, só um silêncio bom. O amor que a gente achava que tinha virou isso, e era perfeito assim.
Carlos
Eu tava na obra, segurando a marreta como se ela fosse meu pau, porra, mas nem assim eu conseguia focar. O sol queimando o cimento, o barulho dos caras gritando “passa a massa aí”, e eu só pensando numa coisa: sexo. Fazia duas semanas que eu não trepava, caralho, duas semanas! Meu pau tava me zoando, duro o tempo todo, e eu ali, suado, com a cabeça a mil, imaginando a Ana pelada em cima de mim, a bunda dela quicando enquanto eu metia com força. Tô ficando maluco, porra.
O Vitor na casa era o problema, kkk. O cara tava lá, todo sensível, e eu e a Ana tentando não fazer barulho — mas eu não sou de foder quieto, mano! Eu gosto de gemido alto, de cama rangendo, de “me fode, Carlos” ecoando na porra do quarto. Com ele lá, era só punheta no banho, e olhe lá, porque até isso eu tava com medo de ele ouvir o “nhac” da minha mão, kkk.
Olhei pro lado, vi o Manoel, o pedreiro, comendo um pão com mortadela, e pensei: “Porra, até o pão dele tá me lembrando um cuzinho apertado”. Eu precisava resolver isso, caralho. Primeira ideia: levar a Ana pra casa da Jéssica. Imagina só, a Jéssica abrindo a porta com aquele sorrisinho safado, “entra, grandão”, e eu jogando a Ana no sofá dela, rasgando a calcinha com os dentes enquanto a Jéssica assiste, kkk. Melhor ainda: ela entra no meio, chupando os peitos da Ana enquanto eu meto por trás, a bunda das duas balançando na minha frente, um trisal dos infernos. Meu pau pulsou na calça só de pensar, mas aí eu lembrei: a Jéssica tá ajudando o Vitor, e se ele aparece lá? Vou ter que foder com ele olhando de novo, kkk, não dá.
Segunda ideia: motel, porra. Uma noite romântica pra apimentar essa merda toda. Eu, a Ana, um quarto com espelho no teto, luz vermelha piscando, e uma banheira pra eu comer ela com água batendo nas coxas. Chego todo galã, “amor, pega tua calcinha mais foda que hoje eu te faço gritar”, e ela rindo, já sabendo que eu vou meter até o talo. Imagino ela de quatro no colchão redondo, eu agarrando aquele bundão, batendo palma com cada estocada, ela gritando “mais, caralho”, e eu gozando tão forte que o motel inteiro ia ouvir. Ou na banheira, ela cavalgando, os peitos molhados na minha cara, eu chupando enquanto enfio dois dedos pra ela gozar junto. Foda, meu pau tava quase rasgando a calça agora.
“Carlos, porra, pega o cimento aí!”, o Manoel gritou, e eu voltei pra realidade, suado, com o cabo da marreta molhado na minha mão. “Tô indo, caralho”, respondi, mas na minha cabeça eu já tava bolando como convencer a Ana a dar um jeito nisso hoje. Motel ou Jéssica, tanto faz, mas eu preciso meter, porra, senão eu explodo essa obra inteira com meu tesão acumulado, kkk.
Cheguei em casa da obra com o pau ainda me cutucando na calça, suado pra caralho, mas decidido: hoje eu resolvo essa seca, porra. Tinha bolado tudo — motel ou casa da Jéssica, tanto faz, mas a Ana ia gritar meu nome de um jeito ou de outro. Entrei pela porta, já imaginando ela na sala, e dou de cara com o Vitor esparramado no sofá, uma cerveja na mão, assistindo jogo na TV. O cara tava com um sorriso leve, tranquilo, como se tivesse achado a paz dele, kkk, mas eu nem liguei, só queria saber da minha mulher.
Carlos:
“E aí, Vitor, cadê a Ana? Tô com umas ideias pra ela hoje, mano.”
Ele virou pra mim, coçando a cabeça, e deu um risinho calmo, ainda meio perdido no jogo.
Vitor:
“E aí, Carlos. Tô de boa, cara, vim pra casa relaxado hoje, mas a Ana não tá aqui. Foi pra casa da Jéssica tem umas uma hora e meia já.”
Eu congelei, kkk. Uma hora e meia? Porra, ela já tava fora do radar, mas casa da Jéssica ainda era o plano perfeito! Esquece motel, esquece romantismo — eu ia pegar a Ana lá mesmo, no sofá da Jéssica, com aquela vibe safada que só ela traz. Meu pau deu um salto na calça, já imaginando a cena: eu entrando, a Ana de pernas abertas, a Jéssica rindo e me provocando, e eu metendo até o chão tremer. Trisal dos infernos, caralho, agora era a hora.
Carlos:
“Beleza, Vitor, fica aí com teu jogo que eu vou buscar minha noite, kkk!”
Ele riu, balançando a cerveja, mas eu já tava voando pra pegar as chaves e sair. No caminho, o tesão tava me comendo vivo — pensei na Ana pelada, a Jéssica chupando ela enquanto eu enfiava até o talo, as duas gemendo juntas, meu pau batendo palma naquela bunda que eu amo. Cheguei na casa da Jéssica em cinco minutos, bati na porta com força, quase arrancando ela fora, kkk.
A Jéssica abriu, toda gostosa com um shortinho que mal cobria o bundão, um copo de vinho na mão, e aquele olhar de quem já leu minha alma antes de eu abrir a boca.
Jéssica:
“E aí, grandão? A Ana saiu faz um tempinho, foi pro mercado pegar umas coisas. Mas entra aí, vai, relaxa um pouco.”
Eu travei, porra. Meu pau tava gritando, e eu ali, suado, com cara de quem ia explodir. Tentei dar um passo pra trás, já pensando em correr atrás da Ana.
Carlos:
“Não, valeu, Jéssica, acho que vou atrás dela...”
Ela riu, aquele riso safado que me arrepia, e antes que eu pudesse virar, me puxou pelo braço com uma força que eu não esperava daquela mulher.
Jéssica:
“Para de besteira, Carlos, entra logo, kkk. Tá na cara que você tá precisando de um alívio, grandão.”
Ela me arrastou pra dentro, os olhos brilhando com malícia, a porta batendo atrás de mim, e eu fiquei ali, perdido entre o tesão e a dúvida, com ela já mandando no jogo.
Eu tava ali, dentro da casa da Jéssica, o coração batendo na calça junto com o pau, porra. Ela me puxou pra dentro como se eu fosse um cachorro na coleira, kkk, e fechou a porta com um empurrãozinho que já me deixou sem ar. O shortinho dela subia a cada passo, o bundão balançando na minha frente, e eu tentando não babar enquanto ela jogava o cabelo pro lado e me olhava com aqueles olhos que pareciam dizer “eu te fodo agora se quiser”.
Ela foi até o sofá, pegou o copo de vinho de novo e sentou, cruzando as pernas de um jeito que quase me fez gemer alto. “Senta aí, grandão”, ela disse, apontando o lugar do lado dela. Eu sentei, suado, o volume na calça gritando, e ela começou a falar como se nada tivesse acontecendo.
Jéssica:
“Sabe, Carlos, eu e o Vitor temos avançado pra caralho nas sessões. O cara tá se abrindo, descobrindo quem ele é — é bonito de ver, sabe? Hoje mesmo ele tava me contando como se sente mais leve, como tá começando a enxergar um caminho pra ele.”
Eu acenei com a cabeça, tentando focar no que ela tava dizendo, mas porra, ela inclinou o corpo pra pegar o vinho na mesinha, e a blusa subiu um pouco, mostrando a curva da cintura. Meu pau deu um pulo, kkk, e eu pensei “leveza é o caralho, eu tô pesado aqui”. Ela continuou, mas agora com um tom mais baixo, quase um sussurro.
Jéssica:
“Ele me disse que tá até pensando em comprar uma casa nova, largar aquele passado com a Ana de vez. Acho que ele tá pronto pra voar, grandão... e eu tô gostando de ajudar.”
Ela passou a língua devagar no canto da boca, limpando uma gota de vinho, e eu juro que quase meti a mão na calça ali mesmo. Ela tava me provocando, porra, eu sentia no jeito que ela me olhava de lado, um sorrisinho safado dançando no rosto. Eu pigarreei, tentando manter o controle.
Carlos:
“É, ele tá de boa mesmo, tava lá em casa sorrindo com a cerveja... Mas e a Ana, ela tava bem aqui?”
Ela riu, se ajeitando no sofá, e a perna dela roçou na minha de leve, o calor subindo direto pro meu pau. Ela inclinou a cabeça, me encarando como se eu fosse um prato que ela tava decidindo como comer.
Jéssica:
“A Ana? Tá ótima, Carlos. Saiu falando de você, aliás — disse que você tava precisando dela, kkk. Mas relaxa, grandão, eu te faço companhia até ela voltar.”
Ela esticou o braço no encosto do sofá, os dedos quase tocando meu ombro, e eu senti o cheiro dela — vinho misturado com um perfume que me deu vontade de arrancar aquele shortinho com os dentes. Meu cérebro tava uma bagunça, kkk — ela tava falando do Vitor, mas cada palavra parecia um convite pra eu pular em cima dela. Eu tava suando mais que na obra, tentando não deixar ela perceber que eu já tava imaginando ela pelada, me chupando enquanto eu agarrava aquele bunda.
