Segredos do Coração - Superando o Passado. Parte 18.

Um conto erótico de Ménage Literário
Categoria: Heterossexual
Contém 6590 palavras
Data: 07/03/2025 14:07:51
Última revisão: 07/03/2025 16:57:42

Celo ergueu os olhos para ela, os lábios se apertando em uma linha tensa. Ela viu a hesitação instantânea, o olhar que misturava surpresa e resistência.

— Mari … — Ele começou, mas ela o interrompeu com um sorriso gentil.

— Eu sei que você não gosta da ideia. Sei que acha que podemos resolver tudo sozinhos, mas, sinceramente, amor … já tentamos, e olha onde isso nos levou.

Ele suspirou, ainda incrédulo.

— Eu só não sei se isso vai ajudar.

— Atrapalhar, também não vai. — Rebateu Mari, apertando a mão dele. — Mas o que custa tentar? É uma única sessão, só para você ver como se sente. Se for um desastre, prometo que encontraremos outra maneira de lidar com tudo isso.

Celo ficou em silêncio por um momento, brincando com o garfo sobre a mesa. Mari esperou pacientemente, deixando que ele digerisse a ideia.

Finalmente, ele soltou um longo suspiro, resignado.

— Tá bom … eu vou. Mas não prometo nada.

Mari sorriu, aliviada.

— Não precisa prometer. Só precisa estar lá.

Ela levou a mão dele até os lábios e beijou seus dedos. Era um pequeno passo, mas para Mari, era o começo de algo que poderia finalmente trazer a cura que tanto precisavam.

Continuando:

Parte 18: "É Sempre Mais Fácil Achar Que A Culpa É Do Outro”*

O consultório da Dra. Luciana ficava no terceiro andar de um edifício moderno, de linhas sóbrias e decoração acolhedora. Mari e Celo chegaram juntos, mas o silêncio entre eles era quase tangível. O ambiente tranquilo, com uma recepção bem iluminada e poltronas confortáveis, não fazia muito para aliviar a tensão que pairava no ar.

Mari segurava sua bolsa com força, como se aquilo lhe desse algum tipo de apoio, enquanto Celo folheava uma revista sem realmente prestar atenção. O relógio na parede indicava cinco minutos para a hora marcada e a recepcionista finalmente os chamou.

— Podem entrar, a Dra. Luciana já os está esperando.

Os dois se levantaram ao mesmo tempo e trocaram um breve olhar, antes de atravessar a porta do consultório. A sala da terapeuta era espaçosa, com um sofá confortável para os pacientes e uma poltrona onde ela os aguardava com um sorriso receptivo. A decoração neutra, os quadros de paisagens e o aroma suave de lavanda criavam um ambiente relaxante.

— Sejam bem-vindos, fiquem à vontade. — Disse a Dra. Luciana, indicando o sofá para eles.

Mari e Celo se sentaram, mantendo uma distância mínima entre si. A terapeuta cruzou as pernas, apoiou um caderno no colo e começou com um tom acolhedor:

— Antes de começarmos, quero agradecer por confiarem em mim para conduzir essa jornada de vocês. Sei que esse primeiro momento pode ser desconfortável, mas, quero que saibam, que estão em um espaço seguro. A ideia aqui não é apontar culpados, mas compreender melhor o que trouxe vocês até aqui.

A terapeuta olhou mais diretamente para o Celo:

— Apesar de Mari e eu sermos amigas, saiba que é justamente por isso que me sinto mais do que preparada para ajudar vocês. Eu já sei tudo pelo que ela passou. Inicialmente, eu gostaria de saber mais sobre você. Podemos começar?

Celo assentiu discretamente, enquanto Mari sorriu de leve, tentando aliviar a tensão. A Dra. Luciana prosseguiu:

— Então, vamos do começo. Quero conhecer e entender a história, as experiências que os trouxeram até este momento. Celo, podemos começar com você? Quero que me conte sobre sua relação com o desejo e como isso se desenvolveu ao longo dos anos.

A pergunta pairou no ar por alguns instantes. Celo inspirou fundo, desviando o olhar para a janela. As memórias começaram a se formar em sua mente, trazendo de volta sensações, frustrações e momentos que, por muito tempo, ele manteve guardados para si.

E então, enquanto se abria para a terapeuta, ele voltou no tempo ...

“Os primeiros anos de casamento com Mari foram intensos e cheios de paixão. Havia desejo, havia novidade, e o sexo acontecia com frequência, mesmo que morno. Mas, conforme os anos foram passando e a rotina se instalou, as coisas começaram a mudar.

Mari, que sempre foi mais reservada naquele aspecto, começou a recuar cada vez mais. O que já era básico, o mínimo necessário, tornou-se previsível, sem espontaneidade, sem espaço para experimentação. Toda vez que Celo tentava trazer alguma novidade, alguma variação, a resposta era sempre a mesma: "Não vejo necessidade disso" ou "Por que mudar algo que já funciona?".

No início, ele tentou relevar, afinal, amava sua esposa. Mas, aos poucos, o ressentimento foi se instalando. Ele não queria apenas o ato em si, queria conexão, queria que Mari se entregasse a ele da mesma forma que ele se entregava a ela. Mas ela parecia incapaz de ir além do que considerava confortável. Ele se sentia culpado por querer mais, por desejar algo diferente, mas não conseguia ignorar a frustração crescente.

Mari associava um comportamento mais safado entre quatro paredes, à promiscuidade. Ela sempre se defendia da mesma forma:

— Uma mulher direita não faz esse tipo de coisa.

Ou:

— Não há necessidade de ultrapassar certos limites e me transformar numa mulher promíscua.

Celo nunca duvidou do amor que sentia por Mari. Desde que a conheceu, ela foi sua companheira, sua melhor amiga, a mulher que escolheu para dividir a vida. Mas, ao longo dos anos, havia um vazio que ele tentava ignorar. O sexo entre eles sempre fora morno, quase mecânico, e qualquer tentativa de conversa sobre isso resultava em discussões ou no afastamento dela. No início do casamento, ele tentava abordar o assunto com paciência, buscando entender os bloqueios de Mari, mas sempre era recebido com um silêncio defensivo ou uma recusa fria.

Ele não sabia do trauma que ela carregava do relacionamento passado, mas com o tempo, se ressentiu por nunca conseguir ultrapassar aquela barreira. Desejava que Mari se entregasse a ele com mais intensidade, com mais desejo. Mas, em vez disso, ele se acostumou a uma rotina previsível. Não havia novidade, não havia entrega total. Havia apenas a obrigação silenciosa de cumprir um papel, e isso começou a corroer algo dentro dele.

Foi assim que, pouco a pouco, Celo começou a buscar refúgio na pornografia. No começo, era apenas uma forma de aliviar a frustração, de encontrar uma saída para o desejo reprimido. Mas, conforme os anos passavam, tornou-se um hábito. Ele se via cada vez mais preso à tela, consumindo vídeos que mostravam casais em situações que ele jamais experimentara.

Não demorou para que encontrasse um nicho específico que o intrigava: casais liberais, homens que compartilhavam suas esposas e, em troca, tinham liberdade para explorar suas próprias fantasias, com outras mulheres.

Traumatizado também, incapaz de revelar a própria verdade para Mari, Celo achou que uma relação mais aberta, uma liberdade falsa, pudesse resolver seus problemas, sua necessidade fisiológica cada dia mais crescente.

Aquilo despertou algo em Celo. Não era apenas a excitação momentânea. Era a ideia de que existiam relações em que o sexo não era uma obrigação, mas uma celebração. Maridos que não precisavam mendigar desejo de suas esposas. Mulheres que se entregavam de verdade, que não viam o prazer como algo sujo ou vergonhoso. Era como se tivesse descoberto um universo paralelo, onde o desejo não era reprimido, mas incentivado.

Nos primeiros meses, ele se recusava a admitir o quanto aquilo mexia com ele. Mas, com o tempo, percebeu que não era só curiosidade passageira. Era um pensamento persistente, algo que, uma vez plantado, não podia ser ignorado. Celo queria mais do que apenas assistir. Queria sentir. Queria entender se aquilo poderia ser a resposta para o buraco que crescia dentro dele.

Uma situação específica o fascinava: Vídeos de casais compartilhando experiências, trocando parceiros, explorando fantasias que iam além do convencional. Aquilo crescia e se enraizava dentro dele. Não apenas pelo aspecto físico, mas pela cumplicidade entre aqueles casais. Eles pareciam livres, conectados de uma forma que ele nunca se sentira com Mari.

Um aspecto importante, não passou despercebido por Celo. Os depoimentos dos casais que participavam daquele mundo diferente. Claro que ele viu casais que não se deram bem e criaram mais cicatrizes do que conexões. Contudo, existiam muitas experiências que demonstravam como evoluiu o relacionamento do casal, a partir do momento em que experimentaram coisas novas. E era isso que ele queria.

