Os fatos desta história me foram narrados por minha mãe, Laura, pouco antes de falecer. Meu pai, Gustavo, era, como se dizia na época, um barnabé, ou seja, modesto funcionário público, casado com Laura há dez anos e com dois filhos, Neide e eu, Jaime. Lembro bem dos tempos de vida simples e da casinha na Bela Vista onde moramos desde que eu nasci, até que a vida da família mudou completamente. Laura precisou de um atendimento médico e foi aí que tudo se alterou em nossa casa, e principalmente na testa de meu pai. Mamãe foi atendida num hospital público por um médico chamado Dr. Jair Salles que literalmente se encantou com minha mãe. Aos 32 anos de idade ela era do tipo mulheraço, pele clara, cabelos castanhos, com fartas carnes sem poder ser chamada de gorda, com belos seios, pernas e uma bunda invejada por mulheres e cobiçada pelos homens. Papai era alto, com quase 1,80m de altura, isto num tempo em que os homens mal passavam de 1,70m. E era forte, impondo respeito entre os amigos de repartição e aos vizinhos que nunca deram um olhar mais atrevido para minha mãe, a gostosona da rua.
O Dr. Jair, então nos seus 38 anos, não escondeu que gostou de minha mãe e disse a ela para, quando precisasse, procurá-lo em seu consultório particular pois ele teria o maior prazer em cuidar da saúde dela. Além de bonita, minha mãe sempre foi muito esperta e percebeu que o Dr. Jair queria algo mais que atendê-la e já na semana seguinte procurou o médico em seu consultório. Minha mãe, nunca havia traído meu pai, mas o casamento chegara naquele ponto em que a rotina vai tomando conta das conversas e tudo mais e, ela, naturalmente, se sentiu lisonjeada com o interesse do Dr. Jair. Nesse dia ele declarou seu interesse por ela, não escondendo que era casado e pai de filhos e pediu que a nova paciente voltasse no dia seguinte quando ele não teria consultas agendadas. Minha mãe se produziu o melhor que pode e foi para a ‘consulta’, sem nada dizer para meu pai. Sem meias palavras, Dr. Jair foi direto ao ponto dizendo que mamãe a deixara impressionado, admirado com seu jeito espontâneo e alegre. Presenteou-a com uma bolsa nada barata e disse a ela que a cada ‘consulta’ ele lhe daria uma lembrancinha, mas que gostaria que as ‘consultas’ fossem num certo prédio que ficava no centro da cidade, onde ele tinha o que se chamava de ‘garçonière’, pequeno apartamento para encontros proibidos.
Minha mãe sabia bem o que estava para acontecer e gostara do Dr. Jair, sua gentileza e admiração por ela e até porque ele era de um extrato social muito acima dela. Esse primeiro encontro foi prazeroso para ambos e passaram a repetir os encontros semanalmente e até duas vezes por semana. Minha mãe percebeu que o Dr. Jair se apaixonara por ela e ficou ainda mais apaixonado quando no terceiro encontro pediu uma variação sexual, pediu para meter atrás, o que minha mãe consentiu porque de vez em quando meu pai a fodia no cuzinho. Isso enlouqueceu o Dr. Jair que confessou a ela que a esposa não dava atrás de jeito nenhum e que ele gostava dessa variação, tanto que ficou freguês do cu de minha mãe. E cada vez gostando mais ela e lhe dando presentes, inclusive joias, o que minha mãe escondia de meu pai. Nessa altura dona Laura tingira os cabelos de louro, o que completou sua exuberância o que foi aprovado pelo amante e reprovado por meu pai que disse que ela estava parecendo uma puta.
Dr. Jair possuía amigos na política e foi nomeado Diretor Geral dos Hospitais e Prontos-Socorros de São Paulo e sua influência logo se fez sentir e no dia da publicação no Diário Oficial ele fodeu minha mãe com ímpeto ainda maior e perguntou a ela se meu pai não gostaria de trabalhar no Palácio do Governo, nos Campos Elísios, inclusive com um salário bem melhor. Com muito jeito minha mãe disse a meu pai que havia ido ao médico e que em conversa falara das dificuldades financeiras com o dinheiro acabando sempre antes do final do mês. Contou que o médico lhe pedira o nome do meu pai e em qual repartição ele estava lotado para proceder a uma transferência para um local melhor, talvez até para o Palácio dos Campos Elísios. Meu pai exultou com a possibilidade e dali a uma semana estava trabalhando na Av. Rio Branco, no antigo Palacete Edu Chaves, agora Palácio do Governo. A pulga se aninhou atrás da orelha de meu pai que sentiu que o interesse do médico em ajudar a família era estranho, mas o salto profissional falou mais alto e ele não questionou minha mãe. Dr. Jair adorava minha mãe e fazia de tudo para vê-la feliz e mais perto dele e seu próximo passo foi dar a ela uma espécie de mesada, polpuda mesada que era o dobro do salário que meu pai recebia como barnabé, mesmo tendo passado agora a chefe de seção.