Eu tava afundado no sofá da Jéssica, o calor dela ainda subindo pela minha perna onde ela roçou, e o cheiro daquele perfume misturado com vinho me deixando zonzo, porra. Ela tava ali, toda solta, os dedos brincando no copo como se fosse um brinquedo, e eu tentando não parecer um animal em ponto de ataque. O jeito que ela mexia o cabelo, jogando ele pro lado com um movimento lento, quase me fez engolir a língua — cada fio parecia brilhar com a luz que batia da janela.
Carlos:
“E a Ana, Jéssica, ela volta logo ou o que?”
Minha voz saiu meio rouca, e eu me ajeitei no sofá, tentando disfarçar o calor que subia pelo pescoço. Ela virou pra mim, os olhos castanhos faiscando com um brilho que parecia me desmontar peça por peça, e deu um sorriso torto que me fez sentir um arrepio na espinha.
Jéssica:
“Relaxa, grandão, ela volta sim. Foi só pegar umas coisas no mercado, não deve demorar. Enquanto isso, você fica aqui comigo, né?”
Ela descruzou as pernas devagar, o shortinho subindo só o bastante pra mostrar a pele macia das coxas, e eu juro que quase ouvi um sino tocar na minha cabeça. Não era só o corpo dela — era o jeito que ela falava, a voz saindo suave mas com um tom que me puxava pra perto, como se eu fosse um imã grudando no ferro. Ela pegou o copo de novo, levou à boca, e o jeito que os lábios dela tocaram a borda, molhados de vinho, me fez imaginar eles em outro lugar, porra.
Eu tava tentando focar na Ana, mas a Jéssica tava jogando um jogo que eu não sabia se queria ganhar ou perder. Ela se inclinou um pouco pra frente, a blusa caindo só o suficiente pra mostrar o contorno dos peitos, firmes e livres debaixo do tecido fino. Meu sangue tava correndo quente, e eu senti um formigamento nas mãos, uma vontade de agarrar alguma coisa — não só pra meter, mas pra sentir ela, o calor daquela pele que parecia gritar pra mim.
Jéssica:
“Sabe, Carlos, ajudar o Vitor tá sendo foda, mas tem horas que eu penso... será que eu também não tô precisando de um empurrãozinho pra me soltar mais?”
Ela riu baixo, os dentes branquinhos aparecendo entre os lábios, e passou a mão pelo cabelo de novo, os dedos longos deslizando como se estivessem me chamando. Eu pisquei, tentando não deixar ela ver que eu tava a um passo de virar um bicho, mas porra, o jeito que ela se mexia, cada gesto calmo mas cheio de fogo, tava me fritando vivo. Eu imaginava o som daquela risada perto do meu ouvido, o calor do corpo dela contra o meu, e minha garganta secou como se eu tivesse engolido areia da obra.
Carlos:
“É... você parece bem solta já, Jéssica.”
Eu forcei um riso, mas saiu mais como um grunhido, e ela inclinou a cabeça, me olhando por baixo dos cílios, como se soubesse exatamente o que tava fazendo comigo.
Jéssica:
“Solta? Talvez, grandão. Mas às vezes eu gosto de testar até onde eu posso ir, sabe?”
Ela se ajeitou de novo, o corpo virando um pouco pra mim, e a curva do pescoço dela ficou à mostra, a pele lisa brilhando com a luz. Eu senti um aperto no peito, uma vontade de traçar aquele caminho com a língua, e meus dedos coçaram no sofá, porra. Ela tava me levando pro abismo, e eu nem sabia se queria pular ou correr.
Jéssica:
“Sabe, grandão, ajudar o Vitor é foda, mas às vezes eu sinto falta de uma energia mais... bruta, tá ligado? Ele tá se encontrando, mas eu sou de carne e osso, preciso de um fogo pra me lembrar que eu existo.”
Ela riu baixo, o som saindo como um ronronar, e esticou as pernas no sofá, os pés descalços quase tocando minha coxa. As unhas pintadas de vermelho brilhavam na luz, e eu senti um choque subir pelas costas, imaginando aqueles pés subindo mais, porra. Mas ela falou tão casual, como se tivesse comentando o tempo, que eu não sabia se era um convite ou só ela sendo a Jéssica.
Carlos:
“É... fogo eu tenho de sobra, Jéssica. Mas tu já tá bem acesa, não tá?”
Tentei jogar de volta, mas minha voz saiu mais trêmula do que eu queria. Ela sorriu, os olhos castanhos me prendendo, e se ajeitou de novo, a blusa escorregando pro lado e mostrando a clavícula, uma linha perfeita que me deu vontade de morder. Meu coração tava batendo nos ouvidos, e eu não sabia se ela tava me querendo ou se era só aquele jeito dela de foder com a cabeça de qualquer um.
Jéssica:
“Às vezes, Carlos, eu gosto de um calor que me pega desprevenida. Tipo... alguém que entra e bagunça tudo, sabe? A Ana me dá isso às vezes, mas tem dias que eu sinto falta de um peso diferente.”
Ela passou a mão pelo braço, os dedos traçando a pele devagar, e olhou pra mim como se tivesse me medindo. O jeito que ela disse “peso” me fez imaginar ela debaixo de mim, gemendo baixo, mas logo ela pegou o copo de vinho e tomou um gole, tão tranquila que eu quase engasguei com a dúvida. Porra, ela queria que eu pulasse nela ou tava só jogando conversa fora? Meu peito tava apertado, o sangue pulsando nas veias, e eu senti um suor frio na nuca, tentando decifrar aquele olhar.
Carlos:
“Tu tá falando da Ana ou de mim agora?”
Eu arrisquei, meio rindo pra disfarçar, mas ela só deu uma risadinha, inclinando o corpo pra trás e esticando os braços no encosto do sofá, o movimento levantando a blusa e mostrando um pedaço da barriga lisa. Meu estômago deu um nó, e eu imaginei minhas mãos subindo por ali, sentindo a pele quente, mas ela respondeu como se fosse a coisa mais normal do mundo.
Jéssica:
“Da Ana, claro... ou quem sabe de você, grandão. Depende do dia, né? Eu gosto de deixar as coisas rolarem.”
Ela piscou, o gesto tão leve que podia ser só simpatia, mas o jeito que os lábios dela se curvaram depois me fez sentir um calor descer até os pés. Eu tava perdido, porra — ela se insinuava como se fosse ar, natural pra caralho, e eu não sabia se era pra mim ou se ela fazia isso com qualquer um que sentasse ali. Minha cabeça girava, o corpo todo tenso, e eu só conseguia pensar no som daquela voz me chamando pra mais perto, sem saber se era real ou só minha mente safada me enganando.
De repente ela mudou o jogo. Ela se levantou do sofá, os olhos castanhos faiscando com uma chama que eu não tinha visto antes, e veio pra cima de mim devagar, cada passo como um tambor batendo no meu peito. A blusa fina balançava no corpo dela, os contornos dos peitos livres marcando o tecido, e ela parou na minha frente, tão perto que eu senti o calor da pele dela antes mesmo de ela me tocar.
Jéssica:
“Chega de papo, grandão. Eu sei o que eu quero agora.”
Antes que eu pudesse abrir a boca, ela se inclinou, os lábios macios batendo nos meus com uma força que me jogou pra trás no sofá. O gosto de vinho tava na língua dela, doce e quente, e ela me beijou como se quisesse me devorar, os dentes roçando de leve enquanto as mãos dela agarravam minha nuca, puxando meu cabelo com uma pressão que me fez soltar um gemido baixo sem querer. Meu corpo inteiro acendeu, porra — o sangue correu tão rápido que eu senti um formigamento descer pelas pernas, e minhas mãos voaram pras costas dela, sentindo a curva suave sob a blusa.
Ela não perdeu tempo. Num movimento rápido, subiu no meu colo, as coxas macias apertando minhas laterais, o peso dela me prendendo no sofá como se eu fosse dela pra sempre. A pele quente roçava na minha calça, e o shortinho subiu mais, revelando as linhas perfeitas das pernas dela, a carne firme pulsando contra mim. Ela começou a tirar a blusa, puxando o tecido devagar, quase como uma dança — primeiro os ombros, depois os braços, até os peitos saltarem livres, os mamilos rosados endurecendo no ar fresco, me chamando como um imã. Meu peito apertou, a respiração travando enquanto ela jogava a blusa pro lado, o cabelo caindo em ondas sobre os ombros, emoldurando aquele corpo que parecia esculpido pra me foder a cabeça.
Eu tava em chamas, porra. Ela voltou a me beijar, a boca mais faminta agora, a língua dançando com a minha enquanto as mãos dela deslizavam pelo meu peito, abrindo os botões da camisa com uma agilidade que me deixou tonto. O calor da pele dela contra a minha era elétrico, e eu sentia cada pedaço dela — os seios roçando no meu peito, os quadris girando de leve no meu colo, o perfume subindo como uma droga que me fazia querer mais. Minhas mãos subiram pelas costas dela, traçando a coluna, os dedos afundando na carne macia enquanto ela gemia baixo na minha boca, o som vibrando direto no meu cérebro.