Celo nunca pensou em trair sua esposa, mas não conseguia evitar a sensação de que algo lhe faltava. Ele queria entender se aquilo era apenas uma fantasia ou se havia algo mais profundo por trás de sua curiosidade crescente. Se aquilo poderia ser uma solução.”

De volta ao consultório, à realidade, Celo piscou algumas vezes, voltando ao presente. A Dra. Luciana observava atentamente, esperando que ele continuasse. Revelar aquela verdade tão bem guardada, vendo Mari o encarando de olhos arregalados, fez bem para ele.

Ele respirou fundo antes de continuar, sabendo que colocar em palavras algo que por muito tempo ele manteve apenas para si, fora mais terapêutico do que ele imaginava.

Mari, sensível as revelações do marido, disse:

— Nossa, amor. Me desculpe por te empurrar para esse mundo. Sem querer, achando que estava me protegendo, me fechando, acabei fazendo com que você sofresse.

Celo estava cansado de subterfúgios, de rodeios, e resolveu ser direto.

— Sei que estamos num momento delicado, numa zona preocupante, mas existe uma forma eficiente de navegar por esse mar revolto, doutora? Existe uma chance de reverter as coisas e salvar nosso casamento.

A Dra. Luciana o encarou pensativa, enquanto Mari se assustou com as palavras tão diretas do marido.

— Eu não gosto deste termo, Celo. Salvar casamentos não é o meu trabalho. Eu lido com pessoas, as ajudo a entender se querem continuar juntas. Casamento nada mais é do que o desejo de duas pessoas em dividir a vida.

Celo entendeu o que ela queria dizer.

— Você tem razão, doutora. O casamento em si é apenas a decisão de duas pessoas. Não existe salvação, apenas desejo em permanecer e lutar juntas para fazer dar certo.

Mari, orgulhosa, segurou as mãos do marido e repousou a cabeça em seu ombro.

Celo respirou fundo, reunindo coragem para continuar. Ele olhou para Mari, que permanecia ao seu lado, atenta, absorvendo cada palavra. A Dra. Luciana manteve o olhar paciente, incentivando-o a prosseguir.

— Quando comecei a me interessar por esse mundo, não foi apenas pelo sexo. — Ele confessou. — Claro, a parte física sempre foi um fator, mas o que realmente me chamou atenção foi a cumplicidade entre os casais. A forma como pareciam livres, conectados de uma maneira que eu nunca senti que tínhamos. Eu precisava entender melhor.

Ele se sentiu confiante , como se estivesse se preparando para desenterrar algo que há muito tempo guardava para si.

— Foi então que conheci um homem. Um guru, por assim dizer, dentro desse universo liberal. Ele tinha experiência em ajudar casais a entender se aquilo era para eles ou não. Era um sujeito carismático, inteligente, com uma visão de mundo bem diferente da que eu tinha. Procurei ele porque precisava de orientação, porque queria entender se esse caminho poderia ser uma solução para nós.

— E o que ele te disse? — Perguntou a Dra. Luciana, interessada.

Celo olhou para um ponto indefinido da sala e voltou no tempo, viajando por suas memórias enquanto contava.

“Celo se lembrava do dia em que encontrou o tal guru, numa sessão de bate papo online, um homem chamado Vicente. Após dias de comunicação digital, Celo estava realmente interessado em entender melhor sobre o assunto e sugeriu um encontro presencial, já que Vicente e ele moravam na mesma cidade.

O encontro aconteceu em um bar discreto, um lugar frequentado por casais que já viviam aquele estilo de vida.

Vicente, um homem de meia-idade, com um sorriso fácil, o recebeu com um aperto de mão firme e um olhar avaliador e perspicaz. Após a quebra do gelo inicial, algumas doses de bebida e conversa informal, o homem foi direto.

— Então, Celo, você está curioso sobre o mundo liberal? — Vicente perguntou, enquanto bebericava um copo de uísque.

Celo assentiu, meio sem jeito.

— Quero entender melhor. Não sou um cara infiel, nunca pensei em trair minha esposa. Mas há anos sinto que algo está faltando entre nós. Vi como outros casais parecem mais conectados nesse estilo de vida e me pergunto se é isso que falta para nós.

Vicente sorriu, apoiando-se na mesa.

— Sabe, a maioria dos homens que vêm falar comigo tem exatamente essa dúvida. Eles acham que um relacionamento liberal vai resolver os problemas do casamento, mas nem sempre é assim. A base de tudo é comunicação, cumplicidade e respeito. Se não há isso, abrir a relação só vai piorar as coisas. Você acha que sua esposa quer isso também?

Celo hesitou antes de responder.

— Não sei. Mari sempre foi mais reservada, tem muitos bloqueios em relação ao sexo. Mas eu amo minha esposa. Eu só queria que ela se libertasse um pouco mais.

Vicente deu uma risada curta e ergueu o copo.

— Meu amigo, libertação feminina é um conceito poderoso. Mas tem que vir dela. Você não pode forçar, nem empurrar. Só pode dar espaço para ela explorar. Se ela quiser, ela vai. Se não quiser, você tem que aceitar.

— E como eu faço isso? — Perguntou Celo, ansioso. — Como eu sei se ela quer ou não?

Vicente inclinou-se para frente, baixando o tom da voz.

— Você libera. Você tira as amarras e observa. Se ela tem curiosidade, ela vai demonstrar. Se não, vai recuar. Mas tem uma coisa, meu amigo … — Ele deu um gole no uísque e estreitou os olhos. — ... Quem brinca com fogo se queima. Se você abrir essa porta, precisa estar preparado para tudo. Para o prazer, mas também para a dor. Não dá para voltar atrás, depois.

As palavras de Vicente ficaram gravadas na mente de Celo. Ele sabia que estava pisando em um território perigoso. Mas, no fundo, queria acreditar que Mari também poderia querer aquilo.

Celo deu um gole em sua cerveja, respirando fundo antes de soltar:

— A verdade é que, por muito tempo, Mari parecia encarar o sexo como uma obrigação. Algo mecânico, sem aquela entrega verdadeira. Como se fosse só um papel que ela precisa desempenhar. Nunca soube se era por falta de interesse, medo ou qualquer outra coisa.

Vicente inclinou a cabeça, avaliando as palavras de Celo com um olhar experiente.

— Isso pode significar duas coisas, meu amigo. — Ele girou o copo entre os dedos antes de continuar. — Ou ela tem algum trauma, algo que a fez criar barreiras, ou … — Ele fez uma pausa proposital, deixando o suspense no ar — ... Mari pode ser uma loba em pele de cordeiro.

Celo franziu a testa, sem saber ao certo como interpretar aquilo.

— O que você quer dizer com isso?

Vicente sorriu de lado, como se estivesse acostumado com aquele tipo de conversa.

— Às vezes, uma mulher que parece fechada pode estar apenas reprimindo um desejo que não sabe como explorar. Ou que tem medo de mostrar. Muitas mulheres foram criadas para acreditar que prazer é pecado, que não podem querer mais do que o básico. Mas quando encontram a oportunidade certa, se soltam de um jeito que você nem imagina.

Celo ficou em silêncio, assimilando aquelas palavras.

— Você acha que esse pode ser o caso da Mari?

Vicente deu de ombros.

— Não sou adivinho, meu amigo. Mas já vi de tudo nessa vida. O único jeito de saber é observar. Você a conhece melhor do que ninguém. Ela sempre recusou qualquer ideia fora do convencional por convicção ou por insegurança? Ela já demonstrou alguma curiosidade, mesmo que de forma sutil?

Celo desviou o olhar, pensando em todas as vezes que Mari reagiu com hesitação, mas também nas pequenas brechas que ela, sem perceber, deixava escapar.

— Às vezes … Eu achava que via um brilho diferente nos olhos dela quando falávamos sobre algumas coisas. Mas sempre que eu tentava aprofundar o assunto, ela recuava.

Vicente sorriu, apontando o copo para ele.

— Então aí está sua resposta. Se há curiosidade, há possibilidade. Mas cuidado, Celo. Porque se Mari for uma loba em pele de cordeiro, uma vez solta … — Ele riu baixo, balançando a cabeça. — ... Você pode acabar descobrindo que o problema nunca foi falta de desejo. Mas sim falta de incentivo, ou melhor, do inventivo certo.

Celo sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Ele queria acreditar que aquela conversa traria clareza, mas saía dali com mais dúvidas do que certezas.

Vicente bateu no ombro dele e finalizou:

— Só não esquece, meu amigo … quem brinca com fogo, se queima. Você está pronto para lidar com as consequências se abrir essa porta?

Celo não soube responder.

De volta ao consultório, Mari o observava com os olhos arregalados, absorvendo tudo o que ele acabara de dizer.

— Então foi por isso que você nunca insistiu diretamente? — ela perguntou, num tom quase suave.

Celo concordou.