Logo minha mãe comprou geladeira, fogão novo, televisão que poucos possuíam e dizia a meu pai que tudo era fruto das economias que ela fazia, como se isso fosse possível. Os chifres já eram visíveis na testa de meu pai, mas ele fazia de conta que nada percebia, até que Dr. Jair disse a minha mãe para a família se mudar para um belo sobrado num bairro muito melhor e que ele próprio pagaria o aluguel. E que instalaria uma linha telefônica para poderem conversar quando precisassem. Quando minha mãe falou sobre a mudança com meu pai ele simplesmente disse que precisavam muito conversar e esclarecer algumas coisas. E nessa noite minha mãe confessou que tudo que vinha conseguindo ultimamente era através do amigo Dr. Jair. E nem precisou dizer que se tornara amante do médico porque meu pai foi quem, calmamente, perguntou se o médico a estava comendo. E falou isso sem demonstrar maior contrariedade, como quem aceita passivamente o que estava acontecendo. O que houve de diferente foi que nessa noite meu pai fodeu minha mãe como há tempos não fazia, denunciando que saber que ela tinha um amante até lhe excitava. E fodeu minha mãe com o mesmo ardor por uma semana inteira, fruto do tesão de ser corno.
Dona Laura, seu Gustavo, eu e Neide nos mudamos para o novo bairro, e para aquele sobrado que para mim parecia casa de gente muito melhor de vida que nós. Na primeira semana na casa nova apareceu para nos visitar o Dr. Jair, que conversou com meu pai amistosamente como bons e velhos amigos, ficando claro para todos os três que a convivência seria sempre saudável. Eu e Neide, que nem adolescentes éramos ainda, só percebíamos a melhora de vida achando que tudo era fruto do trabalho de meu pai. Era mesmo, dos chifres que ele aceitara e mais que isso do cu da minha mãe que o Dr. Jair adorava. Ele e minha mãe agora namoravam por telefone, ela disfarçando quando estávamos por perto, mas à vontade quando o marido corno manso estava em casa, nem se incomodando com a melação das conversas. E minha mãe nem na lua-de-mel fodera tanto pois tinha que dar o cu para o Dr. Jair na garçonière e a buceta para meu pai que a fodia direto com o tesão que todo corno sente.
Eu e Neide crescemos nesse ambiente, não tardando em percebermos o triângulo, ainda que o dois amantes evitassem foder em nossa casa, o que acontecia por vezes quando minha mãe estava sozinha, nós nas escolas e papai trabalhando. Neide se casou primeiro e eu dois anos depois sendo que Dr. Jair esteve nos dois casamentos nos dando bons presentes. Meu pai se aposentou e faleceu logo depois devido a um problema no coração, isto aos 60 anos de idade. Dr. Jair viveu até os 85 anos, passando os últimos cinco em uma cadeira de rodas, só deixando de ‘ajudar’ minha mãe quando sofreu um derrame cerebral, conseguindo ocultar da esposa os mais de 40 anos em que teve minha mãe como amante, isto é, muitos anos de intensas fodas e mais raramente nos últimos anos sem que diminuísse o amor e carinho que tinha por ela. Já meu pai sempre esteve satisfeito com a ‘sorte’ de ser corno, o que representou uma vida muito melhor para todos na família e uma satisfação íntima para ele que jamais cobrou minha mãe por ter lhe dado o ornamento.
A pergunta que cabe é: “Como pode alguém considerar um pai herói sabendo que esse pai foi um corno manso na maior parte de seu casamento”? A resposta é simples. Cedo no meu casamento com Leonor descobri o prazer de ser corno e isso aconteceu em família mesmo quando Marcos, meu cunhado marido de Neide, comeu Leonor. E em 40 anos de casados, perdi a conta de quantas vezes minha mulher deu para outros homens, sempre em cumplicidade comigo que me comprazia a cada amante que Leonor arrumava. Claro que herdei de meu pai essa tendência e por essa razão ele, mesmo carregando feliz reluzentes chifres é e sempre será meu herói. E meu casamento com Leonor é o que se chama de casamento feliz, assim como, segundo observei e minha mãe contou, foi o dela com o chifrudo do meu pai herói.