Ela desceu as mãos pro meu cinto, os dedos longos mexendo no couro com uma promessa que me fez cerrar os dentes, e eu imaginei ela me liberando, me chupando ali mesmo, a boca quente me levando pro inferno e de volta. Meu corpo gritava pra ela, o tesão me cegando — eu queria arrancar aquele shortinho, sentir ela molhada contra mim, meter até o sofá quebrar, ouvir ela gritando meu nome com aquela voz rouca que me deixava louco. Mas então, no meio daquele fogo todo, a Ana passou pela minha cabeça como um raio.
Eu travei, porra. A Jéssica tava nua no meu colo, os peitos roçando no meu peito, a boca dela me chupando o pescoço agora, deixando um rastro quente que me fazia tremer, mas a imagem da Ana rindo, me abraçando, me olhando com aqueles olhos que eu amava, me acertou em cheio. Eu queria isso, caralho, queria a Jéssica me cavalgando até eu explodir, mas não assim, não pelas costas da Ana. Fazia semanas que eu não trepava, o tesão tava me comendo vivo, mas eu não ia foder com o que eu tinha com ela.
Pus as mãos nos ombros da Jéssica, empurrando ela pra trás com cuidado, mas firme. Ela parou, os lábios vermelhos entreabertos, o cabelo bagunçado caindo no rosto, e me olhou com uma mistura de surpresa e tesão.
Carlos:
“Para, Jéssica. Eu não vou fazer isso, porra. Não pelas costas da Ana.”
Minha voz saiu mais dura do que eu queria, o peito subindo e descendo rápido enquanto eu tentava respirar. Ela ficou ali, ainda no meu colo, a pele quente colada na minha, e inclinou a cabeça, um sorriso torto voltando como se eu tivesse dito algo engraçado.
Jéssica:
“Relaxa, grandão. A Ana nem precisa saber. E, sei lá, talvez ela nem se importasse, né? Vocês já me tiveram no meio antes.”
Ela tentou puxar meu rosto de volta, os dedos roçando minha barba, mas eu segurei as mãos dela, tirando elas de mim. Meu sangue ferveu com a insinuação, porra — não pela parte da Ana não saber, mas por ela achar que a Ana não ligaria. Aquilo me chateou pra caralho.
Carlos:
“Não, Jéssica, para com essa porra. A Ana é minha mulher, caralho, e eu não vou trair ela só porque você acha que ela não ia ligar. Isso não é sobre ela saber ou não, é sobre eu fazer certo. Tá ligado?”
Eu me levantei, quase derrubando ela do colo, e ela caiu no sofá com um risinho, os peitos balançando enquanto se ajeitava. Eu tava puto, mas ainda sentia o calor dela na minha pele, o gosto dela na minha boca, e precisei cerrar os punhos pra não ceder. Ela era um vulcão, porra, toda nua, os olhos me chamando, as pernas entreabertas como um convite que eu queria aceitar, mas eu não ia. Não assim.
Eu tava de pé, o coração martelando no peito, os punhos cerrados enquanto a Jéssica me encarava do sofá, nua, os peitos balançando com aquele risinho que me irritava e me queimava ao mesmo tempo. Achei que ela ia recuar, porra, mas ela não era de desistir fácil. Ela se levantou devagar, o corpo inteiro brilhando na luz suave da sala, a pele lisa como um convite que eu queria rasgar com as mãos. Os cabelos caíam em ondas bagunçadas sobre os ombros, e ela veio pra mim com uma calma que me deu um frio na espinha.
Antes que eu pudesse dar outro passo pra trás, ela colou em mim, o calor dela me envolvendo como uma onda. Os lábios dela encontraram os meus de novo, mas dessa vez era diferente — carinhoso, quase doce, mas com uma sensualidade que me fez tremer. Ela me beijou devagar, a língua traçando minha boca com uma suavidade que contrastava com o fogo que eu sentia subindo pelo corpo. As mãos dela subiram pelo meu peito, os dedos deslizando pela camisa aberta, roçando minha pele com uma leveza que parecia me desarmar, e eu senti o ar escapar dos pulmões.
Jéssica:
“Relaxa, grandão... deixa eu cuidar de você, vai. Não precisa brigar comigo.”
A voz dela saiu baixa, um sussurro rouco que vibrava no meu ouvido enquanto ela mordiscava meu lábio inferior, puxando de leve com os dentes antes de soltar. Meu corpo reagiu sem permissão, um arrepio cortando minhas costas, e eu senti as mãos dela descendo pros meus ombros, empurrando a camisa pro chão com um movimento tão natural que parecia ensaiado. Ela era boa nisso, porra — cada toque, cada olhar, cada suspiro dela me puxava mais fundo, e eu tava começando a afundar.
Ela me agarrou pela mão, os dedos quentes entrelaçando nos meus, e me puxou, contornando a situação como se eu não tivesse acabado de dizer não. “Vem comigo, Carlos”, ela murmurou, os olhos castanhos brilhando com uma mistura de carinho e malícia, e eu me deixei levar, os pés seguindo ela quase por instinto. A sala ficou pra trás, o sofá virando um borrão enquanto ela me guiava pro quarto, o balançar dos quadris dela na minha frente me hipnotizando. O shortinho ainda pendia baixo nas coxas, e eu imaginava arrancando ele, sentindo a carne macia que pulsava ali.
Chegamos no quarto dela, a cama desarrumada com lençóis pretos amassados, e ela me empurrou com uma força suave, me jogando de costas no colchão. Subiu em cima de mim como um gato, os joelhos afundando nos lençóis enquanto ela se inclinava, o cabelo caindo como uma cortina ao redor do rosto. Ela me beijou de novo, mais fundo agora, a boca quente explorando a minha com uma fome que me deixou zonzo. Os seios dela roçavam no meu peito, os mamilos duros traçando linhas de fogo na minha pele, e eu senti um calor subir pela barriga, uma vontade de agarrar ela e virar o jogo.
As mãos dela desceram pro meu cinto outra vez, os dedos ágeis abrindo o couro com uma precisão que me fez prender o fôlego. Ela puxou a calça devagar, os olhos travados nos meus, e eu senti o tecido deslizando pelas pernas, o ar fresco batendo na pele enquanto ela me deixava só de cueca. O volume ali tava gritando, porra, e ela lambeu os lábios, um brilho faminto no olhar enquanto se inclinava mais, o cabelo roçando minha barriga. “Você é foda, grandão”, ela sussurrou, a voz saindo como mel quente, e começou a beijar meu pescoço, descendo pro peito, a língua traçando um caminho molhado que me fez cerrar os dentes.
Eu tava perdido, caralho. Ela chupava minha clavícula agora, os dentes roçando de leve enquanto as mãos dela massageavam minhas coxas, subindo perigosamente perto da cueca. Meu corpo tremia, o sangue pulsando tão forte que eu ouvia ele nos ouvidos, e eu imaginava ela me pegando ali, a boca quente me envolvendo, me levando pro limite enquanto eu agarrava os lençóis. Mas então, no meio daquele incêndio, a Ana apareceu na minha cabeça de novo — o jeito que ela sorria pra mim, o calor dos braços dela no meu peito, a confiança que eu tinha nela.
Eu não tinha forças, porra. A Jéssica tava quase conseguindo, os lábios dela descendo mais, o hálito quente roçando a barra da cueca enquanto ela puxava o elástico com os dentes, os olhos me desafiando. Meu corpo gritava pra deixar rolar, semanas sem sexo me deixando fraco, mas a Ana era mais forte que isso. Eu amava ela, caralho, e não ia foder tudo por um tesão que eu podia controlar. Num esforço que quase me matou, empurrei ela pra trás, o coração na garganta enquanto eu me sentava na cama.
Carlos:
“Não, Jéssica, porra, eu não vou!”
Ela caiu de lado nos lençóis, surpresa, os peitos balançando enquanto me olhava com a boca entreaberta. Eu levantei num pulo, o corpo ainda quente do toque dela, e catei a calça e a camisa do chão com as mãos tremendo. Não parei pra vestir, só enfiei a cueca no lugar e saí correndo, tropeçando no corredor, o peito apertado enquanto o ar frio da casa batia na pele suada. A Jéssica gritou algo atrás de mim, “Carlos, volta aqui, porra!”, mas eu já tava na porta, abrindo ela com um empurrão e correndo pra rua só de cueca, as roupas emboladas no braço.
Cheguei no carro, o coração batendo como um tambor, e joguei as roupas no banco do passageiro, respirando pesado enquanto tentava enfiar a chave na ignição com os dedos trêmulos. Eu tava livre, porra, tinha resistido, mas então ouvi uma voz vindo da casa da Jéssica — clara, doce, inconfundível.
Ana:
“Carlos? O que você tá fazendo aí fora?”
Eu virei a cabeça, o sangue gelando nas veias, e vi a Ana na porta da casa da Jéssica, o cabelo solto, os olhos arregalados me encarando só de cueca no meio da rua. Meu mundo parou, porra.
Eu tava ali, só de cueca no meio da rua, o coração na boca e o sangue gelado, encarando a Ana na porta da casa da Jéssica. Meu cérebro travou, porra, imaginando ela puta comigo, mas então eu pisquei e vi um sorriso escancarado no rosto dela, os olhos brilhando com uma zoeira que eu conhecia bem demais.