— Sim. Eu queria ver até onde você iria sozinha. Queria que fosse um desejo seu, e não algo que eu impusesse. Mas eu não esperava que … — Ele hesitou, desviando o olhar. — ... Não esperava que a primeira vez que te visse explorando isso fosse daquela forma. Com Paul.

Mari sentiu um nó no estômago ao ouvir aquilo. A culpa, o remorso, tudo voltou à tona. Ela segurou a mão de Celo, apertando-a suavemente.

A Dra. Luciana observava tudo com atenção e então interveio:

— Celo, você se sentiu traído, mesmo sabendo que, de certa forma, queria que Mari explorasse essa liberdade?

Ele fechou os olhos por um instante antes de responder.

— Sim. Porque eu não fazia parte disso. Porque aconteceu sem que fosse algo nosso. E porque, no fundo, eu tinha medo de que, uma vez experimentando essa liberdade, ela não me quisesse mais.

O silêncio preencheu o consultório. Mari engoliu em seco e respondeu com firmeza:

— Eu nunca quis outra pessoa além de você. Nunca.

Celo soltou um suspiro pesado, sentindo um alívio estranho ao finalmente colocar tudo para fora.

A Dra. Luciana sorriu satisfeita, vendo que, apesar da dor, aquele momento era um avanço.

— Esse é o tipo de conversa que vocês precisavam ter há muito tempo. E agora que tudo está às claras, podemos começar a entender o que fazer daqui para frente.

Celo e Mari se entreolharam, sentindo que estavam realmente se escutando. Mari brincou:

— Eu acabei me transformando na loba, então? — Mari sorria, mas estava nervosa.

Celo a acalmou:

— Nem tanto. Sua reação, o arrependimento, mostra que eu não tenho motivos para desconfiar da sua honestidade. Você me mostrou com ações, não apenas com palavras vazias, que estava arrependida.

Infelizmente, a primeira sessão de terapia do casal havia chegado ao fim. Ver Celo se abrindo, colocando tudo para fora, só deu a Mari ainda mais certeza de que deveria fazer o mesmo. Uma nova luz, esperança genuína, brilhava sobre eles.

Mesmo com Mari entusiasmada, querendo continuar a conversa em casa, Celo precisava de tempo. Já na manhã seguinte, tinha uma reunião importante, o dia de mostrar para o cliente o novo projeto que vinha sendo criado há meses.

Já era tarde da noite, e Celo ainda trabalhava em seu escritório, corrigindo e revisando os últimos detalhes para a manhã seguinte, quando Mari adentrou o escritório. Ela vestia apenas uma camisola semitransparente, sem nada por baixo. Só de vê-la, o pau dele deu tranco.

— Você está linda. — Ele disse.

Mari deu uma voltinha, rebolando a bunda, mexendo com todos os instintos do marido.

— Já acabou? Estou com saudade. — Mari caminhou de forma bem sensual até ele. — Eu quero compensar todos os anos de recusas e recato. Você merece o melhor de mim. Merece uma esposa que o faça feliz em todos os sentidos.

Celo não se segurou, agarrando Mari pela cintura e a fazendo se sentar em seu colo.

— Vem aqui, sua safada. Eu que não vou recusar.

O beijo já começou intenso, desesperado, as línguas se procurando sem descanso. Celo desceu beijando o pescoço, apalpando os seios e dando um apertão mais forte na bunda.

— Isso … faz o que quiser comigo … sou toda sua. — Mari o encorajou.

Celo, brincando, ameaçou limpar a mesa de trabalho, jogar tudo no chão como nos filmes, mas parou de repente.

— Não! — Ele sorriu para Mari. — São meses de trabalho. Seria difícil organizar tudo depois.

Celo pegou Mari no colo e caminhou com ela até o sofá do escritório e fez com que ficasse de quatro, apoiada no encosto. Ele levantou a camisola, admirando a bucetinha carnuda, lisinha, que já começava a se encharcar de tesão.

Com um movimento rápido, Celo abaixou as calças e a cueca, revelando seu pênis ereto e pulsante. Ele se aproximou de Mari, sentindo o calor do corpo dela e o aroma do perfume que ela usava. Com a mão, ele acariciou a bunda de Mari, sentindo a pele macia e quente. Em seguida, ele a penetrou com um movimento firme e rápido, fazendo Mari arquear as costas e gemer de prazer.

— Ah, Celo ... — Ela gemeu alto.

Celo começou a se mover em um ritmo intenso, cada vez mais rápido e profundo. Mari se apoiava no encosto do sofá, sentindo o prazer crescer a cada movimento. O som dos corpos se chocando ecoava pelo escritório, misturado com os gemidos de prazer dos dois.

Em poucos minutos, Celo sentiu que estava prestes a gozar. Ele apertou Mari com mais força, aumentando o ritmo e a intensidade. Mari, sentindo o clímax se aproximar, começou a se contorcer, o corpo trêmulo de prazer.

— Vai, amor ... vai ... — Ela sussurrou, quase sem fôlego.

Com um último movimento poderoso, Celo gozou, sentindo o prazer explodir em seu corpo. Mari também alcançou o clímax, o corpo sacudido por espasmos de prazer. Os dois permaneceram ali por um momento, abraçados, recuperando o fôlego.

Depois, Celo se afastou lentamente, ajudando Mari a se levantar. Eles se abraçaram, sorrindo um para o outro, o amor e o desejo ainda palpáveis no ar.

— Eu te amo. — Celo disse, beijando a testa de Mari.

— Eu também te amo. — Mari respondeu, a voz suave e carinhosa.

Eles se beijaram novamente, o amor e o desejo ainda ardendo entre eles, mas agora com uma sensação de paz e satisfação. Aquele sexo rápido, mas intenso, era apenas o início de uma noite tórrida de amor entre o casal.

O despertador do celular vibrou suavemente na mesa de cabeceira, mas Celo já estava acordado. O corpo de Mari, ainda envolto no lençol, se encaixava contra o dele, quente e confortável. A noite anterior tinha sido intensa, mas também cheia de risadas, beijos e toques que os fizeram esquecer do tempo.

Celo sorriu, sentindo o cheiro adocicado dos cabelos de Mari, e passou a ponta dos dedos pela curva de sua cintura.

— Já acordado? — A voz de Mari veio baixa e preguiçosa.

Ela se virou, os olhos sonolentos, mas brilhando ao encontrarem os dele.

— Difícil querer sair da cama depois da noite que tivemos. — Ele beijou a testa dela e suspirou. — Mas tenho aquela reunião importante daqui a pouco.

Mari fez um biquinho de falsa frustração e deslizou as mãos pelo peito dele antes de se esticar para um beijo demorado.

— Então vai tomar banho enquanto eu preparo o café. — Ela disse, saindo da cama com a leveza de quem parecia flutuar.

Celo a observou por um instante antes de se levantar e ir para o chuveiro. A água quente ajudou a espantar o resto de sono e o fez se concentrar na reunião que teria em breve. Ele se vestiu com calma, escolhendo um terno apropriado para a ocasião. Quando chegou à cozinha, o cheiro de café fresco e pão na chapa tomou conta do ambiente.

Mari estava ali, a mesma camisola da noite anterior, e cabelos presos de qualquer jeito, mas para ele, era a imagem do aconchego.

— Café preto, como você gosta, e um pãozinho pra te dar energia. — Ela sorriu, entregando a xícara.

Celo repousou a xícara na mesa e tomou Mari nos braços, beijando sua boca com desejo renovado.

— Obrigado pela noite incrível. Você tem me mostrado que eu estava certo em voltar para casa. — Celo se sentou, tomou um gole do café e fechou os olhos por um segundo, apreciando o momento.

Mari se apoiou no balcão, observando-o.

— Só estou garantindo que meu marido tenha a esposa que merece e que saía de casa feliz e bem alimentado.

Eles terminaram o desjejum entre conversas leves e sorrisos, com Celo aproveitando cada minuto antes de precisar encarar o mundo lá fora. Quando finalmente pegou as chaves e a pasta executiva, Mari o acompanhou até a porta.

— Você vai arrasar nessa reunião. — Ela segurou o rosto dele com as duas mãos e deu um beijo leve em seus lábios.

Celo sorriu, retribuindo o beijo e dando um último abraço antes de sair.

— Com um começo de dia desse, é impossível não arrasar.

E com isso, ele partiu, levando consigo a leveza daquele momento e a certeza de que, não importava o que o dia trouxesse, ele ainda tinha um porto seguro para voltar.

A sala de reuniões da TechShield era ampla, com paredes de vidro que refletiam a modernidade da empresa. No centro, uma mesa longa de carvalho escuro reunia executivos e diretores, todos atentos ao homem que liderava a apresentação. Celo se posicionava com segurança, exibindo gráficos e projeções sobre o novo sistema de monitoramento e segurança digital que estava propondo.

— Com essa implementação, garantimos um aumento de 70% na proteção contra invasões e fraudes. — Ele virou-se para os diretores. — Além disso, a tecnologia de machine learning identificará padrões suspeitos em tempo real, prevenindo ataques antes mesmo que aconteçam.