Ana:
“Amor, volta pra cá, kkk! Era brincadeira, meu bem, kkk!”
Brincadeira? Eu fiquei parado, a chave tremendo na minha mão, tentando entender que porra tava acontecendo. A Ana ria tanto que segurava a barriga, o cabelo solto balançando enquanto ela apontava pra mim, e atrás dela a Jéssica apareceu na porta, enrolada num lençol preto que mal cobria as coxas, o cabelo bagunçado caindo no rosto e um riso safado nos lábios. Eu tava com cara de trouxa, suado e sem camisa, quando uma senhorinha passou na calçada, carregando uma sacola de feira, e parou pra olhar a cena.
Ela me viu ali, de cueca, as roupas emboladas no braço, depois olhou pra Jéssica no lençol e a Ana quase caindo de tanto rir. A velhinha ajeitou os óculos, deu um sorrisinho de canto e soltou:
Senhorinha:
“Meninas, eu posso levar pra casa? Vocês ainda vão usar ele?”
O ar explodiu em risadas. A Ana caiu na gargalhada, apoiando a mão na porta pra não tombar, a Jéssica jogou a cabeça pra trás, o lençol quase escorregando enquanto ela ria, e eu, porra, não aguentei — soltei um “caralho” e comecei a rir também, o alívio misturado com a vergonha me fazendo parecer um idiota feliz. A senhorinha deu uma piscadinha e seguiu andando, balançando a cabeça como se tivesse visto o melhor teatro da vida dela.
Eu joguei as chaves no bolso da calça embolada, subi os degraus da entrada ainda rindo, o suor pingando da testa, e entrei na casa atrás da Ana e da Jéssica. A Ana veio na minha direção, ainda com lágrimas de riso nos olhos, e me deu um tapa leve no peito.
Ana:
“Teu rosto, amor, kkk! Você correndo de cueca foi a melhor coisa que eu vi hoje!”
A Jéssica se jogou no sofá, o lençol subindo um pouco mais enquanto ela cruzava as pernas, e me olhou com aquele ar de quem tinha vencido a noite.
Jéssica:
“Eu disse que ele ia surtar, Ana, kkk. Grandão, você é um ouro!”
Eu passei a mão no cabelo, ainda sem fôlego, e olhei pras duas, tentando juntar as peças daquela bagunça.
Carlos:
“Porra, alguém vai me explicar que brincadeira é essa antes que eu tenha um treco?”
A Ana trocou um olhar com a Jéssica, as duas rindo de novo como se eu fosse o último a entender a piada, e eu fiquei ali, meio puto, meio aliviado, esperando elas me contarem que porra tava rolando.
Eu tava ali, de cueca no meio da sala da Jéssica, as roupas ainda emboladas no braço, olhando pras duas rindo como se eu fosse o palhaço da noite. A Ana enxugava as lágrimas de tanto rir, o tapa no meu peito ainda quente na pele, e a Jéssica se esparramava no sofá, o lençol subindo perigosamente enquanto ela me encarava com aquele olhar de quem sabia demais. Eu respirei fundo, tentando não surtar de novo.
Carlos:
“Porra, Ana, Jéssica, me explica essa palhaçada agora, antes que eu vire meme na rua!”
A Ana segurou o riso, mordendo o lábio pra se controlar, e veio pra perto de mim, os olhos brilhando com uma mistura de zoeira e carinho que me desarmava toda vez. Ela passou a mão no meu braço, o toque leve me acalmando mesmo com a confusão na cabeça.
Ana:
“Tá bom, amor, kkk, senta aí que eu te conto. Eu sabia que, quando o Vitor te dissesse que eu tava aqui na casa da Jéssica, você ia vir voando me procurar. Tu não resiste, né, grandão?”
Ela deu um sorrisinho safado, e eu levantei uma sobrancelha, sentando no braço do sofá enquanto a Jéssica ria baixo, balançando o lençol como se fosse uma capa de rainha da zoeira.
Carlos:
“Porra, tu armou isso? Como assim sabia?”
A Ana se encostou em mim, o ombro dela roçando no meu, e olhou pra Jéssica antes de continuar, o tom ficando mais leve, mas com um fundo que me deixou atento.
Ana:
“Eu sei que tu tá há semanas sem sexo, amor, kkk. Tu acha que eu não vejo teu jeito? Tu fica andando pela casa igual um touro preso, quase quebrando as coisas de tanto tesão reprimido. Eu e a Jéssica conversamos sobre isso ontem, e eu pensei: ‘Por que não fazer uma brincadeira pra deixar ele louco e rir um pouco?’ Então eu vim pra cá, me escondi no quarto dela e fiquei assistindo tudo pela fresta da porta.”
Eu abri a boca, sem acreditar, e a Jéssica caiu na gargalhada, jogando a cabeça pra trás enquanto o lençol escorregava mais um pouco, mostrando a curva da coxa que eu conhecia bem.
Jéssica:
“Grandão, tu nem imagina como ela tava segurando o riso lá dentro, kkk. Eu te puxei pra cá sabendo que ela tava vendo, e quando tu saiu correndo de cueca, ela quase derrubou a porta de tanto rir!”
Eu passei a mão no rosto, o calor subindo de novo, mas dessa vez de vergonha misturada com um alívio foda. A Ana me olhou, os olhos agora mais sérios, e segurou minha mão, apertando de leve.
Ana:
“Mas, amor, não foi só zoeira, tá? Eu queria deixar o clima leve porque a gente precisa conversar sobre umas coisas. Coisas sérias. E eu não queria que fosse só tensão, sabe? Queria te ver sorrindo antes.”
Ela deu um sorriso pequeno, e eu senti um aperto no peito — não de tesão dessa vez, mas de algo mais fundo. A Jéssica se ajeitou no sofá, puxando o lençol pra cobrir mais, e ficou quieta, olhando pra gente com um ar de quem sabia que o papo ia mudar de tom. Eu respirei fundo, ainda processando a Ana me assistindo surtar enquanto a Jéssica me levava pro abismo.
Carlos:
“Caralho, Ana, tu me fez correr de cueca pra rua pra deixar o clima leve? E que porra é essa que a gente precisa conversar?”
A Ana riu de novo, mas foi mais contido, e ela apertou minha mão mais forte, os olhos me dizendo que a brincadeira tinha acabado, mas o que vinha agora era importante.
Ana:
“Depois, amor. Vamos rir mais um pouco antes, tá? Mas eu te amo, viu?”
Ela me puxou pra um abraço rápido, o cabelo dela roçando meu rosto, e eu senti o calor dela me acalmando, mesmo com a curiosidade me comendo por dentro.
Ana:
“Então, amor, deixa eu te contar o que tá rolando. Eu e a Jéssica conversamos pra caralho ontem, e ela abriu o jogo comigo. Ela tá pronta pra voltar a explorar comigo, mas agora é diferente — ela entende o meu lance contigo, o meu lugar com você, e aceita o papel dela na minha vida.”
Ela olhou pra Jéssica, que deu um sorriso torto, os olhos castanhos me pegando de um jeito que fez meu peito apertar. Eu senti um calor subir pela barriga, porra, imaginando as duas juntas de novo, os corpos se misturando como já tinham feito antes, mas agora com algo mais claro. A Ana segurou minha mão mais forte, o polegar dela roçando minha palma enquanto continuava.
Ana:
“Ela me disse que tá afim de novo, que sente falta daquela energia nossa, mas não quer bagunçar nada. E aí ela falou de você, Carlos.”
Eu levantei a cabeça, o coração batendo mais rápido, e a Jéssica se endireitou no sofá, o lençol escorregando um pouco, mostrando a curva do ombro que eu tinha agarrado horas antes. Ela inclinou a cabeça, a voz saindo rouca mas firme, com um toque de tesão que me acertou em cheio.
Jéssica:
“É isso, grandão. Não é só com a Ana que eu quero explorar, kkk. Eu comecei a te admirar pra caralho, Carlos — tu é bruto, mas tem um coração que não deixa ninguém pra trás. Hoje, vendo tu correr de cueca por causa dela, eu vi o quanto tu ama ela, e isso me pegou, sabe? Mas eu quero mais que só olhar.”
Ela riu baixo, os dentes branquinhos brilhando, e se inclinou pra frente, o lençol caindo mais, deixando os seios quase à mostra enquanto me encarava com um fogo que eu sentia na pele.
Jéssica:
“Eu quero vocês dois. Quero ser a amante de vocês, a amiga que entra no meio e não fode com o que vocês têm. Eu sei que sou um furacão, kkk, mas não quero ser um problema. Quero que isso funcione — tu metendo em mim enquanto ela me chupa, ou ela cavalgando você enquanto eu te beijo, porra, eu vejo isso na minha cabeça e me dá um tesão do caralho. Mas também quero estar aqui, rindo com vocês, sendo parte disso.”
Meu sangue ferveu, porra. A imagem que ela pintou me bateu como um soco — a Ana de quatro, eu metendo nela enquanto a Jéssica lambia os peitos dela, ou as duas me dividindo, os gemidos se misturando num caos quente que eu mal conseguia processar. Minha garganta secou, e eu olhei pra Ana, tentando entender o que ela achava disso tudo. Ela deu um sorriso, meio safado, meio pesado, e apertou minha mão de novo.
Ana:
“Eu gostei da ideia, amor. A Jéssica sabe que você é meu, kkk, mas ela quer ser nossa — nossa amante, nossa amiga. E eu confio nela pra isso, porque ela tá sendo sincera. Hoje a gente armou essa brincadeira pra te trazer pra cá, pra definir como isso vai rolar, pra deixar tudo claro antes de mergulhar de cabeça.”
Eu respirei fundo, o peito subindo e descendo rápido enquanto o tesão e o peso daquilo me acertavam juntos. A Jéssica se levantou, o lençol caindo no chão, e ficou ali, nua, o corpo brilhando como uma promessa que eu queria agarrar. Ela veio até mim, parando ao lado da Ana, e pôs a mão no meu ombro, os dedos quentes me queimando através da pele.
Jéssica:
“Eu não quero tirar nada de vocês, grandão. Quero somar, kkk. Mas tem que ser do jeito certo, com todo mundo de boa. O que tu acha?”
Eu olhei pras duas, a Ana com aquele olhar que me segurava firme, a Jéssica com uma mistura de tesão e sinceridade que me desmontava. Minha voz saiu rouca, meio travada, mas honesta pra caralho.
Carlos:
“Porra, isso é pesado, mas... foda, eu gosto de vocês duas, kkk. Se for pra rolar assim, com tudo às claras, eu topo. Mas, Ana, tu tá mesmo de boa com isso?”
A Ana riu, leve, e se inclinou pra me dar um beijo rápido, os lábios macios me acalmando enquanto a Jéssica ria ao lado, o som dela me arrepiando.
Ana:
“Tô de boa, amor. A gente só precisava te trazer pro jogo, kkk. Agora é definir como isso funciona, pra ninguém se machucar.”
Eu balancei a cabeça, o tesão ainda pulsando, mas o peso da sinceridade delas me deixando leve ao mesmo tempo. Era foda, quente e real — e eu tava dentro.
Carlos:
“Porra, Jéssica, tu tá falando bonito pra caralho, mas... e os teus sentimentos pela Ana? Isso não vai virar um problema? Tipo, tu querendo mais dela do que ela pode te dar?”
A Jéssica inclinou a cabeça, o cabelo caindo de lado, e deu um sorriso tranquilo, os olhos castanhos me encarando com uma segurança que me pegou desprevenido. Ela se aproximou mais, o ombro roçando no da Ana, e respondeu com um tom leve mas carregado de verdade.
Jéssica:
“Não, grandão, relaxa. Eu tô bem com isso, juro. Eu sei que a Ana é tua, kkk, e eu não quero roubar ela de você. O que eu sinto por ela é foda, mas eu me sinto incluída, sabe? Como se eu fosse uma namorada do casal, não uma ameaça. Eu gosto de vocês dois, e isso me basta — por enquanto, pelo menos.”
Ela riu baixo, e eu senti um alívio subir pelo peito, mas ainda tava processando. A Ana apertou minha mão, me dando um olhar que dizia “tá tudo bem”, e eu balancei a cabeça, entendendo que a Jéssica tava jogando limpo. Ela se ajeitou, o corpo nu brilhando na luz da sala, e olhou pra nós dois com um ar curioso, o tom ficando mais quente.
Jéssica:
“Mas agora eu quero saber de vocês — como eu devo agir nisso tudo? O sexo só rola com os três juntos, tipo um pacote completo, kkk, ou eu posso explorar vocês separadamente? Porque, porra, eu imagino chupando ela enquanto tu assiste, ou tu me pegando sozinho numa noite qualquer, e isso me dá um tesão do caralho.”
Eu engoli em seco, as imagens batendo forte — a Jéssica entre as pernas da Ana, a língua dela fazendo ela gemer enquanto eu olho, ou eu sozinho com a Jéssica, metendo nela contra a parede até ela gritar. Meu sangue esquentou, mas eu virei pra Ana, querendo saber o que ela pensava. Ela sorriu, meio safada, e respondeu com uma calma que me surpreendeu.
Ana:
“Eu quero ter momentos só com a Jéssica, amor. Tipo, eu e ela, curtindo nosso lance, explorando o que a gente tem. Mas também quero os três juntos, kkk, porque tu é foda nisso tudo. Tu se importa?”
Eu pisquei, o coração acelerando com a ideia, e a Jéssica riu, se inclinando pra mim, o calor dela me alcançando de novo.
Jéssica:
“E eu adoraria ter momentos a sós contigo, grandão. Te pegar num dia que a Ana não tá, te fazer gozar só pra mim, kkk. Mas só se vocês toparem, claro.”
Eu respirei fundo, o tesão pulsando, mas o cuidado com o que a gente tinha me segurando. Olhei pras duas, a voz saindo rouca mas direta.
Carlos:
“Porra, eu topo, kkk. Vocês duas separadas comigo ou juntas, foda-se, eu gosto disso. Mas desde que não confunda os sentimentos de ninguém, tá ligado? Não quero bagunça no coração de vocês duas por minha causa.”
A Ana riu, me dando um beijo rápido no canto da boca, e a Jéssica assentiu, os olhos brilhando com um misto de tesão e alívio.
Ana:
“Sem bagunça, amor. Tudo às claras, como a gente combinou.”
Mas eu ainda tinha uma dúvida, porra. Olhei pra Jéssica, o peito apertado com a próxima pergunta.
Carlos:
“E quando tu achar alguém que tu goste de verdade, Jéssica? Tipo, alguém pra chamar de teu? Como isso vai funcionar com a gente?”
Ela ficou quieta por um segundo, o sorriso sumindo um pouco, e passou a mão no cabelo, os dedos tremendo de leve — um detalhe que eu peguei, mas a Ana não pareceu notar. Quando ela falou, a voz saiu mais baixa, quase pensativa, e ela deixou escapar umas coisas que me fizeram franzir a testa.
Jéssica:
“Eu não tenho ninguém assim ainda, grandão. Ninguém que me pegue de jeito, kkk. Mas se um dia eu tiver, eu chego em vocês e converso na boa. Não vou esconder nada. Só que... tem alguém que me deixa confusa, sabe? Um cara que eu ajudo, que tá se abrindo comigo de um jeito que mexe comigo. Ele tem um brilho nos olhos quando fala de se encontrar, uma energia que me puxa, mas eu não sei o que sinto por ele ainda. É tudo um rolo na minha cabeça, porra.”
Ela deu um risinho forçado, os olhos desviando por um instante pra janela como se tivesse vendo ele ali fora, e eu senti um peso no ar. Não era sobre mim ou a Ana, isso eu sabia — era sobre alguém que tava cavando um espaço nela, alguém sensível, que tava mudando com a ajuda dela. Pensei no Vitor por um instante, aquele jeito dele de sorrir leve no sofá hoje, mas não liguei os pontos na hora, e a Ana também não pareceu captar. Ela só sorriu e puxou a Jéssica pra um abraço rápido.
Ana:
“Quando tu entender, conta pra gente, tá? A gente resolve junto, kkk.”
A Jéssica riu, voltando ao tom leve, e me olhou com um brilho safado.
Jéssica:
“Combinado. Mas por agora, grandão, como a gente começa isso? Kkk.”
Eu ri, o tesão voltando a subir, e puxei a Ana pra perto, o braço envolvendo ela enquanto olhava pra Jéssica.
Carlos:
“Porra, a gente vê isso agora, kkk. Mas sem pressa pra confusão, tá bom?”
As duas riram, e o ar ficou quente de novo, mas com um peso sincero que me fazia querer elas ainda mais.
A sala ainda tava quente, o ar carregado com o tesão e as risadas das duas me cercando. A Ana tava colada em mim, o braço dela no meu ombro, e a Jéssica nos encarando com aquele brilho safado, o corpo nu me lembrando do que tava por vir. Eu tava dentro, porra, mas a Ana deu o tom final, levantando a mão como se fosse fechar um trato.
Ana:
“Então tá combinado, kkk. Vamos fazer nossa primeira vez juntos no próximo domingo. Todo mundo descansado, sem pressa, pra aproveitar direito. Eu, você, e a Jéssica, amor — uma noite pra ninguém esquecer. Que tal, grandão?”
Ela me olhou com um sorriso safado, os olhos prometendo uma bagunça quente, e eu senti um calor subir pela nuca, imaginando nós três na cama — a Ana gemendo debaixo de mim, a Jéssica me chupando enquanto eu metia, os corpos suados se embolando até o sol raiar. Minha garganta secou, e eu ri, balançando a cabeça.
Carlos:
“Porra, domingo tá perfeito, kkk. Descansado e pronto pra detonar, eu topo. E tu, Jéssica?”
A Jéssica se levantou, o corpo brilhando na luz, e veio até nós, parando tão perto que eu senti o perfume dela me acertar de novo. Ela deu um tapa leve no meu peito, rindo com um tom rouco que me arrepiou.
Jéssica:
“Domingo é meu dia, grandão. Vou estar inteira pra vocês dois, kkk. Quero ver tu aguentar a gente, hein? Mas vai ser foda, prometo.”