Os investidores trocaram olhares, impressionados. A TechShield queria um projeto inovador, e Celo estava entregando exatamente isso.

— E a integração com os sistemas legados? — Um dos diretores perguntou.

Celo olhou diretamente para o homem, confiante.

— Já mapeei as necessidades de compatibilidade. Em até três meses, garantimos uma transição fluida, sem impacto nas operações diárias.

Do outro lado da mesa, Chris escutava tudo com atenção. Ele não fazia parte da equipe da TechShield, mas era um dos consultores externos chamados para avaliar os riscos do projeto. No fim da apresentação, quando os aplausos discretos indicaram a aprovação dos executivos, Celo começou a organizar seus materiais para sair. Foi então que percebeu Chris se aproximando.

— Celo. — Chris estendeu a mão. — Faz tempo.

Celo retribuiu o aperto de mão, mantendo a postura profissional.

— Pois é. Surpresa te ver por aqui.

— Digo o mesmo. Você está com um grande projeto nas mãos. Mandou bem.

Celo deu de ombros, desconfortável com elogios vindos dele.

— Só fazendo meu trabalho.

Chris hesitou por um segundo, então decidiu ir direto ao ponto:

— Precisamos conversar.

Celo fechou sua pasta e verificou o relógio.

— Tenho outro compromisso agora. Podemos marcar para outro dia?

Chris concordou, mas havia urgência em seu olhar.

— É importante, Celo. Não tem a ver com trabalho.

Celo levantou o olhar, avaliando o agora considerado ex-colega. Algo no tom de Chris indicava que não era apenas uma conversa casual.

— Tudo bem. Me manda uma mensagem e vemos um horário.

Chris soltou um meio sorriso, aliviado.

— Vou fazer isso.

Enquanto se despediam, Celo sentiu que aquela conversa não seria fácil. E, pelo jeito, envolvia muito mais do que ele estava disposto a admitir.

Para manter controle sobre a conversa, Celo aceitou a mensagem de Chris dois dias depois e marcou o encontrou para sua casa. O dia do encontro chegou rápido, no sábado seguinte.

Chris respirou fundo, olhando para a esposa, Fabi, que apertou sua mão em um gesto de encorajamento. Ele então voltou o olhar para Celo, determinado a contar tudo.

— Celo, eu sei que sua visão do Paul não é das melhores agora. Mas antes de você julgar, quero te contar o que ele fez por nós.

Celo cruzou os braços, cético, mas não interrompeu.

— Nós conhecemos Paul e Anna na faculdade. Eu e Fabi já estávamos juntos há algum tempo, e eles também formavam um casal sólido. Mas, naquela época, nossa vida estava longe de ser fácil. Meu pai teve um colapso financeiro, perdeu quase tudo, e eu me vi sem apoio nenhum. Eu estava na metade do curso de Engenharia, e Fabi estudava Design. O problema é que, sem dinheiro, eu quase tive que abandonar tudo.

Ele fez uma pausa, como se revivesse aqueles dias difíceis.

— Paul foi a primeira pessoa a estender a mão. Ele tinha conseguido um estágio muito bem remunerado, sua família sempre teve boa situação financeira, e, sem que eu pedisse, apareceu um dia na minha casa com um contrato. Ele queria emprestar dinheiro para que eu continuasse estudando, mas fez questão de formalizar tudo para que eu não me sentisse humilhado ou inferior.

Mari e Celo se entreolharam, surpresos.

— Eu recusei, claro. Meu orgulho falou mais alto. Mas ele insistiu, dizendo que não aceitaria um "não". Se não fosse por ele, eu teria largado a faculdade e provavelmente estaria atolado em dívidas até hoje.

Celo respirou fundo, absorvendo aquela informação.

— Mas não foi só isso — Fabi interveio, seu olhar carregado de emoção. — Quando minha mãe ficou doente, Paul e Anna estavam lá. Eles nos ajudaram de todas as formas possíveis, seja emocionalmente, financeiramente, ou simplesmente sendo o ombro amigo que precisávamos.

Chris continuou.

— O que quero dizer é que, Paul pode ser um cara provocador, às vezes até arrogante, mas quando ele se importa com alguém, ele dá tudo de si. Ele nunca faz nada pela metade.

Celo ainda tentava processar tudo.

— Ok … Isso explica a parte do Paul ser um bom amigo. Mas onde entra o fato de isso ter a ver com o que aconteceu com a gente?

Chris respirou fundo, sabendo que aquela era a parte mais delicada da conversa.

— Do mesmo jeito que ele fez com vocês, Celo, fomos nós que o iniciamos, anos atrás.

— Como assim? — Mari perguntou, curiosa.

— Eu sempre percebi que havia algo nele e na Anna, algo que eles talvez nem entendessem totalmente na época. Eles tinham aquela conexão intensa, mas havia uma inquietação neles, uma curiosidade que ficava no ar. Eu notei, porque passei pela mesma coisa com a Fabi.

Fabi sorriu disfarçadamente, lembrando-se daqueles dias.

— Nós já tínhamos experimentado esse tipo de relação, mas sabíamos que dar o primeiro passo era difícil. Muitas pessoas passam a vida inteira presas em algo que não as completa porque têm medo do que os outros vão pensar ou medo do que vão descobrir sobre si mesmas.

Chris se inclinou um pouco para frente, enfatizando suas palavras.

— Foi por isso que tomei a iniciativa de falar com Paul e Anna. Mas fiz isso porque eu sabia que o desejo estava lá. Vi isso nos olhos deles muito antes de eles admitirem para si mesmos. Se eu não tivesse dito nada, talvez ele e Anna nunca tivessem encontrado esse caminho juntos.

Celo absorveu aquela informação, sentindo um leve incômodo ao perceber o paralelo com a abordagem de Paul com Mari.

— Então … — Celo começou escolhendo bem as palavras. — ... Você acha que Paul fez comigo o que você fez com ele?

Chris confirmou.

— Sim. Eu acho que ele viu algo em você e na Mari que talvez vocês mesmos não tenham percebido. Só que a diferença é que ele errou na abordagem, e as circunstâncias foram outras. Mas eu te garanto, Celo … Paul nunca quis te machucar.

O silêncio tomou conta da sala. Mari abaixou os olhos, tocada pela história. Celo, por outro lado, sentia um nó no estômago. Ele ainda não sabia como perdoar Paul, mas, sentia que precisava enxergar o homem além dos erros.

Celo franziu a testa, sentindo a tensão crescer dentro de si. Ele não gostava do rumo que aquela conversa estava tomando.

— Do que você está falando, Chris? Seja mais direto. — Celo perguntou, cruzando os braços.

Chris respirou fundo, escolhendo bem as palavras antes de continuar.

— Estou falando sobre aquele feriado na casa de praia. Celo, eu e Fabi estávamos lá o tempo todo, observando vocês. Você acha que Paul simplesmente tirou essa ideia da cabeça dele? Não, cara. Vocês dois deram todos os sinais de que estavam dispostos a dar esse passo. Vocês foram sabendo onde estavam se metendo.

Celo bufou, balançando a cabeça.

— Isso é ridículo. Eu nunca …

Chris ergueu a mão, interrompendo.

— Celo, vamos ser honestos aqui. Você acha que Paul teria forçado a barra se não tivesse certeza? Nós sempre tivemos esse instinto para perceber quem está pronto e quem não está. Fizemos isso com Giba e Cora, e estávamos certos. Fizemos isso com outros casais antes, e nunca erramos. Só que, no caso de vocês, havia algo diferente … Algo que nenhum de nós viu a tempo.

Mari mexeu-se desconfortável no sofá.

— O que quer dizer?

Chris olhou diretamente para ela.

— Que, fora o desejo que vocês tinham — e, sim, vocês tinham —, existiam problemas maiores entre vocês. Coisas que vocês mesmos não queriam admitir.

Celo sentiu o estômago revirar. Ele abriu a boca para rebater, mas nada saiu. Chris continuou.

— E eu vou perguntar algo, e quero que sejam sinceros. Vocês estão sendo totalmente honestos sobre a situação de vocês? Sobre o que realmente estava acontecendo antes daquela viagem?

Mari desviou o olhar, engolindo em seco.

— Chris …

— Não, Mari. Eu preciso perguntar isso. Porque, sinceramente, eu sinto que, fora tudo o que rolou na casa de praia, vocês já tinham questões urgentes para resolver. E, desculpe se isso te incomoda, Celo, mas Paul não é totalmente culpado por tudo o que aconteceu.

O silêncio foi esmagador. Mari olhou para Celo, que mantinha a expressão fechada. Mas dentro dele, o turbilhão era incontrolável.

Chris encostou-se ao sofá, exausto.