Ela piscou, e a Ana riu, puxando ela pra um abraço rápido, os cabelos delas se misturando por um segundo. Eu fiquei olhando, o tesão pulsando, mas com uma leveza no peito por saber que tava tudo às claras. A Ana se virou pra mim, pegando minha mão.
Ana:
“Então tá, amor. Domingo a gente se joga. Agora vamos pra casa, que eu tô morta depois de te ver correndo de cueca, kkk.”
Eu ri, pegando as roupas emboladas do chão e jogando a camisa por cima do ombro. A Jéssica se enrolou no lençol de novo, nos acompanhando até a porta com um sorriso que não saía do rosto.
Jéssica:
“Descansem bem, seus safados. Domingo eu quero vocês no ponto, kkk. Boa noite, grandão. Boa noite, Ana.”
Ela deu um aceno, o lençol escorregando um pouco enquanto se encostava na porta, e a Ana riu, me puxando pelo braço.
Ana:
“Boa noite, Jéssica. Se cuida pra domingo, hein, kkk!”
Eu dei um último olhar pra ela, o coração batendo forte com a promessa do que vinha pela frente, e saí com a Ana pra rua. O ar fresco bateu na minha pele suada, e a gente caminhou até o carro, a mão dela na minha, o silêncio gostoso entre nós. Entrei no banco do motorista, ela no passageiro, e enquanto ligava o motor, ela me olhou com um sorriso tranquilo.
Ana:
“Tu tá bem com isso, amor? Domingo vai ser foda, kkk.”
Eu ri, virando a chave e sentindo o ronco do carro vibrar no peito.
Carlos:
“Tô ótimo, porra. Domingo eu mostro pra vocês duas quem manda, kkk. Vamos pra casa, que eu preciso dormir pra aguentar esse fogo todo.”
Ela riu de novo, encostando a cabeça no banco, e a gente foi pra casa, o tesão e a leveza do que tava por vir me deixando com um sorriso bobo na cara.
A gente chegou em casa, o ronco do carro ainda ecoando na garagem enquanto o Vitor saía com ele, e a Ana rindo baixo ao meu lado, o calor da mão dela na minha me deixando leve. Mal pisei no quintal, ele apareceu na porta, com a cerveja da tarde ainda na mão, o sorriso tranquilo de quem tava de boa, mas com um ar de quem precisava de algo.
Vitor:
"E aí, Carlos, Ana, chegaram na paz? Mano, será que dá pra me emprestar o carro? Achei um comprador pra casa, e ele vai ver ela amanhã. Quero passar lá agora pra ajeitar umas coisas, deixar tudo no jeito."
Eu levantei uma sobrancelha, jogando as chaves na mão dele com um meio sorriso.
Carlos:
"Porra, Vitor, tu vendeu mesmo essa casa? Tá beleza, leva o carro aí, mas não fode ele, hein, kkk. Boa sorte com o comprador!"
Ele riu, balançando a cabeça enquanto pegava as chaves no ar.
Vitor:
"Valeu, grandão. Não vou foder teu carro, kkk. Volto mais tarde, fiquem de boa aí."
A Ana acenou pra ele, já me puxando pra dentro de casa enquanto o Vitor ia embora com nosso único carro. A porta bateu atrás da gente, e ela me olhou com um brilho safado nos olhos, o cabelo caindo no rosto.
Ana:
"Finalmente sós, amor. Vitor fora, que tal um banho juntos? Tô suada pra caralho depois dessa noite, kkk."
Eu ri, o tesão subindo só de imaginar ela pelada comigo no chuveiro, e larguei as roupas emboladas no canto da sala.
Carlos:
"Porra, tu nem precisa pedir duas vezes, kkk. Vamos logo antes que ele volte!"
A gente subiu as escadas quase correndo, rindo como dois adolescentes, e entrou no banheiro. A Ana tirou a roupa devagar dessa vez, puxando a blusa por cima da cabeça com um movimento que fez os seios balançarem livres, o short caindo no chão e revelando as coxas que eu amava agarrar. Eu liguei o chuveiro, a água quente já enchendo o ar de vapor, e entrei atrás dela, puxando ela pra mim assim que a cortina fechou.
Ela se encostou no meu peito, a pele molhada colando na minha, e me deu um beijo fundo, a boca macia se abrindo pra mim enquanto a água escorria pelos nossos rostos. Eu deslizei as mãos pelas costas dela, traçando a curva da cintura, os dedos afundando na carne quente enquanto ela ria baixo, o som abafado pelo barulho da água. “Te amo, grandão”, ela sussurrou, mordendo meu lábio de leve, e eu respondi com um gemido rouco, virando ela contra a parede pra beijar o pescoço dela, a língua traçando a linha da clavícula até o ombro.
O vapor embaçava tudo, e eu senti ela arrepiar sob meu toque, as mãos dela subindo pro meu cabelo, puxando de leve enquanto eu descia os beijos pro peito, chupando um mamilo devagar, a água quente pingando entre nós. Ela gemeu baixo, o som me acertando em cheio, e eu levantei o rosto pra encontrar os olhos dela, brilhando com tesão e algo mais forte. “Tu é tudo pra mim, Ana”, eu disse, a voz saindo grossa, e ela sorriu, me puxando pra outro beijo, as mãos escorregando pelas minhas costas até agarrar minha bunda, me apertando contra ela.
A gente ficou ali, namorando sem pressa, os corpos colados, a água batendo nos ombros enquanto eu beijava cada pedaço dela que eu conseguia alcançar — a curva do queixo, o lóbulo da orelha, a base do pescoço onde o pulso dela batia rápido. Ela riu, jogando a cabeça pra trás, e eu segurei ela pela cintura, sentindo o calor dela me envolver, o coração batendo junto com o meu num ritmo que era só nosso. Não foi pra foder, porra, foi pra sentir ela, pra me perder naquele momento com a mulher que eu amava, os gemidos dela misturados com suspiros que ecoavam no banheiro.
Saímos do banho quase uma hora depois, a pele vermelha da água quente, enrolados na mesma toalha grande, rindo enquanto nos secávamos um ao outro. Ela me deu um tapa brincalhão no peito, eu roubei um beijo rápido, e descemos pra sala ainda na vibe. Fiz um miojo pra gente, ela se jogou no sofá com uma série besta na TV, eu mexendo no celular enquanto jogava conversa fora sobre o domingo com a Jéssica. As horas passaram num piscar, o relógio marcando quase meia-noite, e eu tava quase levantando pra chamar ela pra cama quando o telefone tocou, o som cortando o silêncio como uma porrada.
A Ana pegou o celular na mesinha, franzindo a testa ao ver o número desconhecido, e atendeu com um “alô” meio desconfiado. Eu vi o rosto dela mudar, o sorriso sumindo, os olhos arregalando enquanto ela ouvia, e meu peito apertou forte antes mesmo dela abrir a boca.
Ana:
"Quê? Hospital? Vitor? Meu Deus, como assim acidente?"
Ela virou pra mim, a voz tremendo enquanto desligava, as mãos segurando o celular com força.
Ana:
"Carlos, era do hospital. O Vitor deu entrada lá, sofreu um acidente com o carro. Eles não disseram muito, só que ele tá internado agora."
Eu congelei, porra, o coração subindo pra garganta enquanto o chão parecia tremer debaixo de mim. O Vitor, meu amigo, aquele sorriso leve dele na porta, a cerveja na mão — tudo girou na minha cabeça, e eu senti um peso esmagar o peito, o pânico tomando conta.
Carlos:
"Caralho, Ana, o Vitor? Como assim acidente? Ele tá bem? Porra, ele tava tão de boa hoje, o que aconteceu com ele?"
A Ana segurou minha mão, os olhos dela cheios de medo misturado com o meu, e eu me levantei do sofá num pulo, o coração batendo tão rápido que eu mal conseguia respirar.
Ana:
"A gente precisa ir pra lá, amor, mas o carro... o Vitor levou o nosso. Vou ligar pra Jéssica, ela tem que levar a gente!"
Ela pegou o celular de novo, os dedos tremendo enquanto discava, e eu fiquei andando de um lado pro outro, o pavor me comendo vivo. A Ana falou rápido, a voz quebrando.
Ana:
"Jéssica, por favor, vem pra cá agora! O Vitor sofreu um acidente, tá no hospital, e a gente tá sem carro. Corre, por favor!"
Eu ouvi a voz da Jéssica do outro lado, alta e preocupada, “Caralho, o Vitor? Tô indo agora, fiquem prontos!”, e em menos de dez minutos ela chegou, o carro dela parando na frente com um chiado de freio. Ela pulou pra fora, o rosto pálido, os olhos arregalados, ainda de pijama com uma jaqueta jogada por cima.
Jéssica:
"Porra, Carlos, Ana, como assim acidente? Ele tá bem? Eu vim voando, me conta tudo no caminho!"
A gente entrou no carro dela, eu no banco da frente e a Ana atrás, e ela pisou fundo, o motor rugindo enquanto eu explicava o pouco que sabia, o coração na mão.
Carlos:
"A gente não sabe muito, Jéssica. O hospital ligou, disse que ele deu entrada depois de um acidente. Tô apavorado, porra, ele tava de boa hoje!"
A Jéssica apertava o volante, os nós dos dedos brancos, e eu vi os olhos dela brilharem com lágrimas que ela segurava.
Jéssica:
"Caralho, o Vitor... Ele não pode tá mal, porra. Eu conheço ele, ele é forte, vai ficar bem, tem que ficar!"
Chegamos no hospital, o cheiro de álcool e o barulho das macas nos acertando enquanto corremos pro balcão. A Ana falou com a recepcionista, a voz ainda tremendo, e um médico veio logo, um cara de jaleco verde com cara cansada.
Médico:
"Vocês são os parentes do Vitor? Ele tá bem, relaxem. Teve ferimentos, mas nada fatal. Quebrou a perna esquerda, uns cortes e hematomas leves, só isso. Tá consciente, já estabilizado. Podem ver ele agora, quarto 12."
Eu soltei o ar, o alívio me batendo forte, e a Jéssica deu um suspiro alto, pondo a mão no peito enquanto a Ana apertava meu braço. Corremos pro quarto 12, o corredor parecendo eterno, e quando abri a porta, vi o Vitor na cama, a perna engessada até o joelho, curativos no braço e no rosto, mas acordado, os olhos me encarando com vergonha e alívio.
Vitor:
"Porra, Carlos, Ana, Jéssica... vocês vieram. Desculpa, mano, o carro... ficou destruído pra caralho. Eu não sei nem como te pedir desculpa por isso."
Ele baixou a cabeça, o rosto vermelho, e eu fui até ele, pondo a mão no ombro dele, a voz firme mas leve.
Carlos:
"Caralho, Vitor, esquece o carro, porra. Tu acha que eu ligo pra isso vendo tu aí vivo? Tu tá bem, mano, é o que importa. Eu tava apavorado achando que tu tinha se ferrado de verdade!"
A Jéssica se aproximou rápido, os olhos ainda úmidos, e sentou na cadeira ao lado da cama, a voz tremendo um pouco.
Jéssica:
"Porra, Vitor, tu me matou de susto! Quando a Ana ligou, eu quase derrubei o celular correndo pra cá. Tu tá bem mesmo, seu idiota?"
Ele deu um sorriso fraco pra ela, assentindo, e a Ana sentou na beirada da cama, mais calma agora, mas curiosa.
Ana:
"Vitor, o que aconteceu, hein? Tu tava de boa quando saiu de casa, como foi parar num acidente?"
O Vitor respirou fundo, esfregando o rosto com a mão boa, e começou a falar, a voz baixa, carregada de raiva contida.
Vitor:
"Foi uma merda, Ana. Cheguei na casa pra ajeitar as coisas pro comprador, e quem eu encontro lá? A Natália, porra. Ela tava na porta, disse que soube da venda e queria ‘dar uma última olhada’. Começou a me provocar, jogando na cara que eu tava fugindo do passado, que nunca ia me livrar dela. Eu tentei ignorar, mas ela foi pra cima, falando merda atrás de merda, e a gente brigou feio. Saí de lá com a cabeça quente, o sangue fervendo, e... não vi o sinal fechado. Quando percebi, já era tarde, bati num caminhão que vinha de lado."
Ele fechou os olhos, o punho apertando o lençol, e a Jéssica pôs a mão no braço dele, o olhar dela cheio de preocupação.
Jéssica:
"Caralho, Vitor, essa Natália é um problema, hein. Mas tu tá aqui, isso que importa. Fica de boa agora, a gente cuida de tu."
Eu balancei a cabeça, dando um tapa leve no ombro dele pra trazer um tom mais leve.
Carlos:
"Porra, mano, tu é foda pra carregar esse gesso agora, kkk. Mas deixa essa Natália pra lá, ela não merece teu tempo. A gente te ajuda a sair dessa."
O Vitor riu fraco, olhando pra gente com um agradecimento nos olhos, e a Jéssica sorriu, aliviada, mas ainda com uma sombra de preocupação no rosto.
Vitor:
"Valeu, vocês três. Sério mesmo. Só me ajuda a não surtar com essa perna, kkk."
A gente riu junto, o peso começando a levantar, mas eu vi o jeito que a Jéssica olhava pra ele, como se tivesse mais ali do que ela dizia.
O quarto do hospital tava mais leve agora, o Vitor rindo fraco com a gente, a perna engessada esticada na cama, e a Jéssica ainda com a mão no braço dele, o alívio misturado com uma preocupação que não saía do rosto dela. Eu tava de boa com ele vivo, porra, mas uma ideia começou a martelar na minha cabeça, e eu puxei a Ana pro canto, perto da porta, baixando a voz pra ninguém ouvir.
Carlos:
"Ana, porra, o carro... Ele não era meu, era da empresa, tu sabe. Eu tava usando pra ajudar o Vitor, mas se o chefe descobrir que ele virou sucata num acidente, eu posso me foder no trampo. Caralho, e agora?"
Eu passei a mão no cabelo, o peito apertando de novo, mas dessa vez por outro motivo. A Ana me olhou com calma, os olhos dela firmes, e segurou meu braço, o toque me trazendo de volta.
Ana:
"Amor, relaxa, tá? A gente pensa nisso quando for a hora. Não adianta surtar agora, o Vitor tá bem, isso é o principal. Se a empresa vier com merda, a gente dá um jeito — tu explica que foi pra ajudar um amigo, eles não vão te ferrar por isso. Vamos resolver juntos, como sempre."
Ela deu um sorriso pequeno, aquele que me fazia acreditar que tudo ia dar certo, e eu respirei fundo, o peso aliviando um pouco. Balancei a cabeça, rindo baixo.
Carlos:
"Porra, tu é foda, Ana, kkk. Tá bom, deixa pra depois então. Mas se eu ficar na rua, tu me sustenta, hein?"
Ela riu, me dando um tapa leve no peito, e o assunto morreu ali, a tensão escorrendo embora enquanto eu voltava a olhar pro quarto. Foi aí que eu percebi a Jéssica com o Vitor — ela tava sentada mais perto agora, a mão dela subindo devagar pro cabelo dele, os dedos fazendo carinho na cabeça dele com uma suavidade que eu não esperava. O Vitor tava de olhos fechados, um sorriso leve no rosto, e eu vi uma lágrima escorrer pelo canto do olho dela, caindo rápido antes que ela limpasse com a manga da jaqueta.
Eu franzi a testa, sentindo um aperto diferente, e cutuquei a Ana, apontando com o queixo pra eles.
Carlos:
"Ana, tu viu isso? A Jéssica... caralho, ela tá chorando enquanto faz carinho nele. Tu já percebeu esse lance dela com o Vitor?"
A Ana virou pra olhar, os olhos dela acompanhando os dois por um segundo, e ela cruzou os braços, o rosto ficando pensativo antes de responder baixo.
Ana:
"Eu tô desconfiada, amor. Acho que a Jéssica tá gostando dele, kkk, mas não é só isso. Ela se identifica com o Vitor, sabe? Quando ela o encontrou, ele tava quebrado, perdido pra caralho, igual ela já esteve um dia. Ela vê ele lutando pra sair do buraco, e isso mexe com ela. Talvez seja mais que gostar, talvez seja... sei lá, um carinho que vem de entender ele."
Eu pisquei, processando o que ela disse, e olhei de novo pra Jéssica. A lágrima já tinha sumido, mas o jeito que ela mexia no cabelo dele, o olhar preso no rosto dele enquanto ele falava algo baixo, era diferente. Tinha um peso ali, porra, uma conexão que eu não tinha captado antes. Balancei a cabeça, rindo baixo pra disfarçar o que eu tava sentindo.
Carlos:
"Caralho, Ana, tu acha mesmo? A Jéssica e o Vitor... porra, isso pode dar uma confusão foda, kkk. Mas ela tá com a gente domingo, né?"
A Ana riu, me puxando de volta pro lado da cama, o tom leve mas com um fundo de curiosidade.
Ana:
"É, ela tá com a gente domingo, kkk. Mas deixa ela sentir o que tem que sentir, amor. A gente vê como isso rola. Por agora, foca no Vitor, tá?"
Eu assenti, ainda de olho na Jéssica, o carinho dela com ele me deixando com um misto de alívio e uma ponta de ciúme que eu não queria admitir.
Eu tava encostado na parede, os braços cruzados, mas a cabeça girando com aquilo tudo. Cutuquei a Ana com o cotovelo, puxando ela de novo pro canto, a voz saindo baixa mas firme.
Carlos:
“Ana, porra, se a Jéssica tá se apaixonando pelo Vitor, eu não quero que esse lance de domingo aconteça, tá ligado? Não vou me envolver com alguém que pode ser dele de novo. O Vitor merece ser feliz, caralho, e se for com a Jéssica, eu fico feliz pra cacete por ele. Não quero foder com isso.”
Eu olhei pra ela, o peito apertado com a ideia, e vi os olhos da Ana ficarem pensativos, mas sem perder aquele brilho esperto. Ela cruzou os braços, inclinando a cabeça antes de responder, o tom calmo mas carregado de ideia.