— Eu sei que não posso mudar o que aconteceu. Sei que Paul pode ter exagerado na abordagem, e talvez tenha cometido erros. Mas eu precisava que vocês entendessem que ele nunca quis destruir nada. Ele só viu em vocês o que viu em tantos outros casais, antes. Só que, daquela vez, havia mais por trás.

Fabi finalmente se pronunciou, sua voz suave, mas firme.

— Vocês não precisam perdoá-lo agora. Talvez nunca perdoem. Mas, por favor, tentem olhar para essa situação com um pouco mais de clareza.

Mari respirou fundo, apertando as mãos no colo. Celo continuava em silêncio. Mas não conseguia simplesmente negar tudo o que estava ouvindo.

O clima na sala ficou pesado. Celo apertava os punhos, tentando conter a raiva que crescia dentro dele.

— Você não acha que está sendo desrespeitoso? Entrando na minha casa e me tratando como um imbecil? Quem você acha que é para me dar esporros?

Chris manteve a calma, mas sua expressão carregava cansaço. Ele suspirou, apoiando os cotovelos nos joelhos, e olhou diretamente para Celo.

— Me desculpe se soei desrespeitoso. Não tive essa intenção. Pelo contrário, só vim aqui porque gostamos de vocês e não queremos que se afastem. E nem vim como advogado do Paul, por ele estar sofrendo com o que fez. Vim porque Fabi me pediu, porque o respeito, Celo. Não perderia meu tempo, e muito menos o seu, se sua amizade não fosse importante para nós. Só queria que você soubesse quem é o verdadeiro Paul.

Mari olhava de um para outro, inquieta. Fabi manteve a mão sobre a perna do marido, um gesto de apoio silencioso.

Celo soltou um riso seco, estridente.

— O verdadeiro Paul? O cara que cruzou uma linha que não devia? O cara que se meteu no meu casamento sem saber de nada?

Chris meneou a cabeça devagar.

— O cara que errou? Sim. O cara que extrapolou? Sim. Mas também o cara que sempre esteve lá para os amigos, que ajudou muita gente a encontrar a própria felicidade. Inclusive nós.

Celo estreitou os olhos.

— O que quer dizer com isso?

Chris respirou fundo, como se estivesse se preparando para abrir algo que ficou guardado por tempo demais.

— Vou te contar uma história. Talvez você já tenha ouvido parte dela, talvez não. Mas quero que ouça até o fim.

Celo, ainda tenso, gesticulou para que ele continuasse. Chris ajeitou-se no sofá antes de começar.

— Eu e Fabi sempre tivemos uma relação muito forte, mas houve um período … sombrio. Um período em que tudo pareceu prestes a desmoronar. E foi Paul quem nos ajudou a encontrar o caminho de volta.

Fabi o encorajou, apertando levemente o braço do marido.

— Nós éramos jovens — continuou Chris — tínhamos acabado de ir morar juntos, e cometemos um erro que muitos casais cometem: nos afundamos em responsabilidades e esquecemos um do outro. O trabalho consumia meu tempo, e Fabi, mesmo tentando ser compreensiva, começou a se sentir sozinha. Nosso noivado se tornou … morno. Até chegamos a conversar sobre separação.

Celo observava em silêncio, a tensão no rosto suavizando aos poucos.

— Quando percebi, já havia um abismo entre nós. Um abismo tão grande que pensei que nunca mais conseguiríamos cruzá-lo. Foi nesse período que Paul entrou em cena novamente.

— Como assim? — Mari estava muito curiosa, interessada na história.

Fabi sorriu, relembrando.

— Paul nos conhecia desde a faculdade. Sempre foi um cara observador. Ele percebeu o que estava acontecendo com a gente antes mesmo de percebermos. E, em vez de julgar ou se afastar, ele nos fez uma pergunta que mudou tudo: O que vocês realmente querem?

Chris riu baixinho, balançando a cabeça.

— Foi tão simples, mas tão impactante. Ele não sugeriu nada, não impôs nada. Apenas nos fez olhar para dentro e nos perguntar se estávamos felizes do jeito que estávamos.

Celo estava concentrado, absorvendo aquilo.

— E vocês perceberam que não estavam.

Chris assentiu.

— Exato. Foi Paul quem nos ajudou a ter essa conversa difícil, a encarar nossos desejos e inseguranças. Ele e Anna já tinham passado por algo parecido, mas nunca nos pressionaram. Só que, quando viu que o interesse estava lá, que a gente só precisava de um empurrão para superar o medo, ele nos deu a coragem que faltava. Assim como fizemos com eles, um tempo antes.

Fabi olhou para Celo e Mari, séria.

— Se não fosse por ele, talvez tivéssemos continuado empurrando tudo com a barriga e até nosso casamento, não teria acontecido. Mas, por causa daquela conversa, nos reconectamos. Descobrimos uma nova forma de viver, de amar, e nos tornamos mais fortes do que nunca.

Chris respirou fundo antes de concluir.

— Então, quando Paul viu vocês na casa de praia, ele interpretou os sinais da mesma forma que fizemos com eles e com outros antes. Só que o que ele não percebeu foi que, no fundo, havia algo quebrado entre vocês. Algo que nenhum de nós viu a tempo.

Celo esfregou o rosto com as mãos, sentindo um peso estranho no peito. Ele ainda não sabia como digerir tudo aquilo, mas não podia negar que a história fazia sentido.

Chris inclinou-se um pouco mais para frente, olhando diretamente para ele.

— Eu não estou aqui para forçar nada, Celo. Só queria que você entendesse que Paul não é um vilão. Ele é um cara que acreditou que estava ajudando, da mesma forma que nós o ajudamos e que ele ajudou a gente.

Mari suspirou, a mente girando. Celo baixou a cabeça, absorvendo cada palavra. Ele ainda sentia a mágoa, a raiva, mas, naquele momento, a dúvida que já existia, começou a ganhar tamanho.

“E se … Paul realmente não fosse o único culpado? Era muito fácil esquecer de seus próprios arrependimentos e escolher alguém a quem culpar”.

De qualquer forma, aquele final de semana passou voando e a segunda-feira tinha chegado. E com ela, uma nova sessão com a Dra. Luciana. Era a vez de Mari encarar seu passado, e o compartilhar em detalhes com o marido.

Continua …

* Trecho de "Por quem os sinos dobram?", música do Raul Seixas.

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Comentários

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É um prazer imenso! Poder desfrutar de tal obra

Como esses que acabei de ler.

Chris conseguiu mexer com Celo e Mari, amarras trancada a sete chaves!

Parabenizo essas meninas pela capacidade de colocar as palavras da forma que foi colocado,no 18* capítulo as sugestões de Chris vieram desestabilizar o casal Celo e Mary!

⭐⭐⭐💯

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Li os comentários e não reparei alguns detalhes na abordagem...

Celo procurou alternativas para melhorar o relacionamento, porque Mari era frígida no relacionamento e não porque ele desejasse outras...

Celo não queria ser o cara que entrega a esposa e fica olhando... Pelo menos me parece isso...

Celo queria atiçar a esposa para ser menos frígida com ele e não para ser vulgar ou ter prazer com outro...

E finalmente ele sentiu a pancada por ver ela fazer com outro, na primeira oportunidade o quê ele pediu por mais de 20 anos e sentir prazer com o outro e não com ele... Tendo em seu passado que ele era bom pra casar e não para dar prazer a uma mulher...

Acho que estão menosprezando esse aspecto e sinceramente essa conversa com a amiga psicóloga parece arapuca para inverter as coisas e tirar a culpa da Mari, do Paul e Cia.

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Sabemos que o Celo é um fraco, fugiu e ficou dois meses em um quartinho escondido se não me engano e foi ver a esposa uma única vez que já voltou pra casa.

Esses amigos vão fazer dele gato e sapato e só não é pior do que ir em uma terapeuta que é amiga da esposa que é frigida com ele e safada com qualquer um da rua. Essa terapeuta vai manipular ele rapidinho

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não gosto do rumo q a história ta indo, esses " amigos" contando a história deles com o paul, história pra boi dormir, e eles tão querendo q esse boi seja o celo isso sim, quem tava mais interessado nessa história do casal, o Celo ou a Mari?

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Foi a minha impressão, como já Falei...

Essa conversa não acrescentou nada para o casal...na vdd apenas ajudou a diminuir ainda mais a confiança e aumentar a confusão do Celo.

Vamo ver o que a Mari vai contar, mas para mim, ela manteve contato com os "amigos", logicamente sem o celo saber!!! Só não sei se saberemos disso por ela ou depois qd já estiver entregue...

Veremos...a autora disse que ainda vai piorar, se é que é possível!!! Acho que é por aí....senao não teria sentido colocarem essa conversa neste momento.

Mas ..apenas minha opinião

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Manfi, não vi esse comentário da autora dizendo q vai piorar, vou ver se acho.

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achei o comentário da autora, referindo a Id@ q costuma dizer isso .

E piorar como? Mari se teve contato com o casal, foi por MSG, acho improvável a Mari ter traído o Celo.

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Eu não me lembro de ter dito que iria piorar, nesse conto!!! Rsrsrs

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não foi tu Id@ q disse, sua autora de pouca fé 🤣🤣🤣.

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Só para não falarem que coloquei palavras na boca dos outros...o comentário está abaixo...

"Eu gosto muito de interagir, de conversar com meus leitores. Eu realmente entendo o seu argumento. E isso independe de alguém estar certo ou errado. Veja que trouxemos novos elementos para a história e estamos destrinchando mais profundamente o trauma dos personagens. E eu garanto a você, como a nossa parceira Ida sempre diz, antes de melhorar, ainda vai piorar muito. 😂😂😂

Numa resposta a um comentário que fiz..

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Ta vendo … não fui eu !!! Usaram o meu santo nome em vão !!!

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Eu acho que é muita coincidência esse negócio de terapia, e logo após a sessão em que o celo se abriu, o casal amigo do Paul veio conversar com eles...

Como eu disse, seria algo normal se fosse depois que o casal finalmente se encontrasse e etc...pq nem nesse momento??

Mas...vamos aguardar...mas essa conversa neste momento não fez sentido...a ordem é a seguinte, o celo se abre na terapia, esse casal conversa com eles e logo em seguida é a parte da Mari se abrir...

Será que a recepção do celo seria a mesma empresa relação ao que a Mari irá dizer se não houvesse essa conversa??? Sinceramente essa ordem não faz sentido!!!

Não acho que houve traição, mas sim um contato e, desse contato, ideias de como amansar o cara!!

Mas... é minha opinião

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se houve esse contato e saiu idéias de domar o Celo, é muita sacanagem, principalmente se a Mari acertou isso, se for e o celo descobrir adeus esse casamento, acho q ele não iria aceitar, olha como ele reagiu a conversa com o casal, quase partindo pra violência.

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A Mari estava mais interessada na história do Paul, de q o Celo, e parece q o Celo nem percebeu isso.

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Vocês dois estão muito acelerados. 😂😂😂

De onde saiu essa ideia de que Mari está mantendo contato com Paul e Anna? Pior ainda, quem quer domar o Celo?

😂😂😂😂😂

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Bom essa é minha percepção...como leitor (não só de contos eróticos) e escritor (iniciante e limitado) eu sei que não é escrito por acaso.

Voltando alguns capítulos, qd eles se acertaram, a Mari recebeu mensagem do casal de "amigos" (não lembro se da Ana ou Paul), ela mostrou para o Celo por ele estar próximo, mas ela resolveu não responder "naquele momento".

Passou-se um tempo, veio essa história de terapia...e a terapeuta é amiga da Mari. Com ctz elas conversaram antes e decidiram que está terapia ajudaria na reaproximação do casal...

Na mesma semana que o celo se abre na terapia, o casal de amigos do Paul, e colega de trabalho do celo pedem para conversar.

Sem entrar no mérito da conversa ainda...1) a Mari estava muito próxima da Ana e Paul e com ctz tem um sentimento de gratidão pela ajuda deles...eu ficaria surpreso se ela NAO mantivesse comunicação com este casal.

2)esse grupo de amigos é muito unido, e eles perceberam que o paul ficou distante (lembram da suruba qd eles voltaram pra casa em que a Ana participou sem o Paul?).

3) se a Mari estiver mantendo contato, ela com ctz falou sobre a terapia e falou sobre tudo que o celo disse, ou pelo menos, pode ter só falado por cima algumas coisas que ele disse.

4) nesta mesma semana o colega de trabalho de celo que, que até então mal apareceu na história, chamou eles para uma conversa...ou é muita coincidência, e coincidência numa fictícia é mais difícil do que na vida real (já que a realidade é controlada pelo autor)....ou eles esse casal de amigos do paul ficaram sabendo da terapia, e duvido que seja da Mari (isso colocando ela como inocente, o que acho que é o caso). Se eles sabiam, quem contou??! E por que logo alguém que conhecia o celo e que era respeitado por ele)

5) se não houve essa conversa...se realmente foi uma coincidência essa conversa bem neste momento, a única hipótese que fica é a tentativa não dos personagens, mas das autoras, em começar a limpar a barra do Paul...

Sobre a conversa em si já comentei a respeito. É realmente muito difícil p celo conseguir pensar e refletir por conta própria com todos os personagens, ou pessoas da história, pesando e jogando meias verdades na cara dele, sem nem saber o se quer tentar, entender os motivos e tudo que ele estava sentindo.. mas ficou grande e eu já falei muito sobre isso...

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Só para deixar claro...eu não acho que a Mari esteja fazendo um plano mirabolante e etc...

Pra mim, após conversas com a amiga terapeuta e com o casal de "amigos" a Mari se manteve aberta no sentido de continuar as aventuras, mas não faria isso sem o celo...pra mim essa é a conclusão que teremos de sua sessão de terapia.

Logicamente o celo, que há está confuso, está ainda mais confuso por conta dessa conversa com esse casal.

Não que seja um plano como eu disse...mas tudo irá terminar com ele sendo convencido a desculpar e eu diária até agradecer, por mais humilhante que possa ser para muitos...o final de toda essa terapia e conversas com "amigos", que são mais amigos do paul e Ana do que deles, o casal vai decidir em "conjunto" kkkk, perdoar e agradecer o paul e Ana pela ajuda!!!

Eu não sou vidente, mas vejo isso muito claramente, e vc???

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no lugar do Celo, não abriria o casamento, e se a Mari tiver mesmo essa vontade de continuar as aventuras,se separam, e é vida q segue, pra mim é simples assim.

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Aí vai dá vontade das autoras né??

Eu penso meio igual o Mark, até poderia perdoar o cara, mas voltar a manter QQ contato íntimo com eles eu TB não aceitaria.

Acho que aí teremos uma nova tensão na história...isso pensando com minha cabeça.

Mas eu acho que o modo como as autoras vêem o paul e tudo que aconteceu é diferente...então no final ele vai acabar aceitando.

Sinceramente, vou me surpreender muito se a história sair disso...todas as cartas já foram jogadas...ou seja, tudo realmente foi construído para chegar a esse ponto.

Mas, é só minha opinião

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É q p mim Manfi, o casal não esta na mesma vibe.

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Acho que nem é essa a questão...não estão tempo deles conversarem e se resolverem... principalmente o Celo, eu vejo ele preso num looping cíclico e infinito...ele até poderia pensar com uma mente um pouco mais aberta, mas tudo que passou deixa ele inseguro. Se ele continuar essas aventuras provavelmente ele verá muito a Mari se acabando na cama com outras pessoas... é fácil, tanto homem como mulher (principalmente pra mulher) fingir está gostando do sexo e etc...mas é impossível QQ pessoa conseguir se segurar...ele não tem essa cabeça que os personagens do Leon tem, que ficar satisfeito em ver a satisfação da esposa com outro...se ele tivesse isso, ele não teria seus traumas...a Mari pode tentar o quanto for, mas como as autoras falaram numa outra resposta, qd falaram que a Mari não berrou e gritou o suficiente qd foi enrabada pelo marido, no episódio de reconciliação...o celo não é um comedor.

Entao ele ficará nesta ciclo infinito...cada vez mais ele vai perder a vontade de participar e etc...mas vao deixar nele uma culpa...por não deixar ela ser feliz e etc...ele vai se calar e consentir.

Tá na cara que não estão na mesma "vibe"...mas a tendência é uma cada vez mais se tornar um furacão e o outro uma marolinha kkkk

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Ou então ele se tornaram um corninho manso...pra ele continuar sendo ele, um cara minimamente confiante e quer ser protagonista no próprio casamento, precisaria meses e até anos de terapia e ajuda, onde eles teriam que se reencontrar primeiro... é o processo parecido com o personagem do raell (Vitor)...se ele não retomar a auto confiança, sempre outros tomarão as decisões por ele, fazendo dele um coadjuvante, da esposa se soltando e seus comedores... é muito difícil ele fugir disso depois de tanta carga emocional e num período tão curto...ainda com todo mundo jogando apenas para um lado.

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na minha humilde opinião, parece mas fácil a Mari entrar nessa vida liberal, d q o Celo, como foi dito na terapia ela pode ser uma "loba" e o Celo parece ser o "cordeiro".

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Exatamente!!!! E o primeiro a perceber quem a Mari era de verdade foi quem???

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O Paul?