Ana:
“Tu tá certo, amor, kkk. Se for assim, a gente precisa conversar os quatro sobre isso, deixar tudo às claras. Não dá pra ir pro domingo sem saber o que tá rolando aqui. Mas, ó, me lembrei de uma coisa agora — o Vitor me falou uma vez, enquanto a Jéssica tava ajudando ele, que ela perguntou se ele se importava dela se envolver com a gente. Ele me contou rindo, achando que era só curiosidade dela, mas eu acho que ele não entendeu o motivo da pergunta, sabe?”
Eu pisquei, processando aquilo, e senti um calor subir pela nuca. Olhei pro Vitor e pra Jéssica de novo, ele rindo de algo que ela disse, ela limpando o canto do olho como se outra lágrima tivesse escapado. Porra, a Jéssica tinha jogado essa pergunta pro Vitor, e ele nem sacou que podia ser mais que papo furado.
Carlos:
“Caralho, Ana, tu acha que ela tava testando ele? Tipo, vendo se ele ia ficar de boa ou se ia sentir ciúme? E ele nem pegou a indireta, kkk. Que burro, porra.”
A Ana riu baixo, dando um tapa leve no meu braço, mas o olhar dela ficou sério logo depois.
Ana:
“É, pode ser, kkk. O Vitor é esperto pra umas coisas, mas pra isso ele é lerdo pra caralho. Acho que a Jéssica queria saber onde ele tava nisso tudo, mas ele não captou. Por isso eu digo, amor, a gente tem que sentar os quatro e conversar. Não dá pra deixar ela ir pro domingo com a gente se ela tá sentindo algo por ele e não tá claro. Tu quer o bem dele, eu também, e a Jéssica merece entender o que ela quer.”
Eu balancei a cabeça, o peso daquilo me acertando, mas com uma clareza que eu não tinha antes. Olhei pro Vitor, o mano que tava saindo do buraco, e pra Jéssica, que tava ali cuidando dele com um carinho que eu não podia ignorar.
Carlos:
“Porra, tá certo, Ana. Vamos conversar com eles, kkk. Não quero foder a felicidade do Vitor, e se a Jéssica for pra ele, eu fico de boa. Mas tem que ser na real, sem rolo. Quando a gente faz isso?”
A Ana sorriu, me puxando de volta pro meio do quarto, o tom leve mas decidido.
Ana:
“Hoje não, amor, deixa o Vitor descansar. Mas amanhã, se ele tiver melhor, a gente chama os dois pra casa e resolve isso, kkk. Tudo às claras, como sempre.”
Eu ri, assentindo, mas ainda com um olho na Jéssica, o jeito que ela olhava pro Vitor me fazendo querer que ela encontrasse o que precisava — com ele ou com a gente.
A Ana tava do meu lado, mexendo no celular pra avisar alguém que o Vitor tava bem, e eu fiquei ali, encostado na parede, a cabeça girando com tudo que rolou. Porra, eu sentia um tesão foda pela Jéssica — aquele corpo brilhando na luz da sala dela, o jeito que ela falava as coisas quentes que queria fazer comigo e com a Ana, o fogo nos olhos dela me puxando como um ímã.
Eu imaginava o domingo, caralho. Meu primeiro ménage, com a mulher que eu mais amo no mundo, a Ana, os gemidos dela misturados com os meus, e a Jéssica, a que eu mais desejo agora, ali no meio, os seios dela na minha boca enquanto eu metia nela, a Ana me beijando e cavalgando minha cara. Meu sangue esquentava só de pensar, porra, as duas juntas, suadas, me levando pro limite num caos quente que eu nunca vivi. Seria foda pra caralho, uma noite pra gravar na memória.
Mas aí eu olhei pra eles — a Jéssica tão leve, o sorriso dela suave enquanto fazia carinho no Vitor, e o Vitor, meu mano, com aquele sorriso aberto que eu não via há tempos, um brilho nos olhos que mostrava ele voltando a viver. Caralho, aquilo me acertou no peito. O tesão pela Jéssica era real, mas o Vitor... ele merecia isso, porra. Ele tava saindo do buraco, e se a Jéssica fosse o que ele precisava pra ser feliz, eu abria mão de qualquer coisa com ela. Não tinha ménage no mundo que valesse foder com a felicidade dele.
Eu ri baixo pra mim mesmo, balançando a cabeça. “Porra, Carlos, tu é um amigo foda, kkk”, pensei, imaginando o Vitor rindo comigo enquanto eu contava isso pra ele um dia. Mas aí minha cabeça deu uma volta, e eu me peguei pensando — e se a Jéssica não gostar dele como a gente tá achando? Ou se o Vitor não se importar dela se envolver com a gente, tipo, liberar ela pra curtir o domingo sem rolo? Caralho, se for assim, o domingo promete emoções quentes pra cacete. A imagem voltou — a Ana gemendo no meu ouvido, a Jéssica de quatro, eu metendo nela enquanto o tesão explodia entre nós três.
Eu respirei fundo, o coração batendo num misto de sacrifício e expectativa, e decidi na hora. Se a Jéssica for do Vitor, eu fico fora, feliz pra caralho por eles. Mas se não for, se tiver espaço pra nós, domingo vai ser foda. Tudo dependia daquela conversa amanhã.
A Ana deu a ideia de pegar algo pra comer, o estômago dela roncando alto o suficiente pra todo mundo rir no quarto do hospital. A Jéssica se levantou junto, ainda limpando o canto do olho, e as duas saíram falando de um lanche qualquer na lanchonete do térreo. Eu fiquei ali, o Vitor na cama com a perna engessada, o silêncio caindo por um segundo antes de eu puxar a cadeira que a Jéssica tava usando e sentar perto dele, o colchão rangendo um pouco enquanto eu me ajeitava.
Carlos:
“E aí, mano, tu tá bem mesmo, né? Porra, me lembrou agora... a Ana me falou que tu teve uma conversa com ela um tempo atrás. Aquilo te ajudou em alguma coisa?”
Eu joguei a pergunta sem forçar, só curioso, e o Vitor me olhou, o sorriso fraco sumindo por um instante enquanto ele respirava fundo, como se tivesse puxando algo pesado da memória. Ele esfregou a mão boa no rosto, o olhar indo pro teto antes de voltar pra mim.
Vitor:
“Porra, Carlos, aquela conversa... Foi um exercício que a Jéssica me mandou fazer, parte do tratamento que ela tá me ajudando, sabe? Eu te conto, mano, mas é foda. Depois que eu comecei com ela, eu botava muita culpa na Ana, tipo, tudo que deu errado entre a gente eu jogava nas costas dela. Achava que ela tinha me ferrado, que as falhas eram só dela. A Jéssica viu isso e me deu essa tarefa — conversar com a Ana, botar pra fora o que eu sentia, e deixar ela responder. Ela é foda, cara, tem um jeito calmo de enxergar as coisas que eu nunca vi em ninguém.”
Ele parou, rindo baixo, o olhar suavizando enquanto falava da Jéssica, e eu percebi um brilho nos olhos dele, uma tranquilidade que não era só sobre o exercício. Continuei quieto, esperando ele desenrolar.
Vitor:
“Ela sabia o que ia rolar, mano. Eu accusei a Ana pra caralho, joguei tudo que eu guardava — que ela não me ouvia, que ela desistiu de mim fácil, que ela me largou no fundo do poço. E a Ana se defendeu, kkk, claro, disse que eu também falhei, que eu me fechei, que eu coloquei coisas na minha cabeça que não eram responsabilidade dela . A gente brigou feio no começo, mas aí... no fim, os dois calaram a boca e caiu a ficha. A culpa não era só dela, nem só minha. Era dos dois, porra. A Jéssica me fez ver isso com aquela calma dela, sem julgar, só guiando. Ela sabia que eu não ia aceitar outra pessoa falando isso, então ela fez a própria conversa com a Ana me falar isso.”
Eu assenti, sentindo o peso do que ele tava dizendo, e o jeito que ele falava da Jéssica me bateu — não era só respeito, tinha algo mais ali, quieto, mas real. Aproveitei pra cavar um pouco mais.
Carlos:
“Caralho, mano, boa!. Mas, ó, tu ainda acha que a Ana teve alguma culpa nisso tudo?”
O Vitor me olhou firme, o sorriso voltando, mais leve agora, e balançou a cabeça devagar.
Vitor:
“Não, Carlos. A culpa que a Ana teve, ela reconheceu naquela conversa, e eu reconheci a minha lá também. Ela admitiu que podia ter insistido mais, e eu vi que me afundei sozinho em muita coisa. Foi tipo um acordo, sabe? A gente se acertou ali, e agora eu tô livre pra melhorar eu mesmo, sem carregar isso nas costas. A Jéssica me deu essa clareza, porra, ela é demais.”
Ele riu baixo, o olhar indo pra porta por onde ela saiu, e eu senti um calor no peito vendo ele assim, em paz consigo mesmo e com um carinho foda pela Jéssica. Dei um tapa leve no ombro dele, rindo junto.
Carlos:
“Porra, mano, tu tá virando gente de novo, hein, kkk. A Jéssica como psicóloga, essa mina é um achado.”
Ele riu comigo, os olhos brilhando com uma leveza que eu não via há tempos, e eu pensei nela, o jeito que ela mexia com ele, guiando ele pra fora do buraco com uma calma que eu começava a entender.
Aff meu domingo tava indo pro caralho será? Kkkkkk bem vamos vê