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Sim...num diálogo com os amigos...eles queriam saber pq ele estava tão interessado na Mari...ele respondeu pq causa de seus atributos físicos, mas TB pq ele conseguia ver a "verdadeira Mari" lutando para sair e etc...ele falou sobre isso com a Ana TB!!! São 18 partes, se fosse umas dez eu tentava achar essas partes...mas acabei de falar acima, ninguém nunca escreve algo numa história sem motivo...tudo isso já está escrito...e não fui eu que escrevi...kkkk

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O trabalho do Ménage Literário é realmente muito bom nessa história então, nem se fala. Mas infelizmente prevejo um desenrolar triste. Me parece que os ex de Celo e de Mari tinham razão. No caso do Celo "um homem para casar" e não para transar", e quanto à Mari, "uma vagabunda nascida para satisfazer sexualmente a qualquer um". Sendo ambos, cada um a seu modo, presos em seus complexos de inferioridade, teimosos em cultivar suas baixas autoestima. Uma pena que não se entenderam a tempo de se ajudarem mutuamente. E para terminar, gostaria de lembrar que a palavra fantasia,tem um significado oposto ao da palavra realidade e vejo aí, na melhor das hipóteses, um afastamento na intimidade do casal Mari e Celo e uma aliança mais profunda no papel social de marido e mulher.

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Foto de perfil de Nanda do Mark

Esse capítulo rendeu altas conversas com o Mark.

"É Sempre Mais Fácil Achar Que A Culpa É Do Outro”... Pois é, me parece uma verdade quase universal.

O ser humano de uma forma geral é egoísta. Por mais que a gente diga que não, nos agimos instintivamente para satisfazer nossas próprias necessidades. Temos a tendência de querer para nós ou para o nosso círculo mais íntimo, mas é sempre para eu e eles.

Só que, quando erramos, ao contrário, temos a tendência de terceirizar a culpa, talvez para nos poupar de uma decepção íntima ou algo do tipo.

Não sei se a psicologia explica isso, mas no dia a dia ç e na convivência com pessoas e clientes, foi o que eu e ele conseguimos apurar.

Por que eu disse isso? Justamente para contemporizar que o Celo, num primeiro momento culpou todos, menos ele próprio. Só depois, com a caneca mais fresca, ele começou a assumir parte da culpa. Digo parte, porque ele não errou sozinho, houve uma sucessão de erros de várias pessoas.

Celo e Mari não estavam prontos para o meio liberal. Sem exorcizar seus próprios demônios, entrar numa experiência dessa, que carrega uma intensidade fora do normal, era pedir para dar errado, como realmente deu. Portanto, são culpados pelo próprio evento desencadeado.

Ah, mas Nanda, ela foi além do combinado. Foi sim, mas e daí? Numa situação daquela, trocando intimidades, bêbados, era de se esperar algo diferente? Acho que não. Era algo que o Mark classificou como "dolo eventual": eles sabiam da possibilidade de terminar em sexo e assumiram os riscos dela ocorrer.

Além disso, se o Celo não tivesse apagado, será que ele também não teria ido adiante? Acho muito improvável, porque as condições impostas à Mari eram a mesma dele.

Mas e o Paul, errou? Entendi que sim. Sem querer pesar os erros de um e outro, acho que ele, por ser um "veterano", deveria ter tido mais tato e evitado seguir adiante sem ter certeza dos limites combinados entre o casal.

Mas, gente, errar é humano, e se todos conseguirem fazer uma "mea culpa" sincera, existe espaço para um entendimento.

Só uma observação: eu e o Mark discordamos sobre a culpa do Paul. Meu marido não gostou da atitude dele como veterano e disse que ele, Mark, até o perdoaria, mas dificilmente o aceitaria em nossa intimidade novamente.

Texto primoroso, meninas.

Parabéns!

⭐⭐⭐

💋💋💋

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Foto de perfil de Nanda do Mark

Corrigindo, acho muito provável que o Celo também teria ido adiante.

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Nanda e Mark como estão?? Sentimos falta de vcs!!

Eu acho que o problema sinceramente não foi o que aconteceu naquela casa na praia, mas tudo que fez o casal seguir por este caminho.

Se eles estivessem bem, com um relacionamento saudável e etc esse fato provavelmente seria minimizado...poderia ter até um atrito, mas não chegaria a esse ponto. O problema é anterior...o que fez o casal (principalmente o Celo) tentar ir pro esse caminho.

Sobre o que aconteceu...a Mari e paul já tinham rompido as regras antes, quando foram sozinhos pra praia e rolou um boquete...aí o celo perdeu a oportunidade de impor limites...mas eu acho que ele não queria impor limites pq viu a oportunidade de finalmente aproveitar,com a Ana que se mostrou disposta a se entregar pra ele, algo que ele nunca teve. Essa expectativa fez ele se calar e consentir.

E no final aconteceu o que aconteceu...há muitos culpados nesta história...se for desconsiderar toda a história anterior do casal, realmente a atitude do Celo foi até infantil...mas o fato aconteceu, não tem como negar...e vc (todos tá? Não vc manda especificamente..kkk) não considerar os vários problemas psicológicos anteriores dos personagens vai deixar passar o que é o principal da história.

Eu concordo com o Mark sobre o Paul...já deixei claro...até pq ele deixou claro o que queria desde sempre...prós amigos, pra esposa...toda a situação foi feita para aquele momento. E,me desculpa, ele não pensou no casal de "amigos" e inciantes neste mundo.

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Foto de perfil de Mark da Nanda

Ratifico o que a Nanda falou.

Farei apenas um parenteses quanto a atitude do Paul. Todo veterano que tem a chance de iniciar um novato, tem uma responsabilidade: física, emocional e sentimental sobre o iniciado ou cadal. Por isso que é tão importante conversar, conhecer o iniciado. Ter a chance de tentar aourar eventuais problemas é fundamental para uma boa experiência.

O Paul foi afoito, muito direcionado aos finalmente quenlhe interessava, sem entender realmente o casal. Um veterano experiente teria entendido pela forma como eles interagiram na casa durante o feriado, que eles não tinham certeza de nada ainda e a incerteza é um impeditivo. Como eu já escrevi num conto anterior, somente o SIM autoriza; o NAO e o TALVEZ impedem. Na dúvida, Paul e Anna deveriam ter abortado uma intimidade maior, deixando apenas que eles presenciassem como eles interagem.

É a minha opinião. Respeito quem pensa diferente, mas eu não agiria como o Paul agiu.

Forte abraço,

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Então, né... Acho que nem preciso responder. Você disse tudo e mais um pouco.

😘

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Ah! E parabéns pelo conto. É num dos melhores do site atualmente. Aliás, com o final do conto do Lukinha, acho que é o melhor.

Parabéns.

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Eles vão enrolar o Celo e ele não vai ficar com a Ana. O Celo só fica no preju, a Mari trepa com outros e o Celo não come nenhuma diferente.

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Tô achando que o paul vai comer a Mari denovo.

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E o celo em algum momento ainda vai pedir desculpas pra ele...poderia apostar isso com vc...kkk

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Acho que esse papo do Chris dizendo que não queria perder a amizade,pintando o Paul como se ele não fez nada de errado,não cola.

A intenção dele é proteger o Paul e enganar o casal,para levar eles de volta para circuito liberal(como a Mary se soltou naquele dia com Paul,os outros machos do circuito estão loucos para provar aquela Mary fogosa também).

Celo e Mary tem que ficar atentos para não cairem na armadilha dos falsos amigos.

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Sinceramente prefiro esperar a parte da terapia dela, embora eu ache completamente desproporcional vc ter uma terapeuta que é amiga de uma das partes!!!!

Já é pouco usual vc ser terapeuta ou psiquiatra de uma única pessoa...mas, ter isso no caso de um casal com tantos problemas, com traumas e bloqueios complexos para lidar e etc...masss...de falar isso sou mais vilão que o Paul.

Uma outra coisa, vcs já repararam que só aparecem pessoas completamente alheias ao casamento para "dar esporro" no cara. Eu perguntaria a pessoa entre as meninas, e não tem pq ser algo pessoal pq simplesmente não sei quem é...e que é a area da saúde mental...como aceitar todo essa tortura psicológica que fazem com esse personagem (que pra mim personagem é uma pessoa, ou seja tem sentimentos...não é apenas um nome num monte de frases)???

Enfim...falei que ia esperar a parte da terapia dela, mas... desculpa mesmo esse sentimento...pode ser por causa do que estou passando TB (e não quero ficar usando isso...kkk)...mas essa história está até me trazendo sensações cada vez mais ruins...

São vivências e etc...eu leio essa história e lembro do rosto de alguns pacientes qd a gente (qd fiz estágio no ambulatório de psiquiatria no estágio opcional do internado)...aqueles rostos me fez deixar de querer psiquiatra...a dra que comandava o ambulatório disse algo verdadeiro, já me lendo, vc com ctz não se abre pra ninguém, mas pega para si tudo dos outros...fazer psiquiatra, ainda mais laboratório, só vai ter fazer mal.... enfim... relevem...vamo ver o que vem pela frente.

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Até a conversa com aquele casal foi tudo o que esperávamos...ficou claro os motivos que levaram ele a propor a entrada no mundo liberal e etc...

A segunda parte pra mim foi apenas para começar a limpar a pele do cara (paul)...com pessoas que tem vínculos com ele e que claramente compartilham da mesma opinião...e nisso o celo é obrigado a engolir tudo que sente...pois se ver sozinho e perdido...se isso não é tortura psicológica, pelo menos uma tentativa de condicionamento e minar a resistência do cara com ctz!!!

É triste...no final o casal vai terminar na cama do Paul e Ana...veremos...

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Você precisa lembrar que nós estamos apenas contando uma história. Não existe nenhuma pretensão de apontar caminhos ou tratamentos para pessoas reais. Me parece que você é uma pessoa do meio, e está lidando com alguns problemas próprios. Eu entendo sua relação com a história, que acaba trazendo gatilhos indesejados.

Nós criamos um roteiro, mas não somos especialistas na área. Por sorte, uma amiga nos auxilia e dentro do que a gente precisa, ela faz o melhor que pode para ajudar a tornar a experiência o mais real possível. Mas ela apenas faz uma adaptação dentro do que a história pede. Se formos realmente transformar a sessão de terapia do Celo e da Mari numa situação amplamente real, seria chato, maçante e precisaríamos de muitas partes para chegar a algum lugar. A terapia é só uma parte pequena da história que estamos contando, e nem de longe é a parte mais importante.

Não tenho a intenção de ser do contra, de demonizar seu comentário, estou apenas explicando o nosso ponto de vista. Não somos especialistas, não temos a expertise para enveredar por um caminho de realidade total, e apenas queremos que a situação da terapia funcione para ajudar a contar nossa história.

É simples assim, sem maiores pretensões.

Um abraço, e melhoras para você.

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Eu entendo e agradeço o diálogo...não vou prolongar, fica tranquila... é apenas minha percepção da história.

Eu não acho que teve má intenção dos amigos do Paul...talvez num outro contexto em que eles já estivessem resolvido a situação e etc, essa conversa série interessante.

Peço apenas para analisar o que estou falando...ele resolveu se abrir na terapia. Lá ele demonstrou seu ponto de vista, mostrou como certas situações e comportamento da esposa foram responsáveis por sentimentos ruins e como realmente essa tentativa foi desesperada e imprudente...ele se expôs, reconheceu erros, estava conseguindo aceitar o que aconteceu, embora ainda com muitas cicatrizes.

Essa conversa com o casal não teve motivo pra acontecer, pelo menos não nesse momento…vc argumentar que o paul precisava fazer aquilo no meio da rua pra trazer o celo de volta e etc é até justa…embora não concorde…mas o que essa conversa ajudou o casal??? Por que naquele momento?? Eu não estou trazendo problemas complexos…só o que achei do enredo e que me incomodou…tirando as pessoas que dificilmente fariam uma crítica direta a vocês e aqueles que concordam com o que o paul fez…acho que seria unânime o pensamento de que esta parte foi uma forçação de barra para limpar a barra do Paul.

Só que a minha questão não é nem isso…é o que isso pode representar e ajudar a prejudar o psicológico do Celo….imagina a situação contrária, vc tivesse inúmeras pessoas condenando explicitamente as atitudes da Mari. Imagina se ela estivesse confusa mas mantivesse um pouco de sua consciência, mesmo admitindo alguns erros…aí todo mundo que estava naquela casa e fora dela, começasse a jogar na cara dela certas verdades.

Eu já falei isso antes…ela teve todo o apoio do mundo, inclusive a psicóloga que agora é a do casal…o cara teve conversas esporádicas com o dono do bar e outras pessoas aleatórias…

Enfim…eu teria a mesma reação se fosse o contrário…o casal de “amigos” citou os erros do Paul de forma rápida, citando mas minimizando. Já a atitude do Celo…há todo esse comoção…

Mas são opiniões…. desculpa o textao.

Ótima noite

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Eu gosto muito de interagir, de conversar com meus leitores. Eu realmente entendo o seu argumento. E isso independe de alguém estar certo ou errado. Veja que trouxemos novos elementos para a história e estamos destrinchando mais profundamente o trauma dos personagens. E eu garanto a você, como a nossa parceira Ida sempre diz, antes de melhorar, ainda vai piorar muito. 😂😂😂

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Celo incentivar e levar esposa para o meio liberal foi uma burrice.

Ele já tinha problemas no passado devido a traição da ex e seu casamento não estava muito bom pelo fato da Mary não se soltar.

Esse raciocínio dele que levar ela para esse meio liberal ela iria se soltar é uma ideia estupida(meio liberal é exatamente para casal transar com outras pessoas)

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Muito bom o capítulo, acho que aos poucos as coisas estão sendo resolvidas, o casal parece estar caminhando para se acertarem de vez, sei que a situação não é fácil, mas torço muito por esses dois, principalmente pelo que os dois já passaram.

Bem interessante a conversa com o casal, eu posso estar totalmente errada, mas também acho que Paul não é vilão, ou que quer destruir o casamento dos dois ou quer Mari só para ele, acho que ele errou sim, e feio. Mas acho que não foi só ele, foi uma sucessão de erros que levou a acontecer o que aconteceu, infelizmente.

Muito bom como sempre!

Parabéns Meninas! 🤗😘

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Concordo com vc Jú, o Celo colocou regras sem regras, limites sem limites, ele não foi claro.

Aí ferrou tudo!

Paul curtiu a Mari, e queria aproveitar

Mas, o que pegou, realmente, foi o seu passado, o que ele passou no antigo relacionamento, e isto é uma verdade muito importante, muitas vezes carregamos feridas de relacionamentos passados, que se abrem e machucam no relacionamento atual, e muitas vezes potencializamos num extremo desnecessário com algo irrelevante!

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Acabei de escrever no capítulo da história do Lukinha que todos tem um passado, mas esconder isso ou deixar o passado influenciar o relacionamento atual de forma negativa não é saudável. Infelizmente Celo e Mari fizeram isso, esconderam um do outro seu passado, passado esse que lhe causaram traumas, isso acabou influênciando de maneira ruim na relação dos dois e deu no que deu.

Uma boa conversa honesta dos dois poderia ter mudado tudo.

Só acho. rsrs

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👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼

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Acredito que o trecho "É Sempre Mais Fácil Achar Que A Culpa É Do Outro” é da música "Por Quem Os Sinos Dobram", do Raul Seixas, e não de "O Que é, o Que é?", do Gonzaguinha.

Aliás, a parte atual não seria a 18, ao invés da 19?

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Você está correto sobre a música. Já editei. Acabei me confundindo entre as opções que escolhi para título da parte e misturei as bolas. 😂😂😂

Sobre o número da parte, essa é a 18. Está certinho.

Obrigado pela ajuda.

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Eu mencionei parte 19 ou 18 porque o capítulo se chama "Segredos do Coração - Superando o Passado. Parte 18", mas no começo deste capítulo, está marcado: "Parte 19: "É Sempre Mais Fácil Achar Que A Culpa É Do Outro”*"

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Foto de perfil de Hugostoso

O auto conhecimento é essencial para qualquer relação, e principalmente a verdade, sinceridade, e a conversa sem esconder nada entre os parceiros.

Parabéns meninas, mais um capítulo de arrepiar!

👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼🌹🌹🌹🌹🌹

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Você nunca passa frio!

👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻

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Foto de perfil de Ménage Literário

Eu peguei a referência... 😂😂😂

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Esse casal tem mais mistérios do que as pirâmides do Egito 🤣! Sinceramente Celo e Mari são mais complexos do que qualquer do que qualquer software avançado,e parece que para cada obstáculo,que é transposto ,surgem 2 novos. Eu tenho pena dessa Terapeuta pois vai ter que ter muitas sessões extras para desfazer os nós da vida desses 2.

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Casal de piscianos sinceros. Eu sei, é assim mesmo. Pisciano são muito complexos e profundos no sentimento. Difícil suportar relações abertas. Não tem psicologia que resolva tanta masturbação mental. Kkkk

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Foto de perfil de Samas

Sinceramente me desculpa! Mas o Signo não define ninguém,isso é uma tremenda bobagem acreditar em algo do gênero. Se a pessoa é assim,age de tal forma não é por que as pessoas do signo A,B,C tem essa característica..e sim por outros motivos

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Acredito que previsões astrológicas seja mesmo bobagem, mas essas características evidentemente banhadas pela trajetória de vida, eu acredito. Mas defendo seu direito de discordar. Abraços.

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Como assim " características evidentemente banhadas pela trajetória de vida ..." ? Me explica por favor!

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Foto de perfil de Jão do Sax

Caro Bem-te-vi, eu fui totalmente cético quanto as características dos signos astrológicos até meus 19 anos de idade quando conheci minha terceira namorada do signo de Virgem (com quem mecasei), exatanente como as outras duas anteriores. Dai então passei a prestar atenção e ler sobre o assunto. Hoje já não tenho nenhuma dúvida, as pessoas carregam sim características bastante marcantes e óbvias do próprio signo . Ah,eu sou escorpiano 🦂 .